Saúde Mental https://saudemental.blogfolha.uol.com.br Informação para superar transtornos e dicas para o bem-estar da mente Tue, 14 Dec 2021 02:30:19 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Saúde Mental: blog continua em novo endereço https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/12/13/saude-mental-blog-continua-em-novo-endereco/ https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/12/13/saude-mental-blog-continua-em-novo-endereco/#respond Tue, 14 Dec 2021 02:30:19 +0000 https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/files/2021/05/8857c0b8092a8541893c62690787d933a32d05171dcf7d3f2c23d1fdbf44cbbd_5e782ffd07d3a-300x215.jpg https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/?p=1327 Caro leitor,

O blog Saúde Mental continua na Folha, mas, agora, em um novo endereço. Acesse folha.com/saudemental para continuar lendo tudo sobre o tema.

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Clique a seguir para ler o novo texto do blog: As pessoas expõem a estupidez em toda a sua glória na internet, diz Luana Araújo

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Excesso de procedimentos estéticos pode ser sinal de dismorfofobia, explicam especialistas https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/11/28/excesso-de-procedimentos-esteticos-pode-ser-sinal-de-dismorfofobia-explicam-especialistas/ https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/11/28/excesso-de-procedimentos-esteticos-pode-ser-sinal-de-dismorfofobia-explicam-especialistas/#respond Sun, 28 Nov 2021 10:00:04 +0000 https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/botox-300x215.jpg https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/?p=1310 “Percebi que tinha exagerado na boca quando me vi num vídeo. Eu falava e a boca quase não mexia”, conta a vendedora Mariana Soares. “Eu sei que fui influenciada por filtros de Instagram e por famosas que via na internet. Mas na vida real não fica do mesmo jeito, né?”

Ela conta que, desde que não gostou do que viu na gravação, decidiu esperar o excesso de ácido hialurônico –produto utilizado para dar volume aos lábios– ser reabsorvido pelo organismo. “Não acho que nunca mais vou fazer preenchimento labial, mas vou pegar mais leve das próximas vezes”, diz.

O psiquiatra Adilon Harley Machado explica que as redes sociais reforçam um padrão estético a ser seguido que é associado ao sucesso. “Existe uma pressão que faz as pessoas se compararem umas com as outras. É natural do ser humano querer para si aquilo que é socialmente será bem visto”, observa.

“Nesse contexto, as pessoas encontram um falso conforto, a ponto de deixarem de se reconhecer nas suas imperfeições, que só são imperfeições aos olhos desses padrões, e começam a achar que aquelas características seriam importantes para se sentirem mais bonitas e desejadas.”

Além de insatisfação e ansiedade que uma eterna busca pela perfeição provoca, o psiquiatra ressalta que o exagero de procedimentos estéticos pode ser sinal de transtorno dismórfico corporal, também chamado de dismorfofobia.

O transtorno é caracterizado pela preocupação excessiva que uma pessoa pode desenvolver em relação à própria aparência. “A imagem que ela vê representada no espelho é sempre algo que causa um desconforto muito grande”, afirma.

O dermatologista Luis Fernando Tovo conta que casos de dismorfofobia ficam evidentes no consultório quando um paciente nunca fica satisfeito com os resultados dos procedimentos estéticos.

“No preenchimento labial, por exemplo, a pessoa atinge um ideal que fica harmônico para ela, mas mesmo assim ela quer mais. O profissional precisa ter um bom senso crítico para não entrar na onda do paciente”, adverte.

Tovo revela que o número de procedimentos estéticos aumentou muito durante a pandemia da Covid-19, especialmente em pacientes homens. “Eles começaram a reparar mais no próprio rosto de tanto ficar em reuniões virtuais.”

No entanto, lembra o dermatologista, querer melhorar algum aspecto que incomoda não é algo negativo.

“Hoje existem técnicas que são de restauração e não apenas de rejuvenescimento. Eu não gosto do termo rejuvenescimento. Atualmente a expectativa de vida é muito alta, então assim como cuidamos da nossa saúde internamente, evitando o consumo de alimentos que fazem mal e hábitos como o tabagismo, também é interessante cuidar do lado de fora”, afirma.

O cirurgião plástico Luiz Carlos Ishida, coordenador do grupo de rinoplastias e rinologia da disciplina de cirurgia plástica da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), destaca outro lado das fotos tiradas com celular, que é a distorção que elas provocam.

“Ao bater um selfie, a câmera fica muito próxima do rosto e isso aumenta o nariz. Essa alteração já levou várias pessoas a procurar cirurgia plástica, muitas vezes sem necessidade”, afirma.

Ishida ressalta que é importante o cirurgião plástico saber observar durante a consulta se as expectativas do paciente condizem com o resultado que o procedimento pode oferecer de forma segura e saudável.

“Uma pessoa com dismorfofobia vai continuar vendo defeito mesmo depois de uma cirurgia bem-sucedida. Já vi paciente dizer que as fotos do pós-cirúrgico, que mostravam o nariz bonito, estavam erradas, que o certo era o que ela estava vendo”, diz.

Um comportamento comum desses pacientes é tentar convencer outras pessoas, além do próprio médico, de que aquele defeito existe.

“Já atendi pessoas que sabem mexer em Photoshop e vieram para a consulta com uma simulação que eles fizeram do próprio nariz. Aí, em alguns casos, a gente tem que explicar que não dá para obter aquele resultado com cirurgia”, relata Ishida. “Isso ainda é medicina.”

