Vitor Pordeus MD
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Supervisors: Nelson M. Vaz MD, PhD, Emeritus, Federal University of Minas Gerais, Belo Horizonte, Brazil, Jacques Arpin MD, PhD, Geneva, Switzerland, Division of Social and Transcultural Psychaitry, McGIll University, Montreal, Canada., and Jaswant Guzder, MD, Division of Social and Transcultural Psychiatry, McGill University, Montreal, Canada
Phone: +55 21 981360135
Address: Dr. Vitor Pordeus - Teatro Clínica DyoNises, Rua Prof. Antônio Maria Teixeira 33/ 203, Leblon, Rio de Janeiro, Brasil. 2243050
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A production of the People's Universtity for Art and Science in 2014/2015
Collective creation and community collaboration.
Papers by Vitor Pordeus MD
Como profeticamente escreveu Shakespeare no Macbeth: "Agora a tristeza violenta se transformou no êxtase moderno", assim como nos advertiram Freud e Charcot ao chamar atenção para a etiologia sexual-amorosa das doenças mentais, isto é, doenças onde traumas acumulados criam uma espécie de erotismo pela doença e a morte, a velha e famosa neurose hipocondríaca, a mania da mania de doenças, o prazer acostumado com a dor. Aí se instala o Dionísio Sombrio na mente de uma pessoa e começa o culto pelo prazer sombrio, o enrustimento, o abuso, a mentira, a falsidade nas relações, o sexo robótico e auto-sabotador, é inevitável adoecer se vamos contra nossa natureza verdaeira. Aí se encontra a explicação psicopatológica Freud-Jungiana, recorrendo ao arquétipo mitológico, para explicar o prazer na doença e na morte que sustenta as relações opressivas em nossa própria família e comunidade.
"São Paulo, março de 2023.
Confesso que foi difícil chegar ao aeroporto. Os anos de pandemia me
tornaram solitário, silencioso. Há tempos não saía da cidade -o
convite feito por Vitor Pordeus, para falar de saúde mental e arte
na capital paulista desafiou limites impostos por uma dura rotina de
trabalho, manejando respostas a sucessivas crises em saúde pública.
Anos no front me trouxeram repercussões físicas e mentais. O convite
do Dr. Pordeus -mais uma vez- se mostrou revolucionário em minha
vida, com repercussões diretas até mesmo em minhas práticas médicas.
Conheci Dr. Pordeus ainda como estudante. Seu contato chegou através
de um cartão de visitas da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de
Janeiro. Naquela época, Vitor atuava na saúde pública da capital
carioca com práticas de arte, educação e cultura- forças que, na
clandestinidade, tentávamos aplicar no movimento estudantil em
Belém.
Num roteiro de escrita performativa autobiográfica, relatamos as histórias que nos levaram a desenvolver experiência de teatro e psiquiatria transcultural no mais antigo hospício público brasileiro. Essa experiência teve a contribuição de mestres da ciência e da arte brasileiras até a constituição do Teatro-Clínica DyoNises e do Hotel da Loucura, além da colaboração metodológica de autores brasileiros e internacionais. Palavras-chave: ação cultural, saúde mental individual e coletiva, O modelo de promoção humana através de método de ator: de paciente psiquiátrico a ator de espaços públicos, ciência brasileira, Amir Haddad, Nelson Vaz, Nise da Silveira, Movimento Escambo Livre de Rua, Cenopoesia, Junio Santos, Ray Lima, Vera Dantas, Hospício do Engenho de Dentro, Gabinete da Secretaria Municipal de Saúde, Teatro-Clínica DyoNises no quinto ano de prática médica e teatral contínua no Rio de Janeiro
Like our last contribution, the paper that follows also references Shakespeare – but in a way that could hardly be more different.
Here, Professor Paul Heritage analyses different aspects of Hamlet and he does so with the help of Vitor Pordeus who is a medical doctor, psychiatrist, pub- lic health official, scientist, teacher, director and therapist.
