Mostrar código-fonte de Operação Lava Jato

{{Info/Caso criminal
 |título           = Operação Lava Jato
 |imagem           = Montagem Lava Jato.jpg
 |imagem_tamanho   = 260px
 |imagem_alt = Montagem de diversas imagens relacionadas à operação: sede da Petrobras, logotipo da Odebrecht, Deltan Dallagnol conversando com Rodrigo Janot, brasão da Polícia Federal e policiais federais durante uma operação.
 |legenda          = Edifício sede da [[Petrobrás]] — Brasão da [[Polícia Federal]] — Juiz [[Sergio Moro]] — [[Deltan Dallagnol]], do [[Ministério Público Federal]], e [[Rodrigo Janot]], ex-[[Procuradoria-Geral da República (Brasil)|Procurador geral da República]] — Polícia Federal realizando uma operação — Logotipo da Organização Odebrecht (atual [[Novonor]])
 |localdocrime     = [[Brasil]]
 |data             = [[17 de março]] de [[2014]] –<br /> {{dtlink|1|2|2021}} (7 anos)<ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2021/02/03/forca-tarefa-da-lava-jato-no-parana-deixa-de-existir-diz-mpf.ghtml|título=Força-tarefa da Lava Jato no Paraná 'deixa de existir', e procuradores passam a integrar o Gaeco, diz MPF|obra=G1|data=03-02-2021|acessodata=04-02-2021}}</ref>
 |tipodecrime      = [[Corrupção ativa]], [[corrupção passiva]], [[formação de quadrilha]], [[gestão fraudulenta]], [[lavagem de dinheiro]], [[organização criminosa]], [[obstrução da justiça]], [[operação fraudulenta de câmbio]] e [[recebimento de vantagem indevida]]
 |vitimas          =
 |reus             = Diversos, entre pessoas e organizações
 |promotor         = [[Ministério Público Federal]]; [[Procuradoria-Geral da República (Brasil)|Procuradoria-Geral da República]]
 |juiz             = {{Lista simples|1 =
* [[Sergio Moro]] {{Pequeno|(2014–2018)}}, em [[Curitiba]];<ref>{{citar web|url=http://extra.globo.com/noticias/brasil/terabytes-turbinam-lava-jato-20989320.html|titulo=‘Terabytes’ turbinam Lava-Jato|data=28/02/2017|prenome=Dimitrius|sobrenome=Dantas|publicado=[[Grupo Globo|Globo]]|obra=[[Extra (jornal do Rio de Janeiro)|Extra]]|acessodata=28-02-2017|wayb=20170228215944}}</ref><ref>{{citar web|url=https://noticias.r7.com/brasil/desembargador-assina-exoneracao-e-juiz-sergio-moro-deixa-a-lava-jato-16112018|título=Desembargador assina exoneração e juiz Sérgio Moro deixa a Lava a jato|obra=R7|publicado=Record|data=16/11/2018}}</ref>
* [[Leandro Paulsen]] {{Pequeno|(2015–presente)}}, em [[Porto Alegre]];<ref>{{citar web|url=https://veja.abril.com.br/politica/conheca-leandro-paulsen-revisor-do-julgamento-de-lula-no-trf4/|publicado=[[Editora Abril]]|obra=[[Revista Veja]]|título=Conheça Leandro Paulsen, revisor do julgamento de Lula no TRF4|data=24-01-2018|acessodata=20-05-2018}}</ref>
* [[João Pedro Gebran Neto]] {{Pequeno|(2015–presente)}}, em Porto Alegre;<ref>{{citar web|url=https://www.jota.info/jotinhas/pecuarista-amigo-de-lula-bumlai-tem-hc-negado-pelo-trf-4-27112015|publicado=Jota|título=TRF4 nega HC a José Carlos Bumlai na Lava Jato|acessodata=20-05-2018|sobrenome=Dantas|prenome=Iuri|data=27-11-2015}}</ref>
* [[Felix Fischer]] {{Pequeno|(2015–presente)}},<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/politica/operacao-lava-jato/noticia/2015/12/relatoria-da-lava-jato-no-stj-passa-de-navarro-para-fischer.html|data=17/12/2015|acessodata=29/03/2017|obra=[[G1]]|título=Ministro Felix Fischer assume relatoria da Lava Jato no STJ|prenome=Laís|sobrenome=Alegretti}}</ref> no [[Superior Tribunal de Justiça]];
* [[Teori Zavascki]] {{Pequeno|(2014–2017)}} e [[Edson Fachin|Luiz Edson Fachin]] {{Pequeno|(2017–presente)}}, no [[Supremo Tribunal Federal]];
* [[Marcelo Bretas]] {{Pequeno|(2015–presente)}}, no [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]];
* [[Vallisney de Souza Oliveira]] {{Pequeno|(2016–presente)}}, no [[Distrito Federal]];
* [[Gabriela Hardt]] {{Pequeno|(2018–março de 2019)}}, em Curitiba;<ref>{{Citar web|primeiro=Cleide|último=Carvalho|data=22/11/2018|acessodata=2019-1-31|url=https://oglobo.globo.com/brasil/juiza-gabriela-hardt-ficara-frente-da-lava-jato-em-curitiba-ate-fim-de-abril-23251516|título=Juíza Gabriela Hardt ficará à frente da Lava a jato em Curitiba até fim de abril|jornal=O Globo}}</ref>
* Luiz Antônio Bonat {{pequeno|(2019–2022)}}, em Curitiba.<ref>{{citar web|url=https://veja.abril.com.br/coluna/radar/juiz-da-lava-jato-deixa-a-13a-vara-federal-de-curitiba|data=15-08-2022|jornal=VEJA|título=Juiz da Lava-Jato deixa a 13ª Vara Federal de Curitiba|acessodata=20/06/2023}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.oantagonista.com/brasil/luiz-antonio-bonat-e-confirmado-na-antiga-vaga-de-moro/|data=08-02-2019|jornal=O antagonista|título=Luiz Antonio Bonat é confirmado na antiga vaga de Moro|acessodata=06/03/2019}}</ref>}}
 |localdojulgamento= {{Lista simples|1=
 * 13.ª Vara Criminal da [[Justiça Federal]] de Curitiba;<ref>{{citar web|url=http://lavajato.mpf.mp.br/perguntas-e-respostas|publicado=[[Ministério Público Federal|MPF]]|obra=Lava Jato|acessodata=06-02-2017|título=Perguntas & respostas|wayb=20170214230334|urlmorta=sim}}.</ref>
* [[Tribunal Regional Federal da 4ª Região|TRF4]] no [[Rio Grande do Sul]];
* 7.ª Vara Criminal da [[Justiça Federal]] do [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]];<ref>{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/politica/juiz-da-operacao-lava-jato-no-rio-pede-escolta-e-carro-blindado/|publicado=[[Editora Abril|Abril]]|obra=[[Revista Veja|Veja]]|data=14/02/2017|acessodata=17/02/2017|título=Juiz da Operação Lava Jato no Rio pede escolta e carro blindado}}</ref>
* [[Tribunal Regional Federal da 2ª Região|TRF2]] no [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]];<ref>{{citar web|data=7/12/2016|local=Rio de Janeiro|prenome=Vladimir|sobrenome=Platonow|url=http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2016-12/justica-federal-nega-liberdade-envolvidos-na-operacao-calicute|publicado=[[Empresa Brasil de Comunicação|EBC]]|obra=[[Agência Brasil]]|acessodata=06-02-2017|título=Justiça Federal nega liberdade a envolvidos na Operação Calicute}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.mpf.mp.br/regiao2/sala-de-imprensa/noticias-r2/lava-jato-trf2-mantem-prisao-de-ex-superintendente-da-eletronuclear|publicado=Ministério Público|obra=Ministério Público Federal|data=05-10-2016|acessodata=06-02-2017|título=Lava Jato: TRF2 mantém prisão de ex-superintendente da Eletronuclear}}</ref><ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/justica-federal-no-rj-nega-pedido-de-habeas-corpus-de-sergio-cabral.ghtml|obra=G1|data=21-11-2016|acessodata=06-02-2017|título=TRF-2 nega pedido de habeas corpus de Sérgio Cabral}}</ref>
* Superior Tribunal de Justiça;<ref name="Globo 2017-3-29">{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/brasil/o-quinto-do-ouro-forca-tarefa-manda-prender-cinco-dos-sete-conselheiros-do-tce-rj-mira-jorge-picciani-21128038|obra=[[Jornal O Globo|O Globo]]|data=29-03-2017|acessodata=29-03-2017|título='O quinto do ouro': força-tarefa manda prender cinco dos sete conselheiros do TCE-RJ e mira Jorge Picciani}}</ref>
* Supremo Tribunal Federal.}}
 |situacao         = Encerrada
}}
A '''Operação Lava Jato'''{{nota de rodapé|Embora este tenha sido o nome adotado pela Polícia Federal,<ref>{{citar web |título=Lava Jato - Manual de Comunicação da Secom|url=https://www12.senado.leg.br/manualdecomunicacao/redacao-e-estilo/lava-jato|obra=Senado Federal|acessodata=06-12-2020|wayb=20160729063041|urlmorta=sim}}</ref> em português padrão o correto é "lava a jato", sendo "a jato" uma locução adverbial de modo.<ref>{{Citar web|publicado=Dicio|obra=Dúvidas de Português|url=http://duvidas.dicio.com.br/lava-jato-ou-lava-a-jato|título=Lava jato ou lava a jato}}</ref>}} foi um conjunto de investigações realizadas pela [[Polícia Federal do Brasil]] (PF), que cumpriu mais de mil [[Mandado de busca e apreensão|mandados de busca e apreensão]], de [[prisão temporária]], de [[prisão preventiva]] e de [[condução coercitiva]], visando apurar um esquema de [[lavagem de dinheiro]] que movimentou bilhões de reais em [[Propina (português brasileiro)|propina]], denominado '''Petrolão'''. A operação teve início em 17 de março de 2014 e conta com [[Fases da Operação Lava Jato|80 fases operacionais]] autorizadas, entre outros, pelo então juiz [[Sergio Moro]], durante as quais prenderam-se e condenaram-se mais de cem pessoas; sendo [[Controvérsias envolvendo a Operação Lava Jato|alvo de controvérsias]]<ref>{{Citar periódico |url=https://www.nytimes.com/2019/06/10/world/americas/brazil-car-wash-lava-jato.html |titulo=Leaked Messages Raise Fairness Questions in Brazil Corruption Inquiry |data=2019-06-10 |jornal=The New York Times |ultimo=Londoño |primeiro=Ernesto |ultimo2=Casado |primeiro2=Letícia |lingua=en-US |issn=0362-4331}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://theintercept.com/2019/06/12/chat-sergio-moro-deltan-dallagnol-lavajato/|titulo=Leia os diálogos de Sergio Moro e Deltan Dallagnol que embasaram a reportagem do Intercept|data=2019-06-13|acessodata=2020-08-14|website=The Intercept}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Greenwald|primeiro=Glenn|ultimo2=Linhares|primeiro2=João Felipe|url=https://theintercept.com/2019/10/19/sergio-moro-policia-federal-lava-jato/|titulo=‘Russo deferiu uma busca que não foi pedida por ninguém’|data=2019-10-19|acessodata=2020-08-14|website=The Intercept|lingua=en-US|autorlink1=Glenn Greenwald}}</ref> e tendo seu término em 1º de fevereiro de 2021. O nome da operação deve-se ao uso de um posto de combustíveis para movimentar valores de origem ilícita, investigado na primeira fase da operação, na qual o [[doleiro]] [[Alberto Youssef]] foi preso.

A Lava Jato investigou crimes de [[corrupção ativa]] e [[corrupção passiva|passiva]], [[gestão fraudulenta]], lavagem de dinheiro, [[Crime organizado|organização criminosa]], [[Obstrução de justiça|obstrução da justiça]], [[operação fraudulenta de câmbio]] e [[recebimento de vantagem indevida]]. De acordo com investigações e [[delação premiada|delações premiadas]], estavam envolvidos em corrupção membros administrativos da empresa estatal [[Petrobras]], políticos dos maiores partidos do Brasil, incluindo [[Presidente do Brasil|presidentes da República]], presidentes da [[Presidente da Câmara dos Deputados do Brasil|Câmara dos Deputados]] e do [[Presidente do Senado Federal do Brasil|Senado Federal]] e governadores de estados, além de [[Operação Lava Jato#Réus em ações penais|empresários]] de grandes empresas brasileiras. A Polícia Federal considera-a a maior investigação de [[Corrupção no Brasil|corrupção da história do país]].<ref>{{Citar web|ultimo=Pereira|primeiro=Roger|url=https://paranaportal.uol.com.br/destaque-2/numeros-mostram-por-que-lava-jato-e-maior-operacao-contra-corrupcao-da-historia/|titulo=Números mostram por que Lava Jato é a maior operação contra corrupção da história|data=2018-03-16|acessodata=2021-12-23|website=Paraná Portal}}</ref><ref name="entenda Lava Jato">{{Citar web|url=http://www.mpf.mp.br/grandes-casos/lava-jato/entenda-o-caso|titulo=Entenda o caso — Caso Lava Jato|acessodata=2021-12-23|website=MPF}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.poder360.com.br/justica/maior-operacao-contra-a-corrupcao-lava-jato-sai-de-cena-quase-esquecida/|titulo=Maior operação contra a corrupção, Lava Jato sai de cena|data=2021-07-07|acessodata=2021-12-23|website=Poder360}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Prates|primeiro=Maria Clara|url=https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2015/12/30/interna_politica,721013/numeros-fazem-da-lava-jato-maior-operacao-contra-corrupcao-no-brasil.shtml|titulo=Números recordes fazem da Lava-jato a maior operação contra a corrupção no Brasil|data=2015-12-30|acessodata=2021-12-23|website=Estado de Minas}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.nexojornal.com.br/index/2017/03/17/Lava-Jato-A-maior-opera%C3%A7%C3%A3o-contra-a-corrup%C3%A7%C3%A3o-no-Brasil|titulo=Lava Jato: A maior operação contra a corrupção no Brasil|acessodata=2021-12-23|website=Nexo Jornal}}</ref> 

Ao longo de seus desdobramentos, entre outras pessoas relevantes que acabaram sendo presas pela operação, incluem-se o ex-governador do Rio de Janeiro [[Sérgio Cabral Filho|Sérgio Cabral]] e o seu sucessor [[Luiz Fernando Pezão]], ainda durante o mandato, o ex-senador [[Delcídio do Amaral]], o ex-presidente da Câmara dos Deputados [[Eduardo Cunha]], os ex-ministros da Fazenda [[Antonio Palocci]] e [[Guido Mantega]], o publicitário [[João Santana]], o ex-ministro-chefe da Casa Civil [[José Dirceu]], o empresário [[Eike Batista]] e, em abril de 2018, o ex-presidente da República [[Luiz Inácio Lula da Silva]]. Ao final de dezembro de 2016, a Operação Lava Jato obteve um [[acordo de leniência]] com a empreiteira Odebrecht, que proporcionou o maior ressarcimento da história mundial, mas por outro lado causou graves danos à ordem econômica brasileira. O acordo previu o [[Delações da Odebrecht na Operação Lava Jato|depoimento de 78 executivos da empreiteira]], gerando 83 inquéritos no STF, e de que o ministro do tribunal [[Edson Fachin]] retirou o sigilo em abril de 2017. [[Desdobramentos da Operação Lava Jato fora do Brasil|Novas investigações surgiram no exterior]] a partir destes depoimentos em dezenas de países, dentre eles [[Cuba]], [[El Salvador]], [[Equador]] e [[Panamá]].<ref>
*{{citar web|url=https://politica.estadao.com.br/blogs/neumanne/vaza-jato-beira-o-ridiculo/|titulo=Vaza Jato beira o ridículo|autor=[[José Nêumanne]]|data=17-07-2019|acessodata=29-09-2019}}
*{{citar web|url=https://exame.abril.com.br/brasil/vaza-jato-um-resumo-das-reportagens-sobre-lava-jato-publicadas-em-agosto/|titulo=Veja um resumo das 21 reportagens da Vaza Jato publicadas em agosto|editor=Revista Exame|autor=Clara Cerioni|data=01-09-2019|acessodata=29-09-2019|wayb=20190901221402|urlmorta=sim}}
*{{citar web|url=https://veja.abril.com.br/videos/giro-veja/giro-veja-em-entrevista-edward-snowden-comenta-sobre-vaza-jato/|titulo=Giro Veja: Em entrevista, Edward Snowden comenta sobre ‘Vaza-Jato’|website=Revista Veja|data=20-09-2019|acessodata=29-09-2019}}
*{{citar web|url=https://apublica.org/2019/09/agencia-publica-e-a-nova-parceira-na-cobertura-dos-dialogos-da-vaza-jato/|titulo=Agência Pública é a nova parceira na cobertura dos diálogos da Vaza Jato|website=Agência Pública|data=02-09-2019|acessodata=29-09-2019}}
*{{citar web|url=https://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2019-09-21/vaza-jato-dallagnol-editou-nota-sobre-vazamento-de-audio-de-lula-e-dilma.html|titulo=Vaza Jato: Dallagnol editou nota sobre vazamento de áudio de Lula e Dilma|obra=iG|data=21-09-2019|acessodata=29-09-2019}}
*{{citar web|url=https://istoe.com.br/relator-da-lava-jato-no-trf-4-nega-a-lula-uso-de-mensagens-hackeadas/|titulo=Justiça nega a Lula uso de mensagens da Vaza Jato|obra=IstoÉ|data=03-09-2019|acessodata=29-09-2019}}</ref><ref>{{citar web|url=https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2019/06/10/moro-atuou-quase-como-procurador-nao-como-juiz-diz-autor-de-reportagens.htm|titulo=Material ainda não revelado reforça interferência de Moro, diz Greenwald|obra=[[O Globo]]|data=10-06-2019}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.theguardian.com/world/2019/jun/10/brazil-lula-sergio-moro-judge-collaborated-with-prosecutors|titulo=Brazil reels at claims judge who jailed Lula collaborated with prosecutors|obra=[[The Guardian]]|data=10-06-2019|lingua=en-US}}</ref> Em fevereiro de 2021, a operação de combate à corrupção terminou, após quase sete anos de ação.<ref>{{Citar web|url=https://observatorio3setor.org.br/podcast/operacao-lava-jato/|titulo=O fim da Operação Lava Jato - Brasil Cidadão|acessodata=2021-06-13|website=Observatório do 3° Setor}}</ref>

A investigação levou a uma redução bilionária nos investimentos por parte da Petrobras,<ref>{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2021/03/lava-jato-tirou-r-172-bi-de-investimentos-e-44-milhoes-de-empregos-diz-cut.shtml|titulo=Mônica Bergamo: Lava Jato tirou R$ 172 bi de investimentos e 4,4 milhões de empregos, diz CUT|data=2021-03-07|acessodata=2021-12-23|website=Folha de S.Paulo}}</ref> impactando majoritariamente o setor de construção relacionada ao óleo e gás, o que por sua vez impactou negativamente o PIB e os níveis de emprego no país, contribuindo à [[crise econômica brasileira de 2014]]. Enquanto alguns analistas criticam a operação, defendendo que o impacto poderia ser reduzido com acordos de leniência e outras medidas, outros discordam, apontando a corrupção e não sua investigação como a causa raiz. Em março de 2024, uma [[Pesquisa de opinião|pesquisa]] da Genial/Quaest realizada entre 25 e 27 de fevereiro do mesmo ano mostrou que 50% dos entrevistados acham que a operação "fez mais bem" ao país e 28% disseram que "fez mais mal", questionados se a Lava Jato ajudou a combater a corrupção, 49% disseram "sim" e 37% disseram "não".<ref>{{Citar web|url=https://oglobo.globo.com/blogs/pulso/post/2024/03/dez-anos-da-lava-jato-reacao-dos-politicos-e-motivo-mais-citado-pelos-brasileiros-para-o-fim-da-operacao-revela-pesquisa.ghtml|titulo=Dez anos da Lava-Jato: reação dos políticos é motivo mais citado pelos brasileiros para o fim da operação, revela pesquisa|data=2024-03-03|acessodata=2024-03-03|website=O Globo|lingua=pt-br}}</ref>

== Histórico ==
{{Artigo principal|Fases da Operação Lava Jato}}

=== Origem ===
{{Imagem múltipla
 | align     = right
 | direction = vertical
 | width     = 220
 | image1    = Alberto Youssef.jpg
 | caption1  = O doleiro [[Alberto Youssef]], investigado na [[Operação Miquéias]].
 | image2    = Posto da Torre BSB 09 2018 0572.jpg
 | caption2  = Posto da Torre, [[Brasília]], onde fica o serviço de lava jato que deu o codinome à Operação Lava Jato.
}}
Um inquérito do ex-delegado da Polícia Federal (PF), [[Gerson Machado]], em 2008, contra o doleiro [[Alberto Youssef]], é considerado o "marco zero" das investigações que identificaram que Youssef operava às sombras após [[delação premiada|delação]] no [[escândalo do Banestado]].<ref>{{citar web|url=http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,o-policial-marco-zero-da-lava-jato,10000060778|obra=Estadão|título=O policial 'marco zero' da Lava Jato|data=04-07-2016|acessodata=23-04-2018}}</ref> No mesmo ano, uma investigação de [[lavagem de dinheiro]] pelo ex-deputado federal [[Londrina|londrinense]] [[José Janene]], no [[escândalo do Mensalão]], antecedeu a Operação Lava Jato: o empresário Hermes Magnus, proprietário da Dunel Indústria e Comércio, fábrica de máquinas e equipamentos para certificação, denunciou lavagem de dinheiro por operadores do esquema, inclusive Janene, e informou que o doleiro Youssef voltara a operar.<ref>{{citar web|url=http://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/pronto-para-recomecar-afirma-empresario-que-denunciou-a-lava-jato-ehe46c6q0mpjziwe1bookdowe|obra=Gazeta do Povo|data=14-12-2014|acessodata=22-11-2016|título=“Pronto para recomeçar”, afirma empresário que denunciou a Lava Jato|prenome=Kelli|sobrenome=Kadanus}}</ref><ref>{{citar web|url=https://noticias.terra.com.br/empresario-que-denunciou-esquema-da-lava-jato-quer-pedir-asilo-a-alemanha,80b769680f65b575c142d35fa3d426092xfvRCRD.html|publicado=[[Companhia Telefônica Brasileira|Telefônica]]|obra=[[Portal Terra|Terra]]|data=28-07-2015|acessodata=22-11-2016|título=Empresário que denunciou esquema da Lava Jato quer pedir asilo à Alemanha}}</ref>

A PF iniciou investigação em 2009, que ao deflagrar em 2013 batizou [[Operação Miquéias]], confirmando que o doleiro Youssef estava em atividade. Além do ex-deputado Janene, envolveram-se nos crimes os doleiros Youssef e [[Carlos Habib Chater]].<ref name= "antecedentes">{{citar web|url=http://lavajato.mpf.mp.br/atuacao-na-1a-instancia/investigacao/historico/por-onde-comecou|publicado=Ministério Público Federal|obra=Lava Jato|acessodata=22-11-2016|título=Por onde começou|wayb=20150904004923|urlmorta=sim}}</ref> Youssef estranhou não ter sido preso na operação e desconfiou haver outra em curso.<ref>{{citar web|url=http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2014/05/inquerito-da-lava-jato-revela-esquema-criminoso-internacional-4509887.html|titulo=Inquérito da Lava-Jato revela esquema criminoso internacional|prenome=Klécio|sobrenome=Santos|publicado=[[Rede Brasil Sul]]|obra=[[Zero Hora]]|data=26-05-2014|acessodata=05-07-2016|wayb=20140530065021}}.</ref> Assim, a operação Lava Jato é desdobramento da Miquéias.<ref>{{Citar periódico|jornal=[[O Globo]]|título=Condenado no mensalão preso em operação da PF contra lavagem de dinheiro|acessodata=2017-6-26|primeiro=Jailton|último=de Carvalho|primeiro2=Luís|último2=Lomba|data=17/03/2014|url=http://oglobo.globo.com/brasil/lava-jato/condenado-no-mensalao-preso-em-operacao-da-pf-contra-lavagem-de-dinheiro-11897222}}</ref>

Em julho de 2013, a Operação Miquéias começou a monitorar as conversas do doleiro Chater, identificando quatro organizações criminosas inter-relacionadas, cada uma liderada por um doleiro: Chater, [[Nelma Kodama]], Alberto Youssef e [[Raul Henrique Srour|Raul Srour]]. O monitoramento de suas comunicações revelou que Youssef, mediante pagamentos por terceiros, deu um [[Land Rover]] Evoque ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobras [[Paulo Roberto Costa]];<ref name= "antecedentes" /> a operação começou a investigar a Petrobras.

