O vencedor de O Melhor de sãopaulo na categoria restaurante latino-americano parece pronto para não chamar a atenção. Pois passa-se batido facilmente pela vila espetada na rua Augusta onde fica a Barú Marisquería. Uma vez lá, porém, fica difícil não prestar atenção.
Primeiro no tamanho do lugar: contam-se apenas 29 lugares. A cozinha ocupa metade do espaço, e não há como não ficar olhando o que estão aprontando por ali. Nota-se a seguir a adega externa, feita para atrair as câmeras de celular. E percebe-se de imediato a eficiência do serviço, que organiza as poucas mesas de maneira atenciosa.
Os ouvidos registram um restaurante ao mesmo tempo barulhento e musical —o melhor cantinho para entender o que está tocando, algo em geral bom, é o banheiro.
É impossível não fixar os olhos no cardápio, enxuto e interessante. Aberto em 2018 pelas mãos do chef colombiano Dagoberto Torres e batizado com o nome de uma ilha paradisíaca logo em frente a Cartagena, o Barú lembra que a comida latina vai muito além do chorizo, do ceviche e das tortillas. As porções apresentam-se um pouco diminutas diante do preço, é verdade. Isso dito, são deliciosas e variadas.
Servem, por exemplo, polvo com molho de chiles secos e vegetais, chifa (tiras de peixe que vêm acompanhadas de tamarindo e gergelim) e arroz chipi chipi (com vôngole e açafrão-da-terra). Vale muito atentar no peixe disponível no dia, em geral acompanhado de vegetais.
E vale fazer isso logo, pois ele é muito bem temperado e feito sem pressa, como deve ser.
Barú Marisquería
Comandada pelo chef Dagoberto Torres (ex-Suri), a casa evoca o ambiente litorâneo com bons produtos do mar. Em uma simpática vila na rua Augusta, tem menu enxuto, com pratos como o atum com chile sobre discos de banana-da-terra fritos ou o polvo feito na brasa, servido com molho de chiles secos e vegetais.
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