Edson admite a própria visão crítica sobre o desempenho dos artistas novos na indústria da música. Dupla do irmão Hudson há mais de três décadas, o sertanejo reflete com a Quem sobre o impacto comportamental da era dos streamings e redes sociais no mercado musical e aponta 'briga' de cantores atuais por maiores números.
"Tem uma coisa que realmente me deixa triste é ver artistas novos brigando por algoritmos. Não estão brigando pela música mais legal, pela música mais bonita, pelo trabalho melhor. Estão brigando por número, quem ganha mais dinheiro, porque o outro está milionário", desabafa ele, que esteve entre as atrações do navio de Maiara e Maraisa com Boate Azul, projeto de Edson & Hudson e Gian & Giovani.
A voz de hits como Azul conecta a ambição por virais com a ganância financeira. "É igual Deus e o dinheiro, porque o dinheiro para Deus é considerado o diabo, destrói a vida das pessoas que não sabem lidar com ele. Mesma coisa vejo essa lance do algoritmo, isso sim joga contra a música, porque aí começa a ouvir falar de coisa que os caras fazem para ter mais plays. Acho que isso aí não é legal", afirma.
Edson ainda exalta a relação fiel com o público apesar de altos e baixos com pausa em 2009 e retorno da dupla sertaneja em 2011, dentre mais de 15 álbuns desde a década de 1990. "Pode procurar nossa história, a gente lá nossos 3 milhões de pessoas no Spotify, mas de verdade, são três milhões de pessoas que vão lá e são assíduos da gente", declara.
"A mentalidade é assim: trabalhe para ser sempre um artista reconhecido. Se você fizer melhor do que o seu companheiro de trabalho, com certeza, você vai bater o primeiro lugar, mas se preocupe em ficar entre os 10, tá bom demais", conclui.
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Edson, dupla de Hudson, critica 'briga' de artistas novos por números