O psiquiatra Adilon Harley Machado conta que a dismorfofobia pode estar dentro dos transtornos obsessivos-compulsivos (TOC). “É possível que o paciente esteja desenvolvendo um TOC que está associado à aparência e, para se sentir mais aliviado, começa a fazer procedimentos estéticos.”

A base do tratamento, diz Machado, é a psicoterapia. “As sessões periódicas vão ajudar o paciente a lidar melhor com suas angústias. Mas algumas vezes, a depender do grau de disfuncionalidade que a pessoa está enfrentando, é preciso fazer tratamento medicamento psiquiátrico”, afirma.

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Pensamentos intrusivos afetam mais pessoas com TOC e podem levar a abuso de substâncias, explica psiquiatra https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/11/25/pensamentos-intrusivos-afetam-mais-pessoas-com-toc-e-podem-levam-a-abuso-de-substancias-explica-psiquiatra/ https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/11/25/pensamentos-intrusivos-afetam-mais-pessoas-com-toc-e-podem-levam-a-abuso-de-substancias-explica-psiquiatra/#respond Thu, 25 Nov 2021 10:00:19 +0000 https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/files/2020/10/lu2-300x215.jpg https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/?p=1302 Os pensamentos intrusivos são involuntários e fazem a pessoa acreditar que vai perder o controle de alguma forma.

Eles não correspondem à realidade nem aos desejos de quem os vivencia. Geralmente dão a impressão que o indivíduo vai cometer um ato que considera abominável, como ferir outra pessoa ou a si mesmo. Ou, ainda, se ele fizer ou deixar de fazer alguma coisa, algo catastrófico pode acontecer.

“É muito importante entender que pensamentos intrusivos são involuntários. As pessoas que os vivenciam normalmente sentem repulsa por eles”, ressalta a psiquiatra Flávia Batista Gustafson.

“Existem muitos tipos de pensamentos intrusivos, mas os tópicos comuns incluem pensamentos inadequados de cunho sexual, pensamentos sobre relações interpessoais, com conteúdo de traição, por exemplo, pensamentos religiosos que são opostos e inadmissíveis pela crença da pessoa, e pensamentos relacionados a violência contra outras pessoas ou si mesmo”, explica.

Apesar de poderem afetar qualquer pessoa, são mais comuns em quem tem transtornos como ansiedade, estresse pós-traumático e especialmente TOC (transtorno obsessivo-compulsivo).

“Essas pessoas [com TOC] também têm maior probabilidade de passar mais tempo pensando sobre as implicações desses pensamentos e são mais propensas a superestimar a probabilidade dos resultados temidos se vierem a se concretizar, o que acaba por retroalimentar o problema. Forma-se um ciclo vicioso em que os pensamentos intrusivos estão sempre voltando, o que causa muito sofrimento”, conta Gustafson.

Com a pandemia da Covid-19 mais controlada e a volta do trabalho presencial e dos eventos sociais, é comum que pessoas que já tinham pensamentos intrusivos anteriormente fiquem mais vulneráveis a eles.

“Os pensamentos intrusivos a respeito da contaminação pelo vírus da Covid-19 ou até outras doenças podem ser amplificados, e a pessoa pode experimentar grande sofrimento ao se ver obrigada a frequentar círculos profissionais e sociais novamente”, observa.

Sem um tratamento adequado, quem enfrenta esse fenômeno pode acabar recorrendo ao uso de álcool e outras drogas para tentar distrair a mente. “A pessoa se ‘medica’ com o álcool, ou menos frequentemente com outras drogas ilícitas, em busca de um relaxamento e alívio momentâneo dos sintomas”, diz Gustafson.

“O problema é exatamente esse: um alívio momentâneo. A seguir vem a parte indesejada, que é a piora dos sintomas. A pessoa então passa a ingerir mais álcool para voltar a sentir-se aliviada, levando a um perigoso abuso e uma potencial dependência, o que consequentemente adiciona uma nova camada de problemas para se lidar.”

Leia a seguir a entrevista com a psiquiatra.

O que são pensamentos intrusivos e como eles surgem?
Pensamentos intrusivos são pensamentos indesejados que aparecem do nada. Eles podem ser desencadeados por estresse do dia a dia, mas também podem ser sintomas de um transtorno mental. Geralmente eles são desagradáveis e até perturbadores, o que pode fazer com que as pessoas não procurem ajuda num primeiro momento por se sentirem envergonhados por esses pensamentos.

Os pensamentos intrusivos são involuntários e não têm relação com a realidade ou os desejos de uma pessoa. As pessoas não agem de acordo com esses pensamentos, muito pelo contrário, elas geralmente os consideram horríveis e inaceitáveis.

Esses pensamentos podem ser persistentes e causar angústia significativa em algumas pessoas. Frequentemente, quanto mais as pessoas tentam se livrar desses pensamentos, mais eles persistem e mais intensos se tornam.

Você poderia citar um exemplo de pensamento intrusivo que seja comum?
É muito importante entender que pensamentos intrusivos são involuntários. As pessoas que os vivenciam normalmente sentem repulsa por eles.

