Programão mostra a ascensão do Trap e seu impacto cultural e educacional no Brasil

O termo "trap" surgiu na década de 1990 em Atlanta, nos Estados Unidos, originalmente usado para designar áreas perigosas das periferias norte-americanas. No entanto, o gênero musical reverteu o uso pejorativo do termo, transformando-o em uma ferramenta de resistência e orgulho cultural, com letras que retratam a realidade vivida nas comunidades.🎶

Hoje, o trap é uma força global, marcando presença em grandes festivais, eventos musicais e até programas de televisão no Brasil. Xandin, um jovem talento da região de Barra Mansa, falou um pouco sobre essa popularidade crescente e a fusão do trap com o funk:

"A aproximação entre o funk e o trap é muito grande, quase uma cena só. Muitos fãs migraram entre os estilos, criando um movimento que une essas vertentes."

Em Barra Mansa, o Rovany Araújo visitou uma Trap House, estúdio caseiro que simboliza a revolução cultural que o trap trouxe. Eles começaram produzindo suas próprias músicas e as de amigos com poucos recursos, mostrando que sonhos podem ser realizados com criatividade e colaboração.

"Eu sempre digo pra quem quer começar: se você tiver disposição e um celular, dá pra desenrolar. O importante é somar forças e acreditar." disse Vaona.

Essa acessibilidade tecnológica permitiu que mais jovens participassem do movimento, reforçando o espírito do hip hop como uma contracultura que reivindica direitos e promove transformação. 💽

No litoral de Paraty, o rap ganha vida de forma educativa. O projeto Meu Bairro Território Educa Ilha das Cobras, da Escola Municipal Guiomar Schmitt Marques, incentiva crianças e adolescentes a expressarem suas realidades e sonhos através da rima.

O professor Vini, um ex-finalista do Brilhantes, utiliza batalhas de rima como ferramenta pedagógica para conectar os alunos à cultura do hip hop.

"O rap tem esse poder de envolver a alma e transmitir mensagens profundas. É incrível ver o brilho nos olhos das crianças enquanto rimam sobre suas vidas", contou Vini.

São pais e alunos transformados pelo Hip Hop. A mãe de uma das alunas participante do projeto destacou o impacto positivo no comportamento da filha:

"Ela melhorou bastante no comportamento e na confiança. Ensaiamos juntos em casa, e é lindo ver como ela gosta e se desenvolve."

Do estúdio caseiro à sala de aula, o trap e o rap estão transformando vidas e conectando gerações. Mais do que gêneros musicais, são movimentos culturais que celebram a criatividade, promovem inclusão e ampliam horizontes.

Enquanto o trap se consolida como um dos gêneros que mais crescem no Brasil, projetos como o de Paraty provam que a música pode ser uma poderosa ferramenta de educação e mudança social.