Executivo de Valor
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Por — De São Paulo


Batista: empresas estão lidando com grandes temas da humanidade — Foto: Homero Xavier/Divulgação
Batista: empresas estão lidando com grandes temas da humanidade — Foto: Homero Xavier/Divulgação

Melhorar a educação é crucial para que o país avance economicamente rumo a um futuro mais sustentável. Nesse ponto, há consenso entre os 24 Executivos de Valor eleitos neste ano. Mas existe a percepção também de que não há uma solução única e que essa é uma questão que exige uma combinação de esforços. Usar a própria influência como ativista junto ao poder público e à sociedade pode ser um caminho. Requalificar seus quadros ajudando a força de trabalho a se adaptar aos rápidos avanços tecnológicos é outro. Identificar as competências que suas organizações precisarão no futuro para ajudar a pautar as instituições de ensino e apoiar iniciativas educacionais em todos os níveis da formação para além dos muros de suas empresas são outras ações que estão ao alcance de quem está no comando das empresas, segundo os especialistas. A extensa lista de desafios na área inclui agora a necessidade urgente de reconstruir a educação no Rio Grande do Sul, tarefa que vai da recuperação da infraestrutura à retomada das aulas.

“O maior problema do Brasil é a desigualdade econômica e o grande equalizador para a mobilidade social é a educação”, alerta Jair Ribeiro, fundador da Parceiros da Educação, associação sem fins lucrativos, que reúne empresas em projetos para apoiar a rede de ensino pública. Ele lembra que, em seus estudos, Eric Hanushek, do Instituto Hoover da Universidade de Stanford (Estados Unidos), mostra a relação entre o Produto Interno Bruto (PIB) per capita e o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa). “O aumento de cem pontos no resultado médio do Pisa está associado a dois pontos percentuais de crescimento no PIB per capita. Para o Brasil, esse salto significaria chegar à média de aprendizagem dos países mais desenvolvidos”, afirma.

“O capital humano em quantidade e qualidade insuficientes não permite que os investimentos necessários e possíveis sejam realizados em todo o seu potencial no país”, afirma Fernando Modé, CEO do Grupo Boticário. Alexandre Ribas, CEO da Falconi e professor convidado da PUC-RS, lembra que produtividade é um elemento do crescimento econômico que só é alcançado quando se trabalha o conhecimento. A educação, diz, é capaz de destravar o potencial econômico de um país – foi o que aconteceu, por exemplo, na Coreia do Sul, que investiu massivamente na educação básica. “A qualidade da força de trabalho que chega às organizações não é formada só nos últimos anos de formação”, diz. “Toda criança que você prepara na base tem um impacto de produtividade para a sociedade e para o bem-estar coletivo lá na frente.”

A situação da educação no Brasil ainda está longe de ser ideal, especialmente no início da formação escolar. Mais de nove milhões de jovens de 15 a 29 anos – ou 19,9% da população dessa faixa etária – não haviam concluído a educação básica (formada pela educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio) e não frequentavam escolas em 2022, segundo a pesquisa Juventudes Fora da Escola, do Itaú Educação e Trabalho e da Fundação Roberto Marinho. O mesmo levantamento mostra, entretanto, que 73% dos jovens que estão fora da escola pretendem concluir a educação básica.

Ribeiro: investir em equidade racial por meio da melhoria da educação pública — Foto: Divulgação
Ribeiro: investir em equidade racial por meio da melhoria da educação pública — Foto: Divulgação

“As organizações são capazes de fornecer investimento, estrutura e, principalmente, oportunidades para o desenvolvimento de projetos que favorecem a educação em todas as fases da vida de um estudante e, inclusive, continuar a formá-lo após seu ingresso no mercado de trabalho”, acredita Isabella Wanderley, general manager da Novo Nordisk. Entre os programas que sua empresa patrocina está um destinado a crianças de escolas públicas a partir do sexto ano do ensino fundamental II, chamado Bom Aluno. “Aos que têm potencial é oferecido um contraturno para que ganhem ritmo de estudo e a possibilidade de entrar em uma escola privada como bolsista depois”, explica.