Chater era dono de um posto de combustíveis em [[Brasília]], o Posto da Torre, onde havia uma casa de câmbio utilizada para evadir divisas do país.<ref>{{citar web|título=O negócio que deu nome à Operação Lava Jato|url=http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,o-negocio-que-deu-nome-a-operacao-lava-jato-imp-,1604156|prenome=Fábio|sobrenome=Brandt|data=09-12-2014|obra=Estadão|acessodata=30-04-2017}}</ref>

=== 2014 ===
[[Imagem:Sérgio Moro (cropped).jpg|thumb|upright|esquerda|[[Sergio Moro]], um dos juízes responsáveis pela Operação Lava Jato em primeira instância.]]
Após a Polícia Federal deflagrar a Operação Lava Jato em março de 2014, o [[Ministério Público Federal]] (MPF) em Curitiba criou uma equipe de procuradores para atuar no caso. A força-tarefa do MPF inicialmente era composta pelos procuradores [[Deltan Dallagnol]], [[Carlos Fernando dos Santos Lima]], [[Roberson Pozzobon]], entre outros.<ref>{{citar web|url=http://www.mpf.mp.br/pr/sala-de-imprensa/noticias-pr/forca-tarefa-lava-jato-recebe-premio-da-ajufe|titulo=Força-tarefa Lava Jato recebe prêmio da Ajufe|data=02-06-2016|acessodata=08-06-2016|obra=Sala de Imprensa – Procuradoria da República no Paraná|publicado=Ministério Público Federal}}</ref> Também são associados à operação um grupo de trabalho atuando junto à [[Procuradoria-Geral da República]] em [[Brasília]], criado em janeiro de 2015 para auxiliar na investigação e acusação e dar ajuda ao procurador-geral na análise de processos em [[tramitação]], e uma segunda força-tarefa, instituída em dezembro de 2015 pelo Conselho Superior do Ministério Público Federal, que trabalha junto ao [[Superior Tribunal de Justiça]].<ref name="Equipe">{{citar web|obra=Operação Lava Jato|url=http://lavajato.mpf.mp.br/equipe-no-mpf|titulo=Equipe de Investigação no Ministério Público Federal|publicado=Ministério Público Federal|wayb=20150517004613|urlmorta=sim}}</ref> Após quatro anos de operação, o procurador Carlos Fernando Lima anunciou que estaria próximo de sua aposentadoria e deixou a força-tarefa,<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2018/09/19/procurador-carlos-fernando-lima-deixa-a-operacao-lava-jato.ghtml|obra=G1|título=Procurador Carlos Fernando Lima deixa a Operação Lava Jato|acessodata=10-10-2018}}</ref> sendo substituído pelo procurador Felipe D’Elia Camargo.<ref>{{citar web|url=https://cbncuritiba.com/mpf-anuncia-substituto-de-carlos-fernando-dos-santos-lima-na-forca-tarefa-da-lava-jato/|obra=CBN Curitiba|título=MPF anuncia substituto de Carlos Fernando dos Santos Lima na força-tarefa da Lava Jato|acessodata=10-10-2018|wayb=20181011053732|urlmorta=sim}}</ref>

[[Erika Marena]], delegada da Polícia Federal em Curitiba, nomeou a operação em março de 2014 como Operação Lava Jato devido ao uso de uma rede de lavanderias e postos de combustíveis pela quadrilha para movimentar os valores de origem ilícita.<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/globo-news/globo-news-especial/videos/t/globonews-especial/v/globonews-especial-os-dois-anos-da-operacao-lavo-jato/4895273/|título=Os dois anos da operação Lava jato|data=18-03-2016|acessodata=19-03-2016|obra=Globo News|wayb=20160330202558|urlmorta=sim}}</ref><ref name="entenda Lava Jato"/><ref name= "intro">{{citar web|título=Entenda a Operação Lava Jato|url=http://www.dpf.gov.br/agencia/noticias/2014/03/operacao-lava-jato-desarticula-rede-de-lavagem-de-dinheiro-em-7-estados|acessodata=09-10-2014|data=17/03/2014|publicado=[[Polícia Federal do Brasil]]|wayb=20140320013244|urlmorta=sim}}</ref> Ela foi acusada por Dallagnol de "falsidade" por lavrar "termo de depoimento como se tivesse ouvido o cara, com escrivão e tudo, quando não há nada ...".<ref>{{Citar web|url=https://www.migalhas.com.br/quentes/340688/defesa-de-lula-acusa-lava-jato-de-forjar-depoimentos|titulo=Defesa de Lula acusa Lava Jato de forjar depoimentos|data=2021-02-23|acessodata=2021-04-03|website=Migalhas}}</ref>

Inicialmente a operação encontrou desvio de fundos da [[Petrobras]]. Em anos seguintes, as investigações desvendaram também [[Superfaturamento|superfaturamentos]] em obras públicas, como na hidrelétrica de [[Belo Monte]],<ref>{{Citar web|url=http://www.mpf.mp.br/pr/sala-de-imprensa/noticias-pr/49a-fase-da-lava-jato-apura-ilicitos-na-construcao-da-usina-hidreletrica-de-belo-monte|título=Fase 49ª da Lava Jato apura ilícitos na construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte|publicado=Ministério Publico Federal|data=2018-03-09|acessodata=2019-06-16}}</ref> na usina de [[Angra 3]],<ref>{{Citar web|url=http://www.mpf.mp.br/rj/sala-de-imprensa/docs/pr-rj/alegacoes-finais-lava-jato-eletronuclear/at_download/file|título=Processo nº 0510926-86.2015.4.02.5101 – Alegações Finais|data=2016-06-02}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.mpf.mp.br/grandes-casos/caso-lava-jato/desmembramentos/rio-de-janeiro/documentos/sentenca-radioatividade/at_download/file|título=Processo n 0510926-86.2015.4.02.5101 – Sentença|data=2016-08-03|wayb=20190617013554|urlmorta=sim}}</ref> em fundos de pensão de servidores federais, em estádios da copa do mundo de 2014,<ref>{{Citar web|url=https://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2017/05/26/10-estadios-da-copa-cairam-lava-jato-politicos-e-empreiteiras-sob-suspeita.htm|título=Após R$ 3 bilhões em aditivos, nove estádios da Copa caíram na Lava Jato|último=Pereira|primeiro=Felipe|data=2017-05-26|website=UOL|acessodata=2019-06-16}}</ref> no [[Anel de Integração do Paraná]],<ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2019/02/11/apos-pedido-da-lava-jato-justica-determina-bloqueio-mensal-de-33-da-receita-bruta-da-viapar.ghtml|título=Após pedido da Lava Jato, Justiça determina bloqueio mensal de 33% da receita bruta da Viapar|data=2019-02-11|website=G1|acessodata=2019-06-16}}</ref> em trechos do [[Rodoanel]]<ref>{{Citar web|url=http://www.mpf.mp.br/sp/sala-de-imprensa/noticias-sp/lava-jato-sp-mpf-e-pf-cumprem-mandados-de-prisao-e-busca-e-apreensao-em-nova-operacao-sobre-o-rodoanel|título=Lava Jato/SP: MPF e PF cumprem mandados de prisão e busca e apreensão em nova operação sobre o Rodoanel|publicado=Ministério Publico Federal|data=2018-06-21|acessodata=2019-06-17}}</ref> e em linhas e estações de metrô de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Distrito Federal, Bahia, Ceará, Paraná e Rio Grande do Sul.<ref name="Nexo2018">{{Citar web|url=https://www.nexojornal.com.br/explicado/2018/03/16/Lava-Jato-a-origem-e-o-destino-da-maior-opera%C3%A7%C3%A3o-anticorrup%C3%A7%C3%A3o-do-pa%C3%ADs|título=Lava Jato: a origem e o destino da maior operação anticorrupção do país|último=Venturini|primeiro=Lilian|último2=Aragão|primeiro2=Alexandre|data=2018-03-16|website=Nexo|acessodata=2019-06-16}}</ref>

[[Imagem:Deltan_Dallagnol-Devolução_simbólica-2015_05_11.jpg|thumb|[[Deltan Dallagnol]] durante [[coletiva de imprensa|coletiva]] em 2015.]]
Até abril de 2014, a operação contava com 46 pessoas indiciadas pelos crimes de formação de organização criminosa, crimes contra o sistema financeiro nacional, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro,<ref>{{citar web|data=Abril de 2014|título=PF apresenta relatório final da operação Lava jato|url=http://www.dpf.gov.br/agencia/noticias/2014/04/pf-apresenta-relatorio-final-da-operacao-lava-jato|acessodata=10-10-2014|publicado=Polícia Federal do Brasil|wayb=20140418211058|urlmorta=sim}}</ref> tendo trinta pessoas presas,<ref>{{citar web|título=Estatísticas|url=http://www.dpf.gov.br/agencia/estatisticas/2014|acessodata=10-10-2014|publicado=Polícia Federal do Brasil|ano=2014|wayb=20140119000313|urlmorta=sim}}</ref> dentre elas o doleiro Youssef e [[Paulo Roberto Costa]].<ref name= "PRC">{{citar web|título=Justiça decreta prisão preventiva de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras|publicado=RBS|url=http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/economia/noticia/2014/03/justica-decreta-prisao-preventiva-de-paulo-roberto-costa-ex-diretor-da-petrobras-4456036.html|acessodata=10-10-2014|data=2014-3-25|obra=ZH Economia}}</ref> Nessas medidas iniciais, a PF apreendeu mais de 80 mil documentos. A análise desse material somou-se aos monitoramentos de conversas e aos dados bancários dos investigados que foram coletados e analisados eletronicamente no Sistema de Investigação de Movimentações Bancárias.<ref name= "antecedentes" /> Em junho, o ex-diretor negou participação no esquema criminoso,<ref>{{citar web|título=Petrobras não era 'casa de negócios', diz ex-dirigente investigado pela PF|prenome1=Felipe|sobrenome1=Néri|prenome2=Mariana|sobrenome2=Oliveira|url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2014/06/petrobras-nao-era-casa-de-negocios-diz-ex-dirigente-investigado.html|data=2014-6-10|acessodata=10-10-2014|obra=G1}}</ref> porém, após a PF realizar buscas em empresas de familiares e encontrar indícios que o incriminavam,<ref>{{citar web|publicado=Folha da manhã|título=Ex-diretor da Petrobras entrega políticos em delação premiada|url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/09/1511678-ex-diretor-da-petrobras-entrega-politicos-em-delacao-premiada.shtml|acessodata=10-10-2014|obra=[[Folha de S.Paulo]]|prenome=Mário César|sobrenome=Carvalho|data=2014-9-5}}</ref> Costa decidiu colaborar com o MPF valendo-se do recurso da [[delação premiada]], podendo assim obter redução de sua pena e o pagamento de multa.<ref>{{citar web|data=2/10/2014|título=Família de Costa é incluída em delação premiada, diz advogada|url=http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2014/10/familia-de-costa-e-incluida-em-delacao-premiada-diz-advogada.html|acessodata=10-10-2014|obra=G1}}</ref>

Em 9 de outubro de 2014, o procurador Deltan Dallagnol calculou que as propinas recebidas pelos envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras, outras estatais e órgãos públicos chegavam ao menos dez bilhões de reais. Ao defender as [[delações premiadas]] como "o motor" da operação, Dallagnol lembrou que a Lava Jato começou com a investigação de um posto de gasolina suspeito de lavagem de dinheiro e chegou ao gigantesco esquema de corrupção, o maior da história brasileira.<ref>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/brasil/propina-chega-r-10-bilhoes-estima-procurador-da-lava-jato-17737910|obra=O Globo|título=Propina chega a R$ 10 bilhões, estima procurador da Lava-Jato|acessodata=10-10-2015|data=09-10-2015}}</ref> Três dias depois, a [[Suíça]] bloqueou mais de cem contas referentes a Operação Lava Jato e confiscou cerca de 400 milhões de dólares.<ref>{{citar web|url=http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2015/10/12/suica-promete-enviar-dados-de-novas-contas.htm|obra=UOL|acessodata=29-02-2016|título=Suíça bloqueou mais de 100 contas devido à Lava Jato, dizem investigadores|publicado=Estadão|data=12-10-2015}}</ref> Em 19 de outubro, o presidente do [[Supremo Tribunal Federal]], ministro [[Ricardo Lewandowski]], afirmou em palestra em [[Washington, D.C.]] que as investigações em curso sobre o escândalo de corrupção na Petrobras provocavam uma "revolução" no Brasil.<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/politica/operacao-lava-jato/noticia/2015/10/lewandowski-diz-que-operacao-lava-jato-e-uma-revolucao-no-pais.html|obra=G1|acessodata=20-10-2015|data=19-10-2015|título=Lewandowski diz que Operação Lava Jato é uma 'revolução' no país}}</ref>

=== 2015 ===
[[Imagem:CPMI - Petrobras - Acareação entre dois ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró_%2815744995940%29.jpg|thumb|[[Nestor Cerveró]], ex-diretor da [[Petrobras]], preso na oitava fase.]]
[[Imagem:Vaccari.JPG|thumb|[[João Vaccari Neto]] foi preso na décima segunda fase da operação.]]
[[Imagem:Policiais federais embarcam material apreendido na Eletronuclear.jpg|thumb|Policiais federais embarcam material apreendido na [[Eletronuclear]], na [[Operação Radioatividade]].]]
[[Imagem:Sérgio_Cabral_Governador.jpg|thumb|[[Sérgio Cabral Filho|Sérgio Cabral]], preso na [[Operação Calicute|37ª fase]].]]

Em novembro de 2015, a PF calculou que o prejuízo causado pelas irregularidades na Petrobras descobertas pela Operação Lava Jato poderia chegar a 42,8 bilhões de reais. Em abril daquele ano, a Petrobras divulgou em relatório financeiro ter tido um rombo de 6,2 bilhões de reais.<ref>{{Citar web|url=https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/510462/noticia.html?sequence=1|titulo=Uma 'vergonha' de R$ 6 bi|acessodata=2022-03-17|website=Senado Federal do Brasil}}</ref> O presidente da empresa, [[Aldemir Bendine]], caracterizou a cifra como ‘conservadora’, vez que poderiam surgir novos fatos na investigação. O MPF considerou, em outubro, que o prejuízo passaria de 20 bilhões de reais.<ref name= "42bi">{{citar web|url=http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2015/11/pf-estima-que-prejuizo-da-petrobras-com-corrupcao-pode-ser-de-r-42-bi.html|acessodata=12-11-2015|título=PF estima que prejuízo da Petrobras com corrupção pode ser de R$ 42 bi|data=12-11-2015|primeiro=Bibiana|último=Dionísio|obra=G1}}</ref> Em 16 de dezembro, o então ex-presidente [[Luiz Inácio Lula da Silva]] prestou depoimento à Operação Lava Jato na condição de informante, não investigado, com autorização do ministro do STF, [[Teori Zavascki]].<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/politica/operacao-lava-jato/noticia/2015/12/lula-presta-depoimento-no-principal-inquerito-da-operacao-lava-jato.html|obra=G1|acessodata=17-12-2015|data=16-12-2015|título=Lula presta depoimento no principal inquérito da Operação Lava Jato}}</ref> Ao fim de dezembro, Zavascki autorizou a quebra do sigilo fiscal e bancário do presidente de Senado, [[Renan Calheiros]], suspeito de envolvimento em fraudes na contratação de consórcio Estaleiro Rio Tietê pela [[Transpetro]] em 2010.<ref>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/brasil/sigilo-bancario-fiscal-de-renan-calheiros-quebrado-18335459|obra=O Globo|data=19-12-2015|acessodata=19-12-2015|título=Sigilo bancário e fiscal de Renan Calheiros é quebrado|prenome1=Merval|sobrenome1=Pereira|prenome2=Jailton|sobrenome2=de Carvalho}}</ref>

=== 2016 ===
Em janeiro de 2016, o procurador-geral da República, [[Rodrigo Janot]], afirmou que o esquema de corrupção sustentado pelo [[Progressistas]] (PP) desviou 357,9 milhões de reais dos cofres da estatal, entre 2006 e 2014. A investigação concentrou seus trabalhos também na atuação do [[Partido dos Trabalhadores]] (PT) e do [[Movimento Democrático Brasileiro (1980)|Movimento Democrático Brasileiro]] (PMDB) no esquema. As três legendas, conforme o MPF, agiam como controladoras de áreas estratégicas da Petrobras, por meio do controle de diretorias, e beneficiárias diretas de desvios.<ref>{{citar web|url=http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2016/01/17/pp-desviou-r-358-milhoes-dos-cofres-da-petrobras-diz-procurador-geral.htm|obra=UOL Notícias|acessodata=17-01-2016|data=17-01-2016|título=PP desviou R$ 358 milhões dos cofres da Petrobras, diz procurador-geral|agência=Estadão conteúdo}}</ref> Em fevereiro de 2016, de acordo com o jornal ''[[El País]]'', a operação ganhou alcance internacional com a prisão do marqueteiro [[João Santana]] e com a suspeita da [[Construtora Norberto Odebrecht|Odebrecht]] ter pago propina para [[Ollanta Humala]], presidente do [[Peru]].<ref>{{citar web|url=http://brasil.elpais.com/brasil/2016/02/26/politica/1456517201_178396.html|obra=El País|acessodata=28-02-2016|data=27-02-2016|título=Lava Jato ganha alcance internacional com João Santana e Odebrecht|prenome=Gil|sobrenome=Alessi}}</ref>

Ainda no mesmo mês, depoimentos de Nestor Cerveró ligaram empréstimos de 12 milhões de reais ao ex-presidente [[Luiz Inácio Lula da Silva]]. Cerveró ligou sua nomeação a um cargo público em 2008 ao empréstimo. O cargo seria um reconhecimento para quitar o empréstimo considerado "fraudulento". É o primeiro delator a envolver o ex-presidente Lula diretamente no esquema. O pecuarista José Carlos Bumlai, preso na operação, teria intermediado o empréstimo.<ref>{{citar web|url=http://www.infomoney.com.br/mercados/politica/noticia/4513104/nestor-cervero-liga-lula-emprestimo-investigado-lava-jato|publicado=InfoMoney|acessodata=12-01-2016|data=12-01-2016|título=Nestor Cerveró liga lula a empréstimos de R$ 12 mi investigado na Lava Jato|prenome=Lara|sobrenome=Rizério}}</ref>

Em 22 de março, desencadeou-se a "[[Operação Xepa]]" em oito estados, focando em obras feitas pela Odebrecht. Foi a primeira vez que iniciativas do chamado Legado Olímpico ficaram sob a mira das investigações. Os nomes das obras do Rio de Janeiro aparecem em uma série de planilhas e mensagens de correio eletrônico apreendidos com a ex-secretária do "Setor de Operações Estruturadas" da empreiteira, Maria Lúcia Tavares, que firmou acordo de delação premiada após ser presa.<ref>{{citar web|url=http://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2016-03-23/operacao-lava-jato-chega-as-obras-para-olimpiadas-no-rio.html|publicado=iG|obra=O dia|acessodata=23-03-2016|prenome=Bruna|sobrenome=Fantti|título=Operação Lava Jato chega às obras para Olimpíadas no Rio|data=23-03-2016}}</ref> As investigações da operação identificaram que em 2006 o esquema de corrupção evoluiu e a Odebrecht criou a "Divisão de Operações Estruturadas",<ref>{{citar web|url=http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2017-02-17/odebrecht.html|publicado=iG|obra=Último Segundo|data=17/02/2017|acessodata=18/02/2017|título=Procuradores de 11 países assinam acordo em Brasília para investigar a Odebrecht}}</ref> também conhecido como "departamento de propinas".<ref>{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/politica/lava-jato-desmonta-o-departamento-da-propina-da-odebrecht/|publicado=Abril|obra=Veja|data=22/03/2016|acessodata=18/02/2017|título=Lava Jato desmonta o ‘departamento da propina’ da Odebrecht|prenome1=Carolina|sobrenome1=Farina|prenome2=Laryssa|sobrenome2=Borges}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.otempo.com.br/capa/pol%C3%ADtica/odebrecht-tinha-departamento-de-propina-no-pa%C3%ADs-diz-lava-jato-1.1264062|obra=O Tempo|data=22/03/2016|acessodata=18/02/2017|título=Odebrecht tinha "departamento" de propina no país, diz Lava Jato}}</ref><ref>{{citar web|url=http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/descoberta-do-departamento-da-propina-na-odebrecht-reforca-elementos-de-cartel/|data=23-03-2016|obra=Estadão|acessodata=18/02/2017|título=Descoberta do ‘departamento da propina’ na Odebrecht reforça elementos de cartel|prenome1=Ricardo|sobrenome1=Brandt|prenome2=Julia|sobrenome2=Affonso|prenome3=Fausto|sobrenome3=Macedo|prenome4=Mateus|sobrenome4=Coutinho|numero-autores=1}}</ref> Maria Lúcia Tavares controlava, na sede da empresa em [[Salvador (Bahia)|Salvador]], as execuções de pagamentos em espécie, mantendo uma planilha que listava as requisições semanais para entregas de dinheiro. Ela trabalhou no departamento de 2006 a 2015.<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/politica/videos/t/todos-os-videos/v/secretaria-que-revelou-departamento-de-propina-da-odebrecht-depoe/5626529/|obra=G1|título=Secretária que revelou departamento de propina da Odebrecht depõe|data= 03/02/2017|acessodata=18/02/2017}}</ref><ref>{{citar web|url=https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2016/12/12/prestadores-de-servicos-atuavam-pela-odebrecht.htm|obra=UOL|título=Departamento de propinas da Odebrecht movimentou R$ 1 bilhão em 10 anos|data=12/12/2016|acessodata=18/02/2017}}</ref>

Em julho de 2016, a PF, o MPF, e a [[Receita Federal do Brasil|Receita Federal]] tiveram indícios de que parte do dinheiro da corrupção de estatais e empreiteiras do Brasil foi ou estava sendo "lavada" por uma rede de doleiros até então desconhecida, instalada em [[Angola]]. Um dos desdobramentos das investigações da PF aponta que Angola virou um [[paraíso fiscal]] e sedia uma nova rede de doleiros abastecidos com dinheiro oriundo da corrupção brasileira. Outros países da [[África]], como [[Nigéria]] e [[Moçambique]], e da [[América Latina]], como [[República Dominicana]], também estão na mira dos investigadores.<ref>{{citar web|url=http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2016/07/09/policia-federal-e-forca-tarefa-investigam-rede-de-doleiros-em-angola.htm|obra=UOL|data=09-07-2016|acessodata=09-07-2016|título=Força-tarefa no Brasil investiga rede de doleiros em novo paraíso fiscal da África|prenome=Ricardo|sobrenome=Feltrin}}</ref> Em setembro de 2016, a PGR prorrogou a força-tarefa da operação no Paraná até o ano seguinte.<ref>{{Citar web|último=Macedo|primeiro=Fausto|url=http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/procuradoria-prorroga-forca-tarefa-da-lava-jato-ate-2017|jornal=Estadão|data=2016-9-6|título=Procuradoria prorroga força-tarefa da Lava jato até 2017|publicado=O Estado de S. Paulo|wayb=20160907144918}}</ref><ref>{{citar web|url=http://radioagencianacional.ebc.com.br/politica/audio/2016-09/forca-tarefa-da-operacao-lava-jato-vai-atuar-por-mais-um-ano|titulo=Força-tarefa da Lava Jato vai atuar por mais um ano|data= 06/09/2016|obra=Rádio agência Nacional|publicado=EBC|prenome=Danyele|sobrenome=Soares|acessodata=06-09-2016|wayb=20160906214202|urlmorta=sim}}</ref><ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/politica/operacao-lava-jato/noticia/2016/09/conselho-do-mpf-prorroga-forca-tarefa-da-lava-jato-por-mais-um-ano.html|titulo=Conselho do MPF prorroga por mais um ano força-tarefa da Lava Jato|data= 06/09/2016|obra=G1|prenome=Mariana|sobrenome=Oliveira|acessodata=06-09-2016|wayb=20160906214511|urlmorta=não}}</ref>

=== 2017 ===
Em janeiro de 2017, peritos da Polícia Federal informaram que todas as operações financeiras investigadas na Operação Lava Jato somaram oito trilhões de reais.<ref>{{citar web|data=janeiro de 2017|url=https://epoca.globo.com/politica/expresso/noticia/2017/01/valor-movimentado-na-lava-jato-soma-r-8-trilhoes.html|obra=Época|título=Valor movimentado na Lava Jato soma R$ 8 trilhões|prenome=Bárbara|sobrenome=Lobato}}</ref>

Até abril de 2017, a Suíça informou que mais de 1 bilhão de [[franco suíço|francos suíços]] foram bloqueados, o equivalente a mais de três bilhões de reais relacionados à contas bancárias de pessoas investigadas na operação. Foram analisadas mais de mil contas. Segundo o Ministério Público, "o processo coordenado entre Suíça, Brasil e EUA constitui um sucesso para a luta internacional contra a corrupção".<ref>{{citar web|url=http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,suica-anuncia-bloqueio-de-mais-de-r-3-bi-em-contas-de-suspeitos-na-lava-jato,70001727336|título=Suíça anuncia bloqueio de mais de R$ 3 bi em contas de suspeitos na Lava Jato|data=05-04-2017|prenome=Jamil|sobrenome=Chade|acessodata=21-04-2018}}</ref>
[[Imagem:Cândido_Vaccarezza.jpg|thumb|upright|esquerda|[[Cândido Vaccarezza]], preso na 43ª fase.]]

