A decisão do Banco Central (BC) de adotar uma postura firme para combater a inflação, afirmando que elevará a taxa básica de juros em 3 pontos percentuais ao longo de três reuniões, para 14,25% ao ano, é essencial para estabilizar o cenário macroeconômico brasileiro. Também são importantes as reformas fiscais que ficaram fora do pacote apresentado em novembro pelo governo federal, como a revisão das regras para gastos com saúde e educação e a desindexação de benefícios ao salário mínimo. Mas, ainda que a conjuntura tenha se deteriorado nas últimas semanas, o Brasil vem conquistando alguns avanços estruturais, como a regulamentação da reforma tributária sobre consumo, que elevarão o padrão de vida do país nos próximos anos. A análise é do diretor para o Brasil do Banco Mundial, Johannes Zutt, número 1 da instituição no país, em entrevista exclusiva ao Valor.