Lucia Dellagnelo, doutora em educação pela Universidade de Harvard e consultora do Banco Mundial, diz que para o Brasil entrar no grupo dos países desenvolvidos é preciso que toda a população tenha acesso a uma educação básica de qualidade. E, com os crescentes desafios que a tecnologia está impondo, ela acha necessário pensar na educação digital da população logo no início da sua formação, para que as crianças desenvolvam habilidades e pensamento crítico sobre futuras tecnologias. Em sua opinião, também é urgente apoiar a requalificação dos professores. Em pesquisa realizada pelo Centro de Inovação para a Educação Brasileira (Cieb), 140 mil professores das redes públicas de ensino, de todos os Estados brasileiros, fizeram uma autoavaliação de seu conhecimento digital e a maioria afirmou que não sabe incorporar a tecnologia na sala de aula nem orientar os alunos sobre o seu uso responsável e ético.

Christian Gebara, CEO da Telefônica Vivo, acredita que o Brasil tem a oportunidade de dar um salto importante na educação por meio da digitalização. Ele conta que a Fundação Telefônica investiu R$ 57 milhões em 2023 no desenvolvimento de habilidades digitais para professores e conteúdo digital para aulas e que tem realizado um esforço intenso nesse sentido. “Estamos trabalhando com trilhas de ciências de dados para o novo ensino médio”, exemplifica. Mas ele lembra que hoje existem 40 mil escolas sem nenhuma conexão com a internet e outras 98 mil com uma conexão insuficiente. Nos últimos leilões de frequência, Gebara conta que as três maiores operadoras de telefonia do país contribuíram com R$ 3,2 bilhões para as escolas se conectarem. “Queremos que esses recursos sejam usados”, diz.

Dellagnelo assinala que, além da falta de conexão, as escolas públicas hoje sofrem com uma infraestrutura precária e com a escassez de equipamentos. Enquanto a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) informa que em seus 38 países-membros a média é de cinco alunos por computador em sala de aula, no Brasil, em algumas regiões, a média é de sete a dez estudantes por equipamento. “Isso ainda é aceitável, mas há lugares em que a nossa média sobe para cem alunos. O estudante vai demorar um mês para conseguir ficar uma hora fazendo uma atividade no computador”, alerta.

Radamés Casseb, CEO da Aegea Saneamento, acredita que as empresas podem participar doando equipamentos para programas educacionais específicos. No seu setor, ele explica que a contribuição para as escolas públicas é olhando para o saneamento básico. Isso acontece tanto incentivando jovens do ensino médio a conhecer as concessionárias da companhia para que possam se interessar em trabalhar na área no futuro, como por meio de parcerias, como uma firmada com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef, na sigla em inglês) que visa a melhorar a infraestrutura de saneamento, água e higiene em 80 escolas localizadas em zonas rurais ou periféricas no Ceará, Pará e Amazonas.

O Nordeste foi a área escolhida pelo projeto NuFuturo, do Nubank, que apoia universidades federais para acelerar carreiras na área de tecnologia. “Nossa agenda foca na descentralização do investimento social privado do eixo Rio-São Paulo, reconhecendo as potencialidades do Brasil”, diz Livia Chanes, CEO do banco no Brasil.

Dellagnelo: compromisso de longo prazo com a educação é importante — Foto: Divulgação
Dellagnelo: compromisso de longo prazo com a educação é importante — Foto: Divulgação

“Regiões com empresas fortes, sobretudo no setor industrial, ostentam uma comunidade com nível educacional acima da média nacional”, reflete Harry Schmelzer, membro do conselho de administração da WEG , que deixou o cargo de CEO da companhia em março. “Isso se deve ao fato de a indústria ser um agregador de valor, demandando mão de obra qualificada em todos os níveis e áreas, exigindo altos níveis de educação.” Na WEG, ele conta que a empresa patrocinou sete mil bolsas de estudo de graduação e ensino técnico, além de apoiar 37 projetos na área de educação e preparação de jovens para o mercado de trabalho.

