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Usuário(a):Amandarpereiram/Testes

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A primeira dentição de leite começa a ser perdida por volta do 5 anos de idade, iniciando frequentemente com a troca dos incisivos inferiores, sendo substituída pelos dentes permanentes.

O Dente decíduo, conhecido popularmente como dente de leite, é o primeiro conjunto de dentes que aparecem durante a ontogenia de humanos e outros mamíferos.[1] O desenvolvimento dentário começa durante o período embrionário e os dentes tornam-se visíveis (erupção dentária) na boca durante a infância. São, geralmente, substituídos, após a sua queda natural, por dentes permanentes. Na ausência desta, entretanto, podem ser conservados, mantendo a sua função durante vários anos.

Cronologia da dentição infantil

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O surgimento dos primeiros dentes costuma ser aos 6 meses e prolonga-se aproximadamente até aos 30 meses, embora haja bebés que têm o primeiro dente tão cedo quanto os três meses ou tão tarde quanto um ano.

A cronologia aproximada do surgimento é a seguinte:

  • 6 a 9 meses: incisivos centrais inferiores.
  • 9 a 10 meses: incisivos centrais superiores.
  • 10 a 11 meses: incisivos laterais inferiores.
  • 11 a 12 meses: incisivos laterais superiores.
  • 12 a 14 meses:primeiros e segundo molares inferiores e superiores.
  • 14 a 24 meses: caninos.
  • ps: os caninos são os últimos a erupcionarem.

Primeira dentição no bebê

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Radiografia panorâmica onde pode ser visualizada a fase de dentição mista (decíduos e permanentes), com dentes permanentes e irrompidos e em fase de formação

O processo de dentição não é assintomático e em muitas ocasiões é doloroso e incômodo. Podem apresentar-se os seguintes sintomas, embora nem todos sejam obrigatórios:

  • Dedos e mãos na boca com muita frequência, com desejo irrefreável de morder para pressionar as gengivas.
  • Babejo mais abundante que o habitual, produzido pela estimulação de saliva que produz a dentição.
  • Irritabilidade invulgar devido à dor das gengivas.
  • Diminuição do apetite pelo aumento da dor que produz a sucção.
  • Febre baixa a causa da inflamação.

Alívio de sintomas no bebê

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Há várias medidas para aliviar o mal-estar do bebê durante o surgimento dos dentes:

  • Mordedores: brinquedos com um líquido dentro que podem ser colocados na geladeira para serem resfriados e depois, oferecidos ao bebê, promovendo uma sensação de alívio quando a criança os morde.
  • Esfregar a gengiva suavemente com um dedo previamente mergulhados em água fria.
  • Alimentos e líquidos frios.
  • Evite utilizar pomadas e géis, esses produtos costumam ocasionar reações alérgicas e podem ser perigosos.

Os dentes temporários

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Funções dos dentes temporários

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As funções dos dentes temporários são as seguintes:

  1. preparar os alimentos para a digestão e assimilação em etapas em que a criança está em máximo crescimento.
  2. servem de guia de erupção: mantêm o espaço para a dentição permanente.
  3. estimulam o crescimento dos maxilares com a mastigação.
  4. sons: os dentes anteriores intervêm na criação de certos sons.