Existem muitos tipos de pensamentos intrusivos, mas os tópicos comuns de pensamentos intrusivos incluem: pensamentos inadequados de cunho sexual, pensamentos sobre relações interpessoais, com conteúdo de traição, por exemplo, pensamentos religiosos que são opostos e inadmissíveis pela crença da pessoa, e pensamentos relacionados a violência contra outras pessoas ou si mesmo.

Os pensamentos intrusivos são comuns em transtornos como ansiedade, estresse pós-traumático, transtorno bipolar e TOC (transtorno obsessivo-compulsivo). Por que os pacientes diagnosticados com esses transtornos costumam ter esse tipo de pensamento?
Pessoas com diagnóstico de transtornos mentais (nesse caso, principalmente aquelas com TOC) têm maior probabilidade de julgar seus pensamentos intrusivos como maus, imorais ou perigosos.

Essas interpretações geralmente levam a uma forte reação emocional negativa, o que amplifica a força percebida dos pensamentos intrusivos, elevando assim o foco sobre eles.

Essas pessoas também têm maior probabilidade de passar mais tempo pensando sobre as implicações desses pensamentos e são mais propensas a superestimar a probabilidade dos resultados temidos se vierem a se concretizar, o que acaba por retroalimentar o problema. Forma-se um ciclo vicioso em que os pensamentos intrusivos estão sempre voltando, o que causa muito sofrimento.

Qual é a diferença entre pensamento intrusivo, alucinação e delírio?
As alucinações e delírios são sintomas bastante diferentes dos pensamentos intrusivos, e costumam estar presentes em transtornos psicóticos.

As alucinações podem ocorrer em qualquer modalidade sensorial (auditiva, visual, olfativa, gustativa e tátil), mas as auditivas são de longe as mais comuns. É uma percepção que parece completamente real para a pessoa, mas que não está acontecendo. As alucinações auditivas são geralmente experimentadas como vozes, familiares ou não familiares, que são percebidas como distintas dos próprios pensamentos da pessoa.

A definição de delírio é um pouco diferente, embora também envolva a experiência de algo que parece real, mas não é. É uma crença obviamente falsa, mas mesmo assim o indivíduo que a experimenta pensa que é absolutamente verdadeira. Essa pessoa vai acreditar firmemente no delírio, mesmo quando repetidamente mostradas evidências contrárias.

Tanto as alucinações quanto os delírios são distúrbios, na realidade. São experiências que parecem reais para quem está sofrendo com elas, mas não têm conexão com a realidade.

Agora, com a pandemia mais controlada, as pessoas estão retomando o trabalho presencial e os eventos sociais. É comum que algumas pessoas tenham pensamentos intrusivos por medo de contaminação por Covid-19? Ou mesmo por que ficaram muito tempo em isolamento e estão enfrentando uma espécie de agorafobia?
Certamente. As pessoas que já sofriam com pensamentos intrusivos antes da pandemia agora estão muito mais vulneráveis à medida que o mundo vai se abrindo novamente ao “novo normal”.

Os pensamentos intrusivos a respeito da contaminação pelo vírus da Covid-19 ou até outras doenças podem ser amplificados, e a pessoa pode experimentar grande sofrimento ao se ver obrigada a frequentar círculos profissionais e sociais novamente.

Muitas dessas pessoas encontraram um certo conforto emocional na situação de isolamento e do home office durante a fase mais crítica da pandemia e podem sentir muita dificuldade em enfrentar o mundo novamente.

É comum uma pessoa que tenha pensamentos intrusivos e que ainda não tenha tido um diagnóstico correto recorra ao uso de drogas e álcool? Quais são os perigos que essa prática pode acarretar?
Quando falamos em pensamento intrusivos que causam muito sofrimento, sempre lembramos do risco aumentado do abuso de substâncias, especialmente o álcool.

A pessoa se “medica” com o álcool, ou menos frequentemente com outras drogas ilícitas, em busca de um relaxamento e alívio momentâneo dos sintomas.

O problema é exatamente esse: um alívio momentâneo. A seguir vem a parte indesejada, que é a piora dos sintomas. A pessoa então passa a ingerir mais álcool para voltar a sentir-se aliviada, levando a um perigoso abuso e uma potencial dependência, o que consequentemente adiciona uma nova camada de problemas para se lidar.

Com um diagnóstico correto e tratamentos com psiquiatra e psicólogo é possível controlar esses pensamentos?
Pensamentos intrusivos nem sempre são o resultado de uma condição médica. Aliás, a maioria das pessoas os têm de vez em quando. No entanto, para muitas pessoas, pensamentos intrusivos podem, sim, ser um sintoma de um problema de saúde mental, como TOC ou o transtorno de estresse pós-traumático.

Esses pensamentos também podem ser um sintoma de problemas neurológicos, como uma lesão cerebral, demência ou mal de Parkinson, por exemplo. Por isso um diagnóstico bem feito é imperativo.

A melhor maneira de gerenciar pensamentos intrusivos é reduzir a sensibilidade da pessoa a esses pensamentos e seu conteúdo. O tratamento vai ser individualizado a cada pessoa, mas, em linhas gerais, o médico psiquiatra vai fazer o diagnóstico e prescrever a medicação mais indicada.

Paralelamente, é fundamental a abordagem com a psicoterapia, sendo a TCC (terapia cognitivo comportamental) a mais indicada. Por último, e não menos importante, a pessoa deve ser orientada a seguir um estilo de vida saudável, com alimentação nutritiva, atividade física e higiene do sono, o que vai somente agregar ao seu bem-estar geral.

