Design

Acostumados a trabalhar em metros, arquitetos e designers mudam de escala. É quando, em centímetros ou até mesmo milímetros, buscam novas proporções e, sem perder a essência de seus desenhos, concebem joias, bolsas, tênis, roupas, pratos e jogos de cama. Confira algumas das criações deles abaixo!

Joias por Jader Almeida: essência do design, sem caricaturas

O designer Jader Almeida acaba de lançar sua segunda coleção de joias, desta vez com colares e brincos — Foto: Bernardo Salum/Divulgação
O designer Jader Almeida acaba de lançar sua segunda coleção de joias, desta vez com colares e brincos — Foto: Bernardo Salum/Divulgação

Pela segunda vez explorando o universo das joias, Jader Almeida acaba de lançar a coleção Dinna. Em 2022, em homenagem aos 10 anos das mesas Jardim, o designer se lançou nesse mundo encantado da prata e do ouro com a coleção de mesmo nome que incluía pulseiras, colares, pingentes, brincos e broches.

Desta vez, criada para celebrar os 20 anos da cadeira Dinna, uma das peças percursoras da marca, a coleção apresenta colares e brincos. “A proposta segue sendo a elegância, assim como na coleção Jardim, onde mantemos a essência do design da peça de origem sem caricaturas”, diz Jader.

De ouro e diamante, o colar da coleção "Dinna" celebra os 20 anos da cadeira de mesmo nome — Foto: Jader Almeida/Divulgação
De ouro e diamante, o colar da coleção "Dinna" celebra os 20 anos da cadeira de mesmo nome — Foto: Jader Almeida/Divulgação

Na coleção Dinna, o foco está em materiais preciosos, como o ouro e a prata, mas também foi incorporado um toque de glamour e leveza com o uso do diamante. “A inspiração vem diretamente das formas da cadeira, que deu origem às peças, um ícone de design que celebra o equilíbrio entre simplicidade e sofisticação. As linhas limpas e delicadas das costas da cadeira se refletem e acabam por gerar as joias, sendo, portanto, de uma elegância sutil”, descreve Jader.

Replicando a mesma curvatura das costas da cadeira "Dinna", a joia de Jader Almeida revela a sua essência — Foto: Jader Almeida/Divulgação
Replicando a mesma curvatura das costas da cadeira "Dinna", a joia de Jader Almeida revela a sua essência — Foto: Jader Almeida/Divulgação

A conexão entre o desenho dos móveis e das joias é profunda. “Ambas são fruto da mesma busca por formas extremamente depuradas. As joias são, de certa forma, uma extensão do meu trabalho: a mesma atenção aos detalhes, o mesmo estudo de proporções e, claro, o mesmo compromisso com a originalidade e a atemporalidade. A transição entre essas duas áreas ocorre de forma natural, já que as joias também são objetos de desejo e expressão de estilo, assim como no mobiliário”, conclui Jader.

Bolsas e tênis por Kengo Kuma: materiais reciclados e novas tecnologias

Retrato do arquiteto japonês Kengo Kuma, que assina em parceria com o escritório brasileiro FGMF a Japan House, na Avenida Paulista, em São Paulo — Foto: ©Designhouse/Divulgação
Retrato do arquiteto japonês Kengo Kuma, que assina em parceria com o escritório brasileiro FGMF a Japan House, na Avenida Paulista, em São Paulo — Foto: ©Designhouse/Divulgação

Esta não foi a primeira vez que o arquiteto japonês Kengo Kuma se lançou no mundo da moda. Em 2019 desenhou o tênis de corrida Metaride AMU, para a Asics, até então, “a menor forma arquitetônica” que havia criado.

Em 2021, na VAVA Eyewear, fez uma coleção cápsula de óculos, incorporando materiais orgânicos sustentáveis e impressão 3D. Agora, o arquiteto acaba de lançar uma coleção de acessórios para a grife italiana Fendi.

Composta da bolsa Peekaboo, da baguete Soft Trunk e do tênis Fendi Flow, a nova linha foi apresentada no desfile Fendi Spring/Summer 24, durante o tradicional evento de moda italiana Pitti Uomo, em Florença.

