- Quero lutar muito, porque sou o melhor desta divisão. Já vi de tudo, nada me surpreende. Meus treinadores me ajudam muito. Não importa quão forte eles me acertem, eu volto sempre mais forte. Eu treino muito esse chute, e quando o conecto, é fim de luta. Quero alguém do top 10, estou pronto para eles - disse Bahadurzada após o combate.

A luta começou com Bahadurzada impondo seu jogo, melhor posicionado no octógono e levando a luta para o chão, ficando por cima, na guarda do brasileiro. Após desferir alguns golpes, o afegão descuidou-se e Luan Chagas se aproveitou para fazer uma ótima transição, dominando as costas do rival e passando a buscar a finalização. Com o cadeado fechado na cintura do afegão, Chagas evitou que ele se levantasse, mantendo a pressão nas costas e buscando a finalização, que não veio, até o intervalo.

No segundo round, mais atento ao jogo de chão de Luan Chagas, Siyar Bahadurzada passou a evitar as aproximações do brasileiro, desferindo golpes na média distância e defendendo as tentativas de queda do brasileiro, que telegrafava os movimentos. Após aceitar o jogo de trocação do afegão, Chagas foi pego por um chute certeiro na boca do estômago, que teve efeito retardado, derrubando o brasiileiro alguns segundos após ser conectado. Sem condições de prosseguir, o brasileiro ainda recebeu mais um golpe antes do árbitro decretar o fim da luta.

Confira as demais lutas do card preliminar:

A luta de encerramento do card preliminar do UFC Atlantic City não teve a ação do duelo que a antecedeu. O peso-meio-médio americano Ryan LaFlare derrotou o dominicano Alex Garcia por decisão unânime dos juízes (triplo 30-27) após muita luta de chão e pouca trocação ou momentos de perigo para ambos os atletas.

O primeiro round começou com muito equilíbrio e sem um predomínio claro de nenhum dos atletas. Ryan LaFlare tomava a iniciativa do combate e usava seu wrestling para encurralar Garcia na grade. O dominicano conseguiu livrar-se da posição e passou a buscar a trocação, mas LaFlare voltou a impor seu ritmo de luta, terminando o round em vantagem.

Alex Garcia voltou para o segundo round mais concentrado em anular o wrestling de Ryan LaFlare. O dominicano conseguiu levar o americano para o chão no começou do round e o manteve sob domínio no solo por algum tempo. LaFlare conseguiu se erguer após uma falha de Garcia ao tentar buscar as suas costas, e voltou a ficar por cima do dominicano no chão, dominando-o até o intervalo, mas sem nenhuma ameaça de finalização.

O terceiro round teve a mesma característica do primeiro round: os dois lutadores se arriscando pouco e buscando mais a luta de chão segura do que a trocação. LaFlare conseguiu dominar Garcia junto à grade, imobilizando o rival em uma posição pouco convencional, até que o árbitro Marc Goddard os fez voltar a lutar de pé. Nos últimos segundos de combate, o americano voltou a buscar a luta agarrada, mas o dominicano se defendeu, e os dois terminaram a luta de pé no centro do octógono.

Confusão e muita ação marcaram a luta entre os pesos-galos Merab Dvalishvili, da Geórgia, e Ricky Simon, dos EUA. O lutador georgiano viu o rival encaixar uma guilhotina no minuto final do terceiro round e resistiu até o fim. Mas a Comissão Atlética de Nova Jersey analisou as imagens da luta e decidiu que Dvalishvili havia "apagado" antes do fim do combate, declarando Simon vencedor por nocaute técnico aos 5m00s do terceiro round. Simon fez sua estreia no UFC, e Dvalishvili sofreu a segunda derrota em duas lutas na organização.

A luta começou muito movimentada com o Dvalishvili impondo um ritmo intenso, apostando forte na trocação com chutes giratórios e bons golpes. Faltando dois minutos para o fim do round, o georgiano conseguiu um knockdown com um upper de direita, mas Simon rapidamente se levantou. Dvalishvili aplicou mais duas quedas, mas não conseguia manter o oponente no chão. O americano suportou a pressão até o fim do round.

Simon começou o segundo round com um cruzado de direta e encontrando melhor a distância. Dvalishvili caminhava para frente mas dava golpes no vazio. O georgiano tentou pegar as costas de Simon, mas o americano reverteu e aplicou uma queda no adversário, que rapidamente se levantou. Logo na sequência, Dvalishvili conseguiu derrubar mais uma vez, mas sem sucesso ao manter a posição. Na parte final do round, os dois foram para a trocação franca no fim do round.

