Se o assunto é clima, não dá pra substituir uma floresta como a Amazônia por uma lavoura de soja ou milho, ou por criação de gado. Mas é isso que está acontecendo. E depois que a monocultura toma o lugar de um bioma complexo, parte da conta chega a jato, na forma de desastres naturais e daquela sensação de fim do mundo batendo na porta.
No terceiro episódio de Tempo Quente, Giovana Girardi viaja ao norte do Brasil para ver como a cartilha do agronegócio é colocada em prática e quem ganha com a destruição sem limites da maior floresta tropical do mundo.
Porto da Cargill em Santarém (PA), por onde é escoada a produção de soja e grãos da região.
© Giovana Girardi
Mapa da Floresta Nacional (Flona) do Tapajós, em Belterra (PA).
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Trecho da estrada que liga a BR-163 ao município de Belterra, cuja área rural é, em sua maioria, tomada por plantações de soja.© Giovana Girardi
Caminhões que levam os grãos para exportação abastecem em posto no km 30. Na época da safra, postos chegam a atender até 700 carretas por dia.© Giovana Girardi
Lojas de ouro na cidade de Itaituba (PA), também conhecida como cidade pepita.
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Aeroporto de Itaituba, anos 80: A movimentação por causa do garimpo era tão grande que um avião acabou pousando em cima de outro por falta de espaço.© Prefeitura de Itaituba
Alessandra Munduruku, liderança indígena nascida em Itaituba, fala da ameaça ambiental representada pelos portos de grãos e do medo da ação dos garimpeiros.© Giovana Girardi
Prefeito de Itaituba, Valmir Climaco, incentiva madeireiros e garimpeiros com discurso baseado no negacionismo.© Giovana Girardi
Tempo Quente é um podcast original da Rádio Novelo realizado com recursos do Instituto Clima e Sociedade e Samambaia Filantropias.
