This book investigates the transit of texts, music, images, rituals, and ideas related to the con... more This book investigates the transit of texts, music, images, rituals, and ideas related to the concepts of sacrifice and conversion across the early modern Atlantic. When Europeans arrived on the American continent in the fifteenth and sixteenth centuries, they were confronted with what they perceived as sacrificial practices. Representations of Tupinamba cannibals, Aztecs slicing human hearts out, and idolatrous Incas flooded the early modern European imagination. But what Europe was experiencing within its borders was the cause of no lesser horror: during the early modern period no European region was left untouched by the disasters of war. This volume seeks to illumine a particular aspect of the mutual influences between the European invasions of the American continent and the crisis of Christianity during the Reformation and its aftermath: the conceptualization and repre- sentation of sacrifice. Because of its centrality in religious practices and systems, sacrifice becomes a crucial way to understand not only cultural exchange, but also the power struggle between American and European societies in colonial times. How do different cultures interpret sacrificial practices other than their own, and what is the role of these interpreta- tions in conversion processes? From the central perspective of sacrifice, the various articles in this book examine the encounter between European and American sacrificial conceptions — expressed in texts, music, rituals, or images — and their intellectual, cultural, religious, ideological, and artistic derivations.
Breve experiência de colonização francesa centrada em uma pequena ilha na baía de Guanabara, a Fr... more Breve experiência de colonização francesa centrada em uma pequena ilha na baía de Guanabara, a França Antártica gerou um corpus textual e iconográfico de grande impacto tanto em seu próprio tempo como nos séculos subsequentes. Neste livro, 12 ensaios analisam distintos aspectos desse impacto. Debruçando-se sobre diferentes suportes, tais como manuscritos, livros impressos, panfletos, gravuras, pinturas e talha em madeira, num percurso interdisciplinar e global que inclui relatos de viagem, narrativa contemporânea, poesia épica, balé modernista, catecismos tupi, entre outros gêneros do discurso, os textos revelam-nos aspectos pouco explorados dessa peculiar aventura.
Organizado por Maria Berbara, professora do Departamento de História e Teoria da Arte da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), é organizadora e tradutora de Cartas escolhidas, de Michelangelo Buonarroti (Editora da Unicamp, 2009). Renato Menezes, mestre em História pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é doutorando em História e Teoria da Arte pela École des Hautes Études em Sciences Sociales (Ehess). Sheila Hue, professora do Instituto de Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), é responsável pela edição comentada de 20 Sonetos, de Luís de Camões (Editora da Unicamp, 2018).
Com artigos de Ronaldo Vainfas, Frank Lestringant, Izabela Leal e Rafaella Dias Fernandez, Marcello Moreira, Paulo Castagna, Ruth Monserrat e Cândida Barros, Amy Buono, Maria Berbara, Sheila Hue, Maya Suemi Lemos, Paulo Knauss e Vera Beatriz Siqueira.
Além de ter realizado obras que, até os dias de hoje, se encontram entre as mais visitadas do mun... more Além de ter realizado obras que, até os dias de hoje, se encontram entre as mais visitadas do mundo, o escultor, pintor e arquiteto florentino Michelangelo Buonarroti (1475-1564) legou-nos uma importantíssima coleção de poemas e cerca de 490 cartas, a maioria autógrafas, que enviou a amigos e familiares, mas também a mecenas, literatos, papas e príncipes. Este livro oferece ao leitor uma tradução inédita, realizada diretamente do original italiano, de uma selação dessas cartas. Amparado por extenso aparato crítico, o livro inclui a contextualização e comentário individual de cada carta, trazendo à consideração investigações recentes sobre o artista.
Este ensaio propõe uma reflexão sobre o modo como a Covid-19 acelerou a crise da conferência – aq... more Este ensaio propõe uma reflexão sobre o modo como a Covid-19 acelerou a crise da conferência – aqui entendida, genericamente, como uma reunião científico-acadêmica. A pandemia acrescentou uma nova dimensão – a epidemiológica – a críticas de ordem econômica, social e ecológica que já vinham sendo formuladas em relação a esse tipo de evento. Por outro lado, conferências tiveram, desde o século XIX, papel fulcral na criação de uma rede global de desenvolvimento e cooperação acadêmica. Com o recente recrudescimento de posturas negacionistas e xenófobas em distintas partes do mundo, cumpre preservar e mesmo expandir esses espaços supranacionais de intercâmbio. Neste ensaio busca-se rascunhar algumas possíveis alternativas ao formato tradicional da conferência, prestando especial atenção ao campo das artes e história da arte.
Spolia Sancta. Reliquias y arte entre el Viejo y el Nuevo Mundo., 2023
Las reliquias, así como el martirio, se reactualizan en el siglo xvi en función de la expansión g... more Las reliquias, así como el martirio, se reactualizan en el siglo xvi en función de la expansión global del cristianismo. Ellas se relacionan con la universalidad de la «verdadera religión», y, en cuanto tal, la difusión extraeuropea de reliquias consa- gradas y prestigiosas se propone divinizar espacios periféricos. Por otro lado, el surgimiento de reliquias locales sirvió para conferir identidad nacional o regional a esos mismos espacios1. Los tupíes habitaban varias zonas de la costa del actual Brasil, extendiéndose entre la boca del río Amazonas y lo que hoy en día es el estado de São Paulo. La comprensión católica de la reliquia en cuanto un fragmento corpóreo dotado de propiedades sobrenaturales ha encontrado enorme resonancia en las sociedades tupíes durante la primera modernidad. En aquel ámbito fue posible detectar para- lelos entre el culto cristiano a restos mortales de personas consideradas santas y la percepción tupí de que los huesos –humanos y de otros animales– podrían de al- guna manera establecer puentes entre distintas esferas naturales y sobrenaturales. Este texto se concentrará en la intersección entre las percepciones cristiana y tupí de las propiedades mágicas de huesos humanos en la América portuguesa durante la primera modernidad.
Oxford Research Encyclopedia of Latin American History, 2021
There are at least two ways to think about the term “Brazilian colonial art.” It can refer, in ge... more There are at least two ways to think about the term “Brazilian colonial art.” It can refer, in general, to the art produced in the region presently known as Brazil between 1500, when navigator Pedro Álvares Cabral claimed the coastal territory for the Lusitanian crown, and the country’s independence in the early 19th century. It can also refer, more specifically, to the artistic manifestations produced in certain Brazilian regions—most notably Bahia, Minas Gerais, and Rio de Janeiro—over the 18th century and first decades of the 19th century. In other words, while denotatively it corresponds to the art produced in the period during which Brazil was a colony, it can also work as a metonym valid to indicate particular temporal and geographical arcs within this period. The reasons for its widespread metonymical use are related, on the one hand, to the survival of a relatively large number of art objects and buildings produced in these arcs, but also to a judicative value: at least since the 1920s, artists, historians, and cultivated Brazilians have tended to regard Brazilian colonial art—in its more specific meaning—as the greatest cultural product of those centuries. In this sense, Brazilian colonial art is often identified with the Baroque—to the extent that the terms “Brazilian Baroque,” “Brazilian colonial art,” and even “barroco mineiro” (i.e., Baroque produced in the province of Minas Gerais) may be used interchangeably by some scholars and, even more so, the general public.