Milton Maluhy Filho, CEO do Itaú Unibanco, diz que há 40 anos o banco investe em iniciativas para promover uma educação pública de qualidade, seja por meio de ações realizadas diretamente ou por meio de seus institutos e fundações, que são seus “braços sociais”. “Nesse tempo, impactamos positivamente 13,5 milhões de jovens em todo o país”, diz. Ele lembra que um desses programas, o Potências, lançado em 2022, oferece bolsas universitárias para incentivar a permanência de estudantes autodeclarados pretos, pardos e indígenas, que ingressaram em universidades públicas por meio da Lei de Cotas. Nessa iniciativa, foram investidos R$ 25 milhões e beneficiados 385 alunos. Neste ano, o banco também oficializou mais parcerias para o programa com universidades federais do Nordeste.

De acordo com o levantamento Fora da Escola, a maioria dos jovens (78%) provém de famílias com renda per capita de até um salário mínimo (R$ 1.412,00) e sete em cada dez (70%) são negros. “No Brasil, não basta você fazer ações afirmativas, tem que fazer investimento em equidade racial e, justamente, investindo na melhoria da educação pública, para que em uma ou duas gerações a gente tenha mais negros preparados para o mercado de trabalho”, enfatiza Ribeiro, que também é cofundador do Pacto de Promoção da Equidade Racial, iniciativa que propõe trazer a questão racial para o centro do debate econômico brasileiro, atraindo a atenção de empresas.

A empresa não é mais só um agente de produção econômica, como se ensinava nos anos 1980. Hoje ela é também um agente de promoção do bem-estar social, segundo Antonio Batista, presidente da Fundação Dom Cabral, que atua na formação de executivos. Para ele, as organizações precisam balancear a pauta da performance com a do progresso. “A sociedade é quem vai conferir legitimidade social para a empresa operar”, ressalta. “Nos anos 1970, se ensinava aos executivos funções gerenciais, como a administração do tempo, de conflitos e tomada de decisão. Nos anos 2000, com os MBAs, vieram as competências mais estratégicas, depois entraram os conceitos de sinergia, inovação, agora estamos vendo a transição para os grandes temas da humanidade, as megatendências que estão afetando a vida das empresas, como a transição climática, a inclusão social e as questões tecnológicas”, explica.

Hoje o mundo vive o desafio da requalificação dos profissionais, de todas as idades, o chamado reskilling, lembra Dellagnelo. “As empresas se tornaram locais de aprendizagem e precisam fazer isso para continuar produzindo”, destaca a pesquisadora. “Existe uma ausência do Estado, uma distância grande entre o que o MEC se propõe a fazer e o que a sociedade demanda. A gente atua exatamente nesse gap, com o intuito de gerar mão de obra”, diz Cristiano Teixeira, CEO da Klabin. Ele conta que, entre 2019 e 2024, a empresa investiu mais de R$ 50 milhões em educação com foco na formação profissional no Centro de Qualificação Profissional Klabin e do Centro de Treinamento Florestal, assim como nos cursos de capacitação, qualificação, formação e desenvolvimento de membros da comunidade e de funcionários das áreas florestal e industrial da companhia.

Ribas, da Falconi, acredita que as empresas devem ser coprotagonistas na formação da força de trabalho, tanto dentro da empresa como nas comunidades onde estão inseridas. Daniela Manique, CEO da Solvay-Rhodia, por exemplo, conta que uma forma que sua companhia encontrou para ajudar a impulsionar a renda da população que mora próxima à fábrica em Paulínia (SP) foi montar uma estrutura para ensinar marcenaria. “Sempre estamos promovendo projetos para as cidades em que estamos operando”, explica. A companhia também traz alunos da rede pública para conhecer suas operações com o objetivo de incentivá-los a seguir carreiras técnicas.

