Os supermercados como conhecemos estão prestes a deixar de existir.
A Era dos Apps
A tecnologia nos trouxe o benefício da praticidade, entretanto, estamos cada vez mais sem tempo por conta de todas as atribulações do dia a dia. Passamos então a utilizar da tecnologia para otimizar todas as tarefas que pudermos e assim, ter algumas horas do dia disponíveis para gastarmos como bem entender.
Março de 2008, foi quando Steve Jobs finalmente deixou de relutar contra a abertura da plataforma do iPhone para a comunidade de desenvolvedores, e assim os apps chegaram para ficar!
Logo em seguida, embarcava o Google neste mercado, e dado o apelo mais aberto e mais barato do Android os smartphones se consolidavam então como “o computador pessoal” mais utilizado do planeta.
De lá para cá, fomos inundados por apps de todos os tipos, desde os mais banais, até os que trazem praticidade à nossa vida!
Tratando de um segmento em particular, gostaria de questionar o leitor:
- Quantos de vocês hoje em dia, vão ao banco com a mesma frequência com a qual estavam acostumados em 2008?
A Sociedade a caminho dos 100% de conectividade.
Hoje, a penetração de smartphones na população brasileira está próxima de 29%, praticamente um em cada três brasileiros usa um mobile. O Brasil ocupa a 6ª posição no mercado mundial, e, pesquisa anual realizada pela Google Brasil aponta que existam no Brasil 40 milhões de consumidores multi telas. E mais, cerca de 10 milhões de brasileiros passarão a integrar esse batalhão de pessoas nos próximos anos.
A mudança no comportamento do consumidor e o BOOM de vendas no ambiente digital.
Na contramão da crise, o e-commerce brasileiro fechou o ano de 2016 com um faturamento R$ 44,4 bilhões, crescimento de 7,4%, se comparado com os R$ 41,3 bilhões registrados em 2015. (Dados do Ebit)
O crescimento se deu por conta do investimento em tecnologia, desenvolvimento de apps de compra, aprimoramento dos e-commerce no que tange a questão de segurança na hora da aquisição, aumentando o nível de confiança do consumidor nos portais os quais acessa.
O consumidor vem cada vez mais aderindo ao ambiente de compras digital, uma vez que, ao fazê-lo ele se dá conta de que não precisa se deslocar nem para pesquisar preços, muito menos para efetuar a compra de fato, não pega trânsito, ele não precisa esperar para ser atendido, nem ficar na fila para efetuar o pagamento.
Todos estes fatores seguem contribuindo para o aumento das compras no "e-varejo".
O ambiente de compras digital além de ser prático, indiretamente ajuda nas questões de mobilidade urbana e sustentabilidade. (Estes 2 pontos estão diretamente ligados à redução do número de veículos nas vias por conta das idas e vindas das lojas para pesquisar preço e por fim comprar o produto desejado)
A tendência é que o “e-varejo” continue crescendo, e apps com modelo de negócios arrojados surjam de modo que agreguem tempo extra a vida de seu consumidor.
O fim da era dos supermercados como conhecemos.
Fazendo uma breve análise do comportamento do consumidor e para onde ele “tende” a rumar, aliado às questões da era IoT (Internet das coisas), que promete conectar tudo ao nosso redor, o investimento maior no desenvolvimento de soluções que visem mobilidade pública e sustentabilidade. A economia de tempo por parte do consumidor.
Todos esses fatores levam a crer que a os supermercados serão os próximos depois dos bancos a deixarem de ser “visitados”.
Eu não sou um maldito capitalista que deseja que os empregos sumam, e as pessoas deem lugar às máquinas, todavia, estamos caminhando para tal.
Em Nova York por exemplo, alguns supermercados já não possuem mais caixa, o consumidor depois percorrer o mercado para pegar aquilo que é de gosto, passa em um caixa com autoatendimento.
Já existem apps onde é concedido o desconto para determinados produtos, ainda assim é necessário a passada no supermercado. Existem apps onde a compra de suprimentos é realizada online, porém não são bem estruturados, e servem como terceiro, estando linkados às grandes redes de supermercados, perdendo espaço nas questões de praticidade, preço e distribuição. Existem apps, que já te lembram o que você precisa comprar, mas não onde!
Qual é o próximo passo? Como se tornarão obsoletos redes enormes de varejo dentro de um prazo máximo de 20 anos?
Apesar de ter as respostas, me reservarei ao direito de não revelá-las por completo, uma vez que, são parte de um plano de negócios, onde, cada parte deste processo é detalhadamente explicada e suas respectivas mudanças são apontadas com precisão.
Mas imagine, que o consumidor possa fazer sua compra semanal/mensal via app, e que a entrega seja feita no momento em que ele achar melhor, sem que a distribuição se comprometa por fatores como distância, trânsito e afins?
Imagine que, o prazo de 1-2 horas passados no supermercado, o trânsito de volta para casa, a corrida contra o tempo, tudo isso deixe de existir para que o consumidor tenha 2 horas a mais no seu dia para aproveitar como quiser.
Guardem minhas palavras, mesmo que o povo tupiniquim esteja em defasagem com relação aos países desenvolvidos, há ainda, tempo hábil para remodelação. Entretanto, uma coisa é certa, este modelo novo de negócios mais hora, menos hora, chegará por aqui, e chegará baixando portas.