The study of Brazilian colonial art is currently intermingled with the question of what should be understood as Brazil in the early modern period. Just like some 20th- and 21st-century scholars have been questioning, for example, the term “Italian Renaissance”—given the fact that Italy, as a political entity, did not exist until the 19th century—so have researchers problematized the concept of a unified term to designate the whole artistic production of the territory that would later become the Federative Republic of Brazil between the 16th and 19th centuries. This territory, moreover, encompassed a myriad of very different societies and languages originating from at least three different continents. Should the production, for example, of Tupi or Yoruba artworks be considered colonial? Or should they, instead, be understood as belonging to a distinctive path and independent art historical process? Is it viable to propose a transcultural academic approach without, at the same time, flattening the specificities and richness of the various societies that inhabited the territory? Recent scholarly work has been bringing together traditional historiographical references in Brazilian colonial art and perspectives from so-called “global art history.” These efforts have not only internationalized the field, but also made it multidisciplinary by combining researches in anthropology, ethnography, archaeology, history, and art history.
Em ilustrações de livros, gravuras e mapas europeus produzidos na primeira época moderna é comum ... more Em ilustrações de livros, gravuras e mapas europeus produzidos na primeira época moderna é comum representar o canibalismo através de mesas de abate sobre as quais seres humanos são desmembrados. Este artigo investiga os meandros globais percorridos pela mesa de açougueiro, ou de abate, antes de ser firmemente incorporada à iconografia do “canibalismo brasileiro”. Importantes precedentes são, de um lado, elementos retóricos e visuais remontantes à antropofagia mongol; de outro, a iconografia da profanação da hóstia e o conceito da contrafação do sagrado.
In many disciplines, current research approaches are rethinking the conventional narratives and definitions of various epochs by applying a global perspective. The term “Global Renaissance,” for instance, situates the Renaissance within the globalized world to argue that trade, commodities, patronage, overseas conflict, and cultural exchange were all key to the intellectual and cultural developments in the early modern period. As this cultural exchange was, of course, based on asymmetrical power dynamics between Europe and the rest of the world, art historian Maria Berbara addresses the question of whether this concept of a “Global Renaissance” can be considered a useful historical concept or historiographical tool.
Viver e Morrer na Peste. Epidemia na História, 2021
Em seu livro “The Columbian Exchange: Biological and Cultural Consequences of 1492”, Alfred W. Cr... more Em seu livro “The Columbian Exchange: Biological and Cultural Consequences of 1492”, Alfred W. Crosby formula a seguinte questão: a Europa recuperou-se da peste negra, mas o que teria sido dela se as hordas mongóis tivessem massivamente invadido o continente naquela mesma época? Embora se trate de um exercício de imaginação, certamente a história do mundo teria sido radicalmente diferente. Entretanto, algo parecido a essa conjunção de catástrofes ocorreu quando habitantes do “Velho Mundo” – isso é, europeus, asiáticos e africanos escravizados – aportaram no continente americano a partir de finais do século XV. Este artigo analisa algumas manifestações artístico-culturais do impacto das epidemias que assolaram o continente americano pós-invasão europeia, prestando especial atenção às formas pelas quais a crença na origem sobrenatural das doenças – partilhada tanto por europeus quanto por americanos – influenciou processos de conversão.
A coletânea na qual este texto está inserido tem um caráter de divulgação científica e é, portanto, acessível ao público não acadêmico.
This paper will try and investigate to what extent the visual representation of elements connecte... more This paper will try and investigate to what extent the visual representation of elements connected to its colonies served to legitimize Portuguese power in the first half of the 16th century. Was the representation of the exotic something exceptional, or was it a fundamental brick in the visual construction of the Portuguese empire? Was the quotation of these foreign elements meant to merely signify the universality of Portugal’s power, or were there other connotations to these borrowings? Did artists intend to embrace otherness or to praise the nation by portraying its conquests? In doing so, the paper will also deal with the examination of the key word “Manueline” in Portuguese art history and historiography.
In present-day imagination, perhaps few mythological characters could more aptly represent the qu... more In present-day imagination, perhaps few mythological characters could more aptly represent the quintessence of anger than Medea. This paper analyzes images and discourses connected to Medea's anger during the early modern period, with a special emphasis on its (neo-) Stoic interpretation in the Low Countries.
Proceedings of the 34th World Congress of Art History, 2019
The literary description and visual representation of American animals played a very important ro... more The literary description and visual representation of American animals played a very important role in the European perception and definition of America. In this process, American animals could be used as devices for 'othering'', i.e., for the formation of an identity construed as the other of Europe. This paper will analyze the particular case of the armadillo - perhaps, the only American animal to be systematically incorporated into European iconography in the 16th and 17th centuries. Armadillos were often represented as hybrids or monsters, and they were readily associated with elements or actions that became stereotypical in the construction of America – namely Tupinambás, animal hybridity, and cannibalism. The armadillo - a strange, unfamiliar animal in European eyes – thus came to embody the unreachable alterity of the natural world overseas. In spite of its gentle nature, in texts and images it would be associated with war, violence and degeneration.
This book investigates the transit of texts, music, images, rituals, and ideas related to the con... more This book investigates the transit of texts, music, images, rituals, and ideas related to the concepts of sacrifice and conversion across the early modern Atlantic. When Europeans arrived on the American continent in the fifteenth and sixteenth centuries, they were confronted with what they perceived as sacrificial practices. Representations of Tupinamba cannibals, Aztecs slicing human hearts out, and idolatrous Incas flooded the early modern European imagination. But what Europe was experiencing within its borders was the cause of no lesser horror: during the early modern period no European region was left untouched by the disasters of war. This volume seeks to illumine a particular aspect of the mutual influences between the European invasions of the American continent and the crisis of Christianity during the Reformation and its aftermath: the conceptualization and repre- sentation of sacrifice. Because of its centrality in religious practices and systems, sacrifice becomes a crucial way to understand not only cultural exchange, but also the power struggle between American and European societies in colonial times. How do different cultures interpret sacrificial practices other than their own, and what is the role of these interpreta- tions in conversion processes? From the central perspective of sacrifice, the various articles in this book examine the encounter between European and American sacrificial conceptions — expressed in texts, music, rituals, or images — and their intellectual, cultural, religious, ideological, and artistic derivations.
Breve experiência de colonização francesa centrada em uma pequena ilha na baía de Guanabara, a Fr... more Breve experiência de colonização francesa centrada em uma pequena ilha na baía de Guanabara, a França Antártica gerou um corpus textual e iconográfico de grande impacto tanto em seu próprio tempo como nos séculos subsequentes. Neste livro, 12 ensaios analisam distintos aspectos desse impacto. Debruçando-se sobre diferentes suportes, tais como manuscritos, livros impressos, panfletos, gravuras, pinturas e talha em madeira, num percurso interdisciplinar e global que inclui relatos de viagem, narrativa contemporânea, poesia épica, balé modernista, catecismos tupi, entre outros gêneros do discurso, os textos revelam-nos aspectos pouco explorados dessa peculiar aventura.
Organizado por Maria Berbara, professora do Departamento de História e Teoria da Arte da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), é organizadora e tradutora de Cartas escolhidas, de Michelangelo Buonarroti (Editora da Unicamp, 2009). Renato Menezes, mestre em História pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é doutorando em História e Teoria da Arte pela École des Hautes Études em Sciences Sociales (Ehess). Sheila Hue, professora do Instituto de Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), é responsável pela edição comentada de 20 Sonetos, de Luís de Camões (Editora da Unicamp, 2018).
Com artigos de Ronaldo Vainfas, Frank Lestringant, Izabela Leal e Rafaella Dias Fernandez, Marcello Moreira, Paulo Castagna, Ruth Monserrat e Cândida Barros, Amy Buono, Maria Berbara, Sheila Hue, Maya Suemi Lemos, Paulo Knauss e Vera Beatriz Siqueira.