But Heritage goes beyond Shakespeare, extending his exploration of madness and its treatment to Vitor Pordeus’s own experience both in his work at the theatre and treating patients in a clinical setting.
From the initial question it poses to the final reply, we learn both how the Shakespearean theatre has found its place on the psychiatric ward: how ‘sombre ancestral shadows’ may well hang over both the characters played by the actors and the actors themselves. Might similar, albeit not identical ancestral shadows, hang over us all?
cenários desfavoráveis, justamente em que modelos científicos robustos
e adequados são necessários, destacamos o exemplo da psiquiatra brasi-
leira Nise da Silveira (1905-1999). Em uma experiência que se iniciou
em 1944, no Hospício do Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, Nise
finca sua ciência em dois autores fundamentais: Carl Jung e Baruch de
Spinoza.10
A production of the People's Universtity for Art and Science in 2014/2015
Collective creation and community collaboration.
Como profeticamente escreveu Shakespeare no Macbeth: "Agora a tristeza violenta se transformou no êxtase moderno", assim como nos advertiram Freud e Charcot ao chamar atenção para a etiologia sexual-amorosa das doenças mentais, isto é, doenças onde traumas acumulados criam uma espécie de erotismo pela doença e a morte, a velha e famosa neurose hipocondríaca, a mania da mania de doenças, o prazer acostumado com a dor. Aí se instala o Dionísio Sombrio na mente de uma pessoa e começa o culto pelo prazer sombrio, o enrustimento, o abuso, a mentira, a falsidade nas relações, o sexo robótico e auto-sabotador, é inevitável adoecer se vamos contra nossa natureza verdaeira. Aí se encontra a explicação psicopatológica Freud-Jungiana, recorrendo ao arquétipo mitológico, para explicar o prazer na doença e na morte que sustenta as relações opressivas em nossa própria família e comunidade.
"São Paulo, março de 2023.
Confesso que foi difícil chegar ao aeroporto. Os anos de pandemia me
tornaram solitário, silencioso. Há tempos não saía da cidade -o
convite feito por Vitor Pordeus, para falar de saúde mental e arte
na capital paulista desafiou limites impostos por uma dura rotina de
trabalho, manejando respostas a sucessivas crises em saúde pública.
Anos no front me trouxeram repercussões físicas e mentais. O convite
do Dr. Pordeus -mais uma vez- se mostrou revolucionário em minha
vida, com repercussões diretas até mesmo em minhas práticas médicas.
Conheci Dr. Pordeus ainda como estudante. Seu contato chegou através
de um cartão de visitas da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de
Janeiro. Naquela época, Vitor atuava na saúde pública da capital
carioca com práticas de arte, educação e cultura- forças que, na
clandestinidade, tentávamos aplicar no movimento estudantil em
Belém.
Num roteiro de escrita performativa autobiográfica, relatamos as histórias que nos levaram a desenvolver experiência de teatro e psiquiatria transcultural no mais antigo hospício público brasileiro. Essa experiência teve a contribuição de mestres da ciência e da arte brasileiras até a constituição do Teatro-Clínica DyoNises e do Hotel da Loucura, além da colaboração metodológica de autores brasileiros e internacionais. Palavras-chave: ação cultural, saúde mental individual e coletiva, O modelo de promoção humana através de método de ator: de paciente psiquiátrico a ator de espaços públicos, ciência brasileira, Amir Haddad, Nelson Vaz, Nise da Silveira, Movimento Escambo Livre de Rua, Cenopoesia, Junio Santos, Ray Lima, Vera Dantas, Hospício do Engenho de Dentro, Gabinete da Secretaria Municipal de Saúde, Teatro-Clínica DyoNises no quinto ano de prática médica e teatral contínua no Rio de Janeiro
Like our last contribution, the paper that follows also references Shakespeare – but in a way that could hardly be more different.
Here, Professor Paul Heritage analyses different aspects of Hamlet and he does so with the help of Vitor Pordeus who is a medical doctor, psychiatrist, pub- lic health official, scientist, teacher, director and therapist.
