Brigitte Montfort
Brigitte Montfort é uma personagem fictícia da coleção de livros de bolso pulp ZZ7, lançado no Brasil nos anos 1960[1]. A personagem foi criado por José Alberto Gueiros e inicialmente escrito por J. F. Krakberg, e e depois continuou em espanhol por Lou Carrigan (Antonio Vera Ramírez, que nasceu em Barcelona), e publicado pela primeira vez em português pela Editora Monterrey.
Brigitte Montfort | |
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Personagem de ZZ7 | |
Brigitte Montfort a filha de Giselle | |
Informações gerais | |
Primeira aparição | 1965 no Brasil |
Criado por | José Alberto Gueiros, J. F. Krakberg, Lou Carrigan |
Editora | Monterrey |
Informações pessoais | |
Nome original | Brigitte Montfort Bierrenbach |
Pseudônimos | Baby |
Nascimento | 2 de julho de 1939 na França |
Origem | - |
Características físicas | |
Sexo | Feminino |
Informações profissionais | |
Ocupação | Jornalista e espiã da CIA |
Aparições | |
Série(s) | ZZ7 |
Filha da espiã Giselle Montfort (uma criação do jornalista David Nasser, que fez grande sucesso em seu lançamento em 1948 com capítulos diários no jornal Diário da Noite e depois em livros de bolso) e um estrategista nazista chamado Fritz Bierrenbach, Brigitte é uma agente da CIA e personagem de histórias de espionagem que ocorrem na época da Guerra Fria.
As aventuras de Brigitte Montfort – também chamada de "Baby" Montfort – fazem parte dos livros de bolso da coleção ZZ7 lançados no Brasil entre 1965 e 1992[2] e sua imagem foi criada pelo ilustrador e desenhista Benício, [3] baseado na socialite carioca Maria de Fátima Priolli.[4] As primeiras capas foram feitos por um ilustrador holandês chamado Hack.[5] Em quase três décadas, foram publicadas exatas 500 histórias originais, entre 1965 e 1992, em séries denominadas vermelha, azul e verde (a cor da logomarca ZZ7 no livreto), em formato de bolso. Também na Espanha as aventuras de "Baby" Montfort foram publicadas, com o nome de "La Espía más Bella-Baby", pelas editoras Rollán, Bruguera e Vera;[6] atualmente é publicada pela Dlrorean Ediciones.[7]
A profundidade e o conhecimento profissional dos assuntos tratados, fez com que durante certo tempo a imprensa brasileira acreditasse que "Lou Carrigan" fosse algum agente da CIA contratado pela editora Monterrey para escrever as aventuras.[8]
Em 2000, Ramírez foi contactado por Juan Alberto Fernández Nunes, dono da editora, para criar novos romances de Giselle; o autor terminou quatro romances em 2001, que não chegaram a ser publicados devido ao falecimento do proprietário.[8]
Em março de 2014, foi anunciado um projeto de uma série de televisão com a personagem para o canal por assinatura GNT.[9]
Perfil
editarEm 1942, antes de morrer fuzilada em Paris por espionagem contra os nazistas que ocupavam a França, Giselle Montfort conseguiu enviar seu bebê recém-nascido, Brigitte, fruto de seu relacionamento um estrategista nazista chamado Fritz Bierrenbach, para os Estados Unidos através da Resistência francesa. (Na verdade, segundo o livro A Filha de Giselle No Caso Dos Discos Voadores I, o primeiro a narrar uma aventura de Brigitte Montfort e editado em 1964, o pai da criança a abandonara grávida, mas lhe raptara a menina logo ao nascer. Giselle teria morrido na manhã do dia 15 de março de 1944 sem conhecer a própria filha e sem sequer saber do seu nome ou do seu paradeiro. Em outros livros, fica claro que Brigitte nasceu no dia 2 de julho de 1939, menos de dois meses antes do início da Segunda Guerra. Fritz enviou a filha para que fosse cuidada por membros abastados da sua família que já viviam nos EUA. Soube-se, mais tarde, através dos romances escritos em 2001 por Lou Carrigan, que Giselle não morreu naquela ocasião e que ela chegou a conhecer a filha quando tinha aproximadamente 5 anos, pois ela teve a oportunidade de viajar para os EUA sob os auspícios, patrocínio e autorização de ninguém menos que o General Marechal de Campo Johannes Erwin Rommel. Os 4 livros de 2001 não foram publicados no Brasil, mas foram publicados na Espanha pelo próprio Lou Carrigan).