Além de ter realizado obras que, até os dias de hoje, se encontram entre as mais visitadas do mun... more Além de ter realizado obras que, até os dias de hoje, se encontram entre as mais visitadas do mundo, o escultor, pintor e arquiteto florentino Michelangelo Buonarroti (1475-1564) legou-nos uma importantíssima coleção de poemas e cerca de 490 cartas, a maioria autógrafas, que enviou a amigos e familiares, mas também a mecenas, literatos, papas e príncipes. Este livro oferece ao leitor uma tradução inédita, realizada diretamente do original italiano, de uma selação dessas cartas. Amparado por extenso aparato crítico, o livro inclui a contextualização e comentário individual de cada carta, trazendo à consideração investigações recentes sobre o artista.
Este ensaio propõe uma reflexão sobre o modo como a Covid-19 acelerou a crise da conferência – aq... more Este ensaio propõe uma reflexão sobre o modo como a Covid-19 acelerou a crise da conferência – aqui entendida, genericamente, como uma reunião científico-acadêmica. A pandemia acrescentou uma nova dimensão – a epidemiológica – a críticas de ordem econômica, social e ecológica que já vinham sendo formuladas em relação a esse tipo de evento. Por outro lado, conferências tiveram, desde o século XIX, papel fulcral na criação de uma rede global de desenvolvimento e cooperação acadêmica. Com o recente recrudescimento de posturas negacionistas e xenófobas em distintas partes do mundo, cumpre preservar e mesmo expandir esses espaços supranacionais de intercâmbio. Neste ensaio busca-se rascunhar algumas possíveis alternativas ao formato tradicional da conferência, prestando especial atenção ao campo das artes e história da arte.
Spolia Sancta. Reliquias y arte entre el Viejo y el Nuevo Mundo., 2023
Las reliquias, así como el martirio, se reactualizan en el siglo xvi en función de la expansión g... more Las reliquias, así como el martirio, se reactualizan en el siglo xvi en función de la expansión global del cristianismo. Ellas se relacionan con la universalidad de la «verdadera religión», y, en cuanto tal, la difusión extraeuropea de reliquias consa- gradas y prestigiosas se propone divinizar espacios periféricos. Por otro lado, el surgimiento de reliquias locales sirvió para conferir identidad nacional o regional a esos mismos espacios1. Los tupíes habitaban varias zonas de la costa del actual Brasil, extendiéndose entre la boca del río Amazonas y lo que hoy en día es el estado de São Paulo. La comprensión católica de la reliquia en cuanto un fragmento corpóreo dotado de propiedades sobrenaturales ha encontrado enorme resonancia en las sociedades tupíes durante la primera modernidad. En aquel ámbito fue posible detectar para- lelos entre el culto cristiano a restos mortales de personas consideradas santas y la percepción tupí de que los huesos –humanos y de otros animales– podrían de al- guna manera establecer puentes entre distintas esferas naturales y sobrenaturales. Este texto se concentrará en la intersección entre las percepciones cristiana y tupí de las propiedades mágicas de huesos humanos en la América portuguesa durante la primera modernidad.
Oxford Research Encyclopedia of Latin American History, 2021
There are at least two ways to think about the term “Brazilian colonial art.” It can refer, in ge... more There are at least two ways to think about the term “Brazilian colonial art.” It can refer, in general, to the art produced in the region presently known as Brazil between 1500, when navigator Pedro Álvares Cabral claimed the coastal territory for the Lusitanian crown, and the country’s independence in the early 19th century. It can also refer, more specifically, to the artistic manifestations produced in certain Brazilian regions—most notably Bahia, Minas Gerais, and Rio de Janeiro—over the 18th century and first decades of the 19th century. In other words, while denotatively it corresponds to the art produced in the period during which Brazil was a colony, it can also work as a metonym valid to indicate particular temporal and geographical arcs within this period. The reasons for its widespread metonymical use are related, on the one hand, to the survival of a relatively large number of art objects and buildings produced in these arcs, but also to a judicative value: at least since the 1920s, artists, historians, and cultivated Brazilians have tended to regard Brazilian colonial art—in its more specific meaning—as the greatest cultural product of those centuries. In this sense, Brazilian colonial art is often identified with the Baroque—to the extent that the terms “Brazilian Baroque,” “Brazilian colonial art,” and even “barroco mineiro” (i.e., Baroque produced in the province of Minas Gerais) may be used interchangeably by some scholars and, even more so, the general public.
The study of Brazilian colonial art is currently intermingled with the question of what should be understood as Brazil in the early modern period. Just like some 20th- and 21st-century scholars have been questioning, for example, the term “Italian Renaissance”—given the fact that Italy, as a political entity, did not exist until the 19th century—so have researchers problematized the concept of a unified term to designate the whole artistic production of the territory that would later become the Federative Republic of Brazil between the 16th and 19th centuries. This territory, moreover, encompassed a myriad of very different societies and languages originating from at least three different continents. Should the production, for example, of Tupi or Yoruba artworks be considered colonial? Or should they, instead, be understood as belonging to a distinctive path and independent art historical process? Is it viable to propose a transcultural academic approach without, at the same time, flattening the specificities and richness of the various societies that inhabited the territory? Recent scholarly work has been bringing together traditional historiographical references in Brazilian colonial art and perspectives from so-called “global art history.” These efforts have not only internationalized the field, but also made it multidisciplinary by combining researches in anthropology, ethnography, archaeology, history, and art history.
Em ilustrações de livros, gravuras e mapas europeus produzidos na primeira época moderna é comum ... more Em ilustrações de livros, gravuras e mapas europeus produzidos na primeira época moderna é comum representar o canibalismo através de mesas de abate sobre as quais seres humanos são desmembrados. Este artigo investiga os meandros globais percorridos pela mesa de açougueiro, ou de abate, antes de ser firmemente incorporada à iconografia do “canibalismo brasileiro”. Importantes precedentes são, de um lado, elementos retóricos e visuais remontantes à antropofagia mongol; de outro, a iconografia da profanação da hóstia e o conceito da contrafação do sagrado.
In many disciplines, current research approaches are rethinking the conventional narratives and definitions of various epochs by applying a global perspective. The term “Global Renaissance,” for instance, situates the Renaissance within the globalized world to argue that trade, commodities, patronage, overseas conflict, and cultural exchange were all key to the intellectual and cultural developments in the early modern period. As this cultural exchange was, of course, based on asymmetrical power dynamics between Europe and the rest of the world, art historian Maria Berbara addresses the question of whether this concept of a “Global Renaissance” can be considered a useful historical concept or historiographical tool.
Viver e Morrer na Peste. Epidemia na História, 2021
Em seu livro “The Columbian Exchange: Biological and Cultural Consequences of 1492”, Alfred W. Cr... more Em seu livro “The Columbian Exchange: Biological and Cultural Consequences of 1492”, Alfred W. Crosby formula a seguinte questão: a Europa recuperou-se da peste negra, mas o que teria sido dela se as hordas mongóis tivessem massivamente invadido o continente naquela mesma época? Embora se trate de um exercício de imaginação, certamente a história do mundo teria sido radicalmente diferente. Entretanto, algo parecido a essa conjunção de catástrofes ocorreu quando habitantes do “Velho Mundo” – isso é, europeus, asiáticos e africanos escravizados – aportaram no continente americano a partir de finais do século XV. Este artigo analisa algumas manifestações artístico-culturais do impacto das epidemias que assolaram o continente americano pós-invasão europeia, prestando especial atenção às formas pelas quais a crença na origem sobrenatural das doenças – partilhada tanto por europeus quanto por americanos – influenciou processos de conversão.