A bolsa Peekaboo e a baguete Soft Trunk, desenhadas para a FENDI, levam papel waran-shi, tecido feito com bambu, cascas de bétula e madeira proveniente de oliveiras toscanas — Foto: Kengo Kuma × FENDI/Divulgação
A bolsa Peekaboo e a baguete Soft Trunk, desenhadas para a FENDI, levam papel waran-shi, tecido feito com bambu, cascas de bétula e madeira proveniente de oliveiras toscanas — Foto: Kengo Kuma × FENDI/Divulgação

As peças foram confeccionadas com materiais como papel waran-shi, tecido feito com bambu, cascas de bétula e madeira proveniente de oliveiras toscanas. O waran-shi, explica o arquiteto, é um novo material japonês feito à mão, criado por um amigo holandês.

“Como sugerem as letras de wa-ran, é um material que forma uma ponte entre o Japão e a Europa (Holanda, neste caso). E é justamente este conceito de unificação entre os povos que levo para a minha arquitetura”, diz.

Além disso, o waran-shi é um papel único porque absorve materiais naturais, como plantas e cascas. “Nossos projetos de arquitetura sempre foram ótimas oportunidades para experimentar ou utilizar vários materiais reciclados. Para o piso do Estádio Nacional do Japão aplicamos peças desmontadas de azulejos antigos. Para as caixas de plantas do estádio foram utilizadas pedras de basalto trituradas”, exemplifica.

O tênis Fendi Flow, criado para a FENDI, foi confeccionado de cortiça e tem solas trançadas, de impressão 3D, inspiradas em yatara ami (técnica de cruzamento de bambu). — Foto: Kengo Kuma × FENDI/Divulgação
O tênis Fendi Flow, criado para a FENDI, foi confeccionado de cortiça e tem solas trançadas, de impressão 3D, inspiradas em yatara ami (técnica de cruzamento de bambu). — Foto: Kengo Kuma × FENDI/Divulgação

Já na Japan House, na Avenida Paulista, em São Paulo, projeto assinado pelo arquiteto em parceria com o escritório brasileiro FGMF, é a permeabilidade da fachada que se assemelha à existente no tênis Fendi Flow, que leva cortiça e tem solas trançadas, de impressão 3D, inspiradas em yatara ami (técnica de cruzamento de bambu).

“Ao experimentar diferentes materiais e abordagens em pequenos produtos, as nossas ideias para novas matérias-primas e tecnologias são realimentadas em projetos de maior escala”, afirma Kengo.

Jogo de cama e mesa posta por Arthur Casas: minimalismo contemporâneo e moderno

Depois da linha de jogos de cama que assinou para a Trousseau, o arquiteto Arthur Casas cria uma linha de mesa posta — Foto: Bob Wolfenson/Divulgação
Depois da linha de jogos de cama que assinou para a Trousseau, o arquiteto Arthur Casas cria uma linha de mesa posta — Foto: Bob Wolfenson/Divulgação

Em 2019, o arquiteto Arthur Casas desenvolveu para a Trousseau a sua primeira criação têxtil. Agora acaba de lançar mais duas novas cores para o jogo de cama e a linha de mesa posta Amorfa. A primeira compreende lençol de baixo, fronha e duvet – chumbo com verde-claro e bege com capuccino.

“A capa do duvet tem um lado de algodão – parte que fica em contato com o corpo –, prevalecendo o conforto, e o outro, facetado para cima, é feito de linho com detalhe desfiado, dando o tom moderno e sofisticado da peça. O lençol de baixo é feito 100% de algodão. As matérias-primas, linho e algodão, são italianas e a confecção é feita no Brasil”, detalha Adriana Trussardi, sócia-fundadora da Trousseau.

Complementando o jogo de cama criado pelo arquiteto Arthur Casas para a Trousseau anteriormente, o lençol de baixo, a fronha e o duvet ganham novas cores — Foto: Trousseau/Divulgação
Complementando o jogo de cama criado pelo arquiteto Arthur Casas para a Trousseau anteriormente, o lençol de baixo, a fronha e o duvet ganham novas cores — Foto: Trousseau/Divulgação

Já a linha Amorfa contempla jogo americano com guardanapo de linho, além das louças de cerâmica. Os pratos rasos, fundos e de sobremesa foram executados nas cores off-white e verde-escuro e são esculpidos de cerâmica esmaltada, com design e formato assimétrico – seu diferencial.