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Mais de 30% dos empreendedores brasileiros iniciaram tratamento psicológico na pandemia https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/11/09/mais-de-30-dos-empreendedores-brasileiros-iniciaram-tratamento-psicologico-na-pandemia/ https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/11/09/mais-de-30-dos-empreendedores-brasileiros-iniciaram-tratamento-psicologico-na-pandemia/#respond Tue, 09 Nov 2021 10:00:36 +0000 https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/e94c7dd3346f178f9061db76d05129d43de2308b56148613d44c334a2add30be_61186981c1068-300x215.jpg https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/?p=1295 Desde o primeiro semestre de 2020, a pandemia da Covid-19 tem impactado trabalhadores de diferentes setores com demissões, mudanças de local de trabalho e reduções salariais.

Para mapear os efeitos desse cenário entre os empreendedores brasileiros, a Troposlab, empresa especializada em inovação, em parceria com a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), realizou pelo segundo ano consecutivo um estudo sobre a saúde mental das pessoas que atuam nesse setor.

A pesquisa revela que 30,13% dos entrevistados iniciaram acompanhamento psicológico durante a crise sanitária. Além disso, 53,5% dos participantes disseram ter sido diagnosticados com ansiedade, e 11,22% com depressão — as avaliações foram realizadas por profissionais especializados. O levantamento contou com a participação de 312 empreendedores de vários estados do país.

Quando comparado ao estudo realizado no ano passado, foi possível perceber que, proporcionalmente, houve uma maior quantidade de pessoas que começaram a utilizar medicamentos psiquiátricos em 2021 –26% neste ano, enquanto 16% alegaram tomar esse tipo de medicação em 2020. A atual edição da pesquisa mostra também que o início do uso de ansiolíticos entre empreendedores saltou de 6% para 10%, e de antidepressivos de 3% para 8%, em relação ao ano anterior.

De acordo com Marina Mendonça, sócia e diretora de cultura da Troposlab, existe uma conexão significativa entre o sofrimento psicológico e a queda da renda dos empreendedores. “No geral, é possível observar que empreendedores que reportam queda na renda também estão classificados com mais frequência com sintomas moderados e severos de ansiedade ou depressão. Em relação ao estresse, pessoas que respondem que tiveram queda na renda também apresentam mais sintomas severos”, afirma.

O estudo observou ainda que, no ano passado, 51,1% dos empreendedores tiveram a vida afetada pela pandemia, mas que se sentiam bem a maior parte do tempo, enquanto 24,9% dos empreendedores afirmaram que foram muito afetados. Já em 2021, 53,31% dos respondentes sentem que foram afetados e 21,49% muito afetados. Isso demonstra que não há diferenças significativas entre os períodos.

Quanto à percepção geral dos participantes sobre a pandemia, a maioria diz considerar o ambiente mais incerto (73,72%), mas os índices de 2021 são um pouco menores do que os de 2020. Por outro lado, 77,89% afirmam possuir habilidades para lidar com os desafios impostos pela crise sanitária, afirmação que se mantém semelhante aos dados do ano passado

Os resultados continuam a apontar que as mulheres apresentam maior intensidade de sintomas severos para ansiedade (12,50%), quando comparadas aos homens (2,84%), estresse (7,35% contra 1,13%) e também maior prevalência de depressão (6,61% contra 2,84%).

“Nosso objetivo é aprender sobre o empreendedor. Percebemos lacunas de conhecimento sobre como ele se desenvolve, sua personalidade, saúde mental e outros elementos que impactam suas escolhas e desempenho nos projetos empreendidos. Em nossa visão, gerar conhecimento sobre esses elementos pode nos ajudar a construir um ambiente de negócios mais sustentável”, diz Mendonça.

“Essa pesquisa é um de nossos esforços e entregas para esse ecossistema. Para que ele nos aproxime de parceiros e provoque novas iniciativas que gerem frutos para a ciência no Brasil e para o desenvolvimento saudável de nosso ambiente de negócios e inovação”.

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Com MC Soffia e Valentina Schulz, série no YouTube aborda saúde mental de crianças e adolescentes https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/11/05/com-mc-soffia-e-valentina-schulz-serie-no-youtube-aborda-saude-mental-de-criancas-e-adolescentes/ https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/11/05/com-mc-soffia-e-valentina-schulz-serie-no-youtube-aborda-saude-mental-de-criancas-e-adolescentes/#respond Fri, 05 Nov 2021 10:00:06 +0000 https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/WhatsApp-Image-2021-11-04-at-22.49.36-300x215.jpeg https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/?p=1285 “A crise de ansiedade é quando uma caixa de som dá microfonia. Dá aquele barulho chato, ensurdecedor. É isso. Quando a caixa estoura, é a crise.” O exemplo é de Júlia Katula, 17, estudante entrevistada na websérie “Vc tbem sente?”.

O programa faz parte do Saúde da Infância, canal no YouTube da Fundação José Luiz Egydio Setúbal, mantenedora do Hospital Infantil Sabará.

São sete episódios, com cerca de dez minutos cada um, apresentados pela rapper MC Soffia, 17, e pela youtuber Valentina Schulz, 18. Elas conversam sobre saúde mental com outros adolescentes e abordam temas como ansiedade, depressãobullying e suicídio.