A coletânea na qual este texto está inserido tem um caráter de divulgação científica e é, portanto, acessível ao público não acadêmico.
This paper will try and investigate to what extent the visual representation of elements connecte... more This paper will try and investigate to what extent the visual representation of elements connected to its colonies served to legitimize Portuguese power in the first half of the 16th century. Was the representation of the exotic something exceptional, or was it a fundamental brick in the visual construction of the Portuguese empire? Was the quotation of these foreign elements meant to merely signify the universality of Portugal’s power, or were there other connotations to these borrowings? Did artists intend to embrace otherness or to praise the nation by portraying its conquests? In doing so, the paper will also deal with the examination of the key word “Manueline” in Portuguese art history and historiography.
In present-day imagination, perhaps few mythological characters could more aptly represent the qu... more In present-day imagination, perhaps few mythological characters could more aptly represent the quintessence of anger than Medea. This paper analyzes images and discourses connected to Medea's anger during the early modern period, with a special emphasis on its (neo-) Stoic interpretation in the Low Countries.
Proceedings of the 34th World Congress of Art History, 2019
The literary description and visual representation of American animals played a very important ro... more The literary description and visual representation of American animals played a very important role in the European perception and definition of America. In this process, American animals could be used as devices for 'othering'', i.e., for the formation of an identity construed as the other of Europe. This paper will analyze the particular case of the armadillo - perhaps, the only American animal to be systematically incorporated into European iconography in the 16th and 17th centuries. Armadillos were often represented as hybrids or monsters, and they were readily associated with elements or actions that became stereotypical in the construction of America – namely Tupinambás, animal hybridity, and cannibalism. The armadillo - a strange, unfamiliar animal in European eyes – thus came to embody the unreachable alterity of the natural world overseas. In spite of its gentle nature, in texts and images it would be associated with war, violence and degeneration.
This paper focuses on Teresa of Avila and her representation in visual arts during the early-mod... more This paper focuses on Teresa of Avila and her representation in visual arts during the early-modern period – especially the first half of the 17th century – with emphasis on her experience of pain. How did Teresa describe her own pain during ecstasies and higher levels of prayer, and what did this suffering mean to her? Was Teresa’s construction of pain in tune with that of most 16th century catholic saints and with the medieval tradition? Did her texts somehow influenced – and/or were influenced by – contemporary visual arts? To what extent was there a correspondence between Teresa’s iconography and her writings, as far as pain was concerned? How were Teresa’s writings on pain interpreted by early-modern artists?
Zoonoses são doenças infecciosas causadas por patógenos que saltam de não-humanos para humanos. A... more Zoonoses são doenças infecciosas causadas por patógenos que saltam de não-humanos para humanos. Algumas das doenças zoonóticas mais conhecidas e perigosas são ebola, "doença da vaca louca" (EEB), gripe aviária, gripe suína, raiva, e, mais recentemente, Covid-19. Este artigo traça algumas considerações sobre a representação visual das zoonoses na contemporaneidade e estabelece uma breve análise comparativa sobre a relação entre humanos e seu alimento em dois modelos de consumo cárneo: o abate ritual entre os Tupinambá nos séculos XVI e XVII e a atual produção pecuária industrial.
https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/figura/article/view/13581
This paper will investi... more https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/figura/article/view/13581 This paper will investigate the iconography of a group of sacrificial scenes attributed to Correggio and his atelier in San Giovanni Evangelista, Parma. The scenes, which appear in a painted frieze in the central nave of the church, consist of a series of frescoes divided into thirteen sections of 4.60m one each above the six arches on either side, and a larger one above the entrance, on the west wall. In each section, there appear a prophet holding an inscription in Latin; a sybil with one in Greek; and an alternate sacrificial scene typifying respectively the faith of the Jews (with a burning ram) and that of the Gentiles (with the inscription DEO IGNOTO). The iconographical program of the frieze, which is undoubtedly related to the frescoes at the cupola, presents an extraordinary complexity, revealing a degree of erudition characteristic of the artistic circles of Parma and of the St Benedictine Rule, whose monks were probably responsible for the whole project. This paper will compare these paintings to other contemporary works incorporating Jewish and Greco-Roman forms of sacrifice into Christian iconographical programs, pointing out their differences and similarities.
O texto analisa a iconografia da rede de dormir em algumas ilustrações de livros publicados no sé... more O texto analisa a iconografia da rede de dormir em algumas ilustrações de livros publicados no século XVI. Faz parte do catálogo da exposição "Vaivém", realizada com a curadoria de Raphael Fonseca no CCBB (São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Belo Horizonte) em 2019. O catálogo completo está disponível para download no site do CCBB.
In recent years, the idea of a global Renaissance has had an enormous influence on the field of a... more In recent years, the idea of a global Renaissance has had an enormous influence on the field of art history. In the Iberian Peninsula and in Latin America, current discussions about the global Renaissance have had to do with the impact of European expansionism and colonialism upon local cultures and artistic traditions. This panel explores the transfer of Italian Renaissance theories of art to the Iberian world from the sixteenth century onwards. We address the following issues: How did Italian Renaissance art theories filter perceptions and descriptions of images and objects manufactured by "other" cultures? What was the connection between Renaissance art theories, particularly those that emerged from Tridentine discussions, and the teaching of "ways of seeing" in a colonial context? How did these theories of art influence the training of painters and sculptors as a strategy in the formation of Christian subjects? What was the bearing of the Italian Renaissance on the writing of local art histories?
The expansion of the Lusitanian Empire in the late 15th century and early 16th century - combined... more The expansion of the Lusitanian Empire in the late 15th century and early 16th century - combined with other important historical events in the field of transportation, communication and printing – was a key element in a new age of globalization. This period – during which Lisbon became one of the most cosmopolitan cities in Europe – saw the construction of a transoceanic web characterised by constant commercial, cultural, artistic and social interaction between Europeans and non-Europeans. Images and discourses related to the Portuguese Empire and expansion during the Early Modern Period were often permeated by millenarian implications, colonial conquests being understood as the fulfilment of biblical prophecies. In the following centuries, these views would undergo important transformations, but essentially they would survive well into the 19th century, when Rio de Janeiro was chosen as the new capital of the Lusitanian Empire. Visual constructions of the Portuguese Empire could go back to arcane formal values and nationalistic traditions, or they could make use of classical idioms; they could incorporate (geographical) otherness in order to fabricate a universal image of the nation, or, just on the contrary, they could prefer traditional, local, aesthetic solutions. This paper will deal with the – sometimes contrasting – views of imperial Portugal in Italy, Portugal and the New World - particularly Brazil – in three key moments: the reign of Dom Manuel I; 1640, when, after the end of the Spanish annexation, new images and discourses on the Portuguese Empire begun to take shape, and 1808, when the Portuguese court landed in Rio de Janeiro.
