Fernanda Torres foi à pré-estreia oficial de Ainda Estou Aqui, no Festival de Cinema de Veneza. A atriz passou deslumbrante pelo tapete vermelho do evento, ao lado de Selton Mello e Walter Salles, coprotagonista e diretor do longa, respectivamente.
Para a ocasião, a atriz escolheu um vestido azul marinho sem alças, de tafetá. A peça, do estilista Alexandre Herchcovitch, é uma versão sob medida de um modelo desfilado na coleção Inverno/ Primavera 2024, em julho. Minimalista, ela completou a produção com scarpin na mesma cor e brincos dourados. Na beleza, maquiagem supernatural e cabelo preso para trás, também com textura natural.
Já Selton escolheu um costume preto com abotoamento cruzado, com camisa e sapatos também pretos, além de um broche de flor. Ainda Estou Aqui é o único filme brasileiro na competição oficial da 81ª edição do festival italiano, o mais antigo e tradicional do mundo.
Na exibição de gala, Torres também estava acompanhada pelo filho, Antônio Torres Waddington, em aparição raríssima. "Andiamo via!", escreveu ela ao compartilhar um registro se arrumando com o caçula, que tem 16 anos e é fruto do relacionamento com o diretor Andrucha Waddington.
Mais cedo, os atores e o diretor participaram de uma coletiva de imprensa para divulgar o longa, que concorre ao Leão de Ouro. A produção dirigida por Salles (Central do Brasil e Água Negra) se passa durante a ditadura militar brasileira e conta a história de uma mãe forçada a se reinventar após a família ser alvo de violências.
"Pela primeira vez, a história dos desaparecidos, das pessoas que tiveram suas vidas roubadas pela ditadura militar brasileira, estava sendo contada pela perspectiva daqueles que ficaram. Na experiência de uma mulher, Eunice Paiva, mãe de cinco, tinha as histórias de como sobreviver ao luto e um espelho da ferida deixada em uma nação", disse o cineasta, em Veneza.
"Também é algo pessoal: conheci essa família e era amigo dos filhos de Paiva. A casa deles continua gravada na minha memória. Durante os cinco anos que passamos criando Ainda Estou Aqui, a vida no Brasil se inclinou perigosamente para perto de uma distopia dos anos 1970, o que tornou ainda mais urgente contar essa história", completou.