O primeiro capítulo estreou na quarta-feira (3) e teve a participação da psicanalista Tide Setúbal, que explica a diferença entre sentir medo, ansiedade e ataques de pânico.

Os próximos episódios vão ao ar semanalmente, sempre às quartas-feiras, ao meio-dia.

O Saúde da Infância existe desde 2019 e é uma iniciativa da fundação para tratar exclusivamente sobre temas relacionados a crianças, com a chancela da maior instituição da área no país.

A assinatura da websérie é da Plano Astral Filmes, produtora da cineasta Cecilia Engels, que se dedica a projetos com propósito educacional, cultural e com potencial de transformação social.

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Sensação de exclusão pode acarretar problemas de saúde mental a pessoas com deficiência, afirma psicólogo https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/10/29/sensacao-de-exclusao-pode-acarretar-problemas-de-saude-mental-a-pessoas-com-deficiencia-afirma-psicologo/ https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/10/29/sensacao-de-exclusao-pode-acarretar-problemas-de-saude-mental-a-pessoas-com-deficiencia-afirma-psicologo/#respond Fri, 29 Oct 2021 10:00:16 +0000 https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/e4e8662cab9df8da66bb422602fdbf413b019b470d0c0ada7cec9f2971b32054_5e1cc3d6932c2-300x215.jpg https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/?p=1276 A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada em agosto deste ano pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostrou que 17,3 milhões de brasileiros com dois anos ou mais tinham alguma deficiência em 2019. O número equivale a 8,4% da população nessa faixa etária.

Segundo o IBGE, apenas 28,3% das pessoas com deficiência e em idade de trabalhar (14 anos ou mais) estavam na força de trabalho nessa época. Entre as pessoas sem deficiência, o percentual era superior, de 66,3%.

A força de trabalho é o conceito que reúne tanto os profissionais empregados (ou ocupados) quanto os desempregados (ou desocupados, que seguem em busca de novas vagas).

Para o psicólogo Flavio Vaz de Oliveira, fundador da plataforma Buscoterapia, a sensação de exclusão pode acarretar problemas à saúde mental das pessoas com deficiência.

“O sentimento de não pertencimento facilita o aumento de estresse, surgimento de ansiedade e de sintomas depressivos“, observa Flavio.

Além da menor participação no mercado de trabalho, uma das formas de exclusão das pessoas com deficiência é a falta de acessibilidade nas cidades, tanto em locais públicos como privados.

“A realidade é que nossas cidades são malconservadas, ruas esburacadas, calçadas quebradas. Para uma pessoa que não tem deficiência já é um desafio conseguir andar tranquilamente sem ter de olhar para o chão e não tropeçar. Pense, então, na dificuldade de uma pessoa com mobilidade reduzida. A falta de acessibilidade prejudica a qualidade de vida dessas pessoas. Imagine uma pessoa com deficiência visual ou um cadeirante desviando de buracos na calçada para andar, é uma missão quase impossível”, afirma.

A acessibilidade vai além de somente ter rampas de acesso ou caixas preferenciais. Ela tem de ser realizada inclusive na forma de atendimento às pessoas com deficiência. Esse é o trabalho da Inclue, uma startup fundada por duas pessoas com deficiência, Sonny Pólito e Rodrigo Piris. Devido a experiências ruins de consumo no varejo, eles decidiram lançar uma ferramenta de treinamento e um aplicativo para o público PCD (pessoas com deficiência) e também pessoas acima dos 60 anos, que podem ter mobilidade reduzida.

“Acessibilidade é um direito de todos os cidadãos. E as marcas não estão preparadas para atender as pessoas com deficiência e idosos e ainda não oferecem a elas uma boa experiência de compra. Isso faz com que tenham muitos obstáculos para consumir e pouco acesso ao varejo”, diz Pólito.

“O atendimento ajuda as pessoas com deficiência, por exemplo, a pegar os produtos que precisam, passar no caixa, acompanhar até o carro”, ressalta Piris.

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Covid e estresse causam queda de cabelo; especialistas explicam https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/10/27/covid-e-estresse-causam-queda-de-cabelo-especialistas-explicam/ https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/10/27/covid-e-estresse-causam-queda-de-cabelo-especialistas-explicam/#respond Wed, 27 Oct 2021 10:00:13 +0000 https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/alopecia-300x215.jpg https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/?p=1264 Um estudo publicado pelo Journal of the American Academy of Dermatology, feito por um grupo internacional de pesquisadores e divulgado em agosto deste ano, aponta que houve um aumento de 400% nos casos de queda de cabelo desde o início da pandemia da Covid-19.

Os processos inflamatórios e infecciosos provocados pelo coronavírus alteram o ciclo capilar e aumentam a queda, condição conhecida como eflúvio telógeno, explica o médico e cirurgião capilar Thiago Bianco.

“O ciclo capilar é composto por quatro fases: anágena, quando há o crescimento das hastes pilosas, catágena, fase intermediária do ciclo, telógena, caracterizada pelo envelhecimento do fio, e a exógena, quando o cabelo cai.”

“Nos casos de Covid, há uma aceleração para a fase telógena, antecipando a troca dos fios, o que leva a uma diminuição do volume”, diz Bianco.