But Heritage goes beyond Shakespeare, extending his exploration of madness and its treatment to Vitor Pordeus’s own experience both in his work at the theatre and treating patients in a clinical setting.
From the initial question it poses to the final reply, we learn both how the Shakespearean theatre has found its place on the psychiatric ward: how ‘sombre ancestral shadows’ may well hang over both the characters played by the actors and the actors themselves. Might similar, albeit not identical ancestral shadows, hang over us all?
cenários desfavoráveis, justamente em que modelos científicos robustos
e adequados são necessários, destacamos o exemplo da psiquiatra brasi-
leira Nise da Silveira (1905-1999). Em uma experiência que se iniciou
em 1944, no Hospício do Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, Nise
finca sua ciência em dois autores fundamentais: Carl Jung e Baruch de
Spinoza.10
ela realiza imensa obra médica e científica em mais de 70 anos de experiência viva,
por meio de pinturas, desenhos, esculturas, leituras e toda relação – afinal, como nos ensinaram Lygia Clark e Lula Wanderley, todo objeto de arte é objeto de relação.
Nise da Silveira é prática médica integral no Sistema Único de Saúde, funcionária e gestora pública exemplar, restauradora da medicina e da qualidade do sistema público; constrói diversos serviços comunitários que vivem ativos até hoje e são considerados excelência mundial em psiquiatria clínica, social e transcultural. Ela demonstra sua ciência no cotidiano da comunidade, na Casa das Palmeiras, desde 1956, ou da Instituição Panóptica, com o Museu de Imagens do Inconsciente, desde 1944.
@nisenoccbb www.nisenoccbb.com.br
Catálogo da exposição Nise da Silveira - a revolução pelo afeto, organizado pelo estúdio M’Baraká.
Catalog of the exhibition Nise da Silveira - the revolution through affection, organised by studio M’Baraká.
www.mbaraka.com.br
Abstract The psychiatrist Nise da Silveira (1905-1999) pioneered several major innovations in Brazilian mental health policy. She developed a clinical practice grounded in the principles of Jung's analytical psychology and applied this approach to the spontaneous expressive productions of patients with chronic psychosis. In 1946, she created the Museum of Images of the Unconscious, which maintains an on growing archive of some 360,000-art works by patients of the oldest Brazilian psychiatric hospital. She also inaugurated, the House of the Palms (Casa das Palmeiras) in 1957, one of the first outpatient cultural clinics. She published hundreds of articles and several books, the most important of which include: Images of the Unconscious, The World of Images, Letters to Spinoza, Jung: life and work, and Cats: Emotion of Coping. She also produced dozens of film documentaries, three of them in collaboration with the Brazilian filmmaker Leon Hirszman and organized hundreds of art exhibitions. She trained generations of psychiatrists, occupational therapists, and psychologists, and influenced many artists and people from all walks of life. Working at a time when psychiatric therapeutics was dominated by Electroconvulsotherapy-ECT and lobotomy, she fought for a paradigm change that was rooted in political recognition of patients' agency and respect for the self-healing functions of art and the unconscious. Her work remains a vital 2 inspiration for a new generation of mental health workers in Brazil and in the world.
é que só é ordem nesse país a ordem da gaveta vazia? E necessidade só existe a de se matar no trabalho? Em meio as vinhas carregadas, ao pé dos trigais! Seus camponeses pagam a guerra que o Vigário do suave Filho de Deus provoca na Espanha e na Alemanha. Por que ele põe a Terra no centro do universo? Para que o trono de Pedro possa ficar no centro da Terra! É isso que importa. O senhor tem razão, não são os planetas que importam, são os camponeses. E o senhor, não me venha com a beleza dos fenõmenos que o tempo redourou! O senhor sabe como a ostra margaritífera produz sua pérola? É uma doença de vida ou morte. Ela envolve um corpo estranho, intolerável para ela, um grão de areia, por exemplo, numa bola de gosma. Ela quase morre no processo. A pérola que vá para o diabo. Eu prefiro a ostra com saúde. A miséria não é condicão das virtudes, meu amigo. Se a sua gente fosse abastada e feliz, aprenderia as virtudes da abastança e da felicidade. Hoje, a virtude dos exaustos nasce da terra exausta, e eu abomino isso. Meu caro, minhas novas bombas d’água já fizeram muito mais milagre do que a sua ridícula trabalheira sobre-humana. – “Crescei e multiplicai-vos”, pois os campos são estéreis e a guerra vos dizima. O senhor quer que eu minta a sua gente?