Em abril de 2017, um laudo da Polícia Federal apontou que a Odebrecht deu um prejuízo de 5,6 bilhões de reais à Petrobras.<ref>{{citar web|url=http://www.oantagonista.com/posts/a-conta-da-propina-na-petrobras|obra=O Antagonista|data= 07/04/2017|acessodata=07-04-2017|título=A conta da propina na Petrobras}}</ref> Os peritos limitaram o trabalho aos contratos com valores acima de cem milhões de reais firmados entre 2003 e 2014.<ref name= "oitoemeio">{{citar web|url=http://www.oitomeia.com.br/noticias/politica/2017/04/07/pf-diz-que-odebrecht-deu-prejuizo-de-r-56-bilhoes-petrobras/|título=PF diz que Odebrecht deu prejuízo de R$ 5,6 bilhões à Petrobras|obra=Oito e meia|prenome=Jéssica|sobrenome=Kamila|acessodata=07-04-2017|data=07-04-2017}}</ref> Entre as dez obras da empreiteira que passaram pelos cálculos dos peritos estão a [[Refinaria Abreu e Lima]], em Pernambuco, o [[Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro]], e a [[Refinaria Presidente Getúlio Vargas]], no Paraná.<ref name= "oitoemeio" /> No mesmo mês, o ministro [[Edson Fachin]], novo relator da Lava Jato no STF, retirou o sigilo dos 83 inquéritos contra políticos, dos [[Delações da Odebrecht na Operação Lava Jato|depoimentos dos delatores da Odebrecht]].<ref name= "Fachin">{{citar web|sobrenome=Macedo|prenome=Fausto|url=http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/exclusivo-fachin-acaba-com-sigilo-das-delacoes-da-odebrecht/|obra=Estadão|data=11-04-2017|acessodata=11-04-2017|título=Exclusivo: Fachin acaba com sigilo das delações da Odebrecht}}</ref><ref>{{citar web|sobrenome=Macedo|prenome=Fausto|url=http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/exclusivo-a-lista-de-fachin/|obra=Estadão|data=11-04-2017|acessodata=11-04-2017|título=Exclusivo: A lista de Fachin}}</ref>

Em 2017, o nome do presidente [[Michel Temer]] apareceu na lista de investigados da operação.<ref>{{Citar web|url=http://www.economist.com/news/americas/21724317-prosecutors-accusations-will-not-bring-michel-temer-down-just-yet-brazils-president-charged|língua=en|títulotrad=Presidente do Brasil acusado de suborno|título=Brazil’s president is charged with bribery|jornal=[[The Economist]]|data=2017-6-1}}.</ref> Mais tarde, em junho de 2017, Rodrigo Janot, Procurador Geral da República, denunciou Michel Temer pelo crime de corrupção passiva, tornando-se o primeiro presidente do Brasil a responder por crime durante o mandato.<ref>{{citar web|título=Temer é denunciado por corrupção e se torna primeiro presidente a responder por crime durante mandato|obra=El País|primeiro=A.|último=Benites|local=Brasília|data=27-06-2017|url=http://brasil.elpais.com/brasil/2017/06/26/politica/1498485882_380890.html|acessodata=29-06-2017}}</ref>

Em agosto de 2017, a PF deflagrou duas fases no mesmo dia, por economia.<ref>{{citar web|url=http://paranaportal.uol.com.br/operacao-lava-jato/449-falta-recursos-pf-duas-fases-mesmo-dia/|publicado=UOL|obra=Paraná Portal|data=18-08-2017|acessodata=23-08-2017|título=Falta de recursos levou PF a deflagrar duas fases da Lava Jato no mesmo dia|prenome=Mariana|sobrenome=Ohde|wayb=20170822110152|urlmorta=sim}}</ref> A PF prendeu o ex-deputado federal do PT [[Cândido Vaccarezza]] na operação.<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/policia-federal-cumpre-mandados-da-operacao-lava-jato-em-santos.ghtml|data=18-08-2017|acessodata=23-08-2017|obra=G1|título=Polícia Federal cumpre mandados da Operação Lava-Jato em Santos}}</ref><ref>{{citar web|url=https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/08/18/pf-deflagra-nesta-sexta-feira-a-43-fase-da-operacao-lava-jato.htm|obra=UOL|título=Ex-líder do PT na Câmara preso em nova fase da Lava Jato|data=18-08-2017|acessodata=23-08-2017|prenome1=Hanrrikson|sobrenome1=de Andrade|prenome2=Mirthyani|sobrenome2=Bezerra}}</ref> No mesmo mês a PF deflagrou a 45ª fase da operação.<ref>{{citar web|url=http://noticias.r7.com/brasil/advogados-que-atuaram-em-esquema-da-petrobras-sao-alvo-de-fase-da-lava-jato-23082017|título=Advogados que atuaram em esquema da Petrobrás são alvo de fase da Lava a jato|obra=R7|data=23-08-2017|acessodata=23-08-2017}}</ref>

Em 5 de setembro de 2017, a PF por decisão da Justiça buscou o apartamento ligado a [[Geddel Vieira Lima]] e apreendeu oito malas e quatro caixas de dinheiro vivo.<ref>{{citar web|url=http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2017/09/05/interna_politica,897936/pf-apreende-caixas-de-dinheiro-em-apartamento-ligado-a-geddel.shtml|obra=O Estado de Minas|data=05-09-2017|acessodata=06-09-2017|título=PF apreende malas e caixas de dinheiro em apartamento ligado a ex-ministro de Temer}}</ref> Durante as investigações, surgiu a suspeita de que Geddel estaria escondendo provas de atos ilícitos no apartamento no bairro da [[Graça (Salvador)|Graça]], área nobre de Salvador.<ref>{{citar web|url=http://m.folha.uol.com.br/poder/2017/09/1915941-pf-encontra-bunker-em-salvador-e-vincula-a-ex-ministro-geddel.shtml|obra=Folha de S.Paulo|data=05-09-2017|acessodata=06-09-2017|título=PF encontra malas de dinheiro em imóvel que seria ligado a Geddel}}</ref> Diante da grande quantidade de dinheiro apreendido, a PF levou 14 horas para contá-lo.<ref>{{citar web|url=https://oglobo.globo.com/brasil/pf-levou-14-horas-para-contar-os-51-milhoes-achados-em-bunker-que-seria-de-geddel-21791443|obra=O Globo|data=06-09-2017|acessodata=06-09-2017|título=PF levou 14 horas para contar os R$ 51 milhões achados em 'bunker' que seria de Geddel}}</ref> A contagem totalizou mais de 51 milhões de reais.<ref name= "bunker1">{{citar web|url=https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/05/politica/1504623466_872533.html|obra=El Pais|data=06-09-2017|acessodata=06-09-2017|título=Dinheiro encontrado em malas no ‘bunker’ de Geddel Vieira soma 51 milhões de reais|prenome=Afonso|sobrenome=Benites}}</ref><ref name= "maior_apreensao_da_historia">{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/politica/pf-termina-de-contar-dinheiro-do-bunker-de-geddel-r51-milhoes/|obra=Veja|data=06-09-2017|acessodata=06-09-2017|título=PF termina de contar dinheiro do ‘bunker’ de Geddel: R$ 51 milhões}}</ref><ref name= "bunker2">{{citar web|data= 06/09/2017|url=http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2017/09/06/interna_politica,898187/pf-contabiliza-r-51-milhoes-do-bunker-de-geddel.shtml|obra=O Estado de Minas|acessodata=06-09-2017|título=PF contabiliza R$ 51 milhões do '''bunker'' de Geddel'}}</ref><ref name="bunker3">{{citar web|url=https://www.oantagonista.com/brasil/geddel-guardava-51-milhoes/|obra=O Antagonista|data=06-09-2017|acessodata=06-09-2017|título=Geddel guardava 51 milhões|autor=Mário Sabino, Diogo Mainardi, Cláudio Dantas, Felipe Moura}}</ref> Foi a maior apreensão de dinheiro vivo da história do país até então.<ref name= "maior_apreensao_da_historia" /><ref>{{citar web|url=http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/acabou-a-contagem-r-51-milhoes-no-bunker-de-geddel/|obra=Estadão|data=06-09-2017|acessodata=06-09-2017|título=Acabou a contagem: R$ 51 milhões no bunker de Geddel|prenome1=Júlia|sobrenome1=Affonso|prenome2=Fausto|sobrenome2=Macedo|prenome3=Fábio|sobrenome3=Serapião|prenome4=Fábio|sobrenome4=Fabrini|numero-autores=1}}</ref><ref name= "bunker4">{{citar web|url=http://noticias.r7.com/brasil/dinheiro-atribuido-a-geddel-supera-maiores-escandalos-da-lava-jato-06092017|obra=R7|título=Dinheiro atribuído a Geddel supera maiores escândalos da Lava Jato|data=06-09-2017|acessodata=07-09-2017}}</ref>

=== 2018 === 
[[Imagem:Delfim Netto.jpg|thumb|[[Delfim Netto]], alvo na 49ª fase.]]

Em 2018, as investigações da operação Lava Jato alcançaram licitação e obras da [[Usina Hidrelétrica de Belo Monte]]. De acordo com as investigações houve pagamento de propinas para políticos do PMDB e PT. Um dos alvos das investigações é o ex-ministro [[Antônio Delfim Netto]], filiado ao PP.<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/policia-federal-cumpre-mandados-da-lava-jato.ghtml|obra=G1|data=09-03-2018|acessodata=09-03-2018|título=Ex-ministro Delfim Netto é alvo de busca e apreensão na 49ª fase da Lava Jato}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2018/03/09/interna_politica,665017/delfim-netto-o-professor-recebeu-propina-de-r-15-milhoes-diz-mpf.shtml|obra=Correio Braziliense|data=09-03-2018|acessodata=09-03-2018|título=Delfim Netto, o 'Professor', recebeu propina de R$ 15 milhões, diz MPF|prenome=Jacqueline|sobrenome=Saraiva}}</ref><ref>{{citar web|url=https://oglobo.globo.com/brasil/sergio-moro-bloqueia-44-milhoes-nas-contas-de-delfim-netto-22472492|obra=O Globo|data=09-03-2018|acessodata=09-03-2018|título=Sérgio Moro bloqueia R$ 4,4 milhões nas contas de Delfim Netto|prenome=Dimitrius|sobrenome=Dantas}}</ref>

Em setembro de 2018, a operação deflagrou uma fase em [[Portugal]], com o cumprimento de cinco mandados de [[busca e apreensão]]. A operação foi uma cooperação entre países, e o [[Ministério Público (Portugal)|Ministério Público de Portugal]] teve autorização judicial para o cumprimento dos mandados.<ref>{{citar web|data=25/09/2018|url=https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2018/09/25/54a-fase-da-lava-jato-e-deflagrada-com-mandado-de-busca-e-apreensao-em-portugal.ghtml|obra=G1|título=54ª fase da Lava Jato é deflagrada, com mandados de busca e apreensão em Portugal|acessodata=25-09-2018|prenome=Thais|sobrenome=Kaniak}}</ref>

Em 19 de novembro de 2018, o juiz federal [[Sergio Moro]] pediu [[exoneração]] e, consequentemente, deixou a operação. A juíza federal substituta [[Gabriela Hardt]] assumiu temporariamente a titularidade da [[Vara (direito)|Vara]] pelo período de 19 de novembro de 2018 até 30 de abril de 2019, por designação do [[Tribunal Regional Federal da 4.ª Região|Tribunal Regional Federal da 4ª Região]] (TRF4).<ref>{{Citar periódico|titulo=Exoneração de Moro é publicada no 'Diário Oficial'|data=2018-11-19|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2018/11/19/exoneracao-de-moro-e-publicada-em-diario-oficial.ghtml|jornal=G1}}</ref><ref>{{Citar periódico|data=2018-11-22|titulo=Juíza Gabriela Hardt ficará à frente da Lava-Jato em Curitiba até o fim de abril|url=https://oglobo.globo.com/brasil/juiza-gabriela-hardt-ficara-frente-da-lava-jato-em-curitiba-ate-fim-de-abril-23251516|jornal=O Globo}}</ref>

=== 2019 ===
Em 21 de março de 2019, [[Michel Temer]] foi preso em cumprimento de mandado expedido pelo juiz [[Marcelo Bretas]], da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, responsável pela Operação Lava Jato no estado.<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2019/03/21/forca-tarefa-da-lava-jato-faz-operacao-para-prender-michel-temer-e-moreira-franco.ghtml|titulo=Michel Temer é preso pela Lava Jato; PF faz buscas por Moreira Franco|data=21-03-2019|acessodata=21-03-2019|obra=G1|ultimo=Guimarães|primeiro=Arthur|primeiro2=Paulo Renato|ultimo2=Soares|primeiro3=Marco Antônio|ultimo3=Martins}}</ref>
[[Imagem:Bruno_Araujo,_Doria_e_Beto_Richa_(cropped)_-_Richa.jpg|thumb|esquerda|upright|[[Beto Richa]] (PSDB), ex-[[governador do Paraná]].]]

Em junho, a força-tarefa denunciou o ex-governador do Paraná, [[Beto Richa]] ([[Partido da Social Democracia Brasileira|PSDB]]), por corrupção, lavagem de dinheiro e fraude na licitação para as obras de duplicação na [[PR-323]]. A denúncia foi apresentada à 23ª Vara Federal de Curitiba. Richa já era réu por corrupção passiva, obstrução de justiça, organização criminosa e prorrogação e vantagem indevida em contrato de licitação de obras em escolas públicas, na Operação Quadro Negro; réu por corrupção passiva e organização criminosa na Operação Integração, que investiga pagamento de propina por empresas de pedágio no Paraná e réu por corrupção passiva e fraude a licitação na Operação Rádio Patrulha, que apura fraude em licitações para recuperação de estradas rurais, entre 2012 e 2014.<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2019/06/05/lava-jato-denuncia-beto-richa-por-corrupcao-lavagem-de-dinheiro-e-fraude-em-licitacao-na-pr-323.ghtml|titulo=Lava Jato denuncia Beto Richa por corrupção, lavagem de dinheiro e fraude em licitação na PR-323|obra=G1|data=05-06-2019|acessodata=27-12-2019}}</ref>

Ainda em junho, o [[Ministério Público Federal]] (MPF) denunciou o ex-senador [[Romero Jucá]] (MDB-RR) e [[Sérgio Machado (político)|Sérgio Machado]], ex-presidente da [[Transpetro]], por envolvimento em esquema de corrupção. Jucá é acusado de ter recebido pelo menos um milhão de reais, em 2010, em pagamentos ilícitos relacionados a quatro contratos e sete aditivos celebrados entre a [[Galvão Engenharia]] e a Transpetro. Segundo a denuncia do MPF, Machado falava em nome do ex-senador junto às empresas. Em nota, a defesa de Jucá, representada pelo advogado [[Kakay|Antônio Carlos de Almeida Castro]], rejeitou as acusações e cita na denúncia: "absoluta falta de cuidado técnico por parte do MP"<ref>{{citar web|url=https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2019/06/04/interna_politica,760066/lava-jato-denuncia-juca-por-corrupcao-na-transpetro-e-propina-de-r-1.shtml|titulo=Lava-Jato denuncia Jucá por corrupção na Transpetro e propina de R$ 1 mi|obra=[[Correio Braziliense]]|data=04-06-2019|acessodata=27-12-2019}}</ref>

Em setembro, a equipe coordenada por Dallagnol pediu a ida de Lula ao regime semiaberto.<ref>{{Citar web|titulo=Força-tarefa da Lava Jato muda conduta ao pedir ida de Lula ao regime semiaberto|url=https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/10/forca-tarefa-muda-conduta-ao-pedir-progressao-de-regime-para-lula.shtml|obra=Folha de S.Paulo|data=2019-10-01|acessodata=2019-10-01}}</ref> Lula respondeu que não aceitará "barganhar meus direitos e minha liberdade" para garantir a progressão de sua pena, e reafirmou não reconhecer a "legitimidade" do processo que levou a sua condenação por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no [[Guarujá]].<ref>{{Citar web|titulo=Lula rejeita proposta da Lava Jato para regime semiaberto e cobra Supremo|url=https://brasil.elpais.com/brasil/2019/09/30/politica/1569872698_240686.html|obra=EL País|data=2019-10-01|acessodata=2019-10-01|primeiro=Felipe|ultimo=Betim}}</ref>

Em 10 de dezembro, com 47 mandados de busca e apreensão, a PF deflagrou outra fase da Operação Lava Jato, batizado de Mapa da Mina.<ref>{{citar web|url=http://www.pf.gov.br/imprensa/noticias/2019/12/pf-deflagra-a-69a-fase-da-operacao-lava-jato-operacao-mapa-da-mina|publicado=Polícia Federal|título=PF deflagra a 69ª Fase da Operação Lava Jato - Operação Mapa da Mina|data=10-12-2019|wayb=20191211205633|urlmorta=sim}}</ref> Segundo o Ministério Público Federal do Paraná (MPF-PR), o objetivo é aprofundar investigações sobre repasses suspeitos de mais de 132 milhões de reais realizados pelo grupo [[Grupo Oi|Oi]] para empresas do grupo Gamecorp/Gol, que tem entre seus controladores [[Fábio Luís Lula da Silva]], o "Lulinha", filho do ex-presidente [[Luiz Inácio Lula da Silva]].<ref>{{citar web|url=https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2019/12/10/pf-deflagra-nova-fase-da-operacao-lava-jato.htm|titulo=Lava Jato apura repasses suspeitos a grupo que tem filho de Lula como sócio|obra=[[UOL]]|data=10-12-2019|acessodata=27-12-2019}}</ref> Em 26 de dezembro, a PF indiciou o ex-presidente Lula pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo recebimento de 4 milhões de reais da Odebrecht ao [[Instituto Lula]], foram indiciados pelos mesmos crimes o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil [[Antonio Palocci]] e o presidente do instituto, [[Paulo Okamotto]]. Ao empreiteiro [[Marcelo Odebrecht]] foram atribuídos os crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.<ref>{{citar web|url=https://veja.abril.com.br/politica/pf-indicia-lula-por-repasses-da-odebrecht-a-instituto/|titulo=PF indicia Lula por repasses da Odebrecht a instituto|obra=[[Revista Veja|Veja]]|data=26-12-2019|acessodata=27-12-2019}}</ref>

=== 2020 ===
Em maio de 2020, a Polícia Federal deflagrou uma nova fase da Lava Jato e prendeu o ex-deputado Paulo Melo, o empresário Mário Peixoto, e outras pessoas sob suspeita de integrar uma organização criminosa que desviava recursos públicos da saúde durante a [[pandemia de COVID-19 no Brasil]]. Na casa de um dos suspeitos foi apreendido 1,5 milhão de reais em dinheiro.<ref>{{citar web|url=https://epoca.globo.com/guilherme-amado/video-pf-apreende-15-milhao-em-operacao-que-investiga-desvios-em-hospitais-de-covid-no-rio-24426506|obra=Época|titulo=VÍDEO: PF APREENDE R$ 1,5 MILHÃO EM OPERAÇÃO QUE INVESTIGA DESVIOS EM HOSPITAIS DE COVID NO RIO|data=14-05-2020|acessodata=14-05-2020}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.oantagonista.com/brasil/lava-jato-no-rio-r-15-milhao-na-casa-de-um-dos-presos/|publicado=O Antagonista|titulo=Lava Jato no Rio: R$ 1,5 milhão na casa de um dos presos|data=14-05-2020|acessodata=14-05-2020}}</ref><ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2020/05/14/lava-jato-faz-operacao-no-rj-nesta-quinta-feira.ghtml|obra=G1|titulo=Lava Jato prende ex-deputado Paulo Melo e empresário Mário Peixoto; suspeita é de fraude com hospitais de campanha|data=14-05-2020|acessodata=14-05-2020}}</ref>

O Presidente do Brasil afirmou, em julho, que acabou com a operação por já não existir corrupção no Governo para ser investigada.<ref>{{Citar web|url=https://www.redebrasilatual.com.br/politica/2021/05/tribunal-popular-kakay-lava-jato/|titulo=Tribunal Popular que condenou Lava Jato volta a se reunir nesta terça|data=2021-05-04|acessodata=2021-06-13|website=Rede Brasil Atual}}</ref> Moro criticou o fim da Lava Jato depois da declaração de Bolsonaro.<ref>{{Citar web|url=https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2020/10/08/procuradores-da-forca-tarefa-lava-jato-se-manifestam-sobre-fala-bolsonaro.htm|titulo=Procuradores criticam fala de Bolsonaro sobre Lava Jato: "desconhecimento"|data=08/10/2020|acessodata=2021-06-13|website=UOL}}</ref> Em agosto, os procuradores da força-tarefa no Paraná emitiram uma nota criticando a fala do presidente<ref>{{Citar web|url=https://cbncuritiba.com/lava-jato-rebate-fala-de-bolsonaro/|titulo=Lava Jato rebate fala de Bolsonaro sobre o fim da operação|data=2020-10-08|acessodata=2021-06-13|website=CBN Curitiba|wayb=20201009002143|urlmorta=sim}}</ref> e deflagraram nesta a Operação Sem Limites III.<ref>{{Citar web|url=https://www.gov.br/pf/pt-br/assuntos/noticias/2020/10-noticias-de-outubro-de-2020/policia-federal-deflagra-76a-fase-da-operacao-lava-jato-2013-operacao-sem-limites-iii-2013-para-investigar-esquema-criminoso-em-gerencia-de-estatal-brasileira|titulo=Polícia Federal deflagra 76ª Fase da Operação Lava Jato – Operação Sem Limites III – para investigar esquema criminoso em Gerência de estatal brasileira|acessodata=2021-06-13|website=Polícia Federal}}</ref>

== Investigados ==
=== Pessoas ===
{{Principal|Lista de pessoas envolvidas na Operação Lava Jato}}

=== Empresas ===
{{Principal|Lista de empresas envolvidas na Operação Lava Jato}}
[[Imagem:Odebrecht Lima.png|thumb|Edifício da [[Construtora Norberto Odebrecht|Odebrecht]] em [[Lima]], [[Peru]].]]