O terceiro round começou movimentado, com o georgiano investindo em um cruzado e grudado nas costas do adversário. Simon conseguiu se desvencilhar e grudou Dvalishvili na grade, mas a luta voltou ao centro do octógono. No minuto final do combate, após uma queda de Dvalishvili, Simon conseguiu laçar a cabeça do adversário em uma guilhotina muita justa. O georgiano ficou balançando as pernas para mostrar ao árbitro que estava consciente. A luta terminou com o Dvalishvili com o rosto muito roxo e recebendo atendimento médico logo ao soar do gongo.

- Foi controversa, olhei nos olhos dele e ele estava fora. Eu queria ver as pessoas gritarem pelo meu nome - disse Simon após a luta.

Em uma luta muito técnica, o peso-meio-pesado Corey Anderson derrotou com tranquilidade Patrick Cummins por decisão unânime dos juízes (30-26, 30-26 e 30-27). Usando seu wrestling e a melhor condição física, Anderson dominou o rival em todos os rounds e voltou a vencer após duas derrotas consecutivas, contra Jimi Manuwa e Ovince St. Preux. Já Cummins teve a sequência de duas vitórias interrompida.

A luta começou equilibrada, mas Corey Anderson logo assumiu o controle do combate após conectar golpes duros de direita que abalaram Patrick Cummins. Anderson pressionou o rival por mais de um minuto, acumulando pontos, e depois partiu para a luta agarrada. Cummins mostrava muita resistência, mantendo-se na luta. A 50s do intervalo, Anderson levou a luta para o chão, dominando as costas de Cummins, que resistiu até o fim do round.

Mesmo bastante machucado, Cummins voltou para o segundo round equilibrando a luta contra Anderson. Mais inteiro fisicamente, Corey Anderson dominava o combate, e após alguns golpes, levou novamente a luta para a grade, derrubando Cummins e dominando suas costas. Cummins mais uma vez livrou-se da posição e voltou a lutar no centro do octógono. Mas Anderson não desistia do seu plano de luta, e mais uma vez conseguiu derrubar o rival, dominando as costas e mantendo o controle até o intervalo.

O terceiro round foi muito parecido com os dois anteriores. Anderson dominou completamente as ações, aproveitando o desgaste de Cummins para levá-lo para o chão algumas vezes, dominando suas costas e buscando uma finalização. Cummins defendeu-se de todas as formas, mas não teve forças para virar o combate, sendo derrotado com clareza em todos os rounds.

Na luta de abertura do evento, o peso-meio-médio americano Tony Martin não teve dificuldades para derrotar o japonês Keita Nakamura por decisão unânime dos juízes (triplo 30-27). O duelo foi morno, sem quase nenhum momento de emoção. Martin controlou totalmente o combate e contou com a passividade de Nakamura para somar mais uma vitória ao seu cartel.

Tony Martin mostrou confiança desde o início da luta, mantendo a guarda baixa e tomando a iniciativa dos ataques constantemente. O americano mostrava superioridade, e abalou o japonês no último minuto do primeiro round com uma combinação de jab-direto. Nakamura buscou as pernas de Martin, que tentou encaixar uma guilhotina, mas não teve sucesso. A luta manteve o mesmo panorama no segundo round, com domínio total de Martin e uma grande passividade de Nakamura, que não conseguia desenvolver seu jogo.

Confira todos os resultados do evento:

CARD PRINCIPAL
Kevin Lee venceu Edson Barboza por nocaute técnico (interrupção médica) aos 2m18s do R5
Frankie Edgar venceu Cub Swanson por decisão unânime (triplo 30-27)
Justin Willis venceu Chase Sherman por decisão unânime (triplo 29-28)
David Branch venceu Thiago Marreta por nocaute a 2m30s do R1
Aljamain Sterling venceu Brett Johns por decisão unânime (triplo 30-27)
Dan Hooker venceu Jim Miller por nocaute aos 3m00s do R1
CARD PRELIMINAR
Ryan LaFlare venceu Alex Garcia por decisão unânime (triplo 30-27)
Ricky Simon venceu Merab Dvalishvili por nocaute técnico aos 5m00s do R3
Siyar Bahadurzada venceu Luan Chagas por nocaute aos 2m40s do R2
Corey Anderson venceu Patrick Cummins por decisão unânime (30-26, 30-26 e 30-27)
Tony Martin venceu Keita Nakamura por decisão unânime (triplo 30-27)

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