 Ribas: qualidade da força de trabalho depende também do investimento na criança — Foto: CBelli/Divulgação
Ribas: qualidade da força de trabalho depende também do investimento na criança — Foto: CBelli/Divulgação

“Faz parte do nosso trabalho ajudar não apenas na formação escolar, mas também na capacitação técnica das pessoas nas várias regiões onde empregamos”, diz Ricardo Mussa, CEO da Raízen. Ele afirma que, em várias cidades, a companhia é o principal empregador, então formar mão de obra local faz parte da sua estratégia. “Vejo a Raízen como uma grande fábrica de talentos”, diz. Por meio da Fundação Raízen, instituição sem fins lucrativos, em 2023 a companhia ajudou a formar 4.800 jovens em todo o Brasil, que participaram do programa Ativa Juventude.

Patricia Freitas, CEO da Prudential no Brasil, destaca um projeto da seguradora desenvolvido com a Redes da Maré, organização formada por moradores e ex-moradores do Complexo da Maré, um dos maiores conjuntos de favelas do Rio de Janeiro. Ela explica que a Prudential Foundation patrocina com a Redes da Maré um grupo de jovens, do ensino médio até o superior, com o objetivo de evitar a evasão escolar. “É uma bolsa, mas também levamos conteúdo para eles, falamos sobre educação financeira e mercado”, diz.

Na Gerdau, o CEO Gustavo Werneck diz que há na companhia uma preocupação em promover o conhecimento para toda a sociedade. Entre os programas que apoia e patrocina, está o Gerdau Transforma, em parceria com a agência Besouro. “Com ele, pretendemos impactar as pessoas por meio da cultura empreendedora, incentivando indivíduos de todas as idades a progredir na vida por meio de um negócio próprio. É uma iniciativa gratuita para pessoas com mais de 18 anos que já têm um negócio ou que têm o sonho de empreender”, conta.

No Grupo Boticário, o CEO Fernando Modé diz que a companhia oferece um programa chamado Desenvolve, de formação contínua, para funcionários, franqueados, distribuidores e suas respectivas equipes, que levou ao mercado prioritariamente pessoas negras, incluindo as com mais de 45 anos. Outra iniciativa é o programa Empreendedores da Beleza, que trabalha a formação de profissionais voltados para esse segmento.

Rui Chammas, CEO da ISA CTEEP, ressalta as ações que a empresa tem feito para ajudar a formar mão de obra e que também valorizam a diversidade. Ele explica que, no ano passado, a companhia apoiou, por exemplo, a formatura de alunas do curso Eletricistas Instaladoras do Senai-SP. “É um programa voltado para a inclusão e criação de oportunidades de emprego no mercado de energia elétrica e que teve como objetivo contribuir para o crescimento da presença feminina em posições operacionais no setor de transmissão de energia”, diz.

Dividir o conhecimento com a sociedade é outra forma de contribuir para a formação de uma nova mão de obra. Marcílio Pousada, CEO da RD Saúde, diz que desde 2023 a empresa compartilha o que ensina para seus funcionários com uma universidade e que, em parceria, ajudou a criar um curso, aprovado pelo Ministério da Educação, para a formação de farmacêuticos. “Mais de 40% da grade curricular veio do material didático da Universidade RD, o que nos orgulha muito”, diz. A companhia abre entre 280 e 300 farmácias por ano e todo o treinamento é dado em sua universidade corporativa.

Desenvolver as habilidades dos funcionários é um desafio estratégico para a Localiza, segundo o CEO Bruno Lasansky. “Com o avanço da tecnologia, a expectativa dos clientes muda rápido e é preciso se adaptar, evoluir e inovar para que o negócio seja sustentável no longo prazo”, observa. A empresa deu 380 mil horas de treinamento para os funcionários e bolsas de pós-graduação para a alta liderança em escolas internacionais. “Investir no capital humano é fundamental, especialmente na área de tecnologia, onde o país terá um déficit de 530 mil profissionais até 2025”, alerta. Entre os projetos neste segmento, ele cita o #Meu futuro é Tech, que já capacitou gratuitamente 50 mil pessoas.