Desde o início das investigações foram identificadas várias empresas envolvidas. A [[Petrobras]] foi uma das primeiras a ser investigada, sendo o alvo principal da operação em suas primeiras fases. Entretanto, ao longo das investigações, foi descoberto o envolvimento de outras empresas, em especial construtoras, como a [[Grupo Andrade Gutierrez|Andrade Gutierrez]], [[Construtora Norberto Odebrecht|Odebrecht]], [[Mover Participações|Camargo Corrêa]], [[Grupo Metha|OAS]], [[UTC Engenharia|UTC]], [[Nova Engevix/Nova Participações S.A|Engevix]], [[Mendes Júnior]] e [[Queiroz Galvão]].<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/politica/operacao-lava-jato/noticia/2015/06/7-das-10-maiores-empreiteiras-tiveram-executivos-investigados-na-lava-jato.html|data=20/06/2015|obra=G1|acessodata=24-04-2017|título=7 das 10 maiores empreiteiras tiveram executivos investigados na Lava Jato}}</ref><ref>{{citar web|url=https://noticias.terra.com.br/brasil/politica/operacao-lava-jato-veja-lista-de-empreiteiras-envolvidas,0843fc866bfa9410VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html|obra=Terra|data=14-11-2014|acessodata=24-04-2017|título=Operação Lava Jato: veja lista de empreiteiras envolvidas}}</ref> Um dos envolvidos de maior notoriedade é o grupo Odebrecht (atual [[Novonor]]), que ao final de 2016, assinou um [[acordo de leniência]] com os [[Estados Unidos]], [[Brasil]] e [[Suíça]],<ref name= "leniencia">{{citar web|url=http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/o-maior-ressarcimento-na-historia-mundial-afirma-deltan-nas-redes/|obra=Estadão|data=21-12-2016|acessodata=22-12-2016|título=‘O maior ressarcimento na história mundial’, afirma Deltan nas redes|prenome1=Ricardo|sobrenome1=Brandt|prenome2=Julia|sobrenome2=Affonso|prenome3=Fausto|sobrenome3=Macedo}}</ref> e obteve-se a [[colaboração premiada]] de setenta e oito funcionários e ex-funcionários do grupo.<ref name="delacao_odebrecht">{{citar web|url=http://brasil.elpais.com/brasil/2017/04/14/politica/1492195255_504539.html|obra=El País|acessodata=17-04-2017|título=Delação da Odebrecht: tudo o que foi revelado pelos depoimentos dos delatores|data=15-04-2017}}</ref>

Segundo as investigações do [[Ministério Público Federal]] e declarações de Pedro Barusco, o esquema de cartel das empreiteiras em obras da Petrobras existia havia ao menos 15 anos.<ref>{{Citar web|publicado=Mino Carta|url=http://www.cartacapital.com.br/politica/perguntas-e-resposta-da-operacao-lava-jato-5981.html|título=Perguntas e respostas da Operação Lava Jato|jornal=Carta Capital|data=17/11/2014|wayb=20141129050453|urlmorta=sim}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.cartacapital.com.br/politica/ex-gerente-da-petrobras-afirma-receber-propina-desde-1997-7713.html|título=Ex-gerente da Petrobras afirma receber propina desde 1997|jornal=Carta Capital|publicado=Mino Carta|data= 05/02/2015|wayb=20150210223526|urlmorta=sim}}</ref>

=== Campanhas eleitorais ===
{{Artigo principal|prefixo=Mais informações|Delações da Odebrecht na Operação Lava Jato#Campanhas Presidenciais{{!}}Delações da Odebrecht nas campanhas presidenciais|Delações da Odebrecht na Operação Lava Jato#Campanhas Estaduais{{!}}Delações da Odebrecht nas campanhas estaduais}}
Em 190 termos de depoimentos, Paulo Roberto Costa e Youssef citaram [[Dilma Rousseff]] onze vezes. Nas declarações consta que a campanha presidencial de Rousseff em 2010 recebeu 2 milhões de reais do esquema de propina da Petrobras.<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/03/1601387-dilma-foi-citada-11-vezes-nos-depoimentos-de-delatores-da-lava-jato.shtml|título=Dilma citada 11 vezes nos depoimentos de delatores da Lava Jato|obra=Folha de S.Paulo|data=11-03-2015|acessodata=13-03-2015}}</ref> Nas eleições presidenciais de 2014, as empreiteiras investigadas pela operação Lava Jato doaram, juntas, quase 98 milhões de reais aos dois candidatos à Presidência que disputaram o [[segundo turno]], [[Aécio Neves]] e [[Dilma Rousseff]].<ref>{{citar web|url=http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2014/11/25/empreiteiras-da-lava-jato-doaram-r-988-mi-a-campanhas-de-dilma-e-aecio.htm|título=Empreiteiras da Lava Jato doaram R$ 98,8 mi a campanhas de Dilma e Aécio|obra=UOL|data=25-11-2014|acessodata=13-03-2015}}</ref>

As [[Delações da Odebrecht na Operação Lava Jato|delações da Odebrecht]] mencionam propina nas campanhas para presidência de Dilma Rousseff<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/politica/operacao-lava-jato/noticia/executivos-da-odebrecht-dizem-que-politicos-pediam-propina-em-troca-de-aprovacao-de-mps.ghtml|obra=Globo|data=13/04/2017|acessodata=27-04-2017|título=Executivos da Odebrecht dizem que políticos pediam propina em troca de aprovação de MPs}}</ref><ref>{{citar web|url=https://jota.info/justica/negociacao-de-mp-fez-odebrecht-doar-r-100-mi-a-dilma-12042017|publicado=Jota|data=12-04-2017|acessodata=27-04-2017|título=Negociação de MP fez Odebrecht doar R$ 100 mi a Dilma|prenome1=Márcio|sobrenome1=Falcão|prenome2=Lívia|sobrenome2=Scocuglia}}</ref> e nas campanhas estaduais de [[Sérgio Cabral Filho|Sérgio Cabral]],<ref>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/brasil/delator-diz-que-odebrecht-gastou-120-milhoes-com-cabral-pezao-21206318|obra=O Globo|data=13/04/2017|acessodata=27-04-2017|título=Delator diz que Odebrecht gastou R$ 120 milhões com Cabral e Pezão}}</ref><ref>{{citar web|data=13/04/2017|url=http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/cabral-recebeu-r-15-milhoes-de-caixa-dois-da-odebrecht-para-2006-diz-delator.ghtml|obra=G1|título=Cabral recebeu R$ 15 milhões de caixa dois da Odebrecht para 2006, diz delator|prenome1=Gabriel|sobrenome1=Barreira}}</ref><ref>{{citar web|url=http://m.jb.com.br/rio/noticias/2017/04/13/odebrecht-gastou-r-120-milhoes-com-cabral-e-pezao-diz-delator/|obra=Jornal do Brasil|acessodata=27-04-2017|título=Odebrecht gastou R$ 120 milhões com Cabral e Pezão, diz delator|data=13-04-2017}}</ref> [[Geraldo Alckmin]]<ref>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/brasil/alckmin-pediu-doacao-de-caixa-2-para-odebrecht-diz-delator-21205719|obra=O Globo|data=13/04/2017|acessodata=13-04-2017|título=Alckmin pediu doação de caixa 2 para Odebrecht, diz delator}}</ref> e [[Luiz Fernando Pezão]].<ref>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/brasil/pezao-recebeu-propina-pessoalmente-em-contas-no-exterior-dizem-delatores-da-odebrecht-21196732|obra=O Globo|data=13/04/2017|acessodata=27-04-2017|título=Pezão recebeu propina pessoalmente e em contas no exterior, dizem delatores da Odebrecht}}</ref>

== Desdobramentos ==
{{Artigo principal|Desdobramentos da Operação Lava Jato}}
Uma série de desdobramentos da Operação Lava Jato ocorrem desde a sua deflagração em 2014. São novas investigações que surgiram como consequência da Lava Jato, e passaram a ser conduzidas pelo [[Ministério Público Federal]] (MPF), Procuradoria-Geral da República (PGR) e [[Polícia Federal]] (PF) a partir dos documentos coletados nos [[mandado de busca e apreensão|mandados de buscas]], nos depoimentos de [[condução coercitiva|conduções coercitivas]] e documentos e depoimentos obtidos nas [[Acordos de delação premiada na Operação Lava Jato|delações premiadas]] durante as [[fases da Operação Lava Jato]].

=== No Brasil ===
No Brasil, os desdobramentos tiveram como alvos o ex-presidente da República e atual senador [[Fernando Collor]], pela [[Operação Politeia]],<ref>{{Citar web|data=14/07/2015|prenome=Mateus|sobrenome=Leitão|título=Polícia Federal apreende R$ 3,67 milhões na Operação Politeia|url=http://g1.globo.com/politica/blog/matheus-leitao/post/policia-federal-apreende-r-367-milhoes-na-16a-fase-da-lava-jato.html|obra=G1|acessadoem=12-01-2017}}</ref> o [[Lista de presidentes da Câmara dos Deputados do Brasil|presidente da Câmara dos Deputados]], [[Eduardo Cunha]], alvo da [[Operação Catilinárias]],<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/politica/operacao-lava-jato/noticia/2015/12/policia-federal-cumpre-mandado-de-busca-e-apreensao-na-casa-de-cunha.html|data=15-12-2015|obra=G1|título=Polícia Federal cumpre mandado de busca e apreensão na casa de Cunha|acessodata=12-01-2017}}</ref> o ex-ministro do [[Governo Lula (2003–2011)|governo Lula]], [[Paulo Bernardo]], preso na [[Operação Custo Brasil]],<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2016/06/operacao-da-pf-prende-ex-ministro-paulo-bernardo-em-brasilia.html|obra=Bom dia Brasil|data=23-06-2016|acessodata=12-01-2017|título=Operação da PF prende ex-ministro Paulo Bernardo em Brasília}}</ref> o vice-almirante [[Othon Luiz Pinheiro da Silva]], preso na [[Operação Pripyat]],<ref>{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/pf-cumpre-mandados-relacionados-a-investigados-na-operacao-lava-jato|obra=Veja|data=06-07-2016|acessodata=12-01-2017|título=Operação da PF prende ex-presidente da Eletronuclear e afasta atual diretor do cargo|wayb=20160709221147|urlmorta=sim}}</ref> além de outros políticos, doleiros, operadores, empresários e empreiteiras, como a [[Construtora Norberto Odebrecht|Odebrecht]], alvos de outros desdobramentos.<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2016/07/pf-realiza-operacao-sepsis-mais-um-desdobramento-da-lava-jato.html|obra=Jornal da Globo|data= 01/07/2016|acessodata=12-01-2017|título=PF realiza Operação Sépsis, mais um desdobramento da Lava Jato|prenome=Giovana|sobrenome=Teles}}</ref><ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/05/policia-federal-cumpre-mandados-em-inquerito-que-envolve-lula.html|data=20/05/2016|obra=G1|acessodata=12-01-2017|título=PF deflagra operação para investigar a Odebrecht e pessoas ligadas a Lula|prenome=Camila|sobrenome=Bomfim}}</ref>

[[Imagem:Eike Batista rumo a Bangu 02.jpg|thumb|esquerda|Polícia leva [[Eike Batista]], de cabeça raspada, a Bangu.]]

Em janeiro de 2017, o empresário [[Eike Batista]] foi alvo da [[Polícia Federal do Brasil|Polícia Federal]] (PF), acusado de subornar o ex-governador do Rio de Janeiro, [[Sérgio Cabral Filho|Sérgio Cabral]].<ref>{{citar web|url=https://anoticiaeosfatos.com.br/2017/01/26/as-contas-de-sergio-cabral/|data=26-01-2017|acessodata=26-01-2017|obra=A Notícia & os Fatos|título=As contas de Sérgio Cabral|wayb=20170202030420|urlmorta=sim}}</ref><ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/acao-para-prender-eike-e-mais-8-apura-lavagem-de-us-100-milhoes-no-exterior.ghtml|obra=G1|data=26-01-2016|acessodata=26-01-2016|título=Ação para prender Eike e mais 8 apura ocultação de US$ 100 milhões no exterior}}</ref> No mês seguinte, a PF deflagrou a [[Operação Mascate]], um desdobramento da [[Operação Calicute]].<ref name= "ebc">{{citar web|url=http://radioagencianacional.ebc.com.br/geral/audio/2017-02/ex-assessor-especial-de-sergio-cabral-e-preso-na-operacao-mascate|publicado=EBC|obra=Radioagência Nacional|data= 02/02/2017|acessodata=29/03/2017|título=Ex-assessor especial de Sérgio Cabral é preso na Operação Mascate|wayb=20170824053637|urlmorta=sim}}</ref> Ainda em fevereiro, um [[Operação Leviatã|novo desdobramento]] teve como alvo o filho do senador [[Edison Lobão]] (PMDB), Márcio Lobão, e [[Luiz Otávio (político)|Luiz Otavio Campos]], ex-senador.<ref>{{citar web|url=http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/pf-deflagra-leviata-nova-fase-da-lava-jato-no-stf/|obra=Estadão|data=16/02/2017|acessodata=16/02/2017|título=PF deflagra Leviatã, nova fase da Lava Jato no STF|prenome1=Fabio|sobrenome1=Serapião|prenome2=Beatriz|sobrenome2=Bulla|prenome3=Mateus|sobrenome3=Coutinho}}</ref>

Em março de 2017, a PF deflagrou a [[Operação Tolypeutes]] contra um esquema de propina e [[lavagem de dinheiro]] em contratos de obras civis no [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], na construção da [[Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro|Linha 4 do Metrô]].<ref>{{citar web|url=http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/pf-deflagra-desdobramento-da-lava-jato-no-rio/|publicado=Estadão|data=14-03-2017|acessodata=29-03-2017|título=PF deflagra Tolypeutes e mira em propina nas obras da Linha 4 do Metrô do Rio}}</ref> No mesmo mês, em novo desdobramento, o [[Superior Tribunal de Justiça]] expediu mandados de [[prisão temporária]] contra cinco conselheiros do [[Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro]], além de um mandado de condução coercitiva contra o presidente da [[Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro]], [[Jorge Picciani]]. No mês seguinte, a Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal e a [[Receita Federal]] deflagrou uma operação, desdobramento da Calicute, batizada de [[Operação Fatura Exposta|Fatura Exposta]],<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/policia-faz-operacao-para-cumprir-mandados-de-prisao-em-nova-fase-da-lava-jato-no-rj.ghtml|obra=G1|data=11-04-2017|acessodata=11-04-2017|título=PF prende ex-secretário de Cabral por suspeita de fraude em licitação e corrupção}}</ref> que prendeu o ex-secretário de saúde da gestão Cabral, [[Sérgio Côrtes]].<ref>{{citar web|url=http://istoe.com.br/pf-deflagra-operacao-contra-mais-uma-secretaria-da-gestao-cabral/|obra=IstoÉ|acessodata=11-04-2017|data=11-04-2017|título=PF deflagra operação contra mais uma secretaria da gestão Cabral}}</ref>

Em primeiro de junho de 2017, a PF deflagrou a Operação ''Ratatouille'', no estado do [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]]. Segundo as investigações, o empresário Marco de Luca pagou 12,5 milhões de reais em propinas para a [[organização criminosa]] de [[Sérgio Cabral Filho|Sérgio Cabral]], para ganhar contratos de alimentação para escolas, hospitais e presídios. O empresário Marco Antônio será processado por [[corrupção ativa]], lavagem de dinheiro e organização criminosa.<ref>{{Citar periódico|titulo=PF cumpre mandado de prisão contra fornecedor de merenda e comida para presídios do RJ|data= 01/06/2017|jornal=G1|url=http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/a-policia-federal-cumpre-mandado-de-prisao-nesta-quinta-no-rj.ghtml}}</ref> Cinco dias depois, novo desdobramento da operação prendeu o ex-ministro [[Henrique Eduardo Alves]]. Na mesma operação a justiça autorizou novo mandado de prisão preventiva contra [[Eduardo Cunha]], que já se encontrava preso na Lava Jato.<ref>{{Citar periódico|data= 06/06/2017|titulo=Ex-ministro Henrique Eduardo Alves é preso em operação da PF|jornal=G1|url=http://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/ex-ministro-henrique-eduardo-alves-e-alvo-de-mandado-de-prisao.ghtml|acessodata=06-10-2017}}</ref>

Em setembro de 2017, a PF deflagrou a [[Operação Tesouro Perdido]]. Na operação foram apreendidos mais de 51 milhões de reais em malas e caixas, sendo considerada a maior apreensão em dinheiro da história.<ref name= "bunker1" /><ref name="bunker2"/><ref name="bunker3" /><ref name="bunker4" />

=== No exterior ===
{{Artigo principal|Desdobramentos da Operação Lava Jato fora do Brasil}}
[[Imagem:Mossack_Fonseca_HQ.JPG|thumb|Sede do escritório de advocacia [[Mossack Fonseca]], alvo da operação.]]
Os desdobramentos da Operação Lava Jato fora do Brasil tiveram início após o grupo Odebrecht (atual [[Novonor]]) e a [[Braskem]] terem admitido em [[acordo de leniência]] ao [[Departamento de Justiça dos Estados Unidos]] (DOJ) os pagamentos de [[Propina (português brasileiro)|propinas]] no exterior em mais de um bilhão de dólares. Durante as investigações da Operação Lava Jato, [[Delações da Odebrecht na Operação Lava Jato|delatores]] relataram crimes em diversos outros países na [[Europa]], [[África]] e [[América]].<ref>{{Citar periódico|prenome=João Paulo|sobrenome=Charleaux|data=15-02-2017|titulo=Qual o alcance da Lava Jato na América Latina, Europa e África|jornal=Nexo|url=https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/02/15/Qual-o-alcance-da-Lava-Jato-na-Am%C3%A9rica-Latina-Europa-e-%C3%81frica|acessadoem=04-03-2017}}</ref>

Em fevereiro de 2017, a Justiça [[peruana]] expediu ordem de [[prisão preventiva]] do ex-presidente do país [[Alejandro Toledo]], sob acusação de ter recebido cerca de 20 milhões de dólares para facilitar a aprovação da construção da rodovia Transoceânica, que liga o norte do Brasil à costa peruana, enquanto estava no governo, nos anos de 2001 a 2006.<ref name="BBC">{{citar web|url=http://www.bbc.com/portuguese/brasil-38907251|publicado=BBC|data= 08/02/2017|acessodata=10/02/2017|título=Ex-presidente do Peru tem prisão decretada; Lava Jato avança no exterior e põe governos da América Latina sob suspeita}}</ref> No mesmo mês, [[Ramón Fonseca Mora]] e [[Jürgen Mossack]], sócios do escritório [[Mossack Fonseca]], foram [[prisão preventiva|presos preventivamente]] no [[Panamá]].<ref>{{citar web|data=10/02/2017|url=http://g1.globo.com/mundo/noticia/socios-da-mossack-fonseca-detidos-no-panama-por-investigacoes-relacionadas-com-a-lava-jato.ghtml|obra=G1|acessodata=10/02/2017|título=Sócios da Mossack Fonseca são detidos no Panamá por investigações relacionadas com a Lava Jato|agência=France Presse}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.jn.pt/mundo/interior/lideres-da-mossack-fonseca-foram-detidos-5659952.html|obra=JN|data=10/02/2017|acessodata=10/02/2017|título=Líderes da Mossack Fonseca detidos por ligação à Lava Jato}}</ref>

== Procedimentos jurídicos instaurados ==
{{Números da Operação Lava Jato}}

=== Denúncias do Ministério Público Federal ===
{{Excerto|Denúncias do Ministério Público Federal na Operação Lava Jato}}

=== Ações na Justiça Federal ===
{{Artigo principal|Ações na Justiça Federal da Operação Lava Jato|Lista de pessoas condenadas na Operação Lava Jato}}
As ações penais não tramitam em segredo de justiça e, por força do {{Constituição-BR 1988|5|inciso=LX}}º e do {{Constituição-BR 1988|93|inciso=IX}} da Constituição Federal de 1 988, são públicas.<ref>{{citar web|url=http://www.jfpr.jus.br/comsoc/noticia.php?codigo=1162|título=Nota oficial de esclarecimento|data=10-10-2014|acessadoem=12-05-2015|publicado=Foro da Seção Judiciária do Paraná}}</ref> Realizam-se os interrogatórios em audiência pública, acessível a qualquer pessoa. Além disso, as declarações foram imediatamente inseridas no processo eletrônico, cujos atos estão disponíveis na Internet, pelo E-Proc v2, sistema da Justiça Federal do [[Tribunal Regional Federal da 4ª Região|Tribunal Regional da 4ª Região]]. Os números dos processos estão acessíveis ao público.<ref>{{citar web|obra=Lava jato|url=http://www.lavajato.mpf.mp.br/atuacao-na-1a-instancia/denuncias-do-mpf|título=Denúncias e sentenças|acessadoem=12-05-2015|publicado=MPF|wayb=20150518082304|urlmorta=sim}}</ref>

=== Ações no Supremo Tribunal Federal ===
{{Artigo principal|Afastamento de Eduardo Cunha da Câmara dos Deputados|Operação Patmos}}

O relator das ações da Lava Jato no [[Supremo Tribunal Federal]] (STF) foi o ministro [[Teori Zavascki]] desde o início da operação, em 2014. Zavascki ficou à frente do caso por três anos, até sua morte em um [[Acidente do Beechcraft King Air prefixo PR-SOM em 2017|acidente aéreo]]. Zavascki conduzia os processos com rigor e discrição<ref>{{citar web|prenome1=Beatriz|sobrenome1=Bulla|prenome2=Fábio|sobrenome2=Fabrini|data=19-01-2017|url=http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,teori-zavascki-conduzia-com-rigor-e-discricao-a-lava-jato-desde-o-inicio-da-operacao-em-2014,70001634754|obra=Estadão|acessodata=03-02-2017|título=Teori Zavascki conduzia com rigor e discrição a Lava Jato desde o início da operação}}</ref><ref>{{citar web|data=19/01/2017|url=http://g1.globo.com/politica/noticia/teori-zavascki-era-o-relator-da-lava-jato-no-stf-veja-perfil.ghtml|obra=G1|acessodata=03-02-2017|título=Teori Zavascki era o relator da Lava Jato no STF; veja perfil}}</ref>, auxiliado por um juiz instrutor, [[Márcio Schiefler Fontes]]<ref>{{Citar web|url=https://www.estadao.com.br/politica/o-arquivo-da-lava-jato-no-stf/|titulo=Juiz auxiliar de Teori é 'arquivo' da Lava Jato no STF|acessodata=2024-01-30|website=Estadão|lingua=pt-br}}</ref>, considerado "braço direito" de Zavascki. Com a morte de Zavascki e o afastamento de Schiefler dos processos,<ref>{{Citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/02/1854768-juiz-que-auxiliou-teori-na-lava-jato-deve-deixar-stf.shtml|titulo=Braço direito de Teori na Lava Jato, juiz Márcio Schiefler deixa o STF - 01/02/2017 - Poder|data=2024-01-30|acessodata=2024-01-30|website=Folha de S.Paulo}}</ref> em 2 de fevereiro de 2017 o ministro [[Edson Fachin]] foi sorteado novo relator da operação na Corte.<ref>{{citar web|data= 02/02/2017|url=http://g1.globo.com/politica/operacao-lava-jato/noticia/fachin-e-escolhido-novo-relator-da-lava-jato-no-stf.ghtml|obra=G1|acessodata=03-02-2017|título=Ministro Edson Fachin é sorteado novo relator da Lava Jato no STF|prenome=Mariana|sobrenome=Oliveira}}</ref><ref>{{citar web|data=02-02-2017|url=http://veja.abril.com.br/brasil/luiz-edson-fachin-e-o-novo-relator-da-lava-jato-no-stf/|obra=Veja|acessodata=03-02-2017|título=Luiz Edson Fachin é o novo relator da Lava Jato no STF}}</ref> Professor da [[Universidade Federal do Paraná]], seus pares consideram-no incorruptível.<ref>{{citar web|url=https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/02/02/fachin-deu-aula-a-membros-da-lava-jato-na-ufpr-e-pares-o-veem-incorruptivel.htm|obra=UOL|acessodata=03-02-2017|título=Fachin deu aula a membros da Lava Jato na UFPR, e pares o têm como "incorruptível"|prenome=Rafael Moro|sobrenome=Martins|data= 02/02/2017}}</ref> No mesmo dia o gabinete do ministro Edson Fachin divulgou nota informando que já começara a transição com o gabinete de Teori Zavascki. Segundo a nota, Fachin "reconhece a importância dos novos encargos e reitera seu compromisso de cumprir seu dever com prudência, celeridade, responsabilidade e transparência".<ref>{{citar web|data= 02/02/2017|url=http://g1.globo.com/politica/operacao-lava-jato/noticia/gabinete-de-fachin-diz-que-ja-que-iniciou-transicao-com-o-de-teori.ghtml|obra=G1|acessodata=03-02-2017|título=Gabinete de Edson Fachin diz que já que iniciou transição com o de Teori Zavascki|prenome=Mariana|sobrenome=Oliveira}}</ref>

