Papers by Eva Rolim Miranda
RESUMO
O artigo examina como se desenham desigualdades marcadas por opressões de raça, gênero e c... more RESUMO
O artigo examina como se desenham desigualdades marcadas por opressões de raça, gênero e classe nos arranjos espaciais das atividades reprodutivas e de cuidado nas casas projetadas pelos arquitetos (e arquitetas) modernistas. A partir da análise da emblemática "Casa de Vidro" de Lina Bo Bardi, e de outros projetos modernistas, o artigo mostra como a separação funcionalista entre espaços os "sociais" (coletivos e políticos) e os denominados espaços "de serviço" reflete e perpetua certas hierarquias sociais. Por meio de estudos de casos e análises históricas, o artigo ressalta como as cozinhas, lavanderias e quintais, tradicionalmente associadas à servidão na arquitetura das casas grandes, dos engenhos e latifúndios do passado escravista permaneceram como um símbolo de uma colonialidade velada que marca o modernismo brasileiro. A comunicação questiona o verdadeiro impacto do movimento modernista na quebra dos padrões tradicionais do espaço habitacional e como as estruturas de poder persistiram e foram reforçadas por meio da organização espacial das residências modernas.
PALAVRAS-CHAVE: Arquitetura modernista. Gênero. Raça. Lina Bo Bardi.
ABSTRACT
This article examines how marked inequalities shaped by race, gender, and class oppressions are drawn in the spatial arrangements of reproductive and care activities in houses designed by modernist architects. Through the analysis of the emblematic "Glass House" by Lina Bo Bardi, and other modernist projects, the article demonstrates how the functionalist separation between "social" (collective and political) spaces and the so-called "service" spaces reflects and perpetuates certain social hierarchies. Through case studies and historical analyses, the article highlights how kitchens, laundries, and yards, traditionally associated with servitude in the architecture of colonial houses, sugar mills and plantations from the slave past, have remained as a symbol of a veiled coloniality that marks Brazilian modernism. The communication questions the true impact of the modernist movement in breaking traditional patterns of habitation space and how power structures persisted and were reinforced through the spatial organization of modern residences.
KEYWORDS: Modernist architecture. Gender. Race. Lina Bo Bardi.
RESUMEN
Este artículo examina cómo se dibujan desigualdades marcadas por opresiones de raza, género y clase en los arreglos espaciales de las actividades reproductivas y de cuidado en las casas diseñadas por arquitectos modernistas. A través del análisis de la emblemática "Casa de Vidrio" de Lina Bo Bardi, y otros proyectos modernistas, el artículo muestra cómo la separación funcionalista entre espacios "sociales" (colectivos y políticos) y los denominados espacios "de servicio" refleja y perpetúa ciertas jerarquías sociales. Mediante estudios de casos y análisis históricos, el artículo destaca cómo las cocinas, lavanderías y patios, tradicionalmente asociados con la servidumbre en la arquitectura de casas coloniales, ingenios azucareros y fincas del pasado esclavista, han permanecido como un símbolo de una colonialidad velada que marca el modernismo brasileño. La comunicación cuestiona el verdadero impacto del movimiento modernista en romper los patrones tradicionales del espacio habitable y cómo las estructuras de poder persistieron y se reforzaron a través de la organización espacial de las residencias modernas.
