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Laura Miranda é a estrela da nova série original do Receitas, 'Receitas com Laura' — Foto: Valentina Buonerba/Divulgação

Todo fim de semana pede uma comida especial para degustar na companhia de quem a gente ama, correto? Pensando em mostrar como pode ser simples cozinhar de maneira sofisticada, o Receitas convidou Laura Miranda, modelo e cozinheira formada pela famosa escola francesa Le Cordon Bleu, para dividir alguns segredinhos e deixar aquele prato ainda mais bonito e saboroso.

No primeiro episódio, que vai ao ar no sábado, 30 de outubro, Laura cozinha um risoto de cogumelos, ensinando várias dicas, como por exemplo, o ponto correto do cozimento do arroz. A série original Receitas da Laura conta com 8 episódios com receitas simples, práticas e deliciosas.

"Me deram muita liberdade para continuar no meu formato e falar do que acredito, fazer da forma que eu acredito. É 100% eu. Espero que a pessoas gostem muito e que faça sucesso".

Modelo e cozinheira:

Laura descobriu seu amor pela cozinha pela necessidade. Com intolerâncias alimentares e algumas alergias, procurou a ajuda de uma nutricionista (Fran Zequim), que mudou radicalmente sua alimentação, a ponto de não poder ingerir alimentos na rua: o tratamento é chamado como cura pela comida. Na época, Laura morava fora do país trabalhando como modelo e teve que aprender a cozinhar. O tratamento deu tão certo que um ano depois já estava curada e com uma nova profissão: a de cozinheira. Foi estudar e se formou em uma das escolas de gastronomia mais importantes do mundo, a Le Cordon Bleu.

"Não sabia cozinhar, não gostava de cozinhar, só comia coisa pronta. Modelo, né? Só comia salada, frango grelhado, eu nem colocava azeite no frango. Ela (a nutricionista) me deu outra visão da gastronomia, da comida, da alimentação, a comida como fonte de nutrientes e prazer".

E como conciliar duas profissões tão distintas?

"São dois universos que normalmente não se misturam, né? A gente tem essa visão de que modelo não come. É tudo mentira, gente. Modelo come sim! Graças a Deus eu consigo fazer os dois".

Spoiler sobre a série:

"Eu faço mais receitas salgadas, mas me formei em padaria, em confeitaria e em cozinha. Então tecnicamente eu estou no mesmo nível nos 3. Gosto muito de comer receitas salgadas, então faço mais pratos salgados. (...)"

"Das receitas da série, a empadinha de frango é hors-concours. Toda vez que eu faço a empadinha, eu posto nas redes. O molho de pimenta que acompanha a empadinha é sensacional, é muito simples. Eu sou mineira, viciada em pimenta, mas esse molho é muito simples. A panqueca americana também é muito fácil. Eu acho que, se fosse escolher uma que eu dissesse 'façam que a minha receita dá certo, é boa', seria a panqueca. Porque a panqueca é dois segundos".

A escolha pelas redes sociais:

E foi durante o curso que Laura mais uma vez fugiu do caminho óbvio, definindo como seria sua atuação no mundo da gastronomia: nada de trabalhar na área ou abrir seu próprio restaurante. Sua vocação era se comunicar, tornar o mundo da culinária acessível para todos com o auxílio das redes sociais.

"Fiz a Le Cordon Bleu, aqui de São Paulo, e me formei ano passado. Fui fazer estágio em restaurante e achava que queria seguir carreira (...). Quando entrei no estágio falei: ‘Gente, não é nada disso o que quero. Não tem nada a ver comigo essa rotina’. E aí comecei a pensar no que poderia fazer para conciliar essa coisa de modelo, que é o que me sustenta até hoje, com o meu amor pela cozinha, o que iria fazer com isso".

"Ao mesmo tempo, meus amigos sempre pedindo: ‘Ah, manda a receita, como faz aquela receita'? Então, de repente, pensei: 'Por que a gente não junta a fome com a vontade de comer, já tinha feito vários cursos de atuação. Eu adoro a câmera, adoro improvisar. Vou fazer os dois e vamos ver no que dá'. E aí a gente começou (...)".

Laura ensina receitas fáceis e práticas, com muitas dicas que podem ser utilizadas em outras preparações — Foto: Valentina Buonerba/Divulgação

Receitas fáceis:

"Vim de uma escola francesa e morei na França algumas vezes. É uma culinária rica em gordura, né? A região em que morei principalmente é muito fria (Lorraine), era divisa com Alemanha e a Bélgica, então o inverno era muito rigoroso. Então já tinha essa coisa de que a comida francesa era muito pesada. No curso, vi que era muita manteiga, muito creme de leite e são ingredientes que apesar de serem muito saborosos, são muito caros, além de pratos com preparações muito longas. Um caldo leva 24 horas. Uma massa, uma torta de frango a massa descansa várias horas".

"E aí, falei: 'não quero fazer conteúdo de cozinha francesa, quero fazer uma pegada mais fácil, para quem não sabe cozinhar, para quem não gosta. Porque quem já sabe vai buscar em outros lugares, e não em vídeos rápidos nas redes sociais'. (...) me interesso muito mais por algo simples, para ajudar as pessoas. (...)"

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