Em 6 de março de 2015 o ministro [[Teori Zavascki]], do STF, determinou a abertura de 28 inquéritos para investigar 47 políticos suspeitos de envolvimento na Petrobras, inclusive senadores e deputados, supostamente envolvidos com o recebimento de propina da estatal.<ref>{{citar web|url=http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/operacao-lava-jato/2015-03-06/lava-jato-confira-a-lista-de-politicos-envolvidos-em-escandalo.html|prenome1=Luciana|sobrenome1=Lima|prenome2=Mel Bleil|sobrenome2=Gallo|prenome3=Vasconcelo|sobrenome3=Quadros|prenome4=David|sobrenome4=Shalom|numero-autores=1|titulo=Lava Jato: confira a lista de políticos envolvidos em escândalo|publicado=iG|obra=Último segundo|data=06-03-2015|acessodata=10-03-2015|wayb=20150309010657|urlmorta=sim}}</ref><ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/03/ministro-do-stf-autoriza-investigacao-de-politicos-na-lava-jato.html|titulo=Ministro do STF autoriza investigação de 47 políticos na Lava Jato|obra=G1|data=06-03-2015|acessodata=10-03-2015}}</ref>
{{Imagem dupla|left|Teori Zavascki 2007.jpg|150|Luiz Edson Fachin 18dez2015.jpg|150|[[Teori Zavascki]], relator da Operação Lava Jato no STF de 2015 a 2017, quando morreu em um [[Queda de avião Beechcraft King Air prefixo PR-SOM em 2017|acidente aéreo]].|[[Edson Fachin]] substituiu Zavascki na relatoria da operação.}}

Em setembro de 2015, Zavascki determinou o envio do processo referente à [[Operação Radioatividade]] à Justiça Federal do Rio de Janeiro por entender que não havia relação entre os crimes cometidos na Eletronuclear e na Petrobras, desmembramento que motivou a criação da força-tarefa no Rio de Janeiro. As investigações na Operação Radioatividade geraram a [[Operação Pripyat]] e a [[Operação Irmandade]].<ref>{{citar web|url=http://lavajato.mpf.mp.br/desmembramentos/rio-de-janeiro|publicado=Ministério Público Federal|obra=Lava Jato|acessodata=27-04-2017|título=Desmembramentos: Rio de Janeiro|wayb=20161002051505|urlmorta=sim}}</ref> Em maio de 2016, Teori Zavascki via liminar determinou o [[afastamento de Eduardo Cunha da Câmara dos Deputados]].<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/05/1768000-teori-afasta-eduardo-cunha-do-mandato-na-camara.shtml|titulo=Teori afasta Eduardo Cunha da presidência da Câmara|publicado=Folha da manhã|obra=Folha de S.Paulo|prenome=Márcio|sobrenome=Falcão|data=05-05-2016|acessodata=19-05-2016}}</ref>

Em março de 2017, o [[Procurador-Geral da República]], Rodrigo Janot, enviou ao STF 83 pedidos de inquéritos contra políticos diversos, com base nos [[Delações da Odebrecht na Operação Lava Jato|depoimentos dos delatores da Odedrecht]].<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2017/03/janot-manda-para-o-stf-lista-com-83-pedidos-de-inqueritos-sobre-politicos.html|obra=G1|título=Janot manda para o STF lista com 83 pedidos de inquéritos sobre políticos|data=14/03/2017|acessodata=16/03/2017}}</ref><ref>{{citar web|url=http://brasil.elpais.com/brasil/2017/03/14/politica/1489522721_207980.html|obra=El Pais|data=2017-3-14|título=Lista de Janot: PGR pede ao STF abertura de 83 inquéritos com base nas delações da Odebrecht}}</ref><ref>{{citar web|data=15/03/2017|url=http://g1.globo.com/politica/operacao-lava-jato/noticia/veja-os-novos-nomes-da-lista-do-janot-revelados-pela-tv-globo.ghtml|obra=G1|título=Veja os novos nomes de políticos da 'lista do Janot' revelados pela TV Globo|prenome=Vladimir|sobrenome=Netto}}</ref> Em maio de 2017, o relator Edson Fachin retirou o sigilo das [[Delações da JBS na Operação Lava Jato|delações da JBS]].<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/politica/operacao-lava-jato/noticia/ministro-edson-fachin-derruba-sigilo-da-delacao-dos-donos-da-jbs.ghtml|obra=G1|data=18-05-2017|acessodata=19-05-2017|título=Ministro Edson Fachin retira sigilo das delações dos donos do frigorífico JBS}}</ref> No mesmo dia, Fachin homologou a delação.<ref>{{Citar web|data=18/05/2017|url=http://g1.globo.com/politica/operacao-lava-jato/noticia/fachin-homologa-delacao-de-donos-da-jbs.ghtml|obra=G1|título=Fachin homologa delação de donos da JBS; conteúdo permanece sob sigilo|prenome=Renan|sobrenome=Ramalho}}</ref>

Em maio de 2017, a pedido do STF, a Polícia Federal deflagrou a [[Operação Patmos]], prendendo a irmã de Aécio Neves, [[Andrea Neves da Cunha|Andrea Neves]], o primo de Aécio, Frederico Pacheco de Medeiros, o procurador da República [[Ângelo Goulart Villela]], e o advogado Willer Tomaz. O Supremo Tribunal Federal também expediu mandados de prisão contra Eduardo Cunha e Lúcio Funaro, que já estavam presos por outras fases da operação.<ref name= istoe1>{{citar web|url=http://istoe.com.br/pf-ja-apreendeu-r-2-milhoes-na-operacao-patmos/|título=PF já apreendeu R$ 2 milhões na Operação Patmos|publicado=Editora Três|obra=Isto É|data=18-05-2017|acessadoem=20-06-2017}}</ref><ref>{{citar web|obra=Estadão|url=http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/lava-jato-e-a-origem-da-operacao-patmos-que-encurralou-aecio-e-temer/|título=Lava Jato é a origem da Operação Patmos, que encurralou Aécio e Temer|prenome1=Ricardo|sobrenome1=Brandt|prenome2=Fausto|sobrenome2=Macedo|prenome3=Fábio|sobrenome3=Serapião|prenome4=Julia|sobrenome4=Affonso|numero-autores=1|data=18-05-2017|acessadoem=20-06-2017}}</ref>

O STF instaurou 193 inquéritos,<ref>{{citar web|url=http://www.mpf.mp.br/para-o-cidadao/caso-lava-jato/atuacao-no-stj-e-no-stf/resultados-stf/a-lava-jato-em-numeros-stf|publicado=MPF|título=A Lava Jato em números – STF|acessodata=28-10-2018|wayb=20170604034730|urlmorta=sim}}</ref> com 413 investigados<ref>{{citar web|url=https://istoe.com.br/os-limites-de-temer/|obra=IstoÉ|data=17-02-2017|título=Os limites de Temer|acessodata=28-10-2018}}</ref> e 79 milhões de reais repatriados.<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/politica/operacao-lava-jato/noticia/2016/06/teori-destina-r-79-milhoes-repatriados-de-delator-petrobras.html|obra=G1|título=Teori destina R$ 79 milhões repatriados de delator à Petrobras|data=21-06-2016|acessodata=28-10-2018}}</ref>

Em maio de 2018, o STF iniciou seu primeiro julgamento de político com mandato — o deputado federal [[Nelson Meurer]] — pelos crimes de [[corrupção passiva]] e [[lavagem de dinheiro]], em razão do [[foro especial por prerrogativa de função]].<ref>{{citar web|url=https://brasil.elpais.com/brasil/2018/05/21/politica/1526937717_833170.html|obra=El País|título=Julgamento de primeiro parlamentar com foro privilegiado da Lava Jato pode balizar outros casos|data=22-05-2018|acessodata=22-05-2018|prenome=Afonso|sobrenome=Benites}}</ref> O ministro [[Edson Fachin]] votou pela condenação.<ref>{{citar web|url=https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2018/05/22/trocar-dinheiro-por-apoio-a-indicacao-politica-e-mercadejar-mandato-diz-fachin.htm|publicado=UOL|título=Fachin critica mandato "mercadejado" e vota por condenação de Nelson Meurer|data=22-05-2018|acessodata=22-05-2018|prenome=Felipe|sobrenome=Amorim}}</ref> O ministro [[Celso de Mello]] seguiu o voto de relator e votou pela condenação. Para o decano, há "farta existência de fontes autônomas de prova que corroboram de forma extremamente persuasiva".<ref name= "Veja_STF">{{citar web|url=https://veja.abril.com.br/politica/segunda-turma-do-stf-suspende-julgamento-de-deputado-na-lava-jato/|obra=Veja|título=Segunda Turma do STF suspende julgamento de deputado na Lava Jato|data=22-05-2018|acessodata=22-05-2018|prenome=João Pedroso|sobrenome=de Campos}}</ref> O julgamento foi suspenso em 22 de maio após o voto dos dois ministros, a ser retomado em 29 de maio.<ref name="Veja_STF" /><ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/nelson-meurer-julgamento-segunda-turma-stf-22-maio.ghtml|obra=G1|título=Após dois votos pela condenação, Segunda Turma do STF suspende julgamento do deputado Nelson Meurer|data=22-05-2018|acessodata=22-05-2018}}</ref> Em 29 de maio, a segunda turma do STF condenou por unanimidade Meurer a 13 anos e 9 meses de prisão em [[regime fechado]],<ref>{{citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/05/maioria-do-supremo-condena-nelson-meurer-na-lava-jato.shtml|obra=Folha de S.Paulo|título=Supremo condena por unanimidade primeiro parlamentar na Lava Jato|data=29-05-2018|acessodata=02-06-2018|prenome=Letícia|sobrenome=Casado}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.diarioonline.com.br/noticias/brasil/noticia-512014-stf-condena-por-unanimidade-primeiro-parlamentar-na-lava-jato.html|obra=Diário Online|título=STF condena por unanimidade primeiro parlamentar na Lava Jato|data=29-05-2018|acessodata=02-06-2018}}</ref><ref>{{citar web|url=https://vejahj.com/stf-condena-por-unanimidade-primeiro-parlamentar-na-lava-jato-nelson-meurer-pp-pr/|publicado=Veja HJ|título=STF condena por unanimidade primeiro parlamentar na Lava Jato, Nelson Meurer (PP-PR)|acessodata=02-06-2018|wayb=20180713202556|urlmorta=sim}}</ref> além de multa de cerca de 45 mil reais, que ainda será corrigida pela inflação.<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/operacao-lava-jato/noticia/stf-condena-nelson-meurer-por-corrupcao-e-lavagem-de-dinheiro-deputado-e-o-primeiro-condenado-da-lava-jato.ghtml|obra=G1|título=Nelson Meurer é primeiro deputado condenado pelo STF na Lava Jato|data=29-05-2018|acessodata=29-05-2018|prenome=Mariana|sobrenome=Oliveira}}</ref>

Em setembro de 2023 [[Dias Toffoli]], que fora advogado do Partido dos Trabalhadores e indicado por Lula ao STF,<ref>{{citar web|url=https://www.estadao.com.br/politica/quem-e-ministro-stf-supremo-tribunal-federal-dias-toffoli-anulou-provas-operacao-lava-jato-prisao-lula-pt-partido-dos-trabalhadores-nprp/|título=Dias Toffoli, que anulou provas da Lava Jato, foi advogado do PT e indicado por Lula ao STF|publicado=Estadão|data=6 de setembro de 2023}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/poder/2023/09/toffoli-usa-decisao-para-afagar-lula-e-declara-provas-da-odebrecht-imprestaveis.shtml|título=Toffoli usa decisão para afagar Lula e declara provas da Odebrecht imprestáveis|publicado=Folha de S.Paulo|citação=Toffoli foi indicado ao Supremo por Lula em 2009, quando era advogado-geral da União, e sempre foi um nome de confiança do PT.}}</ref> então ministro da [[Supremo Tribunal Federal|suprema corte]], emitiu uma decisão na qual ele anulou todas as provas usadas pela Lava Jato, obtidas por meio do acordo de leniência, e fez críticas contundentes à conduta dos investigadores e aos métodos empregados durante a operação.<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2023/09/06/toffoli-invalida-provas-de-sistemas-de-propina-apresentados-pela-odebrecht-em-acordo-de-leniencia.ghtml|obra=[[g1]]|título=Toffoli invalida provas obtidas no acordo de leniência da Odebrecht|data=06/09/2023|acessodata=06/09/2023|prenome=Márcio|sobrenome=Falcão}}</ref> Ele alegou que a força-tarefa da Lava Jato teria fabricado evidências, resultando na prisão injusta de indivíduos inocentes e causando prejuízos a empresas e tecnologias nacionais. Além disso, Toffoli denunciou o uso de métodos ilegais e não convencionais pelos investigadores, destacando que essas práticas tiveram consequências físicas e mentais devastadoras para algumas pessoas envolvidas. A prisão do ex-presidente [[Luiz Inácio Lula da Silva]] foi mencionada como um ponto crítico na história da Lava Jato, considerada por Toffoli como o ponto de partida para ataques à democracia e às instituições do país.<ref>{{citar web|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/toffoli-lava-jato-forjou-provas-prendeu-inocentes-destruiu-empresas/|obra=[[CNN Brasil]]|título=Toffoli: Lava Jato forjou provas, prendeu inocentes, destruiu empresas|data=06/09/2023|acessodata=06/09/2023|prenome=Lucas|sobrenome=Mendes}}</ref>

=== Condenações ===
{{Artigo principal|Lista de pessoas condenadas na Operação Lava Jato}}

=== Acordos de delação ===
{{Artigo principal|Acordos de delação premiada na Operação Lava Jato|Delações da Odebrecht na Operação Lava Jato|Delações da JBS na Operação Lava Jato}}

[[Imagem:Delcídio do Amaral no Conselho de Ética do Senado.jpg|thumb|O ex-senador [[Delcídio do Amaral]] teve a delação homologada pelo Supremo Tribunal Federal em março de 2016.]]

Os [[acordos de delação premiada na Operação Lava Jato]] surgiram em 2014 com o ex-diretor da [[Petrobras]] [[Paulo Roberto Costa]], seguido do doleiro [[Alberto Youssef]]. O ex-operador da doleira [[Nelma Kodama]], [[Luccas Pace Júnior]], teve a primeira delação homologada na operação, por não envolver pessoas com [[Foro especial por prerrogativa de função|foro privilegiado]]. Em seguida foram homologadas as delações de Paulo Roberto Costa e posteriormente Youssef. Os acusados que assinaram o acordo de [[delação premiada|delação]], colaboraram com os investigadores do [[Ministério Público Federal]] (MPF), [[Polícia Federal do Brasil|Polícia Federal]] (PF) e [[Procuradoria-Geral da República]] (PGR), e posteriormente quando comprovados, tiveram as delações homologadas pela [[Justiça Federal]] do [[Paraná]] ou pelo [[Supremo Tribunal Federal]] (STF), a depender da [[foro privilegiado|condição do acusado]].

Em 2015, a Lava Jato ainda contou com outros delatores, como os operadores [[Fernando Soares]]<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/10/1692524-stf-aprova-delacao-de-fernando-baiano.shtml|obra=Folha de S.Paulo|acessodata=09-01-2016|data=outubro de 2015|prenome1=Bela|sobrenome1=Megale|prenome2=Márcio|sobrenome2=Falcão|título=Supremo aprova delação de lobista Fernando Baiano}}</ref> e [[Milton Pascowitch]],<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2015/07/milton-pascowitch-e-o-mais-novo-delator-da-operacao-lava-jato.html|obra=Jornal da Globo|acessodata=09-01-2016|data=02-07-2015|título=Milton Pascowitch é o mais novo delator da Operação Lava Jato|prenome=Marcelo|sobrenome=Rocha}}</ref> o lobista Julio Faerman,<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2015/08/justica-homologa-acordo-de-delacao-premiada-de-lobista-da-sbm.html|obra=G1|acessodata=09-01-2016|data=05-08-2015|título=Justiça homologa acordo de delação premiada de lobista da SBM}}</ref> a doleira [[Nelma Kodama]],<ref>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/brasil/pf-comeca-fechar-acordos-de-delacao-premiada-18058682|acessodata=09-01-2016|obra=O Globo|data=16-11-2015|título=PF começa a fechar acordos de delação premiada}}</ref> o executivo da UTC, [[Ricardo Pessoa]],<ref>{{citar web|url=http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/eu-depositava-oficialmente-numa-conta-do-pt-diz-delator-sobre-propina/|obra=Estadão|prenome=Fausto|sobrenome=Macedo|acessodata=09-01-2016|data=03-09-2015|título=Eu depositava oficialmente numa conta do PT, diz delator sobre propina}}</ref> o ex-diretor da Petrobras, [[Nestor Cerveró]],<ref>{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/nestor-cervero-firma-acordo-de-delacao-premiada/|obra=Veja|acessodata=09-01-2016|título=Nestor Cerveró firma acordo de delação premiada|wayb=20151128075519|urlmorta=sim}}</ref> o ex-funcionário da doleira, o operador Shinko Nakandakari, o presidente da [[Camargo Corrêa]], Dalton Avancini, o vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Hermelino Leite, entre outros.<ref>{{citar web|url=http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/quem-sao-os-delatores-da-operacao-lava-jato|obra=Exame|acessodata=09-01-2016|data=03-03-2015|título=Quem são os delatores da Lava Jato}}</ref>

No ano de 2016, [[Delcídio do Amaral]], Maria Lúcia Tavares (ex-secretária da Odebrecht), [[João Santana]] e [[Zwi Skornicki]], além de onze executivos da [[Andrade Gutierrez]] assinaram acordo de delação premiada, posteriormente homologados pela Justiça.<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/politica/operacao-lava-jato/noticia/2016/03/delcidio-acerta-acordo-de-delacao-premiada-na-lava-jato.html|titulo=Delcídio acerta acordo de delação premiada na Lava Jato|obra=G1|data=03-03-2016|acessodata=27-12-2019}}</ref> Em 2017, setenta e oito executivos da Odebrecht (atual [[Novonor]]) fizeram [[Delações da Odebrecht na Operação Lava Jato|acordo de delação em conjunto]]. Dentre os executivos que delataram estavam os ex-presidentes [[Marcelo Odebrecht]] e [[Emílio Odebrecht|Emilio Odebrecht]].<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/politica/blog/matheus-leitao/post/odebrecht-fez-jus-ao-apelido-de-delacao-do-fim-do-mundo.html|publicado=Globo.com|obra=G1|acessodata=12-04-2017|título=Odebrecht fez jus ao apelido de 'delação do fim do mundo'|autor=Matheus Leitão}}</ref><ref>{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/brasil/delacao-do-fim-do-mundo-quais-sao-os-proximos-passos/|obra=Veja|acessodata=12-04-2017|título=Delação do fim do mundo: quais são os próximos passos|wayb=20170413072537|urlmorta=sim}}</ref>, ouvidos diretamente pelo braço direito de [[Teori Zavascki]], [[Márcio Schiefler Fontes]]<ref>{{Citar web|url=https://veja.abril.com.br/brasil/braco-direito-de-teori-vai-a-curitiba-ouvir-marcelo-odebrecht/|titulo=Braço-direito de Teori vai a Curitiba ouvir Marcelo Odebrecht|acessodata=2024-01-30|website=VEJA|lingua=pt-BR}}</ref>.

Em 2018, o ex-ministro do [[Governo Lula]] e do [[Governo Dilma Rousseff|Governo Dilma]] [[Antonio Palocci]] fechou acordo de delação com a [[Polícia Federal]].<ref>{{citar web|url=https://oglobo.globo.com/brasil/palocci-assina-acordo-de-colaboracao-com-policia-federal-22628359|obra=O Globo|acessodata=26-04-2018|data=26-04-2018|título=Palocci assina acordo de colaboração com a Polícia Federal}}</ref><ref>{{citar web|url=https://veja.abril.com.br/politica/palocci-assina-acordo-de-delacao-premiada-com-a-pf-diz-jornal/|obra=Veja|acessodata=26-04-2018|data=26-04-2018|título=Palocci assina acordo de delação premiada com a PF, diz jornal|wayb=20180426155236|urlmorta=sim}}</ref> Entre contradições envolvendo os acordos de delação, foi divulgado em agosto de 2020 que, os únicos elementos que corroboram na delação produzida pelo ex-ministro Antonio Palocci são notícias não confirmadas de jornais. Chegou-se a essa conclusão a partir de um inquérito da [[Polícia Federal do Brasil|Polícia Federal]] (PF) gerado através dos 23 anexos da delação feita por Palocci, que trata-se de acusações em torno do Fundo Bintang.<ref>{{citar web|url=https://www.conjur.com.br/2020-ago-16/delegado-pf-mostra-delacao-palocci-foi-inventada|publicado=Consultor Jurídico|título=Delegado da PF mostra que delação de Palocci foi inventada|data=16-08-2020|acessodata=17-08-2020}}</ref>

Segundo um levantamento feito pelo jornal [[O Globo]], conseguiu-se recuperar por meio de acordos de delação a devolução de 1,837 bilhão de reais aos cofres públicos desde o início da investigação em 2014.<ref>{{citar web|url=https://congressoemfoco.uol.com.br/corrupcao/lava-jato-recupera-r-18-bilhao-por-meio-de-delacao-premiada/|publicado=Congresso em Foco|título=Lava Jato recupera R$ 1,8 bilhão por meio de delação premiada|data=30-09-2019|acessodata=21-02-2020}}</ref>

=== Recuperação e repatriação de recursos ===
[[Imagem:Devolução simbólica-2015 05 11.jpg|thumb|esquerda|upright=1.3|Deltan Dallagnol, coordenador da Operação, o [[procurador-geral da República]] (PGR), [[Rodrigo Janot]], e o presidente da Petrobras [[Aldemir Bendine]], em 11 de maio de 2015, na cerimônia de devolução simbólica de 157 milhões de [[Real (moeda brasileira)|reais]] à Petrobrás, recuperados pela Lava Jato. ''Foto: José Cruz/[[Agência Brasil|ABr]]''.]]
Até 2015, devolveram-se à Petrobrás 296 milhões de reais, em duas partes, num total de 2,4 bilhões.<ref name= "repatriação">{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/brasil/lava-jato-ja-recuperou-24-bilhoes-para-uniao-17939483|obra=O Globo|data=01-11-2015|acessodata=08-03-2016|título=Lava-Jato já recuperou R$ 2,4 bilhões para a União|prenome=Cleide|sobrenome=Carvalho}}</ref> Em 16 de março de 2016, em viagem à [[Europa]] para nova repatriação de recursos, o PGR [[Rodrigo Janot]] disse que a operação Lava Jato já recuperara mais de 4 bilhões de reais.<ref>{{citar web|url=http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/lava-jato/lava-jato-ja-recuperou-mais-de-r-4-bi-diz-janot,7ca21ff0ce32535a47144ec526f60afdg1j13xx4.html|obra=Terra|acessodata=18-03-2016|data=16-03-2016|título=Lava Jato já recuperou mais de R$ 4 bi, diz Janot}}</ref> Em abril de 2016 o [[Departamento de Recuperação de Ativos de Cooperação Jurídica]] (DRCJ), órgão do [[Ministério da Justiça]], divulgou que a Lava Jato registrara em 2015 um recorde de repatriações de recursos desviados do país, com 124,9 milhões de dólares repatriados. Para Ricardo Saadi, diretor do DRCJ, só foram possíveis as recuperações devido às [[delações premiadas]].<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/04/1764108-repatriacao-bate-recorde-de-us-125-milhoes-em-2015-com-lava-jato.shtml|obra=Folha de S.Paulo|data=24-04-2016|acessodata=24-04-2016|título=Repatriação bate recorde de US$ 125 milhões em 2015 com Lava Jato|prenome=Aguirre|sobrenome=Talento}}</ref>

