Várias cidades na Síria foram palco, nesta quarta-feira (25), de protestos alauitas após a divulgação de um vídeo que mostrava um ataque contra um de seus santuários. Em uma delas, Homs, no oeste do território, as manifestações levaram a polícia a estabelecer um toque de recolher.
O Ministério do Interior disse, em sua conta oficial no Telegram, que o vídeo em questão datava da ofensiva rebelde em Aleppo no final de novembro, e que a violência foi realizada por grupos desconhecidos. Segundo a pasta, a divulgação dos vídeos agora parece uma tentativa de incitar conflitos sectários.
Em Homs, moradores afirmam que também houve manifestações contra os alauitas, vistos como leal a Bashar al-Assad, ex-ditador derrubado por rebeldes sunitas no último dia 8 pertencia ao grupo.
Ainda houve atos nas cidades costeiras de Tartus, Jableh e Latakia, outras que têm forte presença da comunidade alauita. Porta-vozes da nova administração da Síria, liderada pelo HTS (Organização para a Libertação do Levante, na sigla em árabe), não se manifestaram às agências internacionais sobre o toque de recolher.
Segundo a mídia estatal, ele será imposto por uma noite, até a manhã desta quinta-feira (26). Os novos líderes do país prometeram repetidamente proteger grupos religiosos minoritários, que temem que os ex-rebeldes agora no controle possam tentar impor uma forma conservadora do islamismo.
O governo ainda afirmou nesta quarta que membros do antigo regime atacaram forças do Ministério do Interior na área costeira da Síria na data, deixando vários mortos e feridos.