Saltar para o conteúdo

Giovanni Benelli

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Giovanni Benelli
Cardeal da Santa Igreja Romana
Arcebispo de Florença
Giovanni Benelli
Benelli em 1978
Atividade eclesiástica
Diocese Arquidiocese de Florença
Nomeação 3 de junho de 1977
Predecessor Ermenegildo Cardeal Florit
Sucessor Silvano Cardeal Piovanelli
Mandato 1977 - 1982
Ordenação e nomeação
Ordenação diaconal 12 de junho de 1943
Ordenação presbiteral 31 de outubro de 1943
Igreja Paroquial de Poggiole di Vernio, Pistóia
por Giuseppe Debernardi
Ordenação episcopal 11 de setembro de 1966
Florença
por Amleto Giovanni Cardeal Cicognani
Nomeado arcebispo 11 de junho de 1966
Cardinalato
Criação 27 de junho de 1977
por Papa Paulo VI
Ordem Cardeal-presbítero
Título Santa Priscila
Brasão
Lema VIRTUS EX ALTO
Dados pessoais
Nascimento Poggiole di Vernio
12 de maio de 1921
Morte Florença
26 de outubro de 1982 (61 anos)
Nacionalidade italiano
Sepultado Santa Maria del Fiore
dados em catholic-hierarchy.org
Cardeais
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Giovanni Cardeal Benelli (Poggiole di Vernio, 12 de maio de 1921 - Florença, 26 de outubro de 1982)[1] foi um cardeal italiano, arcebispo de Florença e considerado como papabile no conclave de agosto de 1978.

Nascido em Poggiole di Vernio, vinculado à diocese de Pistóia, foi batizado no dia seguinte ao seu nascimento, na Igreja de São Leonardo em San Quirico di Vernio[1]. Era o mais novo de cinco irmãos e seu tio, Guido Benelli, entrou para a Ordem dos Frades Menores, tendo morrido em santidade[1].

Deu entrada no Seminário Diocesano de Pistóia em 18 de outubro de 1931[1], onde iniciou seus estudos fundamentais. Em 23 de dezembro de 1939, recebe a tonsura clerical. Entre 1943 e 1947, estudou na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma[1], concluindo seus estudos religiosos na Pontifícia Academia Eclesiástica, também em Roma[1].

Ordenado em 31 de outubro de 1943, na igreja paroquial de Poggiole di Vernio, por Giuseppe Debernardi, bispo de Pistoia, com dispensa por não ter ainda atingido a idade canônica[1].

Vida religiosa

[editar | editar código-fonte]

Realizou trabalhos pastorais na diocese de Roma, entre 1943 e 1950. Nomeado secretário particular de Giovanni Battista Montini em 1 de agosto de 1947, Benelli mais tarde foi elevado à categoria de Monsenhor em 16 de julho de 1950[1]. Ele serviu como secretário de nunciaturas para Irlanda (1950-1953) e França (1953-1960)[1]. Benelli foi então apontado para os seguintes cargos: auditor da nunciatura para o Brasil (1960-1962), conselheiro da Nunciatura Apostólica na Espanha (1962-1965), e observador permanente da Santa Sé para a UNESCO em Paris (1965-1966)[1].

Consagrado arcebispo-titular de Tusuro e nomeado pró-núncio apostólico no Senegal e delegado apostólico para a África Ocidental em 11 de junho de 1966[1][2][3], sendo consagrado em 11 de setembro de 1966, em Roma, pelo cardeal Amleto Giovanni Cicognani, cardeal-bispo da suburbicária de Frascati e Cardeal Secretário de Estado, assistido por Pietro Sigismondi e por Mario Longo Dorni[1]. Foi nomeado Substituto da Secretaria de Estado em 29 de junho de 1967[1], cargo que exerceu até 1977. Transferido para a sede metropolitana de Florença em 3 de junho de 1977[1][2][3], foi proclamado cardeal no consistório realizado em 27 de junho de 1977[1][2][3].

Foi-lhe conferido o barrete cardinalício na mesma data do consistório[1], com o título de cardeal-padre de Santa Prisca[2][3]. Participou da IV Assembleia Ordinário do Sínodo Mundial dos Bispos. Com a morte do Papa Paulo VI, participou do conclave de agosto de 1978 como cardeal-eleitor. Por sua posição moderada, era considerado líder da ala menos conservadora da Igreja. Além dessa característica, tinha origem italiana, como os últimos Papas (desde 1522, com a eleição do Papa Adriano VI, não era eleito um Papa não-italiano), fatores que o tornaram um dos papabile. Entretanto, durante a eleição do novo Papa, Benelli apoiou o Patriarca de Veneza Albino Luciani, eleito Papa João Paulo I[4][5]. Participou ainda do conclave de outubro de 1978, quando Karol Wojtila foi eleito Papa João Paulo II. Participou da I Assembleia Plenária do Sagrado Colégio Cardinalício em 1979 e da V Assembleia Ordinário do Sínodo Mundial dos Bispos, em 1980[1].

Manteve-se como cardeal-arcebispo de Florença até 1982, quando sofreu um ataque cardíaco. Jaz hoje na Basílica di Santa Maria del Fiore, em Florença.

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n o p q «Biografia no site The Cardinals of the Holy Roman Church» 
  2. a b c d «Biografia no GCatholic.com» 
  3. a b c d «Biografia no Catholic Hierarchy» 
  4. Time Magazine. In Rome, a Week off Suspense 28 de agosto de 1978 (em inglês)
  5. Time Magazine. A Swift, Stunning Choice 4 de setembro de 1978 (em inglês)

Precedido por
Émile André Jean-Marie Maury

Núncio apostólico para o Senegal

19661967
Sucedido por
Giovanni Mariani
Precedido por
Josef-Léon Cardijn
Brasão episcopal
Arcebispo-titular de Tusuro

19661977
Sucedido por
Thomas Cajetan Kelly
Precedido por
Angelo Dell’Acqua

Substituto da Secretaria de Estado

19671977
Sucedido por
Giuseppe Caprio
Precedido por
Ermenegildo Florit
Brasão arquiepiscopal
Cardeal-Arcebispo de Florença

19771982
Sucedido por
Silvano Piovanelli
Precedido por
José da Costa Nunes
Cardeal
Cardeal-presbítero de Santa Priscila

19771982
Sucedido por
Alfonso López Trujillo