Até fevereiro de 2017, os acordos na esfera administrativa e criminal com as empreiteiras no âmbito da Lava Jato determinaram a recuperação de 11,5 bilhões de reais. O dinheiro vem de acordos contra formação de cartel, firmados com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica, e de acordos judiciais contra práticas de corrupção e lavagem de dinheiro, fechados com o Ministério Público Federal.<ref>{{citar web|url=https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/03/06/acordos-contra-corrupcao-e-cartel-de-construtoras-da-lava-jato-recuperam-r-9-bilhoes.htm|obra=UOL|data= 06/03/2017|acessodata=06/03/2017|título=Acordos contra corrupção e cartel de construtoras da Lava Jato recuperam R$ 11,5 bilhões|prenome=Guilherme|sobrenome=Azevedo}}</ref> Em 3 de abril, o jornal ''[[O Estado de S. Paulo]]'' mostrou que as ações cíveis propostas pela Procuradoria da República no Paraná e pela [[Advocacia-Geral da União]] (AGU) cobram de empreiteiras, pessoas físicas e até de um partido político indenizações que somam valores de quase 70 bilhões de reais. O valor inclui o ressarcimento de 19,6 bilhões em prejuízos causados à Petrobras (pelo esquema de corrupção) e o restante a multas por danos morais e cíveis.<ref name= "R$70bi&MPF&AGU">{{citar web|url=https://www.noticiasaominuto.com.br/politica/367938/acoes-civeis-da-lava-jato-cobram-mais-de-r-70-bilhoes|título=Ações cíveis da Lava Jato cobram mais de R$ 70 bilhões: o Ministério Público Federal em Curitiba e a AGU já entraram com treze ações na Justiça Federal no Paraná|data=03-04-2017|obra=Notícias ao Minuto|agência=[[O Estado de S. Paulo|Estadão conteúdo]]|acessodata=03-04-2017|wayb=20170403181836}}</ref><ref>{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/politica/acoes-civeis-da-lava-jato-cobram-quase-70-bilhoes-de-reais/|obra=Veja|data= 03/04/2017|acessodata=03/04/2017|título=Ações cíveis da Lava Jato cobram quase 70 bilhões de reais}}</ref> No dia 5 de abril, o Ministério Público da Suíça informou que bloqueou um bilhão de francos suíços, que correspondem a mais de 3 bilhões de reais, de investigados da Operação Lava Jato em virtude de lavagem de dinheiro e corrupção.<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/mp-da-suica-diz-ter-bloqueado-mais-de-r-3-bilhoes-em-investigacoes-relacionadas-a-petrobras.ghtml|obra=G1|data= 05/04/2017|acessodata=05/04/2017|título=MP da Suíça diz ter bloqueado mais de R$ 3 bilhões em investigações relacionadas à Petrobras}}</ref> Em 19 de abril, definiu-se que a Odebrecht terá de pagar 2,6 bilhões de dólares em multas ao Brasil, Suíça e Estados Unidos pela corrupção em vários países da América Latina ao longo de 15 anos, em acordo de devolução firmado com a justiça estadunidense.<ref>{{citar web|url=http://exame.abril.com.br/negocios/odebrecht-pagara-us-26-bi-a-brasil-suica-e-eua-decide-juiz/|obra=Exame|data=19/04/2017|acessodata=19/04/2017|título=Odebrecht pagará US$ 2,6 bi em acordo com justiça dos EUA}}</ref> Entre 26 de junho e 6 de julho de 2017, Braskem, Andrade Gutierrez e Marcelo Odebrecht restituíram, juntos, 903,9 milhões de reais aos cofres públicos, em cumprimento às obrigações assumidas nos acordos feitos com o Ministério Público Federal.<ref>{{Citar web|editor-sobrenome=Macedo|editor-nome=Fausto|jornal=Estadão|título=Lava jato recupera R$ 1 bi em apenas dez dias|url=http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/lava-jato-recupera-r-1-bi-em-apenas-dez-dias/|primeiro1=Ricardo|último1=Brandt|primeiro2=Valmar Filho|último2=Hupsel|data=07-07-2017}}.</ref> Em 22 de dezembro, a força-tarefa anunciou um [[acordo de leniência]] de 1,4 bilhão de reais que o estaleiro Keppel Fels devolverá, dos quais aproximadamente metade aos cofres públicos brasileiro.<ref>{{citar web|url=http://www.gazetadopovo.com.br/politica/republica/lava-jato-do-parana-fecha-acordo-bilionario-de-devolucao-de-dinheiro-0hac15v6jmvvirg81bylamfsx|obra=Gazeta do Povo|acessodata=27-12-2017|título=Lava Jato do Paraná fecha acordo bilionário de devolução de dinheiro|prenome=Kelli|sobrenome=Kadanus|data=22-12-2017}}</ref><ref>{{citar web|url=http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/lava-jato-fecha-acordo-bilionario-com-keppel-fels/|obra=Estadão|título=Lava Jato fecha acordo bilionário com Keppel Fels|data=22-12-2017|acessodata=27-12-2017|prenome1=Fausto|sobrenome1=Macedo|prenome2=Luiz|sobrenome2=Vassalo}}</ref>

Em maio de 2018, a Justiça autorizou o uso de mais de 17 milhões de reais recuperados pela Lava Jato para reforma de escolas no Rio de Janeiro. Em fevereiro, o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, o [[Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação]] (FNDE), o [[Ministério da Educação (Brasil)|Ministério da Educação]] (MEC), a Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc) e a [[Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro]] (PGE) haviam assinado um termo de cooperação técnica que estabeleceu os critérios de aplicação dos recursos.<ref name= "ressarcimento_escola">{{citar web|url=https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/justica-autoriza-uso-de-r-18-milhoes-da-lava-jato-em-escolas-do-rj.ghtml|publicado=Globo|obra=G1|título=Justiça autoriza uso de R$ 18 milhões da Lava Jato em escolas do RJ|data=22-05-2018|acessodata=22-05-2018}}</ref> Pelo acordo, os recursos devem ser utilizados exclusivamente na execução de obras e melhoria de infraestrutura das escolas públicas estaduais.<ref name= "ressarcimento_escola" /> Em junho, três ex-funcionários da Delta Construções, réus da [[Desdobramentos da Operação Lava Jato|operação no Rio de Janeiro]], devolveram 3,75 milhões de reais em troca de redução de pena. O dinheiro veio de um esquema de lavagem de dinheiro de obras públicas, como a reforma do [[Estádio do Maracanã]].<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/tres-reus-da-operacao-lava-jato-no-rio-de-janeiro-devolveram-r-3750-milhoes-em-troca-de-reducao-de-pena-ou-absolvicao.ghtml|obra=G1|título=Três réus da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro devolveram R$ 3,7 milhões em troca de redução de pena ou absolvição|data=02-06-2018|acessodata=03-06-2018|prenome=Marcelo|sobrenome=Gomes}}</ref> Em agosto, a Petrobrás recebeu mais de um bilhão de reais por meio de [[delação premiada|acordos de colaboração]] e leniência celebrados no âmbito da Operação Lava Jato.<ref>{{citar web|via=Reuters|data=09-08-2018|url=https://g1.globo.com/economia/noticia/2018/08/09/petrobras-recebe-mais-de-r-1-bi-recuperado-pela-operacao-lava-jato.ghtml|obra=G1|titulo=Petrobrás recebe mais de R$ 1 bi recuperado pela Operação Lava Jato|acessodata=10-08-2018}}</ref><ref>{{citar web|url=https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2018/08/09/lava-jato-recupera-r-1-bilhao-para-petrobras-diz-forca-tarefa.htm|titulo=Lava Jato devolve R$ 1 bi à Petrobras e dá "dicas" para eleitor escolher candidato|obra=UOL|prenome=Vinícius|sobrenome=Boreki|acessodata=2019-2-25|data=09-08-2018}}</ref> Em outubro, um leilão de bens arrecadou mais de onze milhões de reais, sendo eles dois imóveis, um jatinho e um carro apreendidos durante a [[Operação Calicute|Operação Lava Jato no Rio de Janeiro]].<ref>{{Citar web|url=https://noticias.r7.com/brasil/leilao-de-bens-da-lava-jato-no-rio-fatura-mais-de-r-11-milhoes-16102018|título=Leilão de bens da Lava a jato no Rio fatura mais de R$ 11 milhões|obra=R7|data=16-10-2018|via=Agência Brasil|acessodata=2019-2-25}}.</ref>

Em julho de 2020, a Justiça Federal determinou a transferência de 75,4 milhões milhões de reais, obtidos em [[Acordos de delação premiada na Operação Lava Jato|acordos de colaboração premiada]], repatriação de valores e renúncias voluntárias no âmbito da operação, de volta aos cofres de instituições lesadas por esquemas de corrupção. O dinheiro, que estava depositado em uma em conta judicial, foi distribuído entre a [[Petrobras]], a [[Caixa Econômica Federal]] e a [[Petros]].<ref>{{citar web|url=https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2020/07/17/juiza-ordena-transferencia-de-r-754-mi-da-lava-jato-a-petrobras-petros-e-caixa.htm|publicado=UOL|titulo=Juíza ordena transferência de R$ 75,4 mi da Lava Jato a Petrobras, Petros e Caixa|data=17-07-2020|acessodata=28-08-2020}}</ref>

Em setembro de 2023 um relatório do [[Conselho Nacional de Justiça]] (CNJ) revelou uma "gestão caótica" dos valores provenientes de acordos de colaboração e leniência controlados pela Operação Lava Jato.<ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2023/09/15/relatorio-do-cnj-diz-que-houve-gestao-caotica-na-gestao-de-valores-de-acordos-de-leniencia-firmados-na-lava-jato.ghtml|título=Relatório do CNJ diz que houve 'gestão caótica' sobre valores de acordos de delação na Lava Jato e 'suposto conluio'|jornal=[[g1]]|prenome1=Márcio|sobrenome1=Falcão|prenome2=Isabela|sobrenome2=Camargo|data=15/09/2023|acessodata=16/09/2023}}</ref> O relatório apontou indícios de um possível conluio entre magistrados brasileiros envolvidos nas investigações e autoridades estrangeiras. O caso da [[Petrobras]] foi citado, onde a força-tarefa da Lava Jato criou um fundo milionário a partir de um acordo com o governo dos [[Estados Unidos]]. Parte desses valores deveria ser aplicada no [[Brasil]], mas o CNJ encontrou irregularidades na forma como esses recursos foram administrados. A gestão questionável desses valores levanta questões sobre a conduta de magistrados, incluindo o ex-juiz e agora senador [[Sérgio Moro]].<ref>{{Citar web|url=https://www.conjur.com.br/2023-set-15/cnj-ve-possivel-conluio-dar-valores-uso-lava-jato|título=CNJ vê possível conluio para dar dinheiro de leniências para uso da 'lava jato'|jornal=[[Consultor Jurídico]]|autor=Redação|data=15/09/2023|acessodata=16/09/2023}}</ref>

== Consequências ==
=== Crise econômica ===
{{AP|Crise econômica brasileira de 2014}}
Algumas consultorias calcularam que a retração na economia do país causada pela Operação Lava Jato seria em torno de 1% a 1,5% do PIB por ano.<ref>{{Citar periódico|data=2017-06-02|titulo=A Lava Jato está corroendo o PIB. E daí?|url=https://www.istoedinheiro.com.br/lava-jato-esta-corroendo-o-pib-e-dai/|jornal=Isto É Dinheiro}}</ref> Os efeitos diretos e indiretos da Operação Lava Jato na economia do país podem ter causado, segundo projeção da consultoria Go Associados para 2015, uma retração de mais 140 bilhões de reais na economia do país.<ref>{{Citar web|data=18-08-2015|via=G1|url=http://www.fiesp.com.br/siniem/noticias/impacto-da-lava-jato-no-pib-pode-passar-de-r-140-bilhoes-diz-estudo/|titulo=Impacto da Lava Jato no PIB pode passar de R$ 140 bilhões, diz estudo|publicado=Sindicato Nacional da Indústria de Estamparia de Metais – Siniem|acessodata=2018-01-05|obra=Fiesp}}</ref> Segundo o jornalista João Borges, do [[G1]], isso se deve à [[Petrobras]] ter de rever todos seus investimentos em empresas investigadas ligadas ao mercado de óleo e gás; obras pararam ou atrasaram, empresas perderam crédito e, consequentemente, o desemprego cresceu. Segundo o jornalista, embora a operação tenha efeitos, não poderia ser diferente, e o efeito da recessão pode ser diluído no tempo, se os efeitos saneadores da Lava Jato na administração do dinheiro público forem permanentes.<ref>{{Citar periódico|sobrenome=Borges|data=17-03-2017|titulo=Os impactos da Operação Lava Jato na economia|url=http://g1.globo.com/economia/blog/joao-borges/post/os-impactos-da-operacao-lava-jato-na-economia.html|jornal=G1|prenome=João}}</ref> Bruno Lavieri, da 4E Consultoria, afirmou que os efeitos na economia são da corrupção, e não da operação. "Não seria a Lava Jato a responsável pela destruição de empregos, a estagnação etc., mas todo o esquema de corrupção que motivou a investigação […] culpar a Lava Jato nos parece algo como culpar o médico por ter descoberto a doença do paciente".<ref>{{citar web|sobrenome=Machado dos Santos|prenome=Carlos filho|ano=2014|url=https://karlosjuniosm.jusbrasil.com.br/noticias/320888751/operacao-lava-jato-e-culpada-pela-atual-crise-economica|publicado=Jus Brasil|acessodata=11-01-2018|título=Operação Lava Jato é culpada pela atual crise econômica?}}</ref><ref>{{Citar web|primeiro=Maria Carolina|último=Abe|jornal=UOL|data= 03/04/2016|url=https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2016/04/03/lula-esta-certo-ao-dizer-que-lava-jato-afeta-economia-analistas-avaliam.htm|título=Lula está certo ao dizer que Lava Jato afeta economia? Analistas avaliam}}.</ref> Segundo a [[Agência Brasil]], mais de 50 mil empresas e 500 mil empregos foram afetados por causa da Lava Jato.<ref>{{Citar web|titulo=Caso Lava Jato afeta meio milhão de empregos, diz advogado-geral da União|url=http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2015-03/caso-lava-jato-afeta-meio-milhao-de-empregos-diz-advogado-geral-da-uniao|obra=Agência Brasil|data=2015-03-06|acessodata=2019-11-22}}</ref> Um estudo de 2021 elaborado pela [[Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos|DIEESE]] (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) encomendado pela [[Central Única dos Trabalhadores|CUT]] identificou que a operação fez o Brasil perder 172,2 bilhões de reais em investimentos e encerrou 4,4 milhões de empregos no país,<ref>{{Citar periódico|sobrenome=Bergamo|prenome=Mônica|data=07-03-2021|acessodata=07-03-2021|titulo=Lava Jato tirou R$ 172 bi de investimentos e 4,4 milhões de empregos, diz CUT|url=https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2021/03/lava-jato-tirou-r-172-bi-de-investimentos-e-44-milhoes-de-empregos-diz-cut.shtml|jornal=Folha de S.Paulo}}</ref> além de ter reduzido a massa salarial do país em R$ 85,8 bilhões.<ref>{{Citar web|url=https://www.brasildefato.com.br/2021/03/22/artigo-lava-jato-a-destruicao-da-ordem-constitucional-economica|titulo=Lava Jato: a destruição da ordem constitucional econômica|acessodata=2021-06-13|website=Brasil de Fato}}</ref>

=== Percepção popular ===
{{VT|Protestos contra o governo Dilma Rousseff}}

Em 24 de novembro de 2016 a jornalista [[Míriam Leitão]], em sua coluna n’[[O Globo]], enfatizou o momento atual do combate à [[corrupção no Brasil]]. Também criticou a tentativa de aprovar a [[Anistia ao Caixa 2|anistia para o caixa dois]] no Congresso, quando justamente as investigações da operação revelavam possíveis [[caixa dois|prestações inverídicas de contas eleitorais]]. "O quadro é muito claro. O tema da atualidade no país é o combate à corrupção em suas várias vertentes, com os políticos tentando escapar das investigações e punições. Falta a muitos deles entender exatamente qual o momento histórico que o Brasil está vivendo. O Brasil trava uma luta dolorosa, difícil e muito corajosa contra a corrupção. Esse é o momento atual do país. Certas propostas dos parlamentares, no entanto, parecem surpreendentes para o cidadão, que está participando de todo esse esforço", afirmou a jornalista.<ref>{{citar web|url=http://blogs.oglobo.globo.com/miriam-leitao/post/aviso-aos-politicos-projeto-anticorrupcao-nao-pode-ser-veiculo-para-perdoar-caixa-2.html|obra=O Globo|data=24-11-2016|acessodata=27-12-2016|título=Um aviso aos políticos: projeto anticorrupção não pode ser o veículo para se perdoar o caixa 2|prenome=Míriam|sobrenome=Leitão}}</ref>
[[Imagem:Manifestante a favor de Sérgio Moro.jpg|thumb|Manifestante em defesa da Lava Jato com cartaz de apoio a [[Sergio Moro]].]]
[[Imagem:Manifestação em favor da operação Lava Jato, dezembro de 2016.jpg|alt=Multidão concentrada, a maioria de verde e amarelo.  Cartazes legíveis: "Congresso brasileiro vergonha nacional" e "Leniência não!  Delação premiada e Lava jato sim! Fora PL 3636".  Cartaz em primeiro plano: "A Operação Lava Jato é o ❤ [coração] do Brasil.  Se parar o Brasil morre."|miniaturadaimagem|Manifestação em favor da Operação Lava Jato, na praia de [[Copacabana]], [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], na manhã de 4 de dezembro de 2016.]]
[[Ficheiro:(2019-06-14)Greve Geral 031 Romerito Pontes.jpg|miniaturadaimagem|Placa demonstrando apoio ao jornalista [[Glenn Greenwald]] durante a [[greve geral no Brasil em 2019]], que ocorreu no dia 14 de junho.]]

Em agosto de 2016, o juiz sênior federal [[Estados Unidos|estadunidense]] e pesquisador do [[Poder Judiciário Brasileiro|judiciário brasileiro]] [[Peter Messitte]] afirmou que a Operação Lava Jato é um exemplo mundial de combate à [[corrupção]]. Ao lado do [[Escândalo do Mensalão]], "…representam avanços significativos na luta contra a corrupção política. […] É um caminho irreversível. O público está disposto a sair às ruas. Não é mais provável que as coisas acabem em ''pizza'' hoje ou no futuro. É uma mudança drástica", nas palavras do juiz em entrevista ao ''[[Último Segundo]]''. Na matéria, ainda lembrou que esse é um momento de inflexão para a convivência com a impunidade e a tradição dos escândalos "acabarem em ''pizza''".<ref>{{citar web|url=http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2016-08-11/lava-jato.html|agência=BBC|data=11/08/2016|obra=Último Segundo|acessodata=07-01-2016|título=Lava Jato é exemplo mundial de combate à corrupção, diz juiz americano|wayb=20160812163619|urlmorta=sim}}.</ref>

Em junho de 2017 [[Modesto Carvalhosa]], uma das principais autoridades do país em combate à corrupção, disse que a Lava Jato é um exemplo mundial "de eficácia, produtividade, capacidade, profundidade e rapidez no julgamento de casos de corrupção", e que "o Brasil hoje é outro por causa da Operação Lava Jato", além de denunciar a existência de um movimento para desmantelar a operação e proteger os acusados, que usa do recurso de colocar o público contra a operação para atingir seus objetivos.<ref>{{Citar web|url=https://www.noticiasbrasilonline.com.br/modesto-carvalhosa-gilmar-mendes-ameaca-instituicoes-e-quer-acabar-com-a-lava-jato/|título=Modesto Carvalhosa: Gilmar Mendes ameaça instituições e quer acabar com a Lava Jato|jornal=Notícias Brasil ''Online''|data=25/06/2017|wayb=20170821004530|urlmorta=sim}}</ref> Deram declarações públicas de apoio os líderes da [[Rede Sustentabilidade]],<ref>{{Citar web|url=https://redesustentabilidade.org.br/2017/04/19/em-discurso-no-plenario-lider-da-rede-reitera-apoio-a-operacao-lava-jato/|título=Em discurso no plenário, líder da Rede reitera apoio à Operação Lava Jato|publicado=Rede Sustentabilidade|data=19/04/2017|wayb=20170718154836|urlmorta=sim}}</ref> do [[Dem]], do [[PSDB]], do [[Solidariedade (partido político)|SD]] e do [[Partido popular socialista|PPS]].<ref>{{Citar web|url=https://cd.jusbrasil.com.br/noticias/145366114/pedido-de-mocao-de-apoio-a-operacao-lava-jato-e-apresentado-em-plenario|título=Pedido de moção de apoio à Operação Lava Jato é apresentado em plenário|via=Agência Câmara de Notícias|jornal=Jus Brasil|data=outubro de 2014|acessodata=12-06-2019}}</ref><ref>{{Citar web|acessodata=2019-3-4|título=Pedido de moção de apoio à operação Lava a jato aprsesentado em plenário|url=https://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/POLITICA/475948-PEDIDO-DE-MOCAO-DE-APOIO-A-OPERACAO-LAVA-JATO-E-APRESENTADO-EM-PLENARIO.html|data=14-10-2014|publicado=Câmara dos deputados|jornal=Câmara notícias}}</ref> Também têm participado de demonstrações públicas de apoio, e têm publicado matérias em imprensa e veículos institucionais protestando contra as tentativas de enfraquecimento da operação, grupos independentes e associações de policiais, peritos e magistrados, como a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, a Associação dos Juízes Federais do Rio de Janeiro e Espírito Santo e a Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais.<ref>{{Citar web|último=Platonow|primeiro=Vladimir|url=http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2017-04/juizes-e-policiais-federais-fazem-ato-no-rio-em-apoio-operacao-lava-jato|título=Juízes e policiais federais fazem ato no Rio em apoio à Operação Lava Jato|jornal=Agência Brasil|publicado=EBC|data=28/04/2017}}</ref>

Em 1º de fevereiro de 2016, um levantamento do [[Instituto Ipsos]] apontou que 8 em cada 10 brasileiros são favoráveis a continuidade da Operação Lava Jato até o fim das investigações, mesmo que isso gere instabilidade política no país.<ref name="fenapef">{{citar web|url=http://www.fenapef.org.br/fenapef/noticia/index/46554|publicado=Fenapef – Federação dos Policiais Federais|acessodata=08-03-2016|data=02-02-2016|título=Brasileiros querem a continuidade da Operação Lava Jato até o fim das investigações|wayb=20160309092232|urlmorta=sim}}</ref> A pesquisa ouviu 1 200 pessoas durante 2015.<ref name= "fenapef" /> Na pesquisa anterior, em janeiro de 2016, o percentual era de 90 por cento.<ref>{{citar web|url=http://www.otempo.com.br/capa/pol%C3%ADtica/para-96-lava-jato-continua-1.1407271|obra=O Tempo|data=03-12-2016|acessodata=03-12-2016|título=Para 96%, Lava Jato continua}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/12/1837831-para-96-lava-jato-deve-continuar-custe-o-que-custar-mostra-pesquisa.shtml|obra=Folha de S.Paulo|acessodata=03-12-2016|título=Para 96%, Lava Jato deve continuar 'custe o que custar', mostra pesquisa|data=02-12-2016|prenome=Angela|sobrenome=Boldrini}}</ref>

As revelações da "[[Vaza Jato]]" tiveram impacto na reputação da operação. Uma pesquisa da empresa Atlas Político, realizada entre os dias 10 e 12 de junho de 2019, mostrou que o ex-juiz da Lava Jato perdeu parte do seu capital popular. Em pesquisa da Atlas realizada em maio, Moro tinha uma imagem positiva para 60% dos entrevistados. Na pesquisa, o ministro havia perdido quase dez pontos percentuais – manteve o mesmo prestígio entre 50,4% dos entrevistados, mas recebeu avaliação negativa de 38,6%, contra 31,8% no levantamento do mês passado. O levantamento, feito online com 2 000 pessoas de todo o país (o resultado tem margem de erro de 2% para cima ou para baixo), mostra que 73,4% dos entrevistados tomaram conhecimento das conversas entre Moro e Dallagnol. Desses, 58% reconhecem que a prática de um juiz aconselhar e manter conversas privadas com membros da acusação ou defesa de um réu, sem o conhecimento da parte adversa, é incorreta. Somente 23,4% consideram esse comportamento correto. Outros 18,6% não opinaram.<ref name="PesqVazaJato">{{citar web|url=https://brasil.elpais.com/brasil/2019/06/13/politica/1560425634_536159.html|titulo=Moro perde apoio após ‘The Intercept’, mas ainda é o político mais popular do Brasil|publicado=El País|data=13-06-2019|acessodata=27-12-2019}}</ref>

