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Engenharia política

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Em ciência política, a engenharia política é o desenho de instituições políticas em uma sociedade e muitas vezes envolve o uso de decretos físicos, na forma de leis, referendos, portarias, ou outros, para tentar obter algum efeito desejado. [1] [2] [3]

Os critérios e restrições usados em tais projetos variam dependendo dos métodos de otimização usados. Normalmente, os sistemas políticos democráticos não são considerados adequados como objetos de métodos de engenharia política. [4] [5] A engenharia política, usando métodos ou critérios abaixo do ideal, pode às vezes produzir resultados desastrosos, como no caso de tentar arquitetar o desenho das instituições políticas de um país anteriormente democrático por métodos como, por exemplo, um golpe de Estado . A junta militar grega de 1967-1974 usou a engenharia política utilizando um golpe de estado para dissolver o sistema democrático da Grécia com resultados catastróficos. A engenharia política também pode ser empregada para projetar procedimentos alternativos de votação em um sistema democrático. [6]

O estado brasileiro passou, ao longo de toda sua história, por complexas tentativas de engenharia politica e institucional[7]

Na área social, a contrapartida da engenharia política é a engenharia social .

Referências

  1. Political Engineering: The Design of Institutions, Dr. Jeffrey R. Lax, Department of Politics, New York University
  2. James T. Myers; Jürgen Domes; Erik Von Groeling (1 de dezembro de 1995). Chinese Politics: Documents and Analysis : Fall of Hua Kuo-Feng (1980) to the Twelfth Party Congress (1982). [S.l.]: Univ of South Carolina Press. ISBN 978-1-57003-063-5. Consultado em 6 de março de 2013. This prompted Lin Biao decision to take action to assassinate Chairman Mao Zedong and engineer an armed coup d'etat. 
  3. Francis Augustin Akindès (2004). The Roots of the MilitaryPolitical Crises in Côte d'Ivoire. [S.l.]: Nordic Africa Institute. pp. 7–. ISBN 978-91-7106-531-5. Consultado em 6 de março de 2013. Houphouet Boigny left behind a political legacy, a leadership style, or rather a form of political engineering, known as Houphouetism 
  4. Specimen of Political engineering: The Pioneer, 2002 Arquivado em 2008-03-14 no Wayback Machine Quote: "The ISI's political department has long been known to indulge in "political engineering" (a decent-sounding nomenclature for the dirty tricks it indulges in) having sent former prime minister Zulfikar Ali Bhutto to the gallows and helped overthrow both Ms Benazir Bhutto and former Prime Minister Nawaz Sharif and bring General Musharraf to power in a bloodless coup."
  5. Political Engineering of Parties and Party Systems, Benjamin Reilly Ph.D. Quote: "Because political parties in theory represent the political expression of underlying societal cleavages (Lipset and Rokkan 1967), parties and party systems have not usually been thought to be amenable to overt political engineering. While some authoritarian states have attempted to control the development of their party system (e.g. the mandated ‘two-party’ or ‘threeparty’ systems that existed under military rule in Nigeria and Indonesia respectively, or 1 For what is still the best discussion of ethnic parties and party systems, see Horowitz 1985. 2 See, for example, Sartori 1994, Diamond 1999, Reynolds 2002. 3 the ‘no-party’ system that currently exists in Uganda), most democracies allow parties to develop freely. Because of this, parties are generally understood to remain beyond the reach of formal political engineering in most circumstances. Recent years, however, have seen some ambitious attempts to influence the development of party systems in a range of ethnically-diverse countries such as Indonesia, Nigeria, the Philippines, Bosnia, Kosovo, and Papua New Guinea. In the discussion of these and other cases which follows, this paper presents an initial survey of some the different institutional and political strategies for encouraging the development of broad, crossregional or multi-ethnic parties and party systems that have been used around the world."
  6. Reilly, B., 1997. Preferential voting and political engineering: A comparative study. Journal of Commonwealth & Comparative Politics, 35(1), pp.1-19. doi: 10.1080/14662049708447736 Archived page:https://web.archive.org/web/20080314154825/http://findarticles.com/p/articles/mi_hb3504/is_199703/ai_n8303088
  7. Chacon, Vamireh (1 de junho de 2004). «A engenharia política institucional do estado brasileiro» (PDF). Revista de Informação Legislativa do Senado Brasileiro 

Leitura adicional

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  • Benjamin Reilly, Democracy and Diversity: Political Engineering in the Asia-Pacific, 2006.
  • Democracy in Divided Societies. Engenharia Eletocal para Gestão de Conflitos , 2001.
  • Giovanni Sartori, Engenharia Constitucional Comparada, 2ª ed. 1997.
  • Andrés Tinoco, Ingeniería Política y de Gobierno, 2007.