Características morfológicas da dentição temporal

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  1. O diâmetro mesiodistal é maior que o cervico-incisal, o qual confere um aspecto aplanado.
  2. A superfície vestibular e lingual ou palatina converge para o oclusal. O maior diâmetro dos molares está a nível da zona média.
  3. Os sulcos cervicais são muito pronunciados a nível do primeiro molar temporal principalmente.
  4. O colo é mais estreito que nos dentes permanentes.
  5. As capas de esmalte e dentina são mais delgadas e a polpa é maior que em dentes permanentes.
  6. Os prismas do esmalte no terço gengival dirigem-se para a oclusal.
  7. O esmalte termina em aresta definida e tem uma espessura de mais ou menos 1 milímetro.
  8. A cor dos dentes temporários é mais branca, daí o nome comum de dentes de leite, porque ao terem menor tempo de maturação, a capa de dentina é menor (a dentina é o que lhes dá a cor mais amarela).
  1. As raízes dos molares temporários são mais estreitas mesiodistalmente e mais largas em sentido vestibulolingual.
  2. São mais largas em relação à coroa.
  3. Os dentes unirradiculares sofrem um desvio para o vestibular no seu terço apical, isto porque mesmo debaixo está o dente permanente.
  4. Cinodoncia: as raízes dos molares temporários bifurcam-se muito perto do colo.
  5. São mais divergentes nos molares temporários, para suportar as forças do bruxismo fisiológico.
  1. A câmara pulpar é maior na dentição temporal.
  2. Segue a morfologia externa do dente, portanto nos molares haverá uma protuberância pulpar debaixo de cada cúspide; as pulpares estão muito mais marcadas na dentição temporal que na dentição permanente.
  3. Os molares mandibulares têm câmaras pulpares maiores que os maxilares.
  4. Nos dentes anteriores, incisivos e caninos, não há separação entre o conduto radicular e a câmara pulpar.

Texto de informação de dentes

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Anatomia dentária em dentes temporários

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Na dentição temporária há 20 dentes no total: 8 incisivos, 4 caninos e 8 molares temporários.

Dentes superiores

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Incisivo central superior temporal
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Nesta imagem pode ver-se um fenómeno estranho no qual duas peças formam um só dente de leite incisivo central superior.

Aspecto aplanado, o ângulo mesioincisal recto, o distoincisal mais obtuso e arredondado. Apresenta um cordão desenvolvido, em sua superfície palatina, que divide esta superfície em duas fossas: mesial e distal. A raiz é única, cônica e o seu comprimento é duas vezes e meia a da coroa, ápice desviado ao vestibular. A câmara pulpar tem 2 protuberâncias pulpares, mesial e distal, sendo mais pronunciada a mesial.

Incisivo lateral superior
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É dos poucos dentes na dentição de leite em que o comprimento cervicoincisal é maior à mesiodistal. Tal como o central tem um cordão com 2 fossas, mas menos pronunciado. A raiz em relação à coroa é mais larga que a do incisivo central. Ápice também desviado ao vestibular.

Canino superior
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Apresenta uma grande cúspide que divide a borda incisal em duas vertentes, sendo a mesial de maior tamanho que a distal. A sua superfície vestibular apresenta 3 lóbulos de desenvolvimento, sendo o maior o central, depois o distal e o mais pequeno o mesial.

Na sua superfície palatina, que é muito convexa, aprecia-se um cordão muito desenvolvido e que delimita duas fossas com cresta lingual que as divide em mesial e distal. A raiz é única, cônica, larga e grossa, sofre um engrossamento por cima da linha cervical, o ápice está dirigido ao vestibular. Este é um dente que dá forma ao conjunto de dentes tanto inferior como superior.

Primeiro molar temporário superior
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É o dente que mais se parece com o seu sucessor, o primeiro pré-molar superior. Apresenta sua altura maior a nível dos pontos de contato.

A superfície oclusal tem forma trapezoidal, sendo a base maior o lado vestibular. tem 3 cúspides: 2 vestibulares e una palatina, a maior é a palatina, depois a mesiovestibular e por último a distovestibular. A forma trapezoidal é por uma dupla convergência. Por um lado as faces interproximales convergem para palatino, e por outro as faces vestibular e palatina convergem para distal. mais cerca de distal que de mesial se encontra a fossa central, dela partem os sulcos em T, um irá para mesial e o outro para distal, ambos antes de chegar à crista marginal dividem-se em dois, delimitando a fossita triangular mesial e a fossita triangular distal respectivamente. tem 3 raízes largas e muito divergentes, a raiz maior é a palatina, e a mais pequena a distovestibular.