O Quinhentos é um dos séculos em que mais se viajou na história ocidental; não somente as grandes... more O Quinhentos é um dos séculos em que mais se viajou na história ocidental; não somente as grandes navegações, mas também viagens intra-européias redefiniram o desenho e as dimensões do mundo. A idéia quase universal de que há uma relação intrínseca, necessária, entre uma cultura de trânsito e um grau elevado de sofisticação intelectual, de que o provincianismo é a condição primeira da estagnação cultural, artística e psicológica, de que a interação com o outro é prerrogativa da liberdade e grandeza de espírito, tornou-se um sólido pilar do humanismo renascentista. Durante um período breve, mas intenso – a saber, aproximadamente entre as últimas décadas do Quatrocentos e a terceira do Quinhentos – Portugal esteve no epicentro do mundo. Para lá confluíam Ásia, África e América, e, conversamente, em solo lusitano nasceram espíritos tão cosmopolitas como Damião de Góis ou João de Barros. Por outro lado – de modo muito similar ao que ocorre atualmente – surge também na Portugal desses anos um contra-movimento no sentido da permanência em solo pátrio, da fidelidade às origens agrárias e sedentárias, da pureza racial e cultural, da xenofobia .
O renascimento português parece ter-se caracterizado não somente pela tensão nacional/estrangeiro, mas também passado/futuro: ao mesmo tempo em que cientistas e intelectuais saudavam a descoberta de novos horizontes geográficos e culturais, humanistas como Francisco de Hollanda propõe a descoberta da antiguidade romana: não somente de uma alteridade geográfica tratava-se, mas temporal; antigos gregos e romanos não estavam isolados no passado, mas renasciam no presente e plantavam-se no futuro que Portugal almejava para si.
No campo das artes visuais, a construção da trajetória portuguesa durante o Renascimento deu-se, freqüentemente, a partir de uma sucessão de assimilações ou exclusões do outro. Borgonha, Flandres, Itália e Espanha formam, com Portugal, uma longa sucessão de binômios (“estilo luso-flamengo”, “estilo luso-italiano”, etc.) que serve como fio condutor da historiografia da arte tradicional. Por outro lado, intelectuais como Joaquim Barradas de Carvalho - eminente historiador português de formação francesa – dedicaram enormes esforços em buscar e definir a “especificidade” do Renascimento português.
Nesta comunicação serão abordados alguns aspectos da relação entre Portugal e o outro durante o Renascimento, com ênfase na realização artística portuguesa. No campo dos paradigmas histórico-artísticos, tema fundamental deste colóquio, a presente comunicação pretende apontar a transdisciplinaridade como uma vertente contemporânea no âmbito dos estudos humanísticos, em seu sentido lato. Passada a tendência à hiper-especialização, muitos historiadores da arte buscam atualmente superar as restritivas barreiras impostas pela rigidez da compartimentação acadêmica, pesquisando temas e levantando problemas que envolvam simultaneamente questões tradicionalmente vinculadas a categorias independentes do conhecimento - como história, literatura, filosofia, teologia, línguas clássicas, psicologia, medicina ou matemática; analogamente ao próprio tema abordado, o “outro” da história da arte.
From Tupinambá anthropophagi to ‘bloodthirsty Aztecs’ or ‘child-killing Incas’, American (human) ... more From Tupinambá anthropophagi to ‘bloodthirsty Aztecs’ or ‘child-killing Incas’, American (human) sacrifices flooded the European imagination in the sixteenth century. In Europe, these images interacted with a heated debate about salvation, the Eucharist, and the role of sacrifice within Christianity. Far from being restricted to universities, monasteries or courts, this debate penetrated European societies at every level and informed the violent struggles of the sixteenth and seventeenth centuries. This conference will address the various ways in which images and discourses on American sacrificial practices impacted the religious debates taking place in Europe in the sixteenth century and, conversely, how these debates affected the perception and interpretation of American sacrifice. At the same time, it will examine the extent to which European conceptions of these sacrificial practices influenced projects and processes of Christian conversion.
This international conference is the first to address relics from a transatlantic perspective. It... more This international conference is the first to address relics from a transatlantic perspective. It aims to explore art historical issues regarding relics and reliquaries in the early modern period in the Iberian world. By bringing together papers that deal both with the Iberian Peninsula and Latin America, we also wish to provide a forum for wider discussion and debate regarding the presumed 'shared histories' of these territories as far as concerns relics and reliquaries, objects which are as peculiar as they are inextricably tied to the Catholic societies of this age.
Webinar com Evelyne Azevedo, Tamara Quírico, Maria Berbara, Carolina Martínez e Alexandre Ragazzi... more Webinar com Evelyne Azevedo, Tamara Quírico, Maria Berbara, Carolina Martínez e Alexandre Ragazzi.
En décadas recientes ha habido un notable aumento de estudios sobre las reliquias en el ámbito eu... more En décadas recientes ha habido un notable aumento de estudios sobre las reliquias en el ámbito europeo; en comparación, son mucho menos comunes las aproximaciones renovadoras al respecto para los territorios que abarcó la Monarquía Hispánica. Tampoco abundan trabajos que relacionen la historia religiosa, política y social con aspectos artísticos y materiales de la configuración y presentación de las reliquias. Dados estos precedentes, este Seminario propone, por una parte, ampliar el marco geográfico de estudio bajo la hipótesis de que una visión más globalizada –tanto hispánica como iberoamericana– puede arrojar luz sobre los procesos de circulación y definición estatutaria de las reliquias; y por otra, devolver a las cuestiones expositivas de los relicarios y su emplazamiento la centralidad que merecen y que es además necesaria para comprender tales objetos. Este seminario se inscribe en el marco del Proyecto Nacional I+D de Excelencia: "Spolia Sancta. Fragmentos y envolturas de sacralidad entre el Viejo y el Nuevo Mundo" (HAR2017-82713-P).
El Simposio Internacional “Keimelia/Leipsana. Reliquias y memoria entre la Antigüedad y el Mundo ... more El Simposio Internacional “Keimelia/Leipsana. Reliquias y memoria entre la Antigüedad y el Mundo Moderno” pretende mostrar a público general, investigadores y jóvenes estudiantes de Humanidades cómo los estudios transversales sobre la pervivencia de usos culturales y mentalidades del Mediterráneo antiguo en la temprana Edad Moderna pueden alumbrar un fértil ámbito de colaboración multidisciplinar en torno a la (re)apropiación y circulación global de los 'spolia' corporales y objetuales.