Rodrigo Cintra, cabeleireiro e um dos apresentadores do programa Esquadrão da Moda, do SBT, conta que 60% das suas clientes que tiveram Covid-19 reclamaram da condição. “Queda de cabelo mexe totalmente com a autoestima das mulheres. Elas chegam ao salão bem tristes”, relata.

A psicóloga Anaclaudia Zani Ramos ressalta que, além do processo físico da doença, as pessoas contaminadas enfrentam estresse e ansiedade com medo do agravamento do quadro, o que também pode acelerar a perda dos fios.

“Doenças emocionais também têm consequências sistêmicas, como taquicardia, sudorese e manchas na pele, além da queda de cabelo. Há um desequilíbrio hormonal no organismo”, observa.

Nesses casos pode ocorre a alopecia areata, que é a queda de cabelo causada por doenças autoimunes ou desencadeada por fatores emocionais, diz Ramos.

Bianco afirma que quando a perda dos fios acontece em decorrência de doenças infecciosas, como a Covid-19, ou por transtornos psicológicos, ela é reversível.

“O tratamento pode ser feito por suplementação de micronutrientes envolvidos na síntese das hastes pilosas para estabilizar e acelerar o processo de recuperação e desenvolvimento da nova cobertura capilar”, explica.

O médico afirma que não há nenhuma orientação específica quanto a restrições no uso de tinturas ou outras químicas. “Para inibir o desenvolvimento da condição é preciso identificar e tratar a causa base da queda dos fios.”

Cintra tem a mesma posição. “A queda não é um processo externo. Uma química pode quebrar o cabelo, mas não faz cair”, diz

“O que não pode deixar de fazer é lavar os cabelos como de costume. A falta de lavagem correta pode acarretar no aumento da oleosidade e piorar o quadro”, destaca.

No salão, o cabeleireiro realiza uma purificação no couro cabeludo. “Como a Covid-19 causa um processo inflamatório, é o que temos de ferramenta para manter essa região mais saudável.”

Ele afirma também que sempre aconselha seus clientes a procurar um médico. “É importante identificar por que o coronavírus causou a queda. Pode ser que outros fatores se somaram com à Covid. Por exemplo, a pessoa pode estar com a taxa hormonal alterada ou com baixa taxa de ferro e ferritina. Fazer um check-up com exames de sangue resulta em um diagnóstico mais certeiro.”

Ou seja, quando a pessoa notar que está perdendo muitos fios, é importante procurar um especialista, como um dermatologista ou tricologista, para receber um diagnóstico correto e fazer um tratamento adequado.

Se houver suspeita de que a causa pode ser por fatores emocionais, é preciso consultar um psicólogo ou psiquiatra.

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Artrite reumatoide gera sintomas de depressão e ansiedade em pacientes https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/10/21/artrite-reumatoide-gera-sintomas-de-depressao-e-ansiedade-em-pacientes/ https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/10/21/artrite-reumatoide-gera-sintomas-de-depressao-e-ansiedade-em-pacientes/#respond Thu, 21 Oct 2021 09:00:32 +0000 https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/2a8868e6d3cbfea78145745b353a50f0e3d817e87cd3c32052ef65a19557101b_5adbddc69dfc6-300x215.jpg https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/?p=1252 Dificuldade de locomoção, perda de autonomia para as tarefas do dia a dia e vida social mais restrita. Essas são as principais mudanças que a artrite reumatoide provocou na vida dos pacientes ouvidos em uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos a pedido da Janssen, empresa farmacêutica da Johnson & Johnson.

A artrite reumatoide é uma doença autoimune, crônica e progressiva que afeta as articulações, podendo provocar desgaste ósseo, limitações físicas, dor e fadiga. A prevalência é de duas a três vezes maior nas mulheres.

Um dos mitos em relação à artrite é que ela seria uma enfermidade exclusiva dos idosos. Os primeiros sintomas costumam se manifestar entre os 30 e os 40 anos, em plena idade produtiva, ameaçando a realização das atividades diárias e a vida profissional e social do paciente.

O levantamento feito pelo Instituto Ipsos ouviu 144 pessoas com diferentes doenças autoimunes, em escutas online com 30 minutos de duração, entre o fim de 2020 e o início de 2021.

A maioria (54%) do total de entrevistados com artrite reumatoide relatou uma peregrinação por quatro ou mais médicos até que a doença fosse corretamente identificada. Mais de um a cada cinco pacientes (21%) não foi diagnosticado por um reumatologista.

“Em geral, existe um desconhecimento sobre os sintomas da artrite reumatoide. É importante saber reconhecer os sinais de possíveis alterações nas articulações e ter em mente que o reumatologista é o profissional mais indicado para investigar esse quadro, iniciando o tratamento o quanto antes”, afirma Dawton Torigoe, chefe de reumatologia da Santa Casa de São Paulo.

Os principais sintomas são dor, inchaço e aumento da temperatura nas articulações, rigidez matinal, nódulos de tecido sob a pele dos braços (nódulos reumatoides), fadiga, febre e perda de peso.

Por ser uma doença incapacitante, que causa dor e que costuma demorar para ser diagnosticada e tratada, a artrite pode causar sintomas de depressão e de ansiedade nos pacientes. Na pesquisa do Instituto Ipsos, 13% relataram ter depressão, desânimo e dano psicológico.