Para complementar, o jogo americano feito 100% de linho tem um detalhe desfiado, acrescentando um toque despojado e contemporâneo à coleção. "Tenho um certo fascínio por desenhar formas amorfas – contornos orgânicos que, na natureza, não apresentam uma forma fixa, estável. São muitas as tentativas para alcançar o desenho ideal, trata-se de um exercício e uma pesquisa constante. Trago esse traço comigo da arquitetura – definindo claraboias, percursos, rasgos, aberturas – ao design de objeto, dando forma a xícaras, bandejas, mesas, luminárias, e mais recentemente, as louças", diz Arthur.

Além dos pratos rasos, fundos e de sobremesa, a linha "Amorfa" contempla jogo americano com guardanapo de linho. Criação de Arthur Casas para a Trousseau — Foto: Trousseau/Divulgação
Além dos pratos rasos, fundos e de sobremesa, a linha "Amorfa" contempla jogo americano com guardanapo de linho. Criação de Arthur Casas para a Trousseau — Foto: Trousseau/Divulgação

“O processo criativo dessa parceria envolve muitos aspectos, especialmente requinte, design e funcionalidade, trazendo para outros cômodos da casa, principalmente a cozinha, o toque clássico que é a marca registrada da Trousseau e de Arthur Casas. As novas cores do jogo de cama também reforçam esse atributo”, comenta Adriana.

A principal característica de toda a linha, além do minimalismo contemporâneo e moderno, é o cuidado com os detalhes, conforto, funcionalidades e cores neutras – essa última, comum a ambas as marcas.

Roupas por Sergio Rodrigues: miniaturas de móveis e croquis

Em forma de croquis, estampas e outras referências, a obras do arquiteto e designer Sergio Rodrigues marca presença nas roupas da marca carioca Handred — Foto: Luciana Whitaker/Divulgação
Em forma de croquis, estampas e outras referências, a obras do arquiteto e designer Sergio Rodrigues marca presença nas roupas da marca carioca Handred — Foto: Luciana Whitaker/Divulgação

Quem diria que as fantasias de dragões que Sergio Rodrigues fazia para as filhas poderia dar nisso? O fato é que, coincidência ou não, a obra do arquiteto e designer foi parar nas roupas da marca carioca Handred.

“Sergio tinha um espírito muito lúdico. Ao fazer as fantasias para os filhos, creio que ele incorporava uma criança também, juntando-se à brincadeira a sua habilidade de lidar com diversos materiais”, diz Fernando Mendes, presidente do Instituto Sergio Rodrigues.

“Ele não teve uma experiencia profissional diretamente ligada à moda, mas tinha um jeito peculiar de se vestir. Colete, quepe, suspensórios, botina e sempre meias coloridas, preferencialmente vermelhas ou amarelas. Era o jeito Sergio Rodrigues de se vestir. Certa vez, um jornalista alemão de um jornal de Frankfurt disse que o arquiteto se vestia como uma criança que a mãe deixara o filho escolher a roupa sozinho”, conta.

Vestidos e outras roupas da marca Handred exibem desenhos rebordados com miniaturas de móveis e outras referências da obra do designer e arquiteto Sergio Rodrigues — Foto: Demian Jacob/Divulgação
Vestidos e outras roupas da marca Handred exibem desenhos rebordados com miniaturas de móveis e outras referências da obra do designer e arquiteto Sergio Rodrigues — Foto: Demian Jacob/Divulgação

Na coleção da Handred, a moda do arquiteto e designer aparece na forma de croquis, perspectivas, miniaturas de móveis e desenhos rebordados. O linho, a organza, o crepe de chine e o shantung são presença marcante em saias, calças, camisas e vestidos.

Há também um forte uso do couro, fazendo referência a matéria-prima dos revestimentos dos móveis. Os lisos mergulham no pantone usado por Sergio em sua obra e vida pessoal, com grande destaque para o vermelho e o pistache.

Em preto e branco, croquis de perspectivas e móveis estampam as roupas Sergio Rodrigues para a Handred — Foto: Demian Jacob/Divulgação
Em preto e branco, croquis de perspectivas e móveis estampam as roupas Sergio Rodrigues para a Handred — Foto: Demian Jacob/Divulgação

“A estampa mais literal a um móvel específico, foi a estampa Cuiabá, em referência ao espelho, que ganhou um xadrez em seda”, explica Fernando. Aparecem também croquis à mão do sofá Tonico, poltrona Mole, banco Mocho e muitas perspectivas de interior que o arquiteto desenhava. Todas elas foram lançadas com um desfile no SPFW, em novembro de 2023, sendo parte do resultado das vendas revertido para a manutenção do Instituto.

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