Table of contents: "Introduction" by Maria Berbara, Roberto Conduru and Vera Beatriz Siqueira | 1... more Table of contents: "Introduction" by Maria Berbara, Roberto Conduru and Vera Beatriz Siqueira | 1. "Between heroism and martyrdom: considerations regarding the representation of the Latin American hero in the 19th century" by Maria Berbara | 2. "Nostalgia of the Empire: the arrival of the portrait of Ferdinand VII in Manila in 1825" by Ninel Valderrama Negrón | 3. "From Monument to Body: Reinventing Sucre’s Memory in Quito (1892-1900)" by Carmen Fernández-Salvador | 4. "Two panoramas of America in London: Mexico City (1826) and Rio de Janeiro (1828)" by Carla Hermann | 5. "Demarcation image and the experience of landscapes as a geographical truth. Photographs" by Francisco Moreno, 1897 by Catalina Valdés E. | 6. "Gazes on water. The trajectory of modernity in the images of Buenos Aires from the Rio de la Plata: 1910-1936" by Catalina V. Fara | 7. "With ruins as a guide: three suburban villas in Mexico City" by Hugo Arciniega Ávila | 8. "An eulogy for pots" by Deborah Dorotinsky Alperstein | 9. "Configuring Latin America: the views by Rugendas and Marianne North" by Vera Beatriz Siqueira | 10. “'Parla, diavolo!': Almeida Reis and Michelangelo's shadow by" Renato Menezes Ramos | 11. "The Entrance of Women to the Art Academies in Brazil and Mexico: a Comparative Overview" by Ursula Tania Estrada López | 12. "Manuel de Araújo Porto-Alegre and the institutional origins of art criticism in Brazil" by Marcos Florence Martins Santos | 13. "El Gráfico and the Quest for a National Art in Colombia by María Clara Bernal" | 14. "Latin America and the idea of a 'global modernity', 1895-1915" by María Isabel Baldasarre
Sumário: "Apresentação" por Maria Berbara, Roberto Conduru e Vera Beatriz Siqueira | 1. "Entre e... more Sumário: "Apresentação" por Maria Berbara, Roberto Conduru e Vera Beatriz Siqueira | 1. "Entre el heroísmo y el martirio: consideraciones sobre la representación del héroe latino-americano en el siglo XIX" por Maria Berbara | 2. "La nostalgia del Imperio: la entrada del retrato de Fernando VII a Manila en 1825" por Ninel Valderrama Negrón; | 3. "De monumento a cuerpo: reinventando la memoria de Sucre en Quito (1892-1900)" por Carmen Fernández-Salvador; | 4. "Dois panoramas da América em Londres: Cidade do México (1826) e Rio de Janeiro (1828)" por Carla Hermann; | 5. "La imagen demarcatoria y la experiencia de paisaje como verdad geográfica. Fotografías de Francisco Pascasio Moreno, 1897" por Catalina Valdés E.; | 6. "Miradas sobre el agua. Recorridos de la modernidad en las imágenes de Buenos Aires desde el Río de la Plata: 1910-1936" por Catalina V. Fara; | 7. "Con la ruina como guía: tres villas suburbanas en la Ciudad de México" por Hugo Arciniega Ávila; | 8. "Elogio de las ollas" por Deborah Dorotinsky Alperstein; | 9. "Configurando a América Latina: as visões de Rugendas e Marianne North" por Vera Beatriz Siqueira; | 10. “'Parla, diavolo': Almeida Reis e a sombra de Michelangelo" por Renato Menezes Ramos; | 11. "El ingreso de mujeres a las academias de arte de Brasil y México: un panorama comparativo" por Ursula Tania Estrada López; | 12. "Manuel de Araújo Porto-Alegre e as origens institucionais da crítica de arte no Brasil" por Marcos Florence Martins Santos; | 13. "El Gráfico y la búsqueda de un arte nacional en Colombia" por María Clara Bernal; | 14. "América Latina y la idea de una 'modernidad global', 1895-1915" por María Isabel Baldasarre
Table of contents: "Introduction" by Maria Berbara, Roberto Conduru and Vera Beatriz Siqueira | 1... more Table of contents: "Introduction" by Maria Berbara, Roberto Conduru and Vera Beatriz Siqueira | 1. "The pre-Hispanic tradition in Ricardo Rojas’ Americanist proposal: an analysis of El Silabario de la Decoración americana (The Syllabary of American Decoration)" by María Alba Bovisio | 2. "Katú Kama-rãh: friendship, image and text according to Algot Lange" by Raphael Fonseca | 3. "The construction of a discourse based on the drawings in the archaeological albums of Manuel Martínez Gracida (Oaxaca, 1910) and Liborio Zerda (Bogota, ca. 1895)" by Carolina Vanegas Carrasco and Hiram Villalobos Audiffred | 4. "The poetic ethnography of Correia Dias: a tour of indigenous traditions from Dias’ mythical pool" by Amanda Reis Tavares Pereira | 5. "The modernist experience in travels: some possibilities" by Renata Oliveira Caetano | 6. "Under the Designs of Gods: Il Guarany and Atzimba" by Jaime Aldaraca Ferrao | 7. "Sculpture and indianism(s) in 19th century Brazil" by Alberto Martín Chillón | 8. "New World Portraits" by Jacqueline Medeiros | 9. "Figari, Goeldi, Africanity - contexts" by Roberto Conduru | 10. "The others. Oriental, Afro-American and Indigenous presence in the representation of women in the Argentine illustrated periodical press of the early 20th century" by Julia Ariza | 11. "Lola Mora’s Fuente de las Nereidas (Fountain of the Nereids): a new look at an old controversy" by Georgina G. Gluzman | 12. "Modern experimentation with images in gaucho literary publications: Luis Perez’ and Hilario Ascasubi’s newspapers" por Juan Albin
Sumário: "Apresentação" por Maria Berbara, Roberto Conduru e Vera Beatriz Siqueira | 1. "La trad... more Sumário: "Apresentação" por Maria Berbara, Roberto Conduru e Vera Beatriz Siqueira | 1. "La tradición prehispánica en la propuesta americanista de Ricardo Rojas: un análisis de El Silabario de la Decoración americana" por María Alba Bovisio | 2. "Amizade, imagem e texto segundo Algot Lange" por Raphael Fonseca | 3. "La construcción de discurso a partir del dibujo en los álbumes arqueológicos de Manuel Martínez Gracida y Liborio Zerda" por Carolina Vanegas Carrasco e Hiram Villalobos Audiffred | 4. "A etnografia poética de Correia Dias: um passeio pela tradição indígena de sua piscina mítica" por Amanda Reis Tavares Pereira | 5. "A experiência modernista em viagens" por Renata Oliveira Caetano | 6. "Bajo el designio de los dioses: Il Guarany y Atzimba" por Jaime Aldaraca Ferrao | 7. "Escultura e indianismo(s) no Brasil oitocentista" por Alberto Martín Chillón | 8. "Retratos do Novo Mundo" por Jacqueline Medeiros | 9. "Figari, Goeldi, africanidade - contextos" por Roberto Conduru | 10. "Presencia de lo oriental, lo afroamericano y lo indígena en la representación de mujeres en la prensa periódica ilustrada argentina de las primeras décadas del siglo XX" por Julia Ariza | 11. "La Fuente de las nereidas de Lola Mora" por Georgina G. Gluzman | 12. "La experimentación moderna con las imágenes en las publicaciones de la literatura gauchesca: los periódicos de Luis Pérez e Hilario Ascasubi" por Juan Albin
Leonardo da Vinci faleceu em Clos Lucé, um belo château localizado na região central do Val de Lo... more Leonardo da Vinci faleceu em Clos Lucé, um belo château localizado na região central do Val de Loire, França, em maio de 1519. Em seus sessenta e sete anos de vida, o grande polímata toscano havia não apenas pintado obras de arte assombrosas, mas também se dedicado ao estudo da anatomia humana e de diversos outros animais; criado artilúgios militares e bélicos; inventado máquinas de voo e submersão aquática; estudado ótica, geometria e matemática; teorizado sobre as artes e expressado, em diversos escritos, uma visão de mundo profunda, inovadora e extraordinariamente sensível. Quinhentos anos mais tarde, edições, eventos e mostras realizadas em várias partes do mundo o recordaram e celebraram. O Louvre, por exemplo, organizou uma grande exposição incluindo as cinco pinturas e vinte e dois desenhos do mestre que se encontram em seus acervos, além de documentos, análises de laboratório e obras de artistas próximos ao mestre; exposições de desenhos e códices foram montadas em Londres, Florença, Veneza e Turim; conferências foram organizadas e edições especiais lançadas em todo o mundo. O livro Leonardo in Britain, publicado pela editora Leo Olschi na renomada série "Biblioteca Leonardiana. Studi e documenti", faz parte dessas celebrações pelo 500º aniversário de sua morte.
O Renascimento é um fenômeno cultural, social, ideológico e político essencialmente europeu. O te... more O Renascimento é um fenômeno cultural, social, ideológico e político essencialmente europeu. O termo “renascimento” é cunhado na Itália e faz referência à retomada de valores retórico-visuais remontantes à Antiguidade Greco-Romana. Durante muitos séculos, de fato, o Renascimento era considerado, mais que europeu, italiano, e foi somente do longo do século XX que começaram a consolidar-se narrativas, por exemplo, de um Renascimento Ibérico ou Flamengo. Mais recentemente, a partir sobretudo da segunda década do século XXI, surgiram diversas pesquisas em uma nova área: o assim chamado Renascimento Global. Neste episódio discutiremos como esse crescente campo procura aproximar investigações multidisciplinares sobre o renascimento de geografias extra-européias, concentrando-se em intercâmbios artísticos, culturais e materiais entre a África, América, Ásia e Europa.
Convidadas: Amy Buono e Carolina Martínez
Host: Maria Berbara
Neste episódio discutiremos a repatriação de objetos artísticos, que se entende como a devolução ... more Neste episódio discutiremos a repatriação de objetos artísticos, que se entende como a devolução desses objetos às regiões nas quais foram originalmente produzidos. Embora debates sobre a ética envolvendo a aquisição de objetos artísticos remontem à Antiguidade, foi a partir de meados do século XX que se começou a discutir em profundidade a necessidade de devolver às suas regiões de origem objetos saqueados pelas grandes potências coloniais modernas.
Convidados: Rafael Cardoso e Raphael Fonseca
Host: Maria Berbara
Embora a ideia de estudar comparativamente a arte produzida em distintas partes do mundo não seja... more Embora a ideia de estudar comparativamente a arte produzida em distintas partes do mundo não seja recente, nas duas primeiras décadas do século XXI intensificou-se o que viria a ser chamado de “global turn”, ou “viragem global”, no campo da história da arte. Uma premissa central da história da arte global é a necessidade de criar uma percepção multicêntrica do mundo, da cultura e das artes. A história da arte global ambiciona ser inclusiva e valorizar temporalidades e geografias tradicionalmente consideradas periféricas, ou menos influentes. Paralelamente, busca também criar abordagens transculturais que desestabilizem narrativas nacionalistas ou regionalistas da arte. Discutiremos essas importantes questões neste primeiro episódio.
Convidados: Ana Magalhães e Jens Baumgarten
Host: Maria Berbara
Programa Estatal de I+D+i Modalidad Generación de Conocimiento
Referencia PID2020-117094GB-I00.
... more Programa Estatal de I+D+i Modalidad Generación de Conocimiento Referencia PID2020-117094GB-I00.
IP1 Juan Luis González García (UAM) IP2 Sara Fuentes Lázaro (UDIMA)
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Books by Maria Berbara
Organizado por
Maria Berbara, professora do Departamento de História e Teoria da Arte da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), é organizadora e tradutora de Cartas escolhidas, de Michelangelo Buonarroti (Editora da Unicamp, 2009).
Renato Menezes, mestre em História pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é doutorando em História e Teoria da Arte pela École des Hautes Études em Sciences Sociales (Ehess).
Sheila Hue, professora do Instituto de Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), é responsável pela edição comentada de 20 Sonetos, de Luís de Camões (Editora da Unicamp, 2018).
Com artigos de
Ronaldo Vainfas, Frank Lestringant, Izabela Leal e Rafaella Dias Fernandez, Marcello Moreira, Paulo Castagna, Ruth Monserrat e Cândida Barros, Amy Buono, Maria Berbara, Sheila Hue, Maya Suemi Lemos, Paulo Knauss e Vera Beatriz Siqueira.
Leia as 20 primeiras páginas no site da editora:
https://editoraunicamp.com.br/produto/549/franca-antartica-ensaios-interdisciplinares
Papers by Maria Berbara
recrudescimento de posturas negacionistas e xenófobas em distintas partes do mundo, cumpre preservar e mesmo expandir esses espaços supranacionais de intercâmbio. Neste ensaio busca-se rascunhar algumas possíveis alternativas ao formato tradicional da conferência, prestando especial atenção ao campo das artes e história da arte.
Los tupíes habitaban varias zonas de la costa del actual Brasil, extendiéndose entre la boca del río Amazonas y lo que hoy en día es el estado de São Paulo. La comprensión católica de la reliquia en cuanto un fragmento corpóreo dotado de propiedades sobrenaturales ha encontrado enorme resonancia en las sociedades tupíes durante la primera modernidad. En aquel ámbito fue posible detectar para- lelos entre el culto cristiano a restos mortales de personas consideradas santas y la percepción tupí de que los huesos –humanos y de otros animales– podrían de al- guna manera establecer puentes entre distintas esferas naturales y sobrenaturales. Este texto se concentrará en la intersección entre las percepciones cristiana y tupí de las propiedades mágicas de huesos humanos en la América portuguesa durante la primera modernidad.
The study of Brazilian colonial art is currently intermingled with the question of what should be understood as Brazil in the early modern period. Just like some 20th- and 21st-century scholars have been questioning, for example, the term “Italian Renaissance”—given the fact that Italy, as a political entity, did not exist until the 19th century—so have researchers problematized the concept of a unified term to designate the whole artistic production of the territory that would later become the Federative Republic of Brazil between the 16th and 19th centuries. This territory, moreover, encompassed a myriad of very different societies and languages originating from at least three different continents. Should the production, for example, of Tupi or Yoruba artworks be considered colonial? Or should they, instead, be understood as belonging to a distinctive path and independent art historical process? Is it viable to propose a transcultural academic approach without, at the same time, flattening the specificities and richness of the various societies that inhabited the territory? Recent scholarly work has been bringing together traditional historiographical references in Brazilian colonial art and perspectives from so-called “global art history.” These efforts have not only internationalized the field, but also made it multidisciplinary by combining researches in anthropology, ethnography, archaeology, history, and art history.
In many disciplines, current research approaches are rethinking the conventional narratives and definitions of various epochs by applying a global perspective. The term “Global Renaissance,” for instance, situates the Renaissance within the globalized world to argue that trade, commodities, patronage, overseas conflict, and cultural exchange were all key to the intellectual and cultural developments in the early modern period. As this cultural exchange was, of course, based on asymmetrical power dynamics between Europe and the rest of the world, art historian Maria Berbara addresses the question of whether this concept of a “Global Renaissance” can be considered a useful historical concept or historiographical tool.
A coletânea na qual este texto está inserido tem um caráter de divulgação científica e é, portanto, acessível ao público não acadêmico.
This paper will analyze the particular case of the armadillo - perhaps, the only American animal to be systematically incorporated into European iconography in the 16th and 17th centuries. Armadillos were often represented as hybrids or monsters, and they were readily associated with elements or actions that became stereotypical in the construction of America – namely Tupinambás, animal hybridity, and cannibalism. The armadillo - a strange, unfamiliar animal in European eyes – thus came to embody the unreachable alterity of the natural world overseas. In spite of its gentle nature, in texts and images it would be associated with war, violence and degeneration.
Organizado por
Maria Berbara, professora do Departamento de História e Teoria da Arte da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), é organizadora e tradutora de Cartas escolhidas, de Michelangelo Buonarroti (Editora da Unicamp, 2009).
Renato Menezes, mestre em História pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é doutorando em História e Teoria da Arte pela École des Hautes Études em Sciences Sociales (Ehess).
