Sustentabilidade, educação, finanças e logística: veja como foram os debates sobre os temas no Startup Labs

À noite, houve um coquetel de comemoração à publicação da lista 100 Startups to Watch 2024 para convidados. A seleção anual de PEGN em parceria com Época NEGÓCIOS, Elogroup e Innovc traz as empresas de base tecnológica mais promissoras do país. Em 2024, 1.979 startups se inscreveram para a lista, que está na sétima edição.

O evento Startup Labs é uma realização de Pequenas Empresas & Grandes Negócios e O GLOBO, e conta com a cidade do Rio de Janeiro como Cidade Anfitriã e parceria de Extra e Valor Econômico. Veja a seguir como foram os Quick Talks da primeira edição do Startup Labs.

"Estou otimista globalmente e acho que o Brasil tem acompanhado", afirmou Carolina Ochoa Koepke, sócia e coordenadora de projetos de clima do Quintessa, na conversa "Inovação como recurso para preservar o meio ambiente", sobre soluções tecnológicas voltadas à sustentabilidade. Segundo ela, a COP30, que será realizada em 2025 em Belém (PA) deve ser um marco para o tema em território nacional. Ela aponta soluções de mitigação, monitoramento, bioinsumos e restauração como boas oportunidades.

Mediado por Paulo Gratão, editor-assistente de PEGN, o talk também teve participação de Thaís Guerra, da Flori Tech, de gestão gamificada de resíduos sólidos. "Todos sabem que o gargalo da reciclagem existe e que poderia gerar dinheiro. Mas no meio disso há a população. O grande desafio é trabalhar a educação ambiental. Precisamos tirar essa ideia de que tudo o que se refere à sustentabilidade é chato", diz.

Para Hector Gusmão, CEO da Bolder e fundador da 42Rio, o uso da inteligência artificial na educação é uma realidade. "Metrificar ainda é um desafio, mas sabemos que o uso das ferramentas reduz evasão escolar, diminui o tempo gasto pelo professor em tarefas como correção de provas e permite o acesso a lugares remotos", falou no segundo Quick Talk do dia.

Fundador e CTO da Jovens Gênios, startup que fornece uma plataforma de ensino híbrido para escolas públicas e privadas, Fernando Costa diz que a infraestrutura ainda é desafio, mas os benefícios são imensos. "É importante pensar em como levar a personificação do ensino para a educação pública. Tentamos fazer a ferramenta não ser uma sobrecarga para o professor, mas sim um recurso", disse.

A dificuldade para implementação de tecnologia e a criação de um ambiente homogêneo no país para aplicação de soluções correlatas também foram pontos abordados. A conversa intitulada "Como a IA pode ajudar na educação" teve mediação de Rebecca Silva, repórter de PEGN.

O talk "Fintechs – tecnologia para alavancar o mercado financeiro", recebeu Rodrigo Cabernite, cofundador da fintech GYRA+, e Ingrid Barth, presidente da ABStartups. O cenário atual, para ambos, é otimista. "A inovação no setor acompanha a regulação e nós somos referência e vanguarda", disse Barth. Olhando para a evolução dos últimos anos, ela foi categórica ao afirmar que "isso é só o começo".

Cabernite apontou que as startups da mesma "leva" da GIRA+, empresa de crédito fundada em 2018, tiveram caminhos distintos. "Muitas deixaram de existir. Quem seguiu ou manteve o crescimento ou criou um negócio novo. Isso mostra a maturidade do mercado", finalizou.

"O capital está mais difícil, porque a régua subiu. Agora não tem mais voo de galinha." A frase é de Pedrinho Jr., fundador da Carteiro Amigo Express. Ao lado de Lucas Lima, líder do programa de deep techs do Sebrae for Startups, ele participou da conversa "Logística em prol de todos", que teve mediação de Zínia Baeta, editora-executiva do Valor Econômico.

Como dica para captar, o empreendedor diz que o dono de negócio precisa saber muito sobre sua própria empresa e também ter timing. "O namoro com o investidor demora pelo menos um ano. Um dinheiro que vem em dois meses pode não ser bom pra você", afirma o idealizador da Carteiro Amigo Express, que faz entregas em áreas de risco e favelas.