Na BYD, o presidente no Brasil, Tyler Li, diz que uma das ações que a empresa faz para disseminar conhecimento é com o Senai Camaçari. “Ele começou a preparar novos laboratórios multicompetências para receber os alunos que serão formados para atuar na companhia”, detalha. Além disso, a sua área de pesquisa e desenvolvimento tem estudos realizados em parceria com as principais universidades do país.

Em alguns casos, o investimento na educação acontece mais internamente do que externamente, como na Nomad. “Temos benefícios de graduação, pós, cursos de idiomas, formação de desenvolvimento de lideranças e estágio para grupos sub-representados”, diz o CEO Lucas Vargas.

Alexandre Birman, CEO e CCO da Arezzo&Co, que agora se prepara para liderar a companhia resultante da fusão com o grupo Soma, acredita que as empresas têm o papel de gerar empregos, proventos por meio de impostos e inovação com investimento tecnológico e em novas plantas industriais. “O nosso foco é educação, não só um treinamento, mas também uma evolução profissional para as pessoas que aqui trabalham”, enfatiza. “Eu tenho milhares de funcionários, então indiretamente estou contribuindo, sim, óbvio, para melhorar a educação do país, mas é um país com 210 milhões de pessoas.”

“A empresa, como todos nós brasileiros, tem responsabilidade com a educação. Temos o dever de oferecer às novas gerações uma educação melhor do que aquela que tivemos, e não há limite para o esforço que deve ser feito para alcançar essa meta”, diz David Feffer, presidente do conselho de administração da Suzano. Ele diz que, como parte da celebração do centenário da empresa, a Suzano anunciou planos para investir US$ 30 milhões em projetos de pesquisa e educação com foco em sustentabilidade. Em outro programa de formação de professores de escolas públicas nos municípios onde atua, a companhia impactou 646 escolas, nas quais estudam cerca de 129 mil alunos.

Para Tereza Santos, CEO da Sympla, todo mundo tem como contribuir para melhorar a questão educacional do país, mesmo que seja de uma forma simples: “Nem sempre dá para fazer um projeto incrível, mas você pode sentar com o colaborador para dar uma orientação mais direta, ajudar ele a pegar gosto por aprender, a educação pode se tornar um hábito viciante”.

Ricardo Ribeiro Valadares Gontijo, CEO da Direcional Engenharia, diz que sua companhia apoia o projeto O Mundo dos Livros, que oferece oficinas de capacitação de leitura e redação para cerca de 900 crianças do ensino fundamental. “Queremos ajudar a ampliar as habilidades de interpretação de texto dessas crianças. Afinal, quem lê bem pode estudar qualquer tema de interesse. Acredito ser crucial resgatarmos esse hábito de leitura nas novas gerações acostumadas ao conhecimento menos aprofundado das redes sociais”, diz.

“Desenvolver o conhecimento do colaborador é contribuir para que a pessoa tenha a própria educação e renda para educar os filhos. Então, é uma cadeia efetiva na minha visão”, diz Roberta Vasconcellos, cofundadora e CEO da Woba. Ela diz que a partir do momento em que o negócio está crescendo, as pessoas precisam crescer na mesma velocidade.

André Aguiar, CEO da Inspira Rede de Educadores, diz que uma das frentes importantes de contribuição das empresas para a melhoria da educação no país é abordar o tema constantemente. “É preciso incluir a pauta da educação na agenda das companhias, tornando essa uma questão recorrente, não eventual”, destaca. Já Dellagnelo ressalta a importância do comprometimento de longo prazo nas questões educacionais, já que os resultados obtidos no ensino podem ser perdidos se não houver continuidade.

Alcione Albanesi, presidente e fundadora da instituição sem fins lucrativos Amigos do Bem, acredita que a agenda ESG aumenta o comprometimento das empresas: “Elas podem ajudar a romper o ciclo de pobreza”. Ela conta que 95% da área pedagógica da Amigos do Bem é formada por pessoas que eram crianças e que viviam em povoados quando a ONG começou sua atuação no sertão nordestino. “Elas tiveram acesso à educação e hoje trabalham conosco transformando a vida de outras crianças por meio da educação.”

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