A pesquisa da Atlas Político mostra que as opiniões se dividem quase igualmente sobre eventuais abusos de Moro na época da Lava Jato quando entra o nome do ex-presidente Lula. Para 41,9% dos entrevistados ouvidos, o ex-juiz cometeu abusos na condução do processo do ex-presidente. Mas para 40,8%, não. Outros 17,2% deixaram de responder a essa pergunta. O levantamento mostra uma certa metamorfose na opinião pública brasileira sobre a imagem da prisão do ex-presidente petista. Ainda que uma maioria dos brasileiros se mostre a favor da prisão de Lula (49,4%) neste mês de junho, a Atlas mostra que essa certeza já foi maior. Em abril, a empresa fez a mesma pergunta em pesquisas para medir o impacto da entrevista concedida pelo ex-presidente Lula ao ''[[El País]]'' e ao jornal ''[[Folha de S.Paulo]]'' depois de um ano preso em Curitiba. Na ocasião, 57,9% dos que foram ouvidos se diziam favoráveis à pena de prisão de Lula, e 33,10% contra. Neste mês os contrários à pena do ex-presidente subiram para 38,4%. Outros 12,3% preferiram não responder a essa questão no levantamento deste mês (em abril 9% não havia se posicionado).<ref name="PesqVazaJato"/>

De acordo com uma pesquisa do [[Datafolha]], divulgada pelo jornal ''[[Folha de S.Paulo]]'' em dezembro de 2019, 81% dos entrevistados acreditavam que a investigação ainda não cumpriu seu objetivo e deve continuar, ante 15% que consideram que ela deve acabar porque já cumpriu o objetivo proposto. Os números permaneceram praticamente inalterados em relação a abril de 2018. Apesar do apoio, a pesquisa revelou que 47% dos entrevistados consideram que, mesmo com a Lava Jato, a corrupção continuará na mesma proporção de sempre. O Datafolha ouviu 2 948 pessoas em 176 municípios de todo o país. As entrevistas foram feitas pessoalmente, em locais de grande circulação. O instituto afirma que o nível de confiança dos resultados é de 95%. A margem de erro é de dois pontos percentuais.<ref>{{citar web|url=https://veja.abril.com.br/politica/datafolha-81-dos-brasileiros-acreditam-que-lava-jato-deve-continuar/|titulo=Datafolha: 81% dos brasileiros acreditam que Lava Jato deve continuar|publicado=Revista Veja|data=13-12-2019|acessodata=27-12-2019}}</ref>

{{panorama|Manifestation supporting the carwash operation (lavajato) in São Paulo 4 december 2016.jpg|800px|Em 4 de dezembro de 2016, diversas manifestações ocorreram nos 26 estados e no [[Distrito Federal]] contra a corrupção e em apoio à Operação Lava Jato e às [[Dez medidas contra a corrupção]], do projeto original do [[Ministério Público Federal]].<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/politica/noticia/manifestacoes-a-favor-da-lava-jato-e-contra-a-corrupcao-ocorrem-em-todo-o-pais.ghtml|obra=G1|data=4/12/2016|acessodata=05-12-2016|título=Manifestações a favor da Lava Jato reúnem milhares de pessoas neste domingo}}</ref> Na imagem, manifestação de apoio a Operação Lava Jato na [[Avenida Paulista]], em [[São Paulo]], em dezembro de 2016.}}

=== Impacto cultural ===

Em 2017, estreou o filme ''[[Polícia Federal: A Lei É para Todos]]'', o primeiro duma trilogia, retratando os bastidores da operação.<ref name= "oglobo.globo.com">{{citar web|primeiro=Mário|último=Abade|data=2017-9-7|url=https://oglobo.globo.com/rioshow/critica-policia-federallei-para-todos-21794978|título=Crítica: Polícia federal – A lei é para todos|acessodata=10-12-2017|obra=O Globo}}</ref> Em março de 2018, a [[Netflix]] lançou a primeira temporada da série ''[[O Mecanismo]]'', dirigida por [[José Padilha]];<ref>{{Citar web|obra=G1|prenome=Cauê|sobrenome=Muraro|data=29-03-2018|url=https://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/jose-padilha-diretor-de-o-mecanismo-e-tropa-de-elite-diz-que-a-ideologia-esta-ajudando-a-miseria-brasileira-video.ghtml|título=José Padilha, diretor de 'O mecanismo' e 'Tropa de Elite', diz que 'a ideologia está ajudando a miséria brasileira'|tipo=vídeo|acessodata=01-04-2018}}</ref><ref>{{Citar web|jornal=Super interessante|url=https://super.abril.com.br/cultura/o-mecanismo-mapeamos-todas-as-referencias-que-voce-nao-percebeu/|primeiro1=Ana Carolina|último1=Leonardi|primeiro2=Alexandre|último2=Versignassi|primeiro3=Sophia|último3=Fernandez|data=29-03-2018|título=O Mecanismo: mapeamos todas as referências que você não percebeu|acessodata=01-04-2018}}</ref><ref>{{Citar periódico|data=2018-4-1|acessodata=01-04-2018|titulo=José Padilha: O mecanismo agradece|url=https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2018/04/jose-padilha-o-mecanismo-agradece.shtml|jornal=Folha de S.Paulo}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Shalders|primeiro=André|data=2018-3-27|titulo=O que é verdade e o que é invenção em 'O Mecanismo', a série da Netflix sobre a Lava Jato|url=http://www.bbc.com/portuguese/brasil-43550506|publicado=BBC Brasil}}.</ref> a segunda temporada teve estreia em 2019.<ref>{{Citar web|último=Jansen|primeiro=Roberta|url=https://www.terra.com.br/diversao/tv/polemica-desde-o-inicio-o-mecanismo-estreia-segunda-temporada,77391942fc54642bcc46e2696126660e06yn8p13.html|título=Polêmica desde o início, O mecanismo estréia segunda temporada|data=2019-5-7|obra=Terra}}.</ref> Em dezembro de 2018, denominou-se um [[Género (biologia)|gênero]] de [[Caracol|caracóis]] ''[[Lavajatus]]'' em referência à operação, o gênero constitui-se da espécie ''[[Lavajatus moroi]]''.<ref>{{Citar web|titulo= Land and Freshwater Molluscs of Brazil|ano=2018|obra=Spixian|ultimo=Simone|primeiro=Luiz Ricardo L.|lingua=en|doi=10.13140/2.1.2487.0088}}</ref>

=== Guinada à direita e renovação política ===
{{Artigo principal|Onda conservadora|Governo Jair Bolsonaro}}
[[Ficheiro:Lançamento da candidatura de Bolsonaro em 2018 smaller.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|[[Jair Bolsonaro]] a comemorar o resultado da convenção que o escolheu como candidato à presidência pelo [[Partido Social Liberal|PSL]] em 2018.]]
Como consequência da crise política e econômica, o Brasil, acompanhado de outros países, apresentou uma mudança no quadro ideológico tanto de seus governantes quanto de parcela considerável da sua população, havendo surgimento de novos movimentos liberais e conservadores, com a atuação de pensadores e influenciadores com ideário abertamente voltado para ideias de direita.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Iraheta|primeiro=Diego|data=2018-10-08|titulo=Como o Brasil virou à direita|url=https://www.huffpostbrasil.com/2018/10/08/o-brasil-vira-a-direita_a_23553836/|jornal=HuffPost Brasil|wayb=20181008234315|urlmorta=sim}}</ref> O [[Ensaio (literatura)|ensaísta]] [[Olavo de Carvalho]] é apontado como um dos principais, senão o principal, responsáveis por essa mudança.<ref>{{Citar web|url=https://theintercept.com/2018/10/28/novo-brasil-esculpido-olavo-de-carvalho/|titulo=Carta de Olavo de Carvalho em 2006 anunciava as discussões do Brasil de hoje|data=2018-10-29|acessodata=2018-11-01|obra=The Intercept|editor=Glenn Greenwald|ultimo=Brizzi|primeiro=João|ultimo2=Pontin|primeiro2=Fabricio}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.infomoney.com.br/blogs/economia-e-politica/economia-e-politica-direto-ao-ponto/post/7742179/nao-existiria-bolsonaro-presidente-sem-olavo-de-carvalho|titulo=Não existiria Bolsonaro presidente sem Olavo de Carvalho|acessodata=2018-11-01|obra=Infomoney|ultimo=Ghani|primeiro=Alan}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Fellet|primeiro=João|data=2016-12-15|titulo=Olavo de Carvalho, o 'parteiro' da nova direita que diz ter dado à luz flores e lacraias|url=https://www.bbc.com/portuguese/brasil-38282897|jornal=BBC News Brasil}}</ref> No campo político a expressão maior desse movimento se deu com a candidatura ao cargo de presidente da República do então deputado Jair Bolsonaro.

Em 2018, a [[Câmara dos Deputados do Brasil|Câmara dos Deputados]] apresentou uma renovação de 47,3%, com 243 deputados novos, maior renovação desde a [[Assembleia Constituinte de 1987]].<ref>{{Citar periódico|data=2018-10-09|titulo=Com reeleição abaixo de 50%, Câmara terá renovação recorde|url=https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/10/com-reeleicao-abaixo-de-50-camara-tera-renovacao-recorde.shtml|jornal=Folha de S.Paulo}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/POLITICA/564034-CAMARA-TEM-243-DEPUTADOS-NOVOS-E-RENOVACAO-DE-47,3.html|titulo=Câmara tem 243 deputados novos e renovação de 47,3%|publicado=Câmara dos Deputados|acessodata=2018-10-11}}</ref> O [[Senado Federal do Brasil|Senado]] também sofreu forte renovação, das 54 vagas disputas, 46 foram conquistadas por novos nomes e dos 32 que tentaram reeleição, apenas oito conseguiram ser pleiteados.<ref>{{Citar periódico|data=8/10/2018|titulo=Senado tem a maior renovação desde a redemocratização do país|url=https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2018/10/08/senado-tem-a-maior-renovacao-desde-a-redemocratizacao-do-pais.ghtml|jornal=G1}}</ref> Diante da crise política, vários [[Partidos políticos no Brasil|partidos políticos do Brasil]] mudaram de nome, símbolos e ideologias, tanto para atrair eleitores para as eleições de 2018, como também para se esquivar dos casos de corrupção envolvendo políticos destes partidos. Os nomes foram alterados, em muitos casos, para ''slogans'' ao invés de siglas. Também caiu a palavra "partido" nos casos de renomeação.<ref name=":00">{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/diante-de-crise-politica-partidos-mudam-de-nome-para-atrair-eleitores-em-2018.ghtml|título=Diante de crise política, partidos mudam de nome para atrair eleitores em 2018|website=G1}}</ref>

O [[Partido dos Trabalhadores|PT]], principal partido de [[Esquerda (política)|esquerda]] no país, que elegeu 630 prefeitos em 2012, teve esse número reduzido para 256 nas [[eleições municipais no Brasil em 2016|eleições municipais de 2016]], tendo passado de terceiro para décimo partido com mais prefeituras, uma perda de mais de 50%.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Mantovani|primeiro=Flávia|titulo=Em 4 anos, PT perde mais da metade das prefeituras|publicado=Globo|url=http://g1.globo.com/politica/eleicoes/2016/blog/eleicao-2016-em-numeros/post/em-4-anos-pt-perde-mais-da-metade-das-prefeituras.html|jornal=G1}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/poder/eleicoes-2016/2016/10/1819204-pt-encolhe-e-poder-nas-cidades-e-pulverizado.shtml|titulo=PT encolhe, e poder nas cidades é pulverizado|data=3/10/2016|obra=Folha de S.Paulo|acessodata=2018-10-11}}</ref> Alguns candidatos do PT também deixaram de usar o tradicional vermelho e a estrela símbolo do partido em suas campanhas nas [[eleições municipais no Brasil em 2016|eleições municipais de 2016]], logo após o impeachment de Dilma Rousseff e baixa na popularidade do partido.<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/politica/eleicoes/2016/noticia/2016/08/parte-dos-candidatos-do-pt-esconde-estrela-e-abandona-o-vermelho.html|titulo=Parte dos candidatos do PT esconde estrela e abandona o vermelho|data=27/08/2016|prenome=Thiago|sobrenome=Reis|obra=G1}}</ref><ref>{{citar web|url=https://noticias.r7.com/eleicoes-2014/pt-deixa-vermelho-de-lado-e-amarela-14062014|titulo=PT deixa vermelho de lado e "amarela"|data=25/05/2014|obra=R7}}</ref>

Ao comentar sobre a crise entre as instituições políticas em junho de 2020, e o problema no [[financiamento público de campanhas]], ao [[Estado de S. Paulo]], o cientista político Bruno Pinheiro Wanderley Reis disse que a Lava-Jato instaurou o descontrole no sistema político do Brasil: "O que aconteceu de 2014 para cá é que, ao expor os bastidores viciados do financiamento de campanha, mais que induzir correção institucional, o que a Lava Jato produziu foi a desorganização completa do sistema e o salve-se quem puder. O sistema eleitoral flutuou na direção do predador, para os últimos dos políticos".<ref>{{citar web|url=https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,o-nosso-sistema-politico-e-muito-capturavel-por-interesses-especificos-diz-cientista-politico,70003344048.amp?utm_source=estadao%3Atwitter&utm_medium=link&__twitter_impression=true|título='O nosso sistema político é muito capturável por interesses específicos', diz cientista político|acessodata=2020-06-25|autor=Pedro Venceslau|data=2020-06-25|obra=Estadão|wayb=20200625232216|urlmorta=não}}</ref>

== Premiações ==
=== Internacionais ===

Em 24 de setembro de 2015, as investigações da [[força-tarefa]] do [[Ministério Público Federal]] (MPF) na Operação Lava Jato tiveram reconhecimento internacional com o recebimento do prêmio anual da ''[[Global Investigations Review]]'' (GIR), na categoria órgão de persecução criminal ou membro do Ministério Público do ano. Os procuradores [[Carlos Fernando dos Santos Lima]], Deltan Dallagnol e [[Roberson Pozzobon]] representaram a equipe de onze membros da força-tarefa na cerimônia em [[Nova Iorque]].<ref name= "premiações">{{citar web|url=http://noticias.pgr.mpf.mp.br/noticias/noticias-do-site/copy_of_criminal/forca-tarefa-do-mpf-na-lava-jato-ganha-premio-internacional-de-investigacao|acessodata=29-09-2015|publicado=MPF – Procuradoria Geral da República|título=Trabalho foi agraciado com prêmio “órgão de persecução criminal ou membro do Ministério Público do ano”|data=25-09-2015|wayb=20151001103035|urlmorta=sim}}</ref> O GIR é um portal de notícias consolidado no cenário internacional como um dos principais canais sobre investigações contra a corrupção e instituiu o prêmio para celebrar os investigadores e as práticas de combate à corrupção e de ''[[compliance]]'' que mais impressionaram no último ano. Em seis categorias, reconheceram-se práticas investigatórias respeitadas e admiradas em todo o mundo. A força-tarefa concorreu com investigações famosas como a do [[Caso de corrupção na FIFA em 2015|caso de corrupção na Fifa]]. Os países que disputaram o prêmio com o Brasil foram [[Estados Unidos]], [[Noruega]], [[Reino Unido]] e [[Romênia]].<ref name = "premiações" /> O secretário de Cooperação Internacional da Procuradoria-Geral da República, procurador regional Vladimir Aras, parabenizou a equipe: "Os colegas premiados juntam-se àqueles que atuaram na [[Escândalo do mensalão|ação penal 470]], premiados pela Associação Internacional de Procuradores (IAP, na sigla em inglês) em 2013, e ao procuradores do grupo Justiça de Transição, agraciados pela IAP no ano seguinte".<ref name= "premiações" /> A força-tarefa do MPF na operação é formada por procuradores da República que estão na linha de frente da investigação na primeira instância da [[Justiça Federal]] do [[Paraná]], a força-tarefa do MPF na Operação Lava Jato investiga um mega esquema criminoso de corrupção envolvendo a [[Petrobras]] desde abril de 2014.<ref name="premiações" />

Em 28 de setembro de 2017, foi finalista do prêmio ''Allard'', promovido pela [[Universidade da Colúmbia Britânica]], no [[Canadá]], dentre 240 iniciativas de 70 países.<ref>{{citar web|url=https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/09/29/forca-tarefa-da-lava-jato-perde-premio-sobre-praticas-contra-corrupcao.htm|obra=UOL|título=Prêmio a que a Lava Jato concorria no Canadá vai para jornalista do Azerbaijão|data=29-09-2017|acessodata=01-10-2017}}</ref><ref>{{citar web|data=29-09-2017|url=http://www.mpf.mp.br/pr/sala-de-imprensa/noticias-pr/com-forca-tarefa-lava-jato-brasil-ingressa-no-grupo-de-paises-reconhecidos-pelo-allard-prize-for-internacional-integrity|obra=MPF|acessodata=01-10-2017|título=Com força-tarefa Lava Jato, Brasil ingressa no grupo de países reconhecidos pelo Allard Prize for Internacional Integrity}}</ref><ref>{{citar web|data=29-09-2017|url=https://www.oantagonista.com/sem-categoria/ao-combater-corrupcao-lava-jato-promove-direitos-humanos/|autor=Mário Sabino, Diogo Mainardi, Cláudio Dantas, Felipe Moura|obra=O Antagonista|acessodata=01-10-2017|título=Ao combater corrupção, Lava Jato promove direitos humanos}}</ref> Em junho de 2018, a International association of Prosecutors (IAP; Associação internacional de promotores) premiou os procuradores da força tarefa.<ref>{{Citar web|título=Lava a jato ganha mais um prêmio internacional|data=22-06-2018|jornal=O Antagonista|url=https://www.oantagonista.com/brasil/lava-jato-ganha-mais-um-premio-internacional/}}</ref> Em setembro de 2018, os procuradores da força tarefa de Curitiba e do Rio e o Grupo de Trabalho da Procuradoria-Geral da República foram premiados pela IAP em premiação é outorgada anualmente durante sua conferência internacional, então realizada em [[Johanesburgo]], [[África do Sul]].<ref>{{citar web|url=https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2018/09/12/interna_politica,988289/procuradores-da-lava-jato-ganham-premiacao-internacional-na-africa-do.shtml|obra=O Estado de Minas|título=Procuradores da Lava Jato ganham premiação internacional na África do Sul|data=12-09-2018|acessodata=14-09-2018}}</ref>

Em setembro de 2018, 47 procuradores que integram ou integraram a força-tarefa da Lava Jato no Paraná e no Rio, e o grupo de trabalho da Procuradoria Geral receberam prêmio internacional na [[África do Sul]].<ref>{{citar web|url=https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/47-procuradores-da-lava-jato-ganham-premiacao-internacional-na-africa-do-sul/|título=47 procuradores da Lava Jato ganham premiação internacional na África do Sul|data=12-09-2018|acessodata=21-02-2020|autor=Ricardo Brandt e Julia Affonso}}</ref>

=== Nacionais ===
Em 10 de maio de 2016, a operação recebeu ''[[hors concours]]'', na categoria de Combate à Corrupção, o IV Prêmio República de Valorização do Ministério Público Federal (MPF). Premiaram-se ao todo onze iniciativas, e quatro receberam menção honrosa. A cerimônia realizou-se no auditório da Associação Médica Brasileira, em Brasília, e contou com a presença de autoridades, procuradores da República, [[jornalistas]] e [[instituições sociais|instituições de responsabilidade social]].<ref>{{citar web|url=http://www.mpf.mp.br/pr/sala-de-imprensa/noticias-pr/lava-jato-recebe-premiacao-especial-na-quarta-edicao-do-premio-republica|publicado=MPF|data=11-05-2016|acessodata=11-05-2016|título=Lava Jato recebe premiação especial na quarta edição do Prêmio República}}</ref>

Em 3 de dezembro de 2016 a operação recebeu o Prêmio Anticorrupção concedido anualmente pela ONG [[Transparência Internacional]], que distingue pessoas e organizações que expõem e combatem a corrupção. Mercedes de Freitas, dirigente da Transparência, enfatizou que "bilhões de dólares foram perdidos para a [[corrupção no Brasil]], e os brasileiros já estão fartos da corrupção que está devastando seu país. A força-tarefa da Lava Jato está fazendo um grande trabalho em assegurar que os corruptos, não importa o quão poderosos sejam, sejam culpabilizados e a Justiça seja feita. Estamos contentes de premiar os promotores brasileiros por trás da força-tarefa da Lava Jato com o Prêmio Anticorrupção 2016 pelos seus incansáveis esforços para acabar com a corrupção endêmica no Brasil".<ref>{{Citar web|url=http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2016/12/03/forca-tarefa-da-lava-jato-vence-premio-anticorrupcao-da-transparencia-internacional.htm|título=Força-tarefa da Lava Jato vence prêmio anticorrupção da Transparência Internacional|jornal=UOL|data=03-12-2016}}.</ref><ref>{{Citar web|url=https://noticias.terra.com.br/brasil/lava-jato-ganha-premio-anticorrupcao-da-transparencia-internacional,ebf32d7fb52ea25f1fea764109a071c2nqr50zwx.html|título=Lava Jato ganha prêmio anticorrupção da Transparência Internacional|jornal=Terra Notícias|data=03-12-2016}}</ref>

Em 6 de dezembro de 2016, a força-tarefa recebeu o Prêmio Innovare na categoria Ministério público, distinção que reconhece práticas eficientes contribuindo para a solução de problemas da Justiça no país, concedida em conjunto por Instituto Innovare, Secretaria Nacional de Cidadania e Justiça do Ministério da justiça, [[Associação dos Magistrados Brasileiros]], Associação Nacional dos Membros do Ministério público, Associação Nacional dos Defensores Públicos, Associação dos Juízes Federais do Brasil, Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, [[Associação Nacional dos Procuradores da República]] (ANPR) e Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho, com apoio do [[Grupo Globo]].<ref>{{Citar web|url=http://www.portalodia.com/noticias/brasil/forca-tarefa-da-operacao-lava-jato-ganha-premio-innovare-289720.html|título=Força-tarefa da Operação Lava Jato ganha Prêmio Innovare|jornal=O Dia|data=06-12-2016}}</ref><ref>{{Citar web|jornal=Click folha|url=http://www.clicfolha.com.br/materia/64907/forca-tarefa-da-operacao-lava-jato-ganha-premio|título=Força-tarefa da Operação Lava Jato ganha prêmio|data=06-12-2016|wayb=20161207132510|urlmorta=sim}}</ref>

Em julho de 2020, a força-tarefa Lava Jato no Rio de Janeiro foi premiado pela ANPR, do VIII Prêmio República de Valorização do Ministério Público Federal na categoria Combate à corrupção, pela Operação Patrón, que em novembro de 2019 pediu vinte prisões, no Brasil e no Paraguai, e buscas e apreensões de investigados por corrupção, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.<ref>{{citar web|url=http://www.mpf.mp.br/rj/sala-de-imprensa/noticias-rj/forca-tarefa-lava-jato-rj-ganha-premio-da-anpr-na-categoria-combate-a-corrupcao|publicado=Ministério Público Federal|titulo=Força-tarefa Lava Jato (RJ) ganha prêmio da ANPR na categoria "Combate à corrupção"|data=31-07-2020|acessodata=29-08-2020}}</ref>

== Controvérsias ==
{{Controvérsias}}
{{AP|Controvérsias envolvendo a Operação Lava Jato}}
Os críticos de Moro o acusam de conduzir a Operação Lava Jato com [[Controvérsias envolvendo a Operação Lava Jato|decisões controversas]].<ref name="costas-2016-03-18">{{Citar web|url=http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/03/160317_sergio_moro_ru|wayb=20160528183957|urlmorta=não|titulo=Sergio Moro: Herói anticorrupção ou incendiário?|publicado=BBC|prenome=Ruth|sobrenome=Costas|data=18-03-2016|acessodata=27-03-2016}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2016/04/03/documentos-indicam-grampo-ilegal-e-abusos-de-poder-na-origem-da-lava-jato.htm|titulo=Documentos indicam grampo ilegal e abusos de Moro na origem da Lava Jato|publicado=UOL|prenome1=Pedro|sobrenome1=Lopes|prenome2=Vinícius|sobrenome2=Segalla|data=03-04-2016|acessodata=03-04-2016}}</ref>

