O sofá retrátil é uma escolha popular na decoração devido a sua funcionalidade e versatilidade, mas requer alguns cuidados. Isso porque, há algum tempo, muitos modelos não tinham um bom design, sem proporções e excessos de detalhes, que acabavam sobrecarregando os ambientes, já que são peças grandes.
Selecionamos, portanto, algumas dicas para te ajudar a escolher modelos mais clean, com linhas mais retas e visual minimalista, que não prejudicam o conjunto. Confira!
Vantagens
O sofá retrátil é um verdadeiro coringa para quem busca conforto e funcionalidade. Veja algumas vantagens do móvel apontadas pelas arquitetas Danielle Dantas e Paula Passos, do escritório Dantas & Passos Arquitetura, e Natália Sundfeld:
- É ideal para ambientes multifuncionais, como salas integradas ou home theaters, oferecendo a possibilidade de relaxamento com o assento estendido, assim como de uso convencional no dia a dia ou para receber quando fechado.
- É uma peça versátil, que se adapta a diversas necessidades, desde receber convidados até assistir a filmes com mais comodidade, pois permite criar opções de sentar e deitar.
- Otimiza espaço quando os assentos estão recolhidos, liberando mais área de circulação.
- Quando fechado, mantém a sala organizada e, quando aberto, acomoda mais pessoas de forma confortável e relaxada.
- É uma opção confortável para quem gosta de passar tempo assistindo a filmes, programas ou até jogando na TV.
- No caso de hóspedes em casa, o sofá retrátil pode se transformar em cama no caso de falta de espaço.
Como escolher
Na hora de escolher um sofá retrátil, as arquitetas avaliam que a proporção equilibrada é fundamental para garantir conforto, além de beleza. Confira algumas características importantes:
Assento
Para Natália, assentos mais largos garantem conforto. "Ele [sofá] deve ter uma altura em que a maioria dos usuários possa colocar o pé no chão com as costas devidamente adequadas ao encosto e joelhos aproximadamente a 90 graus com o sofá fechado", diz Paula.
A altura padrão do assento para um sofá ergonômico deve variar entre 35 a 50 cm. "Sempre considere a estatura do usuário em relação à altura do assento. Além disso, sofás com assentos mais baixos não são indicados para idosos", orienta Danielle.
Encosto
Encostos com altura moderada, aproximadamente 45 cm, oferecem suporte ideal. "Quanto mais alto o encosto, mais o sofá dará a impressão de ficar grande no ambiente, então, é importante observar esse ponto, principalmente em espaços menores", explica Paula.
Braços
Atenção aos braços do sofá, que devem respeitar o tamanho da peça em seu conjunto. "Às vezes, se o braço é largo demais, prejudica a proporção da estética e sobra menos espaço para sentar", diz Danielle. "Braços estreitos ou com design minimalista ajudam a manter um visual leve, especialmente em espaços compactos", acrescenta Natália. Há ainda modelos sem braços, o que deixa o conjunto ainda mais clean.
Profundidade
Segundo Natália, a profundidade ideal, quando retraído, deve ficar entre 90 e 110 cm para não sobrecarregar o ambiente. "Certifique-se de que, ao estender o assento, ainda haja circulação adequada no espaço", sugere ela.
Paula lembra que sofás retráteis tendem a ter a caixa atrás maior para o mecanismo, mas, mesmo com isso, a profundidade do assento livre deve ser respeitada para o conforto do usuário, então, sempre verifique se o assento livre é satisfatório. "Existem novos modelos sem essa caixa, vale pesquisar", diz ela.
Estilo e formas
O design da peça, segundo Danielle, deve estar integrado ao restante da decoração, tanto o estilo e a forma, como a cor do tecido escolhido para harmonizar com o conjunto do ambiente.
Para um visual clean e contemporâneo, Natália recomenda preferir modelos de linhas retas e acabamento em tons neutros, como bege, cinza ou off-white. "Evite detalhes muito chamativos e priorize tecidos lisos ou com texturas suaves", indica ela.
Estrutura
Em linhas gerais, a estrutura do sofá deve ser resistente para suportar o seu uso de várias maneiras. Confira as dicas das arquitetas Danielle e Paula:
- Avalie sua estrutura – deve ser muito resistente e feita com materiais de qualidade.
- O preenchimento com espumas de densidades entre 28 e 33 são mais indicadas para evitar dores nas costas, porém, se o usuário prefere um sofá que "afunde" mais, pode usar densidade 26. Caso contrário, os modelos entre D28 e D33 são mais firmes e dão mais suporte.
- Considere a sua durabilidade – sofás retráteis sem almofadas soltas no assento garantem um suporte maior e mais durabilidade.
- Para o revestimento, existem muitos tecidos, mas evite o couro, porque o movimento de abrir e fechar pode marcar e danificar o material.
Outras dicas
Segundo Natália, alguns detalhes podem fazer a diferença no uso do sofá retrátil. Veja alguns pontos a considerar na hora de compor o móvel com o décor:
Costas do sofá
Em salas integradas, as costas do sofá não podem ser negligenciadas. Se o estofado estiver em destaque no ambiente, considere adicionar um aparador atrás dele. Esse elemento pode servir tanto para apoiar itens decorativos quanto para criar uma transição harmônica entre espaços integrados, como sala de estar e de jantar.
Tecidos e acabamentos
Prefira materiais resistentes, como linho misto ou suede impermeável, que são fáceis de limpar e ideais para lares com crianças ou pets.
Mecanismos retráteis
Invista em modelos com sistemas retráteis de alta qualidade. Mecanismos manuais são robustos e confiáveis, enquanto os elétricos oferecem maior conveniência e tecnologia.
Integração visual
Combine o sofá retrátil com elementos de design leve, como tapetes neutros, mesas de centro compactas e luminárias discretas, para manter a harmonia visual.