Para um casal acostumado com a exposição, o Príncipe Harry e Meghan Markle decidiram ir na contramão do que era esperado, surpreendendo até mesmo a mídia britânica -- enquanto puderem, protegerão os filhos dos flashes, comentários ou mesmo de possíveis perigos que possam assolar os dois pequenos reais.
Após publicarem seu próprio cartão de Natal, como é costumeiro que os membros da Família Real façam, o Duque e a Duquesa de Sussex voltaram aos assuntos mais comentados por uma específica razão: na única foto em que os pequenos Archie (5 anos) e Lilibet (3 anos) aparecem, seus rostos estão invisíveis para o público. Isso porque as duas crianças estão não apenas longe da câmera, mas também, estão de costas para ela, sendo visíveis apenas os pais, Harry e Meghan.
A foto, que faz parte de um conjunto inteiro que compõe o cartão de Natal dos Sussex, gerou estranheza pelo público, que viu as duas crianças juntas apenas uma única vez, em uma foto há mais de dois anos.
Entretanto, segundo aponta uma fonte à revista People, manter as crianças longe das lentes é decisão confirmada do casal, que tem seus próprios motivos para agir dessa forma.
"O Harry está relutante em mostrar as criança publicamente. Não por um desejo pessoal em escondê-las, mas sim para proteger a privacidade e a segurança delas de possíveis ameaças. Ele quer que elas lidem com uma vida normal, sem que corram os perigos de possíveis sequestros ou agressões", descreveu à publicação.
Ao que reporta o tabloide Mirror, Harry e Meghan teriam enviado dois cartões de Natal diferentes ao público e à família. Enquanto aquele com as crianças viradas para a câmera é o que chegou ao mundo e rendeu comentários, o outro (ao qual jamais teremos acesso) conta com um retrato dos quatro, bem próximos à lente -- este, entretanto, só está nas mãos dos mais próximos a Harry e a esposa.
No cartão, a dupla escreve: "Da parte do escritório do Príncipe Harry e Meghan, o Duque e a Duquesa de Sussex, Archwell Productions e a Fundação Archwell, nós te desejamos uma feliz temporada de festas e um alegre Ano Novo", seguidos de seis fotos do casal, sendo uma a tal polêmica imagem com os pequenos.
A reação de Harry à exposição das crianças certamente está ligada às experiências pessoais passadas ao decorrer da vida no Palácio. Desde seu nascimento, até a morte da mãe, a Princesa Diana, em 1997, até a chegada de Meghan à Inglaterra e seu casamento em 2018, o Príncipe viu de perto o caos de ser vítima dos cliques.
Cada aparição pública, fosse em uma boate na época de solteiro ou mesmo quando chorava pela morte precoce da mãe, gerou comentários e manchetes pela mídia local, que por sua vez, sequer o enxergou como um jovem em meio às descobertas da vida adulta ou uma criança em um momento difícil -- e ainda, um membro da realeza, ultrapassando qualquer limite de privacidade durante os momentos mais pessoais da vida de Harry.
Quando Meghan se tornou alvo de críticas ao pisar o pé no país, a decisão deve ter tomado seus primeiros passos. Quando Harry colocou os tabloides Mirror e Sun na justiça por invasão de privacidade, outro ponto foi contado a favor do anonimato.
Mais tarde, já nos Estados Unidos, afastados da carreira de membros da Família Real e residindo em uma mansão na cidade de Montecito, na Califórnia, às escondidas dos paparazzi, não é difícil imaginar por que os pais de Archie e Lillibet seriam duros e irredutíveis quanto à proteção das crianças.