=== Quebra do sigilo telefônico de Lula ===
{{VT|Prisão de Luiz Inácio Lula da Silva|Impeachment de Dilma Rousseff}}
[[Imagem:Dilma empossa Lula como Ministro Chefe da Casa Civil.jpg|thumb|esquerda|Dilma Rousseff empossa Lula como Ministro Chefe da Casa Civil, em 17 de março de 2016]]
Em 16 de março de 2016, o juiz federal Sérgio Moro retirou o sigilo do [[grampo telefônico]] do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As conversas gravadas pela Polícia Federal incluíam diálogo no mesmo dia com a presidente Dilma Rousseff, que o nomeou [[Lista de ministros da Casa Civil do Brasil|Ministro Chefe]] da [[Casa Civil (Brasil)|Casa Civil]]. Contudo, Moro declarou que Lula já tinha pelo menos a suspeita das gravações, o que comprometeria a espontaneidade e a credibilidade de diversos diálogos. O advogado de Lula, [[Cristiano Zanin|Cristiano Zanin Martins]], disse que a divulgação do áudio da conversa entre a presidente Dilma Rousseff com Lula era uma "arbitrariedade" e estimulava uma "convulsão social".<ref>{{Citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/03/1750807-ouca-a-integra-das-conversas-de-lula-reveladas-na-lava-jato.shtml|titulo=Ouça a íntegra das conversas de Lula reveladas na Lava Jato|data=16-03-2016|obra=Folha de S.Paulo|acessodata=23-03-2016}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/nos-temos-uma-suprema-corte-totalmente-acovardada-diz-lula-a-dilma-ouca/|obra=Estadão|prenome2=Ricardo|sobrenome2=Brandt|prenome3=Julia|sobrenome3=Affonso|prenome4=Fausto|sobrenome4=Macedo|numero-autores=1|data=16-03-2016|titulo=‘Nós temos uma Suprema Corte totalmente acovardada’, diz Lula a Dilma; ouça|acessodata=23-03-2016|prenome1=Fausto|sobrenome1=Macedo}}</ref> O conteúdo da conversa seria uma suposta tentativa de evitar a prisão do Lula. Dilma iria nomear Lula para o cargo de ministro da [[Casa Civil (Brasil)|Casa Civil]], dando-o, portanto, [[foro especial por prerrogativa de função]], de forma que ele ficaria fora do alcance de Sérgio Moro, que era juiz de [[primeira instância]].<ref name= ":0">{{Citar web|titulo=Rumor de que telefone de Dilma foi grampeado não faz sentido, dizem peritos|url=https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/03/160317_grampo_lula_dilma_moro_lgb|obra=BBC News Brasil|acessodata=2019-06-13}}</ref>

A divulgação dos diálogos geraram ampla repercussão na sociedade. A corregedora do [[Conselho Nacional de Justiça]] arquivou oito representações contra a divulgação do áudio, de um total de quatorze,<ref>{{citar web|url=http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2016-05-16/corregedoria-arquiva-3-reclamacoes-contra-moro-por-irregularidades-na-lava-jato.html|obra=Último Segundo|data=16-05-2016|acessodata=16-05-2016|título=Corregedoria arquiva 3 reclamações contra Moro por irregularidades na Lava Jato|wayb=20160517105253|urlmorta=sim}}.</ref> mas a [[Procuradoria Geral da República]], em parecer enviado ao [[Supremo Tribunal Federal]] (STF), considerou as gravações legais.<ref>{{citar web|url=http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2016/05/26/interna_politica,766407/janot-afirma-que-grampo-foi-legal.shtml|obra=Estado de Minas|acessodata=29-05-2016|título=Janot afirma que grampo de conversas de Lula e Dilma foi legal}}.</ref> Na época das conversas, Moro declarou não sigiloso uma gravação de som de 1 minuto e 35 segundos em que a então presidente Dilma Rousseff tratava com Lula sobre sua possível posse como ministro. O diálogo fez com que o STF anulasse a posse de Lula.<ref>{{citar web|url=https://veja.abril.com.br/brasil/defesa-de-lula-diz-que-mensagens-sigilosas-expoem-ilegalidade-de-moro/|titulo=Defesa de Lula diz que novas mensagens desmontam tese de Moro|editor=André Esteves|obra=Veja|acessodata=23-09-2019|data=08-09-2019}}</ref>

=== ''Vaza-Jato:'' Vazamento de conversas pelo ''The Intercept'' ===
{{AP|Vaza Jato}}
[[Imagem:Sérgio Moro em 19 de junho de 2019 (2).jpg|thumb|[[Sergio Moro]] durante audiência pública da [[Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania]] (CCJ) do [[Senado Federal do Brasil|Senado]] para esclarecimentos a respeito das notícias sobre os [[Vaza Jato|vazamentos das conversas da Operação Lava Jato]].]]

Em junho de 2019, o periódico virtual ''[[The Intercept]]'' publicou matéria com vazamento, de fonte anônima, de conversas no aplicativo [[Telegram (aplicativo)|Telegram]] entre o ex-juiz [[Sergio Moro]] e o promotor Deltan Dallagnol no âmbito da Operação Lava Jato com evidências de "discussões internas e atitudes altamente controversas, politizadas e legalmente duvidosas da força-tarefa da Lava Jato". As transcrições sugerem que Moro cedeu informação privilegiada à acusação, auxiliando o Ministério Público a construir casos, além de orientar a promotoria, sugerindo modificação nas fases da operação Lava Jato. Também mostram cobrança de agilidade em novas operações, conselhos estratégicos, e antecipação de pelo menos uma decisão. Moro teria ainda fornecido pistas informais e sugestões de recursos ao Ministério Público.<ref name=Correio/>

Segundo alguns juristas, tal prática viola o código de ética da magistratura e a Constituição brasileira, por desrespeitar os princípios da imparcialidade, independência e equidistância entre defesa e acusação. As transcrições demonstrariam ainda que a promotoria teria receio da fragilidade das acusações feitas contra o ex-presidente [[Luiz Inácio Lula da Silva]] e que teria buscado combinar previamente elementos do caso.<ref name=Correio>{{citar web|url=https://www.correiodopovo.com.br/not%C3%ADcias/pol%C3%ADtica/reportagem-vaza-conversas-legalmente-duvidosas-entre-moro-e-dallagnol-1.344361|titulo=Reportagem vaza conversas "legalmente duvidosas" entre Moro e Dallagnol|obra=[[Correio do Povo]]|data=09-06-2019}}</ref><ref>{{citar web|url=https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2019/06/10/dallagnol-nao-tinha-certeza-de-provas-contra-lula-no-caso-triplex.htm|titulo=Dallagnol não tinha certeza de provas contra Lula, mostram mensagens|obra=UOL|data=10-06-2019|acessodata=10-06-2019}}</ref>

=== Influência do FBI ===
Em 2014, a agente especial do ''[[FBI]]'' Leslie foi designada pelo departamento federal para colaborar nas investigações da Lava Jato. Leslie se tornou especialista na legislação ''[[Foreign Corrupt Practices Act]]'' (FCPA), uma lei norte-americana que permite que o Departamento de Justiça (DOJ) investigue e puna nos Estados Unidos atos de corrupção praticados por empresas estrangeiras mesmo que não tenham acontecido em solo americano, e com base nessa lei que o governo americano investigou e puniu com multas bilionárias empresas brasileiras alvos da Lava Jato, dentre elas a [[Petrobras]] e a Odebrecht (atual [[Novonor]]), que se comprometeram a desembolsar mais de 4 bilhões de dólares em multas para os [[Estados Unidos]], [[Brasil]] e [[Suíça]]. A cooperação internacional levou diversos empresários para a prisão em cerca de 50 países e é tida como fator decisivo para o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.<ref>{{Citar web|url=https://www.sindsep-pe.com.br/noticias-detalhe/fbi-escancara-sua-atuacao-na-lava-jato/8283#.YMp94flKiUk|titulo=FBI escancara sua atuação na Lava Jato|data=08/02/2018|acessodata=2021-06-16|website=SINDSEP}}</ref>

Em outubro de 2015, uma comitiva de 18 agentes americanos que foram a Curitiba se reunir com procuradores e advogados de delatores sem passar pelo Ministério da Justiça, órgão que devia, segundo a lei, intermediar todas as informações como especializada de assistência com os EUA.<ref>{{Citar web|url=https://noticias.uol.com.br/colunas/reinaldo-azevedo/2021/06/16/procuradora-thamea-ex-chefona-da-lava-jato-vira-colunista-do-bolsonarismo.htm|titulo=Reinaldo Azevedo - Procuradora Thaméa, ex-chefona da Lava Jato, vira colunista do bolsonarismo|acessodata=2021-06-17|website=UOL}}</ref> Durante o vazamento das conversas entre os procuradores, foi verificado que o procurador [[Paulo Roberto Galvão]] solicitou informalmente auxílio do ''FBI'' para acessar o sistema ''My Web Day'', o que caracterizou um possível risco a soberania nacional brasileira.<ref>{{Citar web|url=https://apublica.org/2020/07/o-fbi-e-a-lava-jato/|titulo=O FBI e a Lava Jato|data=2020-07-01|acessodata=2020-07-01|obra=Agência Pública}}</ref> A deputada [[Alexandria Ocasio-Cortez]] e outros 19 [[Congresso dos Estados Unidos|congressistas americanos]], em junho de 2021, enviaram ao [[Departamento de Justiça dos Estados Unidos]] um pedido para que o governo torne públicas informações sobre como os órgãos de investigação dos EUA cooperaram com a Operação Lava Jato no Brasil.<ref>{{Citar periódico|url=https://www.bbc.com/portuguese/internacional-57392099|titulo=Exclusivo: Congressistas dos EUA pedem que governo Biden explique como foi cooperação entre americanos e Lava Jato|acessodata=2021-06-17|jornal=BBC News Brasil}}</ref>

=== Envolvimento no governo Bolsonaro ===
{{AP|Governo Jair Bolsonaro}}
[[Imagem:2019 Solenidade de Assinatura da MP para Confisco de Bens de Traficantes - 48082340136.jpg|esquerda|thumb|[[Sergio Moro]], então [[Ministério da Justiça e Segurança Pública (Brasil)|Ministro da Justiça]] do [[Governo Jair Bolsonaro|Governo Bolsonaro]].]]
Dezenove integrantes com histórico profissional ligado à Operação Lava Jato fizeram parte do [[governo Jair Bolsonaro]]. Além do ex-juiz federal Sergio Moro, há delegados da [[Polícia Federal]], auditores da [[Receita Federal]], servidores da Justiça Federal do Paraná e uma ex-subprocuradora-geral da República. Como o [[Congresso Nacional (Brasil)|Congresso Nacional]] decidiu transferir o comando do [[Conselho de Controle de Atividades Financeiras]] do [[Ministério da Justiça e Segurança Pública (Brasil)|Ministério da Justiça e Segurança Pública]] para o [[Ministério da Economia (Brasil)|Ministério da Economia]], três auditores da Receita que haviam sido nomeados pelo ministro Sérgio Moro para trabalhar no conselho agora estão subordinados ao ministro [[Paulo Roberto Nunes Guedes|Paulo Guedes]].<ref name = governo>{{citar web|url=https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2019/06/16/nao-e-so-moro-outros-18-ligados-a-lava-jato-estao-no-governo-bolsonaro.htm|título=Não é só Moro: mais 18 nomes ligados à Lava Jato estão no governo Bolsonaro|data=16-06-2019|acessodata=16-06-2019|prenome=Vinicius|sobrenome=Konchinski|obra=UOL}}</ref>

A ida de integrantes da Operação para o governo gerou questionamentos quanto a sua neutralidade. A decisão do presidente Jair Bolsonaro de nomear o então juiz para o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública, por exemplo, provocou reação negativa de parte da imprensa internacional, pois o mesmo condenara Lula, o principal adversário do presidente na eleição.<ref>{{Citar periódico|data=2018-11-1|titulo=Análise: Por que a nomeação de Moro por Bolsonaro caiu mal na imprensa internacional?|url=https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2018/11/01/analise-por-que-a-nomeacao-de-moro-por-bolsonaro-caiu-mal-na-imprensa-internacional.htm|jornal=UOL}}</ref> Moro foi responsável por ter emplacado 18 ligados à Operação Lava Jato para exercer cargos de confiança vinculados a sua pasta no governo.<ref name = governo />

Em agosto de 2020, o jornalista Guilherme Amado publicou em sua coluna na revista [[Época (revista)|''Época'']] uma matéria na qual relata que os procuradores da Lava Jato em Curitiba que votaram em Jair Bolsonaro em 2018, estariam afirmando privadamente que se arrependeram do voto.<ref>{{citar web|data=2020-8-2|acessodata=2020-8-3|titulo=Procuradores da Lava Jato em Curitiba se dizem arrependidos de voto em Bolsonaro|url=https://epoca.globo.com/guilherme-amado/procuradores-da-lava-jato-em-curitiba-se-dizem-arrependidos-de-voto-em-bolsonaro-24561908|prenome=Amado|sobrenome=Guilherme|publicado=Época}}</ref>

=== Cobertura da grande mídia ===
Em junho de 2019, [[Lúcio de Castro]] disse em rede social que a grande mídia brasileira recusou uma pauta jornalística que aponta um possível caso de corrupção sobre uma ''offshore'' em paraíso fiscal de Paulo Henrique, filho do ex-presidente [[Fernando Henrique Cardoso]] (FHC): {{Quote|Em 05 de abril de 2016, ainda não existia essa ''[[Agência Sportlight]]''. Tinha certeza da bomba que tinha em mãos. Depois de muitas portas fechadas quando dizia a pauta, finalmente publiquei [na [[Carta Capital]]].<ref>{{citar web|url=https://revistaforum.com.br/politica/leia-a-reportagem-envolvendo-filho-de-fhc-odebrechet-e-paraisos-fiscais-que-foi-recusada-pela-grande-midia/|título=Leia a reportagem envolvendo filho de FHC, Odebrechet e paraísos fiscais que foi recusada pela grande mídia|acessodata=2020-12-09|autor=Lúcio de Castro|data=2019-06-19|obra=Agência Sportlight|publicado=Revista Fórum}}</ref> Ou não sei nada dessa profissão, ou era devastador o conteúdo. Não interessou a nenhum grande meio. Em 11/6/2018, ainda inconformado com algo desse teor não ter consequência, republiquei, já então na ''Agência Sportlight''. Se em 2016 a Lava Jato já estava em pleno funcionamento, em 2018 nem se fala. Mas não interessou a ninguém. E como algo assim não interessa? E não estava prescrito (...) Não interessou à grande imprensa. Não interessou aos investigadores. E agora sabemos, via ''[[The Intercept Brasil]]'', que não só não interessou ao juiz Moro como ele pediu para evitar "melindrar" FHC. A matéria tava lá. Só quem não quis deixou de saber que Moro era seletivo. E cometia crime.<ref>{{citar web|url=https://revistaforum.com.br/politica/sportlight-denuncia-que-pauta-de-offshore-em-paraiso-fiscal-de-filho-de-fhc-foi-recusada-pela-grande-midia/amp/|título=Sportlight denuncia que pauta de offshore em paraíso fiscal de filho de FHC foi recusada pela grande mídia|acessodata=2020-12-09|data=2019-06-19|obra=Revista Fórum}}</ref>|Agência Sportlight}}

No mesmo mês, em entrevista ao ''[[Deutsche Welle]]'', o cientista político Sérgio Praça, da [[Fundação Getulio Vargas]], disse que a baixa cobertura da grande mídia em torno dos vazamentos foi devido a imprensa brasileira ter "inveja do Glenn Greenwald (...) ele tem um histórico de militante da esquerda, que o torna, para uma parte da imprensa, uma pessoa não confiável. Mas o trabalho dele é absolutamente excepcional".<ref>{{citar web|url=https://amp.dw.com/pt-br/para-prender-corruptos-foi-necess%C3%A1ria-muita-corrup%C3%A7%C3%A3o/a-49135557|título=Para prender corruptos, foi necessária muita corrupção|acessodata=2021-02-09|data=2019-06-11|website=DW|wayb=20190730051119|urlmorta=não}}</ref>

Em entrevista ao ''[[UOL]]'' em fevereiro de 2021, o ministro Gilmar Mendes disse que ouviu que o procurador Janot tinha doze jornalistas selecionados para vazar informações da lava jato.<ref>{{Citar vídeo|data=2021-02-12|titulo=Gilmar Mendes: "Lavajatismo é pai e mãe do bolsonarismo"|url=https://www.youtube.com/watch?v=BiMLc2cSLP8&feature=youtu.be|acessodata=2021-02-12|editora=UOL}}</ref> No mesmo mês, o ''The Intercept Brasil'' publica mensagens que apontam que procuradores da Lava Jato se aproximaram de membros da família Marinho, dona da [[Rede Globo]], para impulsionar a operação. Em um trecho de uma das mensagens diz: "a globo é, como Vc diz, um transatlântico… não só para mudar de direção, mas também para impulsionar kkkk", disse Dallagnol em resposta a um repórter da TV Globo.<ref>{{citar web|url=https://theintercept.com/2021/02/09/namoro-lava-jato-rede-globo/|título=‘UM TRANSATLÂNTICO’|data=2021-02-08|acessodata=2021-03-29|website=The Intercept Brasil}}</ref>

No dia 29 de março de 2021, a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anexa no STF (Supremo Tribunal Federal) mensagens obtidas na operação Spoofing, que não são reconhecidas pelos procuradores da força-tarefa da Lava Jato. De acordo com elas, três meses após Bolsonaro assumir a presidência, a procuradora Jerusa Viecili enviou uma mensagem a Deltan Dallagnol pedindo para afastar a imagem da Operação Lava Jato do presidente para tentar a "reaproximação" de jornalistas e da "grande imprensa". Ainda segundo a procuradora nas mensagens, a Operação Lava Jato não agiu com empenho suficiente para investigar o filho do presidente, [[Flávio Bolsonaro]], suspeito de corrupção no caso das rachadinhas.<ref>{{citar web|url=https://www.poder360.com.br/lava-jato/lava-jato-ajudou-a-eleger-o-bozo-diz-procuradora-em-mensagens/|título=Lava Jato “ajudou a eleger o Bozo”, diz procuradora em mensagens|data=2021-03-29|acessodata=2021-03-29|website=Poder 360}}</ref>

=== Gastos com passagens aéreas ===
Em fevereiro de 2021, o ''[[Poder360]]'' divulgou um levantamento mostrando que a Lava Jato gastou 3,8 milhões de reais ao longo de sete anos com diárias de hotéis e passagens aéreas para apenas cinco procuradores. Em resposta, o MPF do Paraná disse que os gastos estão de acordo, mas não explicou o motivo de alguns procuradores terem passado anos se deslocando de avião sem se mudar definitivamente para o Paraná, onde trabalhavam com frequência.<ref>{{citar web|url=https://www.poder360.com.br/lava-jato/lava-jato-pagou-r-38-milhoes-em-diarias-e-passagens-a-so-5-procuradores/|título=Lava Jato pagou R$ 3,8 milhões em diárias e passagens a só 5 procuradores|acessodata=2021-07-01|website=Poder 360}}</ref>

== Ver também ==
* [[CPI da Petrobras]]
* [[Crise dos vazamentos de maio de 2016]]
* [[Processo de cassação da chapa Dilma-Temer]]

{{Notas e referências}}

=== Bibliografia ===
{{refbegin}}
* {{citar q|Q112628062}}
* {{citar periódico|doi=10.1080/14735784.2018.1514642|volume=59|número=4|páginas=354–79|último=Goldstein|primeiro=Donna M.|título=Already innocent: radioactive bribes, white-collar corruption and nuclear expertise in Brazil|periódico= Culture, Theory and Critique|data=2018-10-02| issn=1473-5776}}
* {{Citar periódico|ultimo2=Andrade|primeiro2=Daniela Meirelles|ultimo1=Gonçalves|primeiro1= Vinícius Batista|data=2019|titulo=A corrupção na perspectiva durkheimiana: um estudo de caso da Operação Lava Jato|jornal=Revista de Administração Pública|volume=53|numero=2|paginas=271–90|doi=10.1590/0034-761220180192|issn=0034-7612}}
* {{Citar Q|Q112627835}}
* {{Citar Q|qid=Q104595606}}
* {{Citar livro|autorlink=Vladimir Netto|sobrenome=Netto|nome=Vladimir|data=2016|titulo=[[Lava Jato (livro)|Lava Jato]]|local=Rio de Janeiro|editora=Primeira Pessoa|isbn=978-85-6837709-3|ref=harv}}.
* {{Citar web|titulo=A guerra de todos contra todos e a Lava jato: a crise brasileira e a vitória do Capitão Jair Bolsonaro|url=http://www.ie.ufrj.br/index.php/destaques-publicacoes/texto-para-discussao-013-2019|obra=Instituto de Economia UFRJ|série=Textos para Discussão|número=013-19|data=26-05-2019|primeiro1=Eduardo Costa|ultimo1=Pinto|primeiro2=José Paulo Guedes|ultimo2=Pinto|primeiro3= Alexis|último3=Saludjian|primeiro4=Isabela|ultimo4=Nogueira|primeiro5=Paulo|ultimo5=Balanco|primeiro6=Carlos|ultimo6=Schonerwald|primeiro7=Grasiela|ultimo7=Baruco|numero-autores=1}}
* {{citar livro|isbn=978-85-5608043-1|último=Souza|primeiro=Jessé|título=A elite do atraso: da escravidão a Bolsonaro|ano=2019|editora=Sextante|local=Rio de Janeiro|autorlink=Jessé Souza|url=https://books.google.com.br/books?id=z_SFDwAAQBAJ}}
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== Ligações externas ==
{{correlatos
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* {{Oficial |http://www.lavajato.mpf.mp.br/}}
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* {{Citar web|url=http://www.pf.gov.br/imprensa/lava-jato/numeros-da-operacao-lava-jato|título=Números da Operação na Polícia Federal|obra=Lava Jato|publicado=Polícia Federal do Brasil|data=05-01-2017|wayb=20160707045915|urlmorta=sim}}
* {{Citar web|url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2014/04/entenda-operacao-lava-jato-da-policia-federal.html|título=Entenda a Operação Lava Jato|jornal=G1|data=14/04/2014}}
* {{Citar web|jornal= Congresso em foco|publicado=UOL|data=set. 2016|url=http://static.congressoemfoco.uol.com.br/2016/09/denuncia-contra-lula.pdf|formato=PDF|wayb=20160915202908|título=A denúncia oficial contra Lula (e mais sete)}}.
* {{Citar web|url=http://g1.globo.com/politica/blog/matheus-leitao/post/em-2017-lava-jato-sera-maior-caso-de-cooperacao-internacional-do-brasil.html|título=Em 2017, Lava Jato será maior caso de cooperação internacional do Brasil|jornal=[[G1]]|primeiro=Mateus|último=Leitão|data=30/12/2016|wayb=20161231161034}}.
* {{Citar web|obra=Lava Jota|url=https://www.jota.info/lavajota/|título=Delação da Odebrecht e consulta a processo | publicado=Jota|wayb=20170419103317|urlmorta=sim}}
* {{Citar web|jornal=G1|publicado= Globo|data=10-05-2017|url=http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/depoimento-de-lula-a-moro-veja-os-videos-e-os-principais-pontos.ghtml|wayb=20170514081203|título=Depoimento de Lula a Moro: todos os vídeos e os principais pontos}}
* {{citar web|url=http://www.bbc.com/portuguese/brasil-43523539|título=Como a Lava Jato extrapolou os tribunais e virou série da Netflix, filme e até funk|prenome=André|sobrenome=Shalders|publicado=[[British Broadcasting Corporation|BBC Brasil]]|data=26-03-2018|acessodata=28-03-2018|arquivourl=http://archive.is/TfjQt|arquivodata=28-03-2018}}

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