Liderança na Crise: Desafios da Covid-19
De acordo com o escritor James C. Hunter, “liderança é a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente, visando a atingir os objetivos identificados como sendo para o bem comum."¹
Em um momento de tantas incertezas, líderes podem contribuir diretamente para um melhor desempenho.
Sabemos que mais da metade dos pedidos demissionários são causados por baixo desemprenho de líderes no âmbito corporativo. Em pesquisa editada do ano de 2019, 8 em cada 10 funