Leônidas da Silva eternizou-se no futebol como inventor da “bicicleta”,
ganhou o apelido de Diamante Negro e deixou na memória de milhares de
brasileiros a sua plasticidade em campo. Mais de dez anos após a sua morte, a
sua viúva, Dona Albertina Pereira dos Santos, de 87 anos, zela pela manutenção
de sua imagem. Dona de um acervo rico de lembranças do craque, ela doou o material ao Museu
da Fifa que será inaugurado no dia 28 de fevereiro, na Suíça.
- É muito importante. É toda a importância isso para mim.
Ficar na minha gaveta não quer dizer nada. Ficar em um museu que vai ser visto
pelo mundo inteiro, tenho certeza que ele vai ser honrado como merecia e
merecerá para o futuro que vem por ai, para essa criançada que vai saber quem
foi o Diamante - disse ao "SporTV News".
Apesar de nunca ter visto Leônidas jogar, a esposa o recorda como
o grande amor de sua vida. O casal esteve junto por 58 anos até a morte do
ex-jogador, em 2004. Dona Albertina recorda que o marido costumava dizer que
era melhor que o próprio rei do futebol, o Pelé.
- O meu grande amor durante 58 anos. Uma coisa que ele
falava, que se vocês quiserem cortar, podem cortar, é “eu sou Leônidas, eu fui
melhor que Pelé”. Falava para os amigos, que sabiam, que viram ele jogar. Sempre me
chamou de princesa, era muito glamoroso, inteligente – relembra.
Leônidas foi artilheiro da Copa do Mundo de 1938, no
Uruguai, e primeiro brasileiro a saltar aos olhos do mundo como jogador de
futebol. Chamado de homem-borracha e Diamante Negro, foi o inventor da
bicicleta. O ex-jogador faleceu em 2004 após lutar contra o mal de Alzheimer.