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Charles Augustin Sainte-Beuve

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Sainte-Beuve

Nome completo Charles Augustin Sainte-Beuve
Nascimento 23 de dezembro de 1804
Bolonha do Mar, França
Morte 13 de outubro de 1869 (64 anos)
Paris, França
Nacionalidade França Francês
Ocupação Escritor e crítico literário

Charles Augustin Sainte-Beuve (Bolonha do Mar, 23 de dezembro de 1804Paris, 13 de outubro de 1869) foi um crítico literário e uma das grandes figuras da história da literatura francesa.[1]

A metodologia crítica de Saint-Beuve fundamentava-se sobre o fato de que a obra de um escritor seria primeiramente todo um reflexo de sua vida e se poderia explicar por ela; este método se estabelece sobre a busca do intento poético do autor (intencionalismo), e sobre suas qualidades pessoais (biografismo).

Tal sistema esteve esporadicamente à mercê de críticas subsequentes: Marcel Proust, em seu ensaio ‘Contre-Saint-Beuve’, foi o primeiro a contestar a visão crítica do escritor francês, e a escola formalista russa, bem como os críticos Curtius e Spitizer, os seguiram neste caminho.

As concepção de Saint-Beuve foi retomada por Jean-Paul Sartre, o qual acreditou na teoria da ligação entre o escritor e sua obra. A literatura seria um sinônimo de compromisso, e por esta razão os pensamentos e idéias do autor se refletiriam em sua escritura.

Órfão de pai, ele fez seus estudos no colégio de Bolonha, e em seguida na Escola de Medicina de Paris, contudo abandonando-a rapidamente e ingressando então, aos vinte anos, no jornal Le Globe".[1] Observa-se que seu nome de família faz referência à Beuve de Reims, uma virgem, abadessa e santa do século XII.

O escritor travou relação amistosa com o dramaturgo Victor Hugo, com o qual acompanhou as reuniões e saraus de Charles Nodier na Biblioteca do Arsenal, além de manter ainda uma ligação amorosa com a esposa do referido dramaturgo francês. (Adèle Foucher).

Após os prejuízos de seus romances, Sainte-Beuve lançou-se aos estudos literários, dentre os quais o seu mais conhecido trabalho é Port-Royal, e colaborações em particular para a revista contemporânea. Port-Royal (1837-1859) é o trabalho mais proeminente da obra de Sainte-Beuve, e descreve a história da abadia de Port-Royal des Champs, no tocante a sua origem até sua destruição. Este livro resultou de um curso ministrado na Academia de Lausanne, e desempenhou um importante papel na renovação da história religiosa. Certos historiadores classificam Port-Royal como uma "tentativa de história total".

Diferentemente de Victor Hugo, ele apoiou o Segundo Império em 1852, e fez parte das assembleias do Senado até sua morte em 1869.[1]

Críticas a Sainte-Beuve

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Além de ser criticado por seu método, Sainte-Beuve também é acusado de demonstrar, às vezes, escassa lucidez crítica: ele incensou escritores hoje totalmente esquecidos e criticou, de forma violenta, grandes artistas como Baudelaire, Stendhal e Balzac.

  • Vie, poésies et pensées de Joseph Delorme (1829)
  • Les Consolations (1830
  • Pensées d'août (1837)
  • Livre d’amour (1843)
  • Poésies complètes (1863)

Romances e Novelas

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  • Volupté (1835)
  • Madame de Pontivy (1839)
  • Christel (1839)
  • Le Clou d’or qu'il dédia à Sophie de Bazancourt, femme du général François Aimé Frédéric Loyré d'Arbouville.
  • La Pendule (1880)

Estudos críticos

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  • Tableau historique et critique de la poésie française et du théâtre français au XVIe siècle (1828), 2 volumes
  • Port-Royal (1840-1859), 5 volumes
  • Portraits littéraires (1844 et 1876-78), 3 volumes
  • Portraits contemporains (1846 et 1869-71), 5 volumes
  • Portraits de femmes (1844 et 1870)
  • Causeries du lundi (1851-1881), 16 volumes
  • Nouveaux lundis (1863-1870), 13 volumes
  • Premiers lundis (1874-75), 3 volumes
  • Étude sur Virgile (1857)
  • Chateaubriand et son groupe littéraire (1860), 2 volumes
  • Le Général Jomini (1869)
  • Madame Desbordes-Valmore (1870)
  • M. de Talleyrand (1870)
  • P.-J. Proudhon (1872)
  • Chroniques parisiennes (1843-1845 e 1876)
  • Les cahiers de Sainte-Beuve (1876)
  • Mes poisons (1926)

Correspondência

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  • Lettres à la princesse (Mathilde) (1873)
  • Correspondance (1877-78), 2 volumes
  • Nouvelle correspondance (1880)
  • Lettres à Collombet (1903)
  • Correspondance avec M. et Mme Juste Olivier (1904)
  • Lettres à Charles Labitte (1912)
  • Lettres à deux amies (1948)
  • Lettres à Georges Sand
  • Lettres à Adèle Couriard
  • Correspondance générale, 19 volumes[1].

Referências

  1. a b c Olmsted, Everett Ward (1897). The Sonnet in French Literature and the Development of the French Sonnet Form (em inglês). Ithaca: Cornell University. p. 193 

Ligações externas

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