O Cenário em Evolução do Streaming de Música: Investimentos em Catálogos, Concorrência e Novas Oportunidades

Tanto no streaming de vídeo quanto no streaming de música, existe um apetite insaciável por conteúdo, com acordos de licenciamento de catálogos musicais de alto valor sendo a tendência dos últimos anos. Artistas de renome como Bruce Springsteen, Bob Dylan, Justin Bieber e Shakira obtiveram centenas de milhões de dólares pelos direitos de suas gravações. No Brasil não foi diferente.

Dado o ambiente de taxas de juros mais altas atual, a atividade de acordos diminuiu um pouco em relação aos picos de 2021 e 2022. No entanto, já foram anunciados diversos acordos globais em 2023, segundo o relatorio Variety VIP lançado em 01 de setembro de 2023. Com o crescimento contínuo do streaming de música, é provável que as aquisições de catálogos musicais continuem, uma vez que esses catálogos são agora considerados ativos nos quais vale a pena investir. Plataformas emergentes, como serviços de vídeo curtos, estão acelerando a descoberta de músicas, e músicas mais antigas estão vivendo um momento especial, sendo mais desejadas do que nunca, impulsionando as reproduções e downloads.

O maior disruptor em potencial para o streaming de música é a ByteDance, a gigante da tecnologia baseada na China, que pretende utilizar o TikTok como uma plataforma de streaming de música. Atualmente, o TikTok Music está sendo testado em países como México, Singapura, Austrália, Brasil e Indonésia. Embora o TikTok ainda não tenha divulgado se planeja lançar o serviço nos Estados Unidos, caso isso ocorra, pode significar notícias desafiadoras para outras plataformas. No entanto, também poderia ser benéfico para as gravadoras, , já que parcerias de licenciamento poderiam criar oportunidades de receita para seus artistas.

Plataformas emergentes, como vídeos curtos, jogos e podcasts, representam oportunidades significativas de crescimento de receita para a indústria musical. A receita de música proveniente de plataformas de mídia social cresceu 30,9% em 2022, de acordo com a IFPI. Analistas estimaram que 60% da receita das plataformas emergentes em 2022 vieram de vídeos curtos e/ou mídias sociais, incluindo TikTok, YouTube Shorts, Instagram Reels e Snapchat Spotlight. Vamos acompanhar para ver o futuro desse mercado nos próximos anos.