Segundo molar temporário superior
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Na união das faces palatina e mesial, no terço médio encontramos o tubérculo de Carabelli que é una quinta cúspide acessória que aparece às vezes. Tem um sulco que por vezes tem cáries e há que explorar. A superfície oclusal tem forma romboidal, presenta 4 cúspides: 2 vestibulares e 2 palatinas, a maior é a mesiopalatina e a menor é a distopalatina. Há uma profunda fossa central que se forma da união das vertentes das cúspides vestibulares com a mesiopalatina. Há a cresta ou aresta oblíqua que une as cúspides mesiopalatinas com a distovestibular. Tem 3 raízes, a maior é a palatina que em ocasiões se une à raiz distovestibular. A câmara pulpar segue a forma externa do dente, com 4 protuberâncias pulpares ou 5 se há tubérculo de Carabelli, o mais proeminente é o mesiovestibular seguido do mesiopalatino. em total há 3 condutos radiculares, um por raiz, embora por vezes a raiz mesiovestibular possa ter 2, de forma que haveria 4 condutos no total.

Dentes inferiores

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Incisivo central temporário inferior
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É o menor dente de todo o organismo, é muito simétrico e tem o diâmetro cervicoincisal maior que o mesiodistal, o qual é único junto com o incisivo lateral superior temporário. A face palatina é quase lisa, apresenta um cíngulo igual ao do superior mas menos marcado. A raiz é única, cônica, regular, com o ápice inclinado à distal e a vestibular. Finalmente a câmara pulpar segue a forma externa do dente, com duas protuberâncias pulpares, sendo mais marcada a mesial.

Incisivo lateral temporal inferior
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Tem o ângulo distal da aresta incisal mais arredondado que no incisivo central temporal inferior, no que é mais simétrico. A aresta incisal estará inclinada a distal também, é maior em todas as dimensões ao central exceto vestibulolingualmente. Raiz cônica e com o ápice a distal.

Canino temporário inferior
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– a coroa é menos volumosa que a do canino superior, possui forma lanceolada (forma de lança), a dimensão cervico-incisal (vertical) é maior que a dimensão mesio-distal (transversal); a raiz é mais curta que a raiz do canino superior, mas é achatada no sentido mesio-distal.

Primeiro molar temporário inferior
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Na face vestibular teremos uma cresta vestibulogengival que tem um maior tamanho a nível mesial chamada tubérculo de Zuckerkandl. A sua superfície oclusal tem forma romboidal, com 4 cúspides: 2 vestibulares e 2 linguais. A cúspide maior é a mesiovestibular, são sempre maiores as cúspides mesiais que as distais. Há uma crista transversa ou crista vestibulolingual que une as 2 cúspides mesiais, por mesial e distal de esta crista formam-se fossas e ligeiramente mais para o distal está a fossa central. Tem 2 raízes com um diâmetro vestibulolingual maior que o mesiodistal, a raiz maior é a mesial e a pequena a distal. A câmara pulpar segue a forma externa do dente com quatro protuberâncias pulpares, sendo a mais proeminente a mesiovestibular, há 3 condutos para as 2 raízes, tendo a raiz mesial 2.

Segundo molar temporário inferior
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Este dente, de forma retangular na face oclusal, assemelha-se muito ao primeiro molar permanente, tem 5 cúspides: 3 vestibulares e 2 linguais; a mais pequena é a distovestibular, apresenta uns sulcos em forma de W com 3 fossas: 1 central e 2 mais pequenas, distal e mesial. Apresenta 2 raízes, mais largas e divergentes que as do primeiro molar inferior temporal, sendo mais larga a mesial, tem 3 condutos em total, 2 na raiz mesial e 1 na distal; tem 5 protuberâncias pulpares, sendo a mais acentuada a mesiovestibular.


  1. Illustrated Dental Embryology, Histology, and Anatomy, Bath-Balogh and Fehrenbach, Elsevier, 2011, page 255