Diferentes fatores mencionados pelos pacientes, como o afastamento das atividades sociais, a interrupção das práticas esportivas e o abalo na vida profissional, podem impactar na saúde mental dessas pessoas.

Os dados corroboram com os achados científicos que reforçam a ligação entre a enfermidade e quadros depressivos. Estudos revelam que a prevalência de transtornos depressivos em portadores da doença varia entre 13% e 47%, de acordo com o tamanho e as características das populações analisadas.

Torigoe revela que dos 900 pacientes com artrite reumatoide que atende na Santa Casa, 5% fazem acompanhamento psiquiátrico.

Alguns trabalhos apontam que a depressão teria um efeito direto sobre as citocinas, substâncias que estimulam o processo inflamatório relacionado à artrite reumatoide. “Especialmente neste contexto pandêmico, já permeado por fatores estressores para grande parte das pessoas, estimular o cuidado multidisciplinar do paciente reumático, com grande atenção à saúde mental, é muito importante. Vale destacar que o transtorno mental também pode interferir na adesão ao tratamento, agravando o quadro”, explica Torigoe.

Além do reumatologista, os pacientes que têm depressão e ansiedade devem procurar tratamento psicológico ou psiquiátrico. O médico observa também que o exercício físico e a fisioterapia (quando há um comprometimento maior das articulações) melhoram não apenas os sintomas da artrite, mas também a saúde mental dessas pessoas.

“Estamos falando de uma doença crônica e progressiva. Sem tratamento, a artrite reumatoide pode limitar a realização de atividades básicas do dia a dia, como escovar os dentes ou pentear os cabelos”, exemplifica Torigoe.

Embora não exista cura para a doença, ela pode ser tratada com as chamadas DMARDs (drogas antirreumáticas modificadoras de doença), anti-inflamatórios e imunossupressores.

Pessoas que foram diagnosticadas com artrite reumatoide relataram

  • Dificuldade de locomoção – 75%
  • Perda de autonomia para as tarefas do dia a dia – 50%
  • Parou de sair, ir a festas, ficou mais em casa – 38%
  • Parou de praticar atividade física – 29%
  • Impacto no trabalho (redução de horas, mudança de função) – 29%
  • Parou de trabalhar, aposentou-se – 21%
  • Teve depressão, desânimo, dano psicológico – 13%
  • A vida mudou totalmente – 13%
  • Abandonou os estudos ou foi prejudicado nos estudos – 13%
  • Foi demitido – 8%
  • Aprendeu a conviver com dor – 4%
  • Mudança ou melhoria no hábito alimentar – 4%
  • Outros – 29%

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Estudo da Unifesp aponta alto consumo de álcool entre idosos https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/10/15/estudo-da-unifesp-aponta-alto-consumo-de-alcool-entre-idosos/ https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/10/15/estudo-da-unifesp-aponta-alto-consumo-de-alcool-entre-idosos/#respond Fri, 15 Oct 2021 13:40:06 +0000 https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/4a8a0fafb79ccefb084f2808d7c25f219f6cfdf004f8ba55c93c6179d039d032_5ae6c0011da91-300x215.jpg https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/?p=1245 Agência Fapesp – Estudo conduzido pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) indica que aproximadamente um em cada quatro brasileiros (23,7%) com 60 anos ou mais consome álcool. Além disso, 6,7% (aproximadamente 2 milhões de idosos) relatam ter ingerido no último mês várias doses em uma ocasião –padrão de consumo abusivo conhecido como “binge drinking”, ou seja, o uso excessivo de uma só vez. E 3,8% (mais de 1 milhão) costumam beber, em uma semana típica, quantidades que podem colocar em risco sua saúde.

Para estimar a prevalência dos padrões de consumo de álcool da população geral idosa, o grupo da Escola Paulista de Medicina (EPM-Unifesp) fez uma análise dos dados da linha de base do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), com uma amostra de 5.432 brasileiros acima de 60 anos. Também se buscou avaliar os padrões de consumo de álcool em idosos da atenção primária (primeiros atendimentos médicos). Para isso, foram utilizados dados da triagem inicial do ensaio clínico realizado em sete Unidades Básicas de Saúde (UBS) com 503 participantes.

Em ambos os estudos foram identificados fatores sociodemográficos, comportamentais e de saúde associados aos diferentes padrões de consumo. A ingestão de álcool foi mais comum na região Sudeste e na atenção primária, quando comparada à população idosa geral. Em ambos os grupos estudados (idosos em geral e atenção primária), os homens relataram maior consumo de álcool (tanto em quantidade quanto em relação ao consumo no padrão “binge”), bem como os mais jovens e aqueles com maior escolaridade.

Financiada pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) por meio do projeto temático “Intervenções inovadoras frente a problemas relacionados ao consumo do álcool no Brasil: busca de novas abordagens para uma antiga questão de saúde pública”, a pesquisa e seus desdobramentos foram recentemente publicados nos periódicos científicos Substance Use & Misuse e BMJ Open.

De acordo com Tassiane de Paula, primeira autora dos artigos, “é fundamental entender esse problema para propor estratégias para redução do consumo de álcool entre os idosos”.

Intervenção de baixo custo 
O grupo desenvolveu uma proposta de Intervenção Breve para Idosos (IBI) e elaborou um protocolo para testar a efetividade dessa intervenção na atenção primária, administrada por agentes comunitários de saúde, com apenas 6% de recusa entre os primeiros 80 participantes recrutados.

