“Eu tinha tudo para dar errado”, conta a paulistana Evelyn Thamires, 22 anos, ensino médio concluído em uma escola pública na periferia do Grajaú, zona sul de São Paulo. A mais velha de cinco filhos de mãe solteira, negra e pobre, Thamires engravidou aos 20 anos e foi morar com o namorado, que tinha a mesma idade e trabalha como segurança em uma empresa privada. Antes de ser mãe, ela se virava vendendo trufas nos faróis e cuidando de crianças. “Minha maior meta na vida era arrumar um serviço, podia ser qualquer coisa”, recorda. Tentou de tudo: auxiliar no McDonald’s, em lojas, faxineira. “A gente termina o ensino médio e não sabe para onde ir. E teve a pandemia, que deixou todo mundo ainda mais alienado.”
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Por Marília de Camargo Cesar — De São Paulo