by Vitor Pordeus, MD, researcher, actor & public manager [email protected] [email protected]
Conheça o discurso de Vitor Pordeus, Reginaldo Terra, Mirian Rodrigues, Nilo Sérgio, Pelezinho (Jaci Oliveira) e Zezé do Carmo, os melhores atores do mundo promovendo sua saúde e de sua coletividade num mundo profundamente adoecido. Vamos de mãos dadas. Ator é qualidade humana, não é efeito especial nem habilidade histriônica. Teatro é teatro. Teatro não é televisão. Teatro não é cinema. Saúde mental é criatividade cultural. Não é droga, não é tranca e não é choque. É desenvolvimento, não é repressão.
Agradecimento pela produção de Nilo Sérgio e o mandato do Vereador Leonel Brizola Neto que apoia nossa causa da promoção de saúde mental através da cultura.
Registro da oficina Shabess, realizada em julho de 2015 no Hotel da Loucura.
Sinopse: Documentário produzido por Raphael Peixoto, Tarcila Viana e Henrique Faerman, que procura entender a forma com que os clientes vem sendo medicados no Instituto Municipal Nise da Silveira. Com doses diárias de afeto (catalisador), pílulas de música, descargas de teatro e injeções de compaixão, os ocupantes dos 3° e 4° andar já caminham livremente (livre-mente), já dialogam e olham nos olhos. A rotina já não é tão medicamentosa. Ócio entre essas paredes coloridas? Só por opção. O objetivo é transmitir o cotidiano dos que circulam o número 521 da Ramiro Magalhães no Engenho de Dentro e constatar que a arte, em suas mais diversas formas, é uma excelente ferramenta de cura seja ela espiritual, mental ou social.
Filme produzido a partir de registros da oficina Teatro Ritual, realizada em julho de 2014, no Hotel e Spa da Loucura. A oficina teve duração de sete dias e abordou sete autores, entre eles Nise da Silveira, Baruch Spinoza e William Shakespeare.
Foi uma semana incrível, uma experiência única de vida e de renovação espiritual.
Institute for Community Psychiatry, Jewish General Hospital.
Conference
June 1, 2015
www.mcgill.ca/tcpsych
Art plays a unique role in human experience both as an individual and a social mode of expression and communal activity. All societies have traditions of fashioning objects, language, and performance in ways that serve to transmit culture, explore the world, entertain, and edify. Active engagement with the arts can transform suffering, give meaning to af iction, and support recovery. This conference will bring together artists, scholars, researchers, and professionals involved in mental health, to discuss the role of the arts in cultural psychiatry. Art can be used to build and express individual and collective identity, as a creative process that yields new ways of experiencing the world, as a social and political intervention to critique or challenge existing frameworks, and as a modality for therapeutic interventions. Sessions will explore topics related to several broad themes:
• the nature of creative artistic and aesthetic processes of invention, enactment and improvisation;
• the role of the arts in constructing and expressing individual and collective identities—especially, public, social or political uses of art to raise awareness and challenge marginality and oppression;
Monday, June 1, 2015, 9:00-21:00
• the arts as media for articulating, understanding and coping with the experience of mental health and illness;
• art making as a creative medium
for individual therapeutic exploration, growth, and transformation and for collective con ict resolution and mental health promotion.
The format will be a one-day conference (June 1) for mental health professionals, social scientists, and the general public, and an intensive two-day workshop (June 2-3) for researchers working in these areas. Workshop papers will be pre-circulated to participants so that the emphasis will be on intensive discussion