“As evidências sugerem que intervenções breves são eficazes na redução do consumo de álcool entre adultos mais velhos. No entanto, a eficácia dessas intervenções quando realizadas por agentes comunitários de saúde em um ambiente de atenção primária à saúde é desconhecida. Até onde sabemos, este será o primeiro ensaio clínico randomizado a examinar isso”, escreveram as pesquisadoras no artigo publicado.

Duzentos e quarenta e dois indivíduos considerados bebedores de risco serão recrutados e alocados aleatoriamente para receber o atendimento usual (lista de espera) ou atendimento usual mais uma intervenção breve realizada por agentes comunitários de saúde treinados em UBS que fazem parte do SUS (Sistema Único de Saúde).

O estudo Alcohol and ageing: rapid changes in populations present new challenges for an old problem pode ser lido em aqui.

E o artigo Brief interventions for older adults (BIO) delivered by non-specialist community health workers to reduce at-risk drinking in primary care: a study protocol for a randomised controlled trial está disponível em aqui.

Com informações da Assessoria de Comunicação da Unifesp.

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Casos de depressão e ansiedade aumentaram na pandemia; mulheres e jovens são os mais afetados https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/10/13/casos-de-depressao-e-ansiedade-aumentaram-na-pandemia-mulheres-e-jovens-sao-os-mais-afetados/ https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/10/13/casos-de-depressao-e-ansiedade-aumentaram-na-pandemia-mulheres-e-jovens-sao-os-mais-afetados/#respond Wed, 13 Oct 2021 10:00:35 +0000 https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/b041f4c7c75675befd388ee3cc41c09df78a841d6ad8114d098c8f63567accf0_61051536d4e63-300x215.jpg https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/?p=1224 Uma pesquisa publicada na revista científica The Lancet, na sexta-feira (8), mostra que os casos de depressão aumentaram 28% e os de ansiedade 26% no mundo todo durante a pandemia da Covid-19. As mulheres e os jovens entre 20 e 24 anos foram os mais afetados.

O estudo é liderado por Damian Santomauro, da Escola de Saúde Pública da Faculdade de Medicina da Universidade de Queensland, na Austrália, e envolveu mais 65 pesquisadores. A equipe internacional se baseou em 48 relatórios, publicados entre 1º de janeiro de 2020 e 29 de janeiro de 2021, que incluíam dados sobre a prevalência de transtornos depressivos ou de ansiedade em 204 países e territórios diferentes antes e durante a pandemia.

O grupo também analisou como essas mudanças na prevalência foram associadas aos marcadores do impacto da pandemia, como a mobilidade humana e a taxa de infecção diária.

“Este é, até onde sabemos, o primeiro estudo a identificar e analisar sistematicamente os dados da pesquisa de saúde mental da população e quantificar o impacto resultante da pandemia da Covid-19 na prevalência desses dois transtornos por localização, idade e sexo em 2020”, escreveram os autores.

A equipe encabeçada por Santomauro estima que ocorreram 246 milhões de casos de transtorno depressivo maior e 374 milhões de casos de transtornos de ansiedade em todo o mundo em 2020 –o aumento do primeiro foi 28% e o do segundo 26% maior do que o esperado se a pandemia não tivesse existido.

Cerca de dois terços (66,67%) desses casos extras de transtorno depressivo e 68% dos casos de ansiedade ocorreram entre mulheres. Os jovens foram mais afetados do que os adultos mais velhos, com casos extras em pessoas entre 20 e 24 anos.

“As responsabilidades adicionais de cuidar da família devido ao fechamento de escolas ou doenças de familiares têm maior probabilidade de recair sobre as mulheres. Elas têm maior probabilidade de sofrer desvantagens financeiras durante a pandemia devido a salários mais baixos, menos economias e empregos menos seguros do que os homens”, observaram os autores. “As mulheres também são mais propensas a serem vítimas de violência doméstica, cuja prevalência aumentou durante o confinamento.”

“Também estimamos uma mudança maior na prevalência de transtorno depressivo maior e transtornos de ansiedade entre grupos mais jovens do que entre grupos de idade mais avançada. A Unesco declarou a Covid-19 como a interrupção mais severa da educação global na história, estimando que 1,6 bilhão de alunos em mais de 190 países ficaram totalmente ou parcialmente fora da escola em 2020. Com o fechamento de escolas e restrições sociais mais amplas, os jovens foram impedidos de se reunir em espaços físicos, afetando sua capacidade de aprender e de interação com os pares. Além disso, os jovens têm maior probabilidade de ficar desempregados durante e após as crises econômicas do que as pessoas mais velhas”, relata o estudo.

A pesquisa conclui que “a pandemia gerou uma urgência cada vez maior para fortalecer os sistemas de saúde mental na maioria dos países. As estratégias de mitigação podem incorporar maneiras de promover o bem-estar mental e direcionar os determinantes de saúde mental precária e intervenções para tratar pessoas com transtorno mental. Não tomar medidas para lidar com o fardo do transtorno depressivo maior e dos transtornos de ansiedade não deve ser uma opção”.

O levantamento foi financiado pelo Queensland Health, Conselho Nacional de Saúde e Pesquisa Médica e pela Fundação Bill e Melinda Gates.

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