A Begonia maculata é uma espécie brasileira conhecida pelas cores exuberantes na parte inferior da sua folha e as bolinhas prateadas na superior (sendo que "maculata" vem do latim "manchada"). Nativa do sudeste do Brasil, especialmente na Serra do Mar, a planta elava os níveis dos jardins e ainda pode ser cultivada dentro de casa.
A variedade Cana, mais conhecida, leva este nome por conta da aparência de seu caule, que lembram uma cana, ou um bambu, como explica o biólogo e paisagista Eduardo Hortenciano. "A variedade Mari é mais franzida e rugosa", complementa. Sendo uma espécie relativamente nova, é mais incomum encontrá-la em comparação às outras espécies de begônia maculata.
Renata Guastelli, paisagista, diz que outra característica para distinguir as variedades é que a Mari apresenta folhas de um verde intenso, com o verso em um tom vinho avermelhado e pintas menores, conferindo-lhe um aspecto brilhante tanto na frente quanto no verso.
"Seu caule é notavelmente mais grosso e robusto, sugerindo uma estrutura mais resistente. Por outro lado, a variedade opaca da begônia maculata tem um acabamento fosco, que oferece um contraste interessante quando colocada ao lado da variedade Mari", explica.
"A begônia maculata cresce em áreas úmidas e sombreadas, muitas vezes entre rochas, e em altitudes que variam do nível do mar até 1.000 m. Esta herbácea se destaca por suas folhas ornamentais, que têm formato de asa e textura entre carnosa e coriácea", explica Eduardo. Segundo ele, além disso, a espécie floresce com cachos de flores brancas ou rosadas pendentes durante a temporada de primavera-verão.
No Feng Shui, Renata diz que a begônia é associada à harmonia, ao amor e à grande afeição.
Como cultivar a begônia maculata Mari em casa
Renata indica que a propagação da begônia seja feita por estacas, através do caule da planta. "Primeiro, é preciso inseri-los em um recipiente cheio de água. É essencial renovar a água diariamente para manter a qualidade do meio aquático. Assim que observar o desenvolvimento das raízes, transfira a estaca para um vaso profundo, onde ela poderá crescer", explica.
Eduardo também compartilha que a divisão pode ser feita através das folhas. A folha escolhida precisa ser cortada em pedaços, garantindo que cada um tenha uma veia principal. Em seguida, basta colocá-la em um copo com água ou diretamente em um substrato leve e drenável (mistura de fibra de coco, carvão moído e composto orgânico). "Mantenha a estaquia de flores ou caules em um local com luz filtrada e umidade constante", complementa o biólogo.
Como cuidar da begônia maculata e mantê-la saudável
Os profissionais explicam que a espécie prefere locais com luminosidade indireta, porém sem sombra total, recebendo uma luz equilibrada para que se desenvolva, mas não queime suas folhas. "Ela é ideal para espaços internos bem iluminados, porém protegidos da luz solar direta", diz Renata.
Para as regas, a medida é parecida com outras espécies comuns de jardim: manter o substrato levemente úmido, mas nunca encharcado. Eduardo indica deixar a superfície secar entre as regas, para garantir assertividade.
A begônia também prefere regiões úmidas, acima de 45%. Caso o meio onde esteja plantada seja seco, o paisagista ainda sugere borrifar água em suas folhas e caule regularmente; o uso de umidificadores também é eficaz.
Apesar de ser importante retirar as folhas doentes e secas, Eduardo explica que a poda não é essencial para a begônia maculata.