PALABRAS-CLAVE: Arquitectura modernista. Género. Raza. Lina Bo Bardi.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Editora Blucher eBooks, 2024
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Blucher Design Proceedings, 2024
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Blucher Design Proceedings, 2024
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Blucher Design Proceedings, 2024
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Blucher Design Proceedings, 2024
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Editora Blucher eBooks, 2024
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Editora Blucher eBooks, 2024
Bookmarks Related papers MentionsView impact
InfoDesign, Nov 6, 2023
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Blucher Design Proceedings, Dec 1, 2022
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Blucher Design Proceedings
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Editora Blucher eBooks, 2024
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Editora Blucher eBooks, 2023
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Blucher Design Proceedings, Dec 1, 2022
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Blucher Design Proceedings, Oct 1, 2021
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Blucher Design Proceedings
Bookmarks Related papers MentionsView impact
ACTAS ACADÉMICAS DO 9º ENCUENTRO LATINOAMERICADO DE FOOD DESIGN, 2021
O “Mercado da Produção” de Maceió, é parte da história da cidade, importante ponto de escoamento ... more O “Mercado da Produção” de Maceió, é parte da história da cidade, importante ponto de escoamento da produção do território e trabalho para a população local. No entanto, ele acumula problemas complexos, com impactos em todas as dimensões da sustentabilidade. Parte do contexto de vida dos alunos, professores e funcionários da Universidade Federal de Alagoas, o Mercado foi eleito como objeto de estudo para as disciplinas extensionistas do curso de Design no ano de 2021. Denominadas ACEs, elas visam fomentar, com a participação conjunta de discentes e docentes, ações que promovam a relação entre a comunidade acadêmica e a comunidade externa da UFAL, em âmbito local ou regional, possibilitando o desenvolvimento sustentável. Assim, este artigo traz a experiência pedagógica de promover a extensão curricular no ensino à distância, tendo como objeto de pesquisa e desenvolvimento o universo alimentar. Descreve as metodologias de ensino e de pesquisa utilizadas, as estratégias de ensino-aprendizagem, o trabalho netnográfico e seus resultados. Com isso, pretende-se contribuir para o crescimento do campo da pedagogia do Design.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Editora Blucher eBooks, 2022
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Uploads
Papers by Eva Rolim Miranda
O artigo examina como se desenham desigualdades marcadas por opressões de raça, gênero e classe nos arranjos espaciais das atividades reprodutivas e de cuidado nas casas projetadas pelos arquitetos (e arquitetas) modernistas. A partir da análise da emblemática "Casa de Vidro" de Lina Bo Bardi, e de outros projetos modernistas, o artigo mostra como a separação funcionalista entre espaços os "sociais" (coletivos e políticos) e os denominados espaços "de serviço" reflete e perpetua certas hierarquias sociais. Por meio de estudos de casos e análises históricas, o artigo ressalta como as cozinhas, lavanderias e quintais, tradicionalmente associadas à servidão na arquitetura das casas grandes, dos engenhos e latifúndios do passado escravista permaneceram como um símbolo de uma colonialidade velada que marca o modernismo brasileiro. A comunicação questiona o verdadeiro impacto do movimento modernista na quebra dos padrões tradicionais do espaço habitacional e como as estruturas de poder persistiram e foram reforçadas por meio da organização espacial das residências modernas.
PALAVRAS-CHAVE: Arquitetura modernista. Gênero. Raça. Lina Bo Bardi.
ABSTRACT
This article examines how marked inequalities shaped by race, gender, and class oppressions are drawn in the spatial arrangements of reproductive and care activities in houses designed by modernist architects. Through the analysis of the emblematic "Glass House" by Lina Bo Bardi, and other modernist projects, the article demonstrates how the functionalist separation between "social" (collective and political) spaces and the so-called "service" spaces reflects and perpetuates certain social hierarchies. Through case studies and historical analyses, the article highlights how kitchens, laundries, and yards, traditionally associated with servitude in the architecture of colonial houses, sugar mills and plantations from the slave past, have remained as a symbol of a veiled coloniality that marks Brazilian modernism. The communication questions the true impact of the modernist movement in breaking traditional patterns of habitation space and how power structures persisted and were reinforced through the spatial organization of modern residences.
KEYWORDS: Modernist architecture. Gender. Race. Lina Bo Bardi.
RESUMEN
Este artículo examina cómo se dibujan desigualdades marcadas por opresiones de raza, género y clase en los arreglos espaciales de las actividades reproductivas y de cuidado en las casas diseñadas por arquitectos modernistas. A través del análisis de la emblemática "Casa de Vidrio" de Lina Bo Bardi, y otros proyectos modernistas, el artículo muestra cómo la separación funcionalista entre espacios "sociales" (colectivos y políticos) y los denominados espacios "de servicio" refleja y perpetúa ciertas jerarquías sociales. Mediante estudios de casos y análisis históricos, el artículo destaca cómo las cocinas, lavanderías y patios, tradicionalmente asociados con la servidumbre en la arquitectura de casas coloniales, ingenios azucareros y fincas del pasado esclavista, han permanecido como un símbolo de una colonialidad velada que marca el modernismo brasileño. La comunicación cuestiona el verdadero impacto del movimiento modernista en romper los patrones tradicionales del espacio habitable y cómo las estructuras de poder persistieron y se reforzaron a través de la organización espacial de las residencias modernas.
