Gregório Bar Hebreu (em latim: Bar Hebraeus; em siríaco: ܓܪܺܝܓܳܘܪܺܝܳܘܣ ܒܰܪ ܥܶܒ݂ܪܳܝܳܐ; romaniz.: Grigoriyos bar ʿEḇroyo; Melitene, Sultanato de Rum (atual Turquia, agora na província de Elazığ), 1226 - Maragha, Pérsia, 30 de julho de 1286) foi um católico da Igreja Ortodoxa Síria no século XIII. É conhecido por suas obras que abordam filosofia, poesia, linguagem, história e teologia.[1] Nasceu como Abul Faraje ibne Harune al-Malati (Abū'l-Faraj bin Hārūn al-Malaṭī)[2] tendo possivelmente adicionado "Gregório" a seu nome em sua consagração como bispo. Ao longo de sua vida foi referido como Bar ʿEbrāyā (transliterado como Bar ʿEbroyo),[3] o que deu origem ao latinizado Bar Hebreu, "Filho do Hebraico".[4]

Bar Hebreu
Mafriano do Oriente
(Metropolita de Mosul e Nínive da Igreja Ortodoxa Siríaca)
Nascimento 1226
Malátia
Morte 30 de julho de 1286 (59–60 anos)
Maragha
Sepultamento Mosteiro de São Mateus
Etnia Assírios
Ocupação historiador, escritor, teólogo, filósofo
Obras destacadas Letter to the catholicus Denha, Chronicle, History of the dynasties
Religião cristianismo ortodoxo

Sob os cuidados de seu pai começou os estudos de medicina e de muitos outros ramos do conhecimento que ele prosseguiu em Antioquia e Trípoli, nunca tendo abandonado em sua vida. Em 1246, foi consagrado bispo de Gubos pelo patriarca Inácio II e no ano seguinte foi transferido para a Sé de Lacabene. Foi colocado na diocese de Alepo por Dionísio em 1252 e foi consagrado Primaz do Oriente por Inácio III em 1264. Devido as inúmeras viagens realizadas em sua província acumulou imensa erudição tornando-se familiarizado com boa parte dos ramos seculares e religiosos; Bar Hebreu vivenciou as invasões mongóis do Oriente Médio. Hebreu faleceu em 1286 tendo sido sepultado no convento de Mar Mateus perto de Moçul.[4]

Escritos

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Seu mais proeminente trabalho enciclopédico é seu Hewath Hekhmetha, "O Creme da Ciência" que detalha quase todos os ramos do conhecimento humano, compreendendo toda a disciplina aristotélica além de escritos árabes. Além desta outras enciclopédias como Teghrath Teghratha, "Comércio de Comércios (resumo do anterior), Kethabha dhe-Bhabhatha, "Livro das pupilas dos olhos (lógica e dialética) e Kethabha dhe-Sewadh Sophia, "Livro da Sabedoria e Expressão" (física e metafísica) são outras enciclopédias proeminentes produzidas por ele.[4]

No ramo bíblico seu trabalho mais célebre foi Aucar Raze, "Armazém de Segredos", um tratado com comentários críticos e doutrinários sobre a Bíblia. Nesta ressalta expõe trechos de autores anteriores a eles, o que foi importante para o processo de conservação dos mesmos. Hebreu deixou um grande trabalho histórico intitulado Makhtbhanuth Zabhne, "Chronicon", onde elucida a história desde a criação até sua época; dividi-se em duas partes: Chronicon syriacum que narra a história civil e Chronicon ecclesiasticum que narra a história religiosa. No campo da teologia tem-se Menarath Qudhshe, "Lâmpada do Santuário" e Kethabha dhe-Zalge, "Livro de Raios", um resumo da primeira. Como asceta tem-se os tratados Kethabha dhe-Ithiqon, "Livros de Ética" e Kethabha dhe-Yauna, "Livro da Pomba", um guia ascético. Tratados sobre gramática ("Livro do Esplendor", "Livro da Faísca"), textos jurídicos (Kethabha dhe-Hudhaye, "Livro da Direção"), matemática, astronomia, cosmografia e medicina.[4]

Precedido por
Inácio IV Saliba
Vago (1258–1263)
Mafriano do Oriente
(Metropolita de Mosul e Nínive da Igreja Ortodoxa Siríaca)

(1264–1286)
Sucedido por
Vago (1286–1288)
Gregório III Barsaumo

Referências

  1. Parry 1897, p. 5.
  2. Purton 2009, p. 51.
  3. «Maphryono Mor Gregorius Bar 'Ebroyo (1226-1286)» (em inglês). Consultado em 29 de setembro de 2012 
  4. a b c d «Bar Hebræus» (em inglês). Consultado em 29 de setembro de 2012 

Bibliografia

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  • Parry, Melanie (1897). Chambers Biographical Dictionary. [S.l.: s.n.] ISBN 0-550-16060-4 
  • Purton, Peter (2009). A History of the Early Medieval Siege, C.450-1200. [S.l.: s.n.] ISBN 978-1-84383-448-9