Nascida na França, Brigitte foi criada nos EUA por pais adotivos e cursou a Universidade de Columbia, formando-se em Jornalismo, onde conseguiu sucesso muito cedo e recebeu o Prêmio Pulitzer por suas reportagens humanísticas e políticas. Ainda muito jovem, ocupou a chefia da seção internacional do poderoso jornal novaiorquino Morning News, onde seus grandes amigos eram o editor de esportes e eterno apaixonado Frank Minello e o diretor-geral Mick Grogan. Extremamente atraente e sexy, seu carisma e sucesso profissional a faziam circular pelo jet-set internacional e a viver num grande apartamento de cobertura no Crystal Building, na Quinta Avenida, em frente ao Central Park.[8]
O que nenhum de seus colegas sabia era que, operando com a fachada de jornalista internacional em suas viagens pelo mundo, Brigitte era uma das mais secretas espiãs da CIA, codinome "Baby", número de código N.Y. 7117, poliglota especialista em artes marciais e no uso das mais diversas armas, uma lenda no meio da espionagem a qual nenhum espião inimigo conhecia ou se tivesse conhecido pessoalmente não estava mais vivo, chefiada por Charles Alan Pitzer, superintendente do escritório da CIA em Nova York e pelo misterioso Mr. Cavanagh, diretor-geral.[8]
Em suas inúmeras aventuras internacionais – sempre com uma pequena pistola automática de cabo de madrepérola presa no interior da coxa por uma cinta liga – "Baby" Montfort combateu os inimigos dos Estados Unidos e do "mundo livre", usando seu senso de justiça e espirito humanista em benefício da Humanidade para fazer seletos e secretos amigos pelo mundo: John Pearson, o "Fantasma", do MI6 britânico, o narigudo e simpático Monsieur Nez, chefe da contra-espionagem francesa e "Alexandria", nome de código do maior espião alemão de todos os tempos.
Mas de todos os homens que conheceu e se relacionou, Brigitte teve apenas um grande amor na vida: o maior de todos os espiões, "Número 1", um ex-espião da CIA ainda ativo como free-lancer, que deixou a agência de espionagem americana por ter sido traído no passado pela própria agência e por seu governo, com quem vive várias noites de amor e jornadas de aventuras.[8]
Referências
- ↑ Edilson Pereira (18 de maio de 2013). «Brigitte Montfort ainda vive no imaginário de muita gente». Paraná-Online
- ↑ «Brigitte, o fenômeno esquecido e outras fotos das capas». O Estado do Paraná. 22 de dezembro de 2003
- ↑ «Uma merecida homenagem ao talento de Benicio». universohq.com. Consultado em 19 de maio de 2013
- ↑ Roberto de Sousa Causo. «Resenha: O rei das pin-ups tupiniquins». Portal Terra. Consultado em 20 de maio de 2013
- ↑ Gonçalo Junior (março de 2012). «A espiã que nós amavamos». Editora Abril. Revista Playboy
- ↑ Antonio Vera Ramírez. «Colecciones España». loucarrigan.com
- ↑ Antonio Vera Ramírez (24 de junho de 2014). «Baby, de nuevo en accíon». loucarrigan.com
- ↑ a b c d e Antonio Vera Ramírez. «Brigitte Baby Montfort». loucarrigan.com. Consultado em 20 de maio de 2013
- ↑ Patrícia Kogut (10 de março de 2014). «GNT terá série sobre agente da CIA, que foi sucesso nos anos 60». O Globo
Ligações externas
editar- «Brigitte Montfort». no site da Editora Monterrey via Internet Archive