Se não chão a superioridade de Gilbert Durinho era esperada, afinal, trata-se de um campeão da arte suave, na trocação, o brasileiro também foi superior a Olivier Aubin-Mercier, a quem venceu por decisão unânime (30-27, 30-27 e 29-28), na penúltima luta do card preliminar do UFC 231, em Toronto no Canadá.
Gilbert Durinho venceu na casa do adversário — Foto: Getty Images
Com a vitória assinalada na cidade canadense, Durinho se recupera da dura derrota por nocaute para Dan Hooker, em julho, no UFC 226. Aubin-Mercier, por sua vez, após iniciar o ano com vitória por nocaute técnico sobre Evan Dunham, amargou revés para Alexander Hernandez e, agora, para Durinho.
A luta
Olivier Aubin-Mercier iniciou o combate sob o apoio do público canadense, que cantava para empurrá-lo. O anfitrião encurralou Gilbert Durinho na grade, e o brasileiro subiu a guarda para bloquear o ataque. O brasileiro, campeão mundial de jiu-jítsu, buscou a queda e, no single leg, cravou o rival de costas no chão. Aubin-Mercier conseguiu se levantar e escapou, fazendo a luta transcorrer no centro do octógono. Com um cruzado fortíssimo, Durinho quedou, desceu uma sequência de golpes em ritmo eletrizante e pegou as costas do canadense. Gilbert Durinho sorriu - parecia não saber que o cronômetro apontava menos de um minuto - atacou o braço, porém, não conseguiu a finalização.
Durinho não se intimidou com a trocação do canadense — Foto: Getty Images
Ciente da derrota no assalto anterior, Aubin-Mercier acelerou o ritmo, golpeando Gilbert Durinho, que também soltava golpes no rosto e na linha de cintura do oponente. Durinho fez o canadense dobrar o joelho ao acertá-lo, mas o anfitrião absorveu bem o impacto, se mantendo em plena atividade no confronto. Nos instantes finais, Durinho levou o combate para o solo e terminou por cima, na posição de 100kg.
Gilbert Durinho e Olivier Aubin-Mercier investiram na trocação, entretanto, o brasileiro, utilizando a estratégia traçada para o combate, levou o combate para o solo. O brasileiro pegou as costas do canadense, fechou o cadeado na linha de cintura e alternou entre tentativas de finalização e socos no rosto do rival. Nos dez segundos finais, eles foram para a trocação franca e levantaram a torcida.
Nina Ansaroff supera Claudinha Gadelha na decisão
Na terceira posição do ranking do UFC, Claudinha Gadelha, que durante anos figurou como uma das principais lutadoras do peso-palha, perdeu para Nina Ansaroff, 11ª colocada, por decisão unânime dos jurados (triplo 29-28) após três rounds.
Nina Ansaroff solta o grito ao ser aclamada vencedora — Foto: Getty Images
Ansaroff, que comemorou a vitória com a namorada Amanda Nunes, campeã dos galos, e seu treinador na American Top Team, Marcus Parrumpinha. Esta é a melhor fase de "The Strina" no UFC. Ela acumula quatro vitórias seguidas, após enfileirar Jocelyn Jones-Lybarger, Angela Hill e Randa Markos.
Gadelha, por sua vez, não consegue embalar: ela havia superado Carla Esparza na decisão dividida, em junho deste ano.
A luta
Claudinha Gadelha trocou, timidamente, golpes em pé com Nina Ansaroff. As atletas se estudaram, até que a brasileiro decidiu cinturar a americana e quedá-la. A potiguar trabalhou por cima, porém, a namorada de Amanda Nunes, campeã peso-galo do UFC, esperneou e ficou de pé. Nina acertou bom chute alto no rosto de Gadelha, que devolveu com um cruzado. Gadelha segurou a perna de Nina, mas não derrubou e foi atingida por um soco rodado.
Ansaroff deixou o rosto de Gadelha marcado pelos golpes — Foto: Getty Images
Na segunda parcial, Gadelha passou a respeitar mais a trocação de Nina Ansaroff que pontuou carimbando o rosto da brasileira com jab e a perna com chute baixo. Gadelha só conseguiu levar a luta para o chão a 1m30s do fim do round. A potiguar trabalhou na meia-guarda, golpeando a americana sem grande contundência, mas ficando em posição de controle.
O terceiro round começou da mesma forma que o anterior: ambas trocando golpes em pé, com vantagem para Nina Ansaroff, que deixou o rosto de Gadelha muito vermelho, por conta dos jabs. Gadelha buscava espaço para derrubar, mas ao se aproximar era rechaçada com jabs. Foi o único round que a brasileira não conseguiu quedar.
UFC 231
8 de dezembro de 2018, em Toronto (CAN)
CARD PRINCIPAL
Max Holloway venceu Brian Ortega por nocaute técnico (interrupção médica) aos 5m do R4
Valentina Shevchenko venceu Joanna Jedrzejczyk por decisão unânime (triplo 49-46)
Gunnar Nelson venceu Alex Cowboy por finalização aos 4m17s do R2
Hakeem Dawodu venceu Kyle Bochniak por decisão dividida (28-29, 30-27 e 30-27)
Thiago Marreta venceu Jimi Manuwa por nocaute aos 41s do R2
CARD PRELIMINAR
Nina Ansaroff venceu Claudia Gadelha por decisão unânime (triplo 29-28)
Gilbert Durinho venceu Olivier Aubin-Mercier por decisão unânime (30-27, 30-27 e 29-28)
Jessica Eye venceu Katlyn Chookagian por decisão dividida (29-28, 28-29 e 29-28)
Elias Theodorou venceu Eryk Anders por decisão dividida (29-28, 28-29 e 29-28)
Brad Katona venceu Matthew Lopez por decisão unânime (30-27, 29-28 e 29-28)
Dhiego Lima venceu Chad Laprise por nocaute a 1m37s do R1
Carlos Diego Ferreira venceu Kyle Nelson por nocaute técnico aos 1m23s do R2
Aleksandar Rakic venceu Devin Clark por nocaute técnico aos 4m05s do R1
Assine o Combate Play e assista ao Combate em qualquer lugar — Foto: Combate