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Bordúria

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País fictício (As Aventuras de Tintim, criado em O Ceptro de Ottokar, Le Sceptre d'Ottokar, 1939)
Bordúria
República da Bordúria
(Bandeira da Bordúria) (Insígnia Nacional)
Divisa Nacional: Amaïh Plekszy-Gladz!
Em Português: Viva Plekszy-Gladz!
Hino nacional: (Desconhecido)
Símbolo nacional:
Feriado nacional: (Desconhecido)
Bordúria está localizado em: Europa
Bordúria
Localização da Bordúria
45° 50' 00" N 17° 00' 00" E{{{latG}}}° {{{latM}}}' {{{latS}}}" {{{latP}}} {{{lonG}}}° {{{lonM}}}' {{{lonS}}}
Mapa da Bordúria
Países vizinhosSildávia
Eslovénia
Hungria
Croácia
Língua oficial    Bordúro
Religião  
 • Religião dominanteCatolicismo 
Capital Kiltosh
 • Habitantes 
Governo Ditadura
 • Ditador Kirkstash
Eventos
Divisões  
Geografia  
Demografia  
Economia  
Fuso horário Fuso horário UTC+1
Código  
 • ISO 3166-1BOR
Fontes: The World Factbook, FMI, ONU, UNICEF

A Bordúria é um país fictício localizado na Europa Oriental, representado na série de histórias em quadrinhos As Aventuras de Tintin. É vizinha da Sildávia, país ao qual tenta anexar.[1] A capital é Szohôd e a língua oficial é o Borduro.[2] [3] [4]

Em 1195, a Bordúria anexou o seu vizinho a Sildávia. A ocupação só terminou em 1275, quando o Barão Almazout expulsou os Bordúros após uma guerra de 6 meses, e se tornou no rei Ottokar I da Sildávia.

Em 1939, nos eventos narrados em “O Ceptro de Ottokar” (Le Sceptre d'Ottokar, 1939), a Bordúria procura, sem sucesso, causar um golpe de Estado na Sildávia[1], tentando eliminar o rei e invadir o país.[1] O golpe de estado falhado[1] levou a que Kûrvi-Tasch tomasse o poder na Bordúria.

Alguns observadores acreditam que, no díptico “Objectivo Lua / Rumo à Lua” (Objectif Lune, 1953 / On a marché sur la Lune, 1964) a Bordúria é o país que tenta capturar o foguete lunar da Sildávia. Em qualquer caso, nunca o é mencionado de forma expressa, mas tudo aponta para que sim, pois um dos malfeitores é o coronel borduro Sponsz.

O regime da Bordúria em 1956 é a ditadura militar. Possui uma policia secreta – a ZEP – e um ditador de cariz militarista.

Após a Segunda Guerra Mundial, é sugerido que o país se tornou comunista, mas não de forma explícita. Os indícios mais conclusivos, surgem em “O caso Girassol” (L'Affaire Tournesol, 1956), em que se pinta um retrato de um país que glorifica o ditador Kûrvi-Tasch (cujo bigode evoca o de Joseph Stalin e cujo nome é baseado em Plexiglas®, recordando uma paródia ao pseudónimo de Stalin, directamente inspirado pelo aço – cf. “сталь” em russo, “steel” em inglês ou “Stahl” em alemão –, e onde os visitantes do Ocidente estão constantemente acompanhados por “guias” da polícia secreta. Por outro lado, a saudação militar bordúra, Amaïh Pleksy-Gladz[2] recorda na sua consonância germânica a saudação nazista Heil Hitler! Podemos, dessa forma, ver na Bordúria uma caricatura do totalitarismo em geral, seja a União Soviética Stalinista ou a Alemanha de Hitler.[2]

Relações internacionais

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Em 1976, na história “Tintin e os Pícaros” (Tintin et les Picaros, 1976), o governo da Bordúria apoiou o General Tapioca, o ditador de San Theodoros, uma república das bananas fictícia da América do Sul, enviando-lhe conselheiros militares. Oficialmente, o General Tapioca e San Theodoros adoptam a ideologia da Bordúria, a prova disso pode ser visto na página 22 de “Tintin e os Pícaros”, quando o Coronel Sponsz está a falar com o Coronel Alvarez no antigo escritório de San Theodoros este atinge um busto de Kûrvi-Tasch com uma rolha.

Outro ponto em comum entre os dois países é a sua tradição de liderança militar do estado e de governo e no que respeita aos muitos coronéis que contratam. Os equipamentos militares e governamentais em San Theodoros muitas vezes incorporam os símbolos da Bordúria (bigode estilo Stalinista).[5]

Mais recentemente, a Bordúria fez dois pedidos para entrar na União Europeia, um em 2003 e outro em 2011, mas foram ambos recusados.

Tal como a Sildávia, a Bordúria tem ou teve o islão como uma das suas religiões. Em “O caso Girassol” (L'Affaire Tournesol, 1956), é visível um minarete por trás dos edifícios modernistas em torno da estátua de Kûrvi-Tasch. A arquitectura típica é ao estilo jugoslavo, edifícios antigos com modernos edifícios Comunistas.

Os borduros parecem ser grandes apreciadores de ópera.

As montanhas no norte da Bordúria são muito ricas em volfrâmio e cobre, que constituem 45% das exportações do país.

A Bordúria é um dos maiores produtores de vidro a nível mundial. Os machados tradicionais borduros são muito procurados pelos turistas que visitam Szohôd.

Os livros de Tintim retratam pobremente a língua do pais. O Bordúro, aparece em fragmentos. Tal como o Sildávo, a linguagem parece ser baseado no dialecto holandês de Bruxelas, Marols. Pode-se verificar isso em palavras como "mänhir" para "mestre" (cf. holandês "mijnheer").

  • amaïh! = saudações!, viva!
  • hôitgang = saída (< Hol. uitgang)
  • mänhir = senhor (< Ale. Meinherr)
  • ointhfan = recepção
  • platz = praça
  • pristzy! = juramento (< Fr. sapristi)
  • szonett = campainha (< Fr. sonnette)
  • sztôpp = stop
  • tzhôl = alfândega (< Ale. Zoll)
  • zserviz = serviço
  • zsnôrr = bigode (< Hol. snor)

A Bordúria no mundo real

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Segundo o Google Maps a localização exata da Bordúria é no norte da Eslavônia no condado de Bjelovar-Bilogora nos arredores das cidades de Bjelovar e Severin, ou seja, os dois países fictícios (Sildávia e Bordúria) estão totalmente no leste da Croácia.

Referências

  1. a b c d e fnac.pt (outubro de 2010). «O Ceptro de Ottokar». Consultado em 25 de outubro de 2013 
  2. a b c d Aline Gattoni (1 de agosto de 2007). «Tintim, Hergé». Consultado em 25 de outubro de 2013 
  3. tintimportintim.com (3 de março de 2013). «30 anos sem Hergé». Consultado em 25 de outubro de 2013 
  4. Manuel da Costa Pinto (18 de outubro de 2010). «Caixa com sete DVDs reúne série completa de Tintim, personagem criado por Hergé». Consultado em 25 de outubro de 2013 
  5. «Símbolos Bordúros» (em francês) 

Ligações externas

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