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Deneb

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Coordenadas: Sky map 20h 41m 25.9s, +45° 16′ 49″

Deneb
Dados observacionais (J2000)
Constelação Cygnus
Asc. reta 20h 41m 25,92s[1]
Declinação +45° 16′ 49,22″[1]
Magnitude aparente 1,25[1]
Características
Tipo espectral A2Ia[1]
Cor (U-B) -0,23[1]
Cor (B-V) 0,09[1]
Variabilidade α Cygni[2]
Astrometria
Velocidade radial -4,9 km/s[1]
Mov. próprio (AR) 2,01 mas/a[1]
Mov. próprio (DEC) 1,85 mas/a[1]
Paralaxe 2,31 ± 0,32 mas[1]
Distância 2613 ± 215 anos-luz
802 ± 66[3] pc
Magnitude absoluta −8,38 ± 0,18 (visual)
−8,49 ± 0,18
(bolométrica)[3]
Detalhes[3]
Massa 19 ± 4 M
Raio 203 ± 17 R
Gravidade superficial log g = 1,10 ± 0,05 cgs
Luminosidade 196 000 ± 32 000 L
Temperatura 8525 ± 75 K
Metalicidade [M/H] = −0,20 ± 0,04
Rotação v sin i = 20 ± 2 km/s
Outras denominações
α Cygni, 50 Cygni, BD+44 3541, HR 7924, HD 197345, HIP 102098, SAO 49941.[1]
Deneb

Deneb (/ˈdɛnɛb/; α Cyg, α Cygni, Alpha Cygni) é a estrela mais brilhante da constelação do Cisne, ou Cygnus, Com uma magnitude aparente de 1.25, é a décima-nona estrela mais brilhante do céu terrestre. Deneb forma com Vega e Altair o chamado Triângulo de Verão.[4]

Características

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Comparação entre o tamanho estimado de Deneb (esquerda) com o Sol (direita)

A magnitude absoluta de Deneb é de -7.21, o que a coloca entre as mais luminosas estrelas conhecidas, apesar de estar cerca de trinta vezes mais longe da Terra do que as restantes.

Deneb tem um raio de aproximadamente 110 vezes o do Sol. Curiosamente as estrelas que compõem o Triângulo de Verão apresentam temperaturas superficiais similares, sendo Vega a mais quente com 9600 K (Kelvin) e Deneb a radiar a 8400 K. Deneb é a estrela mais pálida do Triângulo de Verão com magnitude aparente 1,25. Ela encontra-se em 19º lugar na lista das mais brilhantes (brilho aparente) do céu (contando com as estrelas do Hemisfério Sul), logo a seguir da estrela Becrux (beta Crucis - que é variável; da constelação Crux - Cruzeiro do Sul). A estrela situa-se a 1600 anos-luz de distância. Trata-se de uma supergigante branco-azulada cujo tipo espectral é A2Ia. Vista com binóculo surge uma cor branca e não branco-azulada como Sirius e Vega.[5]

A radiação de Deneb é tão forte, que se a Terra a orbitasse, precisaria fazê-lo a 10 vezes distância de Plutão em relação ao Sol. Sugere-se que Deneb está fundindo hélio em carbono em seu interior, mas não há certeza disso.[6]

Deneb é verdadeiramente uma das maiores estrelas da Galáxia, bem maior, por exemplo, que a conhecida Rigel mas de menores dimensões que os "monstros" estelares Betelgeuse e Antares. Se a estrela tomasse o lugar do centro do Sistema Solar, a sua "superfície" estenderia à órbita da Terra. Longe de ser a maior estrela na Galáxia, Deneb é, no entanto, uma das maiores do seu género, ou seja, dentro da sua classe espectral e temperatura superficial. Também o Universo tem os seus "monstros". Apesar de Deneb e Vega apresentarem brilho de semelhante magnitude para um observador na Terra, a primeira está 300 vezes mais longe que a segunda estrela.[6] Caso a distância estabelecida esteja correcta, se a estrela em questão estivesse no lugar de Sirius, Deneb rivalizaria em brilho com a Lua! [7]

Etimologia e outras designações

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O nome da estrela provém do termo arábico medieval Al Dhanab al Dajajah, que significa a "cauda da galinha". Convém lembrar que os árabes davam o nome galinha à constelação Cygnus, daí aquele termo.

Outras designações: Henry Draper (HD) 197345, Bonner Durchmusterung (BD) +44°3541, Aitken Double Star (ADS) 14172, Hoffleit Bright Star (HR) 7924, Smithsonian Astrophysical Observatory (SAO) 49941, Fifth Fundamental Catalogue (FK5) 777, Hipparcos Input Catalog (HIC) 102098, Caltech 2-microns Survey (IRC) +50337[8]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k «* alf Cyg -- Evolved supergiant star». SIMBAD. Centre de Données astronomiques de Strasbourg. Consultado em 21 de setembro de 2017 
  2. Richardson, N. D.; Morrison, N. D.; Kryukova, E. E.; Adelman, S. J. (janeiro de 2011). «A Five-year Spectroscopic and Photometric Campaign on the Prototypical α Cygni Variable and A-type Supergiant Star Deneb». The Astronomical Journal. 141 (1): artigo 17, 9. Bibcode:2011AJ....141...17R. doi:10.1088/0004-6256/141/1/17 
  3. a b c Schiller, F.; Przybilla, N. (março de 2008). «Quantitative spectroscopy of Deneb». Astronomy and Astrophysics. 479 (3): 849–858. Bibcode:2008A&A...479..849S. doi:10.1051/0004-6361:20078590 
  4. «Título ainda não informado (favor adicionar)». www.portaldoastronomo.org  O Triângulo de Verão
  5. «Título ainda não informado (favor adicionar)». www.astrosurf.com  DENEB, visitado em 07/10/2015
  6. a b James B. Kaler (2002). The Hundred Greatest Stars (em inglês). [S.l.]: Copernicus Book. 59 páginas. ISBN 0-387-95436-8 
  7. Chet Raymo (1982). 365 Starry Nights, an Introduction for Astronomy For Every Night Of The Year (em inglês). [S.l.]: Fireside. ISBN 0-671-76606-6 
  8. «The Internet STELLAR DATABASE». 3 de outubro de 1999. Consultado em 6 de Outubro de 2015