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Dieter Rams

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Dieter Rams
Conhecido(a) por Braun produtos de consumo, Vitsœ Sistema Universal de Prateleiras 606
Nascimento 1932 (92 anos)
Wiesbaden, Alemanha
Nacionalidade Alemão
Ocupação Design de produto
Principais trabalhos Braun, Vitsœ
Boston 2005

Dieter Rams (20 de Maio de 1932, Wiesbaden) é um designer industrial alemão intimamente ligado à empresa Braun. É um dos mais influentes designers do século XX.

1947-53, Rams estudou arquitetura na Escola de Wiesbaden e fez cursos de carpintaria. Após ter trabalhado para o arquiteto Otto Apel entre 1953 e 1955, ele passou a integrar o setor de eletrônicas da Braun, do qual ele se tornou diretor em 1961, posição que manteve até 1995. O design de Rams é associado à frase "Weniger, aber besser", que significa "menos, mas melhor", um de seus dez princípios do bom design (veja abaixo). Dieter e sua equipe desenharam diversos produtos para a Braun, incluindo um famoso toca-fitas chamado SK-4 e um projetor de slides de alta tecnologia, a série 'D' (D45, D46).

Muitos de seus produtos - ótimas cafeteiras, calculadoras, rádios, equipamentos audio-visuais e produtos de escritório - tornaram-se peça fixa de vários museus, incluindo o MoMA, em New York. Por aproximadamente trinta anos, Dieter Rams trabalhou como diretor de design da Braun, até sua aposentadoria, em 1998. Hoje é uma lenda nos círculos de design e mais recentemente trabalhou para a revista Wallpaper.

Ainda, diz-se que o design de Rams influenciou o de Jonathan Ive, da Apple Inc., designer de produtos como o iMac, o iPod e o iPhone.[1] [2]

Dez princípios do bom design

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Em 1970, Rams introduziu a ideia de desenvolvimento sustentável e a obsolescência como um crime do design. Consequentemente ele se fez a seguinte pergunta: "meu design é um bom design?" A resposta gerou seus, hoje celebrados, dez princípios.

O bom design:

  1. É inovador - As possibilidades de evolução não estão, de forma alguma, esgotadas. O desenvolvimento tecnológico sempre oferece novas oportunidades de designs originais. Mas o design imaginativo sempre se desenvolve em paralelo com a avanços tecnológicos, nunca pode ser um fim por sim próprio.
  2. Faz um produto ser útil - Um produto é comprado para ser usado. Ele tem que satisfazer não apenas o critério funcional, mas também o psicológico e estético. Um bom design enfatiza a utilidade de um produto enquanto exclui qualquer coisa que poderia prejudicá-la.
  3. É estético - A qualidade estética de um produto integra a sua utilidade porque produtos são usados todos os dias e têm um efeito nas pessoas e seu bem-estar. Apenas objetos bem executados podem ser bonitos.
  4. Ajuda a entender o produto - Ele esclarece a estrutura do produto. Melhor que isso, ele pode fazer com que o produto expresse claramente sua função fazendo uso da intuição do usuário. No melhor dos casos, ele é auto-explicativo.
  5. É discreto - Produtos que atendem a um propósito são como ferramentas. Eles não são objetos decorativos nem obras de arte. Seu design deve, desta forma, ser neutro e contido, deixando espaço para a expressão do usuário.
  6. É honesto - Ele não faz um produto parecer mais inovador, poderoso ou valioso do que ele realmente é. Ele não tenta manipular o consumidor com promessas que não serão cumpridas.
  7. É durável - Ele evita estar na moda e assim nunca parece antiquado. Diferente de um design da moda, ele dura muitos anos - mesmo na sociedade descartável atual.
  8. É meticuloso - Nada deve ser arbitrário ou ao acaso. Cuidado e precisão no processo de design demonstram respeito com o consumidor.
  9. É ambientalmente correto - O design tem uma importante contribuição com a preservação do meio ambiente. Ele economiza recursos e minimiza a poluição física e visual ao longo do ciclo de vida do produto.
  10. É o menos design possível - Menos, porém, melhor - porque ele se concentra nos aspectos essenciais, e os produtos não são carregados com detalhes não essenciais. Retorno à pureza, retorno à simplicidade.

Alguns trabalhos de Dieter Rams

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Referências

Ligações externas

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