Batalha de Erez
Batalha de Erez | |||
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Data | Verão de 483 | ||
Local | Erez, Asmúnia | ||
Desfecho | Vitória armênia | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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A batalha de Erez (em armênio: Երեզի ճակատամարտ) foi uma batalha do século V travada entre as tropas do rebelde armênio Vaanes I e o exército do Império Sassânida liderado por Sapor Mirranes que estava estacionado próximo de Erez, em Asmúnia. A batalha terminou com uma vitória armênia completa.
Contexto
[editar | editar código-fonte]Após 387, o Reino da Armênia foi dividido em duas zonas de influência, a bizantina e a persa. Além disso, em 428, o último rei arsácida, Artaxias IV (r. 423-428), foi deposto pelo xainxá Vararanes V (r. 420–438) a pedido dos nacarares, inaugurando o Marzobanato da Armênia.[1] Muito rapidamente, os armênios desiludiram: em 449, Isdigerdes II (r. 438–457) ordenou que eles apostatassem e se convertessem ao zoroastrismo.[2] Sob a liderança de Vardanes II, se revoltaram, mas foram derrotados em junho (ou 26 de maio) de 451 na Batalha de Avarair; a maioria dos nacarares que participaram da revolta foram então deportados à capital persa de Ctesifonte.[3] Após Avarair, os armênios foram constantemente chamados pelos persas para expedições militares distantes e foram obrigados a aceitar o crescente poder dos apóstatas. No contexto, receberam bem o apelo da revolta de Vactangue I (r. 447–522), que sublevou contra os persas.[4]
Batalha e rescaldo
[editar | editar código-fonte]Desde 481, Vaanes I aceitou apoiar a revolta de Vactangue contra o xainxá Perozes I (r. 459–484). No verão de 483, ao tomar ciência dos sucessos obtidos contra os iranianos no fronte ocidental, avançou à fronteira de Astianena e então seguiu para Erez, em Asmúnia, onde acampou por dois dias.[5] Gideão Siuni, aliado do general e marzobã Sapor Mirranes, o convenceu a perseguir Vaanes. Ao alegadamente ouvir uma profecia segundo a qual Gideão seria morto por Vaanes e seus soldados, Sapor decidiu continuar sua marcha sozinho e acampou junto a um rio próximo de Erez.[6] No interim, Vaanes convenceu os erezitas a cooperarem com sua causa. À noite, avançou ao acampamento inimigo, cercando o local da batalha com erezitas segurando escudos. Seus soldados lançaram uma chuva de flechas contra os iranianos, causando desordem. Tumultuados e em pânico, os soldados de Sapor pisotearam uns aos outros, aumentando suas baixas.[7] Vaanes seguiu marcha à fortaleza de Olim, enquanto Sapor fez os preparativos para continuar sua perseguição, apesar da derrota.[8]
Referências
- ↑ Mutafian 2005, p. 38.
- ↑ Dédéyan 2007, p. 187.
- ↑ Dédéyan 2007, p. 190.
- ↑ Dédéyan 2007, p. 192.
- ↑ Lázaro de Farpe 1985, p. 294-295.
- ↑ Lázaro de Farpe 1985, p. 296.
- ↑ Lázaro de Farpe 1985, p. 296-297.
- ↑ Lázaro de Farpe 1985, p. 297.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Dédéyan, Gérard (2007). Histoire du peuple arménien. Tolosa: Privat. ISBN 978-2-7089-6874-5
- Grousset, René (1973) [1947]. Histoire de l'Arménie: des origines à 1071. Paris: Payot
- Lázaro de Farpe (1985). Bedrosian, Robert, ed. Ghazar P'arpec'i's History of the Armenians. Nova Iorque: Sources of the Armenian Tradition
- Mutafian, Claude; Éric Van Lauwe (2005). Atlas historique et culturel de l'Arménie : Proche-Orient et Sud-Caucase du 8e au 20e siècle. Paris: Autrement. ISBN 978-2746701007