Sheila Hue, professora do Instituto de Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), é responsável pela edição comentada de 20 Sonetos, de Luís de Camões (Editora da Unicamp, 2018).
Com artigos de
Ronaldo Vainfas, Frank Lestringant, Izabela Leal e Rafaella Dias Fernandez, Marcello Moreira, Paulo Castagna, Ruth Monserrat e Cândida Barros, Amy Buono, Maria Berbara, Sheila Hue, Maya Suemi Lemos, Paulo Knauss e Vera Beatriz Siqueira.
Leia as 20 primeiras páginas no site da editora:
https://editoraunicamp.com.br/produto/549/franca-antartica-ensaios-interdisciplinares
recrudescimento de posturas negacionistas e xenófobas em distintas partes do mundo, cumpre preservar e mesmo expandir esses espaços supranacionais de intercâmbio. Neste ensaio busca-se rascunhar algumas possíveis alternativas ao formato tradicional da conferência, prestando especial atenção ao campo das artes e história da arte.
Los tupíes habitaban varias zonas de la costa del actual Brasil, extendiéndose entre la boca del río Amazonas y lo que hoy en día es el estado de São Paulo. La comprensión católica de la reliquia en cuanto un fragmento corpóreo dotado de propiedades sobrenaturales ha encontrado enorme resonancia en las sociedades tupíes durante la primera modernidad. En aquel ámbito fue posible detectar para- lelos entre el culto cristiano a restos mortales de personas consideradas santas y la percepción tupí de que los huesos –humanos y de otros animales– podrían de al- guna manera establecer puentes entre distintas esferas naturales y sobrenaturales. Este texto se concentrará en la intersección entre las percepciones cristiana y tupí de las propiedades mágicas de huesos humanos en la América portuguesa durante la primera modernidad.
The study of Brazilian colonial art is currently intermingled with the question of what should be understood as Brazil in the early modern period. Just like some 20th- and 21st-century scholars have been questioning, for example, the term “Italian Renaissance”—given the fact that Italy, as a political entity, did not exist until the 19th century—so have researchers problematized the concept of a unified term to designate the whole artistic production of the territory that would later become the Federative Republic of Brazil between the 16th and 19th centuries. This territory, moreover, encompassed a myriad of very different societies and languages originating from at least three different continents. Should the production, for example, of Tupi or Yoruba artworks be considered colonial? Or should they, instead, be understood as belonging to a distinctive path and independent art historical process? Is it viable to propose a transcultural academic approach without, at the same time, flattening the specificities and richness of the various societies that inhabited the territory? Recent scholarly work has been bringing together traditional historiographical references in Brazilian colonial art and perspectives from so-called “global art history.” These efforts have not only internationalized the field, but also made it multidisciplinary by combining researches in anthropology, ethnography, archaeology, history, and art history.
In many disciplines, current research approaches are rethinking the conventional narratives and definitions of various epochs by applying a global perspective. The term “Global Renaissance,” for instance, situates the Renaissance within the globalized world to argue that trade, commodities, patronage, overseas conflict, and cultural exchange were all key to the intellectual and cultural developments in the early modern period. As this cultural exchange was, of course, based on asymmetrical power dynamics between Europe and the rest of the world, art historian Maria Berbara addresses the question of whether this concept of a “Global Renaissance” can be considered a useful historical concept or historiographical tool.
A coletânea na qual este texto está inserido tem um caráter de divulgação científica e é, portanto, acessível ao público não acadêmico.
This paper will analyze the particular case of the armadillo - perhaps, the only American animal to be systematically incorporated into European iconography in the 16th and 17th centuries. Armadillos were often represented as hybrids or monsters, and they were readily associated with elements or actions that became stereotypical in the construction of America – namely Tupinambás, animal hybridity, and cannibalism. The armadillo - a strange, unfamiliar animal in European eyes – thus came to embody the unreachable alterity of the natural world overseas. In spite of its gentle nature, in texts and images it would be associated with war, violence and degeneration.
This paper will investigate the iconography of a group of sacrificial scenes attributed to Correggio and his atelier in San Giovanni Evangelista, Parma. The scenes, which appear in a painted frieze in the central nave of the church, consist of a series of frescoes divided into thirteen sections of 4.60m one each above the six arches on either side, and a larger one above the entrance, on the west wall. In each section, there appear a prophet holding an inscription in Latin; a sybil with one in Greek; and an alternate sacrificial scene typifying respectively the faith of the Jews (with a burning ram) and that of the Gentiles (with the inscription DEO IGNOTO). The iconographical program of the frieze, which is undoubtedly related to the frescoes at the cupola, presents an extraordinary complexity, revealing a degree of erudition characteristic of the artistic circles of Parma and of the St Benedictine Rule, whose monks were probably responsible for the whole project. This paper will compare these paintings to other contemporary works incorporating Jewish and Greco-Roman forms of sacrifice into Christian iconographical programs, pointing out their differences and similarities.
O renascimento português parece ter-se caracterizado não somente pela tensão nacional/estrangeiro, mas também passado/futuro: ao mesmo tempo em que cientistas e intelectuais saudavam a descoberta de novos horizontes geográficos e culturais, humanistas como Francisco de Hollanda propõe a descoberta da antiguidade romana: não somente de uma alteridade geográfica tratava-se, mas temporal; antigos gregos e romanos não estavam isolados no passado, mas renasciam no presente e plantavam-se no futuro que Portugal almejava para si.
No campo das artes visuais, a construção da trajetória portuguesa durante o Renascimento deu-se, freqüentemente, a partir de uma sucessão de assimilações ou exclusões do outro. Borgonha, Flandres, Itália e Espanha formam, com Portugal, uma longa sucessão de binômios (“estilo luso-flamengo”, “estilo luso-italiano”, etc.) que serve como fio condutor da historiografia da arte tradicional. Por outro lado, intelectuais como Joaquim Barradas de Carvalho - eminente historiador português de formação francesa – dedicaram enormes esforços em buscar e definir a “especificidade” do Renascimento português.
Nesta comunicação serão abordados alguns aspectos da relação entre Portugal e o outro durante o Renascimento, com ênfase na realização artística portuguesa. No campo dos paradigmas histórico-artísticos, tema fundamental deste colóquio, a presente comunicação pretende apontar a transdisciplinaridade como uma vertente contemporânea no âmbito dos estudos humanísticos, em seu sentido lato. Passada a tendência à hiper-especialização, muitos historiadores da arte buscam atualmente superar as restritivas barreiras impostas pela rigidez da compartimentação acadêmica, pesquisando temas e levantando problemas que envolvam simultaneamente questões tradicionalmente vinculadas a categorias independentes do conhecimento - como história, literatura, filosofia, teologia, línguas clássicas, psicologia, medicina ou matemática; analogamente ao próprio tema abordado, o “outro” da história da arte.
https://www.youtube.com/watch?v=JfggJyr-Axs
09/06, 10 hs (UCT-3:00)
Convidadas: Amy Buono e Carolina Martínez
Host: Maria Berbara
https://www.youtube.com/watch?v=fWXoRM5myC0
Convidados: Rafael Cardoso e Raphael Fonseca
Host: Maria Berbara
https://www.youtube.com/watch?v=055P9AtfO-c&t=197s
Convidados: Ana Magalhães e Jens Baumgarten
Host: Maria Berbara
https://www.youtube.com/watch?v=jYctnBers34
Referencia PID2020-117094GB-I00.
IP1 Juan Luis González García (UAM)
IP2 Sara Fuentes Lázaro (UDIMA)