Gnomo
Um gnomo[1] é uma criatura mitológica, incluída entre os seres elementais da terra. São costumeiramente representados como pequenos humanoides que vivem sob a terra, em minas ou em ocos de troncos de árvores, onde guardam seus tesouros.[2]
Histórico
[editar | editar código-fonte]O mais antigo texto que se conhece mencionando este ser é o Liber de Nymphis, sylphis, pygmaeis et salamandris et de caeteris spiritibus, escrito pelo alquimista Paracelso no século XVI.[3] Na sua classificação dos espíritos elementais, Paracelso divide-os em quatro tipos: as salamandras (do fogo), as ondinas (da água), os silfos (do ar) e os gnomos (da terra)[3][4].
O nome, segundo alguns autores, pode vir do latim medieval gnomos, originado do grego clássico gnosis ("conhecer"). Outra teoria é de que venha do grego genomas ("terrestre")[5].
Em 1583, a palavra gnome passou a figurar nos dicionários franceses, com o significado de "pequenos gênios deformados que habitam a Terra"[6].
Representações contemporâneas
[editar | editar código-fonte]Literatura
[editar | editar código-fonte]- Na série de livros de Oz de L. Frank Baum , os Momes, especialmente o seu rei, são os principais adversários do povo de Oz. Ruth Plumly Thompson, que continuou a série após a morte de Baum, rebatizou os Momes como Gnomos[carece de fontes].
- Nas primeiras versões de seu grande legendário, J.R.R. Tolkien chamava os Noldoli (posteriormente Noldor), um dos três clãs élficos, de Gnomos. O autor, no entanto, abandonou este nome posteriormente, posto que seus Gnomos não se assemelhavam de nenhum modo aos Gnomos da teoria erudita, nem da imaginação popular, e o uso da palavra estava gerando interpretações equivocadas entre os leitores ingleses (o termo Gnomos como significando os Elfos Noldorin chegou a aparecer nas primeiras edições de O Hobbit[7]). O Gnomo de seu legendário tinha origem no grego gnōmē, “pensamento, inteligência” (e no plural “máximas, ditados”), e foi usado para se referenciar aos Elfos Noldorin porque "Noldor" era uma palavra alto-élfica que significava "Aqueles que Sabem"[8], não guardando relação com o gnomo da cultura popular, supostamente criado por Paracelso como um sinônimo de pygmaeus [pigmeu].[9]
- Na série de livros As Crônicas de Nárnia, de C.S.Lewis, os gnomos são conhecidos como terráqueos que vivem no subterrâneo no Reino de Bismo[carece de fontes].
- No livro O vale do Galardão, de Ragnar Jaðimbalgsøn, o gnomo Biofel detém a cura para uma enfermidade causada por um espectro: o seu espirro. [10]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ S.A, Priberam Informática. «gnomo». Dicionário Priberam. Consultado em 21 de junho de 2023
- ↑ CHEVALIER, J. e GHEERBRANT, A. Dicionário de Símbolos (mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números). 12. ed., Rio de Janeiro, José Olympio, 1998
- ↑ a b SÁNCHEZ, Manuel Martin. Seres Míticos y Personajes Fantásticos Españoles. EDAF, 2002, pág. 197. Em espanhol
- ↑ Manly P. Hall, (The Secret Teachings of All Ages. 1928, The Elements and Their Inhabitants. Em inglês
- ↑ CARPENTIER, Alejo. Concierto Barroco. Ediciones AKAL, 2011, pág. 297 (Notas ao texto). Em espanhol
- ↑ O que são duendes? Mundo Estranho
- ↑ J.R.R. Tolkien; Humphrey Carpenter, Christopher Tolkien (eds.), As Cartas de J.R.R. Tolkien (Carta 239)
- ↑ J.R.R. Tolkien; Christopher Tolkien (ed.), O Livro dos Contos Perdidos 1 (1. O Chalé do Brincar Perdido)
- ↑ J.R.R. Tolkien; Christopher Tolkien (ed.), O Livro dos Contos Perdidos 1 (1. O Chalé do Brincar Perdido; Notas; "o")
- ↑ Jaðimbalgsøn, Ragnar (2013). O vale do galardão. Brasil: [s.n.]