A sessão desta segunda-feira deverá ter liquidez mais baixa devido à proximidade das festividades de Natal. Os agentes financeiros devem se manter atentos ao cenário global, em uma manhã em que o dólar se mostra bastante forte no exterior, enquanto a curva de juros americana tem leve abertura. No Brasil, a atenção nesta manhã se volta para a divulgação do relatório Focus, do Banco Central, que deve mostrar se houve mais uma rodada de piora nas expectativas de inflação ou se houve uma acomodação. Além do já mencionado, os agentes financeiros devem observar se o mercado de câmbio continua muito volátil e se a escassez de dólar pode demandar novas intervenções do Banco Central (BC).
Perto das 8h, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, exibia valorização de 0,46%, aos 108,110 pontos. Já nos mercados emergentes, o dólar avançava 0,34% contra o peso mexicano, 0,71% ante o rand sul-africano e 0,62% contra o florim da Hungria. O rendimento do título americano de dez anos, por sua vez, avançava de 4,519% para 4,538%. Os índices acionários futuros para março de Wall Street seguem sem uma única direção, com o Dow Jones em queda de 0,06%, o S&P 500 em alta de 0,10% e o Nasdaq se apreciando 0,27%.
Dos dados econômicos, hoje o que pode vir a mudar esse cenário externo são os números da confiança do consumidor, do Conference Board. Além disso, relatos apontam que o vencimento de opções em euro podem estar ajudando a dar força para a moeda americana, mas ao longo da semana, o mercado global de câmbio pode ficar mais ameno.
No Brasil, sem a agenda política, o que os agentes devem acompanhar são os dados locais. Hoje o principal ponto de atenção deve ser o relatório Focus. Há também os números do setor externo, relativos ao mês de novembro. por conta da baixa liquidez e do movimento sazonal de saída de dólares do país, a volatilidade pode se elevar, e isso pode exigir mais alguma intervenção do BC neste fim de ano. Só em dezembro, a autoridade monetária injetou US$ 16,8 bilhões no mercado à vista, sem compromisso de recompra.