Coucoo Cabanes, um tipo de hotel com "verve selvagem", que tem como proposta experiências de desintoxicação do dia a dia em meio da à natureza, acrescentou quatro cabines, que se juntam às 25 existentes, em um terreno de 150 hectares (1,5 mi m²) na vila de Chassey-lès-Montbozon, na Borgonha Franche-Comté, uma região conhecida como Grands Lacs (Grandes Lagos) na França.
As novas unidades de madeira são as primeiras da série de colaboração entre a agência de arquitetura e design de interiores AW2, liderada por Reda Amalou e Stéphanie Ledoux.
A visão de ambas as equipes tem por objetivo viver em simbiose com a natureza ao adotar abordagens bioclimáticas para arquitetura e natureza conviverem simbiose. Ou seja, "proteger o ambiente natural e, ao mesmo tempo, criar uma experiência especial aos hóspedes, cultivando humildade e tranquilidade diante da majestade da natureza", conforme prega a AW2.
Construídas em três níveis dispostos em um escudo protetor, as unidades chamam a atenção, primeiramente, por seu design que evoca um "botão pouco antes de florescer": a concha se abre levemente e revela os espaços interiores – protegidos, mas abertos à paisagem envolvente.
O primeiro nível, sobre palafitas, é aberto à vista e brisa. Este grande terraço protegido permite viver ao ar livre, ao mesmo tempo que encobre do sol e da umidade.
O segundo andar acomoda o quarto, com janelas em grandes vãos, que permitem ventilar naturalmente o espaço, enquanto se aprecia a vista.
O terceiro piso é destinado ao banho nórdico em meio às copas das árvores devidamente preservadas em sua biodiversidade. Em tempo: os quartos não são equipados com wi-fi, pois o objetivo da estadia é se desligar do cotidiano.
Mobiliário em sintonia
Os móveis de madeira foram projetados pela agência especificamente para se integrarem à arquitetura das cabanas, como bancos internos e externos, prateleiras, bancadas e cabeceira.
Posicionada ao centro, a cama serve como ponto divisor dos espaços do quarto. O ambiente da sala de estar é criada por um banco simples em arco e uma mesa de centro frente ao canto do café e chá. Na parte traseira, protegido pela cabeceira, está a pia e os vasos sanitários secos. O guarda-roupa e as prateleiras ficam no canto oposto.
Sustentabilidade e produção local
Uma dado importante no projeto é a escolha dos materiais e o método de fabricação, que valoriza a experiência de contato total com a natureza. "A localização de cada cabine é feita conforme oportunidades e pontos fracos do local. Trata-se de proteger espaços naturais ao criar melhor experiência possível para os visitantes", compartilhou a AW2.
Desta forma, as cabines foram fabricadas pela MCF Bois, empresa especializada em moldura de madeira, cuja oficina está localizada a 1 hora e 15 minutos de Grands Lacs. A madeira usada foi a abeto-de-douglas, cujas árvores foram derrubadas a menos de 30 km da oficina. As cabines eram pré-fabricadas na oficina e, depois, transportadas ao local.
Segundo os profissionais da agência, esse processo colaborou para uma duração muito curta de construção – quatro dias por cabine – e um impacto mínimo no local, o que vai no sentido da proteção do local e da biodiversidade.