Você, com certeza, conhece bebês que nasceram maiores, com mais de 3,5 kg e por volta de 50 cm, e outros, menores, com menos de 3 kg e cerca de 45 cm. A diferença pode parecer pouca, mas é representativa quando se trata de recém-nascidos. Mas, afinal, o que determina se uma criança vai nascer grande ou pequena?
É claro que a genética tem papel fundamental, mas as condições maternas, como nutrição, estado da placenta, doenças, como diabetes e hipertensão, uso de drogas ou tabagismo durante a gestação, entre outros, também exercem influência nas medidas do bebê.
Recém-nascidos com mais de 4 quilos são considerados macrossômicos e, em geral, os principais fatores que levam ao peso elevado seriam a obesidade da mãe e o diabetes gestacional. Esses bebês merecem atenção na maternidade e precisam de monitoramento frequente nas primeiras horas de vida, já que podem ter hipoglicemia, que é uma queda de açúcar no sangue. E o risco vai além: obesidade infantil, desenvolvimento de hipertensão arterial e diabetes, além de doenças vasculares crônicas podem surgir a médio e longo prazo em bebês que nascem grandes demais.
Para evitar problemas assim, é fundamental que a mulher faça o pré-natal correto, controle o peso e mantenha uma alimentação equilibrada.
Por outro lado, há aqueles bebês que nascem abaixo do peso. Podem entrar nesse grupo os prematuros, filhos de mães hipertensas e com baixo peso, além das fumantes e mulheres com idade avançada. No entanto, com o tempo, o que pode ser por volta do segundo ano de vida, eles tendem a recuperar peso e altura, equiparando-se com os bebês nascidos a termo.
Tabela
É normal o bebê perder peso depois de nascer? |
Sim, por isso, não se assuste se, ao sair da maternidade, você perceber que seu filho está mais magro. Isso acontece por conta de perda de água, ou seja, faz parte da adaptação à vida extrauterina e é absolutamente normal. Essa perda pode chegar a até 10% do peso de nascimento nos primeiros dias de vida. Mas fique atento: o bebê deve recuperar esses gramas entre 10 a 15 dias depois de nascer. Se continuar perdendo peso após esse período, deve ser avaliado pelo pediatra, pois várias situações podem estar envolvidas, sendo a mais comum delas a técnica inadequada do aleitamento materno. |
Fontes consultadas: Louise Cominato, endocrinologista pediátrica do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo, e Marcelo Amaral Ruiz, endocrinologista pediátrico e membro do comitê científico da Sociedade Paulista de Pediatria.