PALABRAS-CLAVE: Arquitectura modernista. Género. Raza. Lina Bo Bardi.
O artigo examina como se desenham desigualdades marcadas por opressões de raça, gênero e classe nos arranjos espaciais das atividades reprodutivas e de cuidado nas casas projetadas pelos arquitetos (e arquitetas) modernistas. A partir da análise da emblemática "Casa de Vidro" de Lina Bo Bardi, e de outros projetos modernistas, o artigo mostra como a separação funcionalista entre espaços os "sociais" (coletivos e políticos) e os denominados espaços "de serviço" reflete e perpetua certas hierarquias sociais. Por meio de estudos de casos e análises históricas, o artigo ressalta como as cozinhas, lavanderias e quintais, tradicionalmente associadas à servidão na arquitetura das casas grandes, dos engenhos e latifúndios do passado escravista permaneceram como um símbolo de uma colonialidade velada que marca o modernismo brasileiro. A comunicação questiona o verdadeiro impacto do movimento modernista na quebra dos padrões tradicionais do espaço habitacional e como as estruturas de poder persistiram e foram reforçadas por meio da organização espacial das residências modernas.
PALAVRAS-CHAVE: Arquitetura modernista. Gênero. Raça. Lina Bo Bardi.
ABSTRACT
This article examines how marked inequalities shaped by race, gender, and class oppressions are drawn in the spatial arrangements of reproductive and care activities in houses designed by modernist architects. Through the analysis of the emblematic "Glass House" by Lina Bo Bardi, and other modernist projects, the article demonstrates how the functionalist separation between "social" (collective and political) spaces and the so-called "service" spaces reflects and perpetuates certain social hierarchies. Through case studies and historical analyses, the article highlights how kitchens, laundries, and yards, traditionally associated with servitude in the architecture of colonial houses, sugar mills and plantations from the slave past, have remained as a symbol of a veiled coloniality that marks Brazilian modernism. The communication questions the true impact of the modernist movement in breaking traditional patterns of habitation space and how power structures persisted and were reinforced through the spatial organization of modern residences.
KEYWORDS: Modernist architecture. Gender. Race. Lina Bo Bardi.
RESUMEN
Este artículo examina cómo se dibujan desigualdades marcadas por opresiones de raza, género y clase en los arreglos espaciales de las actividades reproductivas y de cuidado en las casas diseñadas por arquitectos modernistas. A través del análisis de la emblemática "Casa de Vidrio" de Lina Bo Bardi, y otros proyectos modernistas, el artículo muestra cómo la separación funcionalista entre espacios "sociales" (colectivos y políticos) y los denominados espacios "de servicio" refleja y perpetúa ciertas jerarquías sociales. Mediante estudios de casos y análisis históricos, el artículo destaca cómo las cocinas, lavanderías y patios, tradicionalmente asociados con la servidumbre en la arquitectura de casas coloniales, ingenios azucareros y fincas del pasado esclavista, han permanecido como un símbolo de una colonialidad velada que marca el modernismo brasileño. La comunicación cuestiona el verdadero impacto del movimiento modernista en romper los patrones tradicionales del espacio habitable y cómo las estructuras de poder persistieron y se reforzaron a través de la organización espacial de las residencias modernas.
PALABRAS-CLAVE: Arquitectura modernista. Género. Raza. Lina Bo Bardi.
Authors:
FAU/Ufal: Diana Helene, Eva Rolim, Flávia Araújo, Bruna Oliveira e Mayara Silva.
Batuque (empresa júnior de design da FAU/Ufal):
Alanna Barros, Beatriz Ramos, Fernanda Rodrigues, Luiza Amorim, Victor Lobo.
CTEC/Ufal: Jessica Lima.
NIDES/UFRJ: Amanda Azevedo
UFABC: Bruna Vasconcellos
FAU/USP: Kaya Lazarini
Porto de Pedras, AL: Gedilza Holanda da Silva Mendonça (Preta) e Jovina Ferreira Lopes.
Quilombo Santa Rosa dos Pretos, MA: Josiclea (Zica) Pires da Silva e Josiane Pires da Silva.
Serra da Misericórdia, RJ: Sandra Regina da Silva, Vanessa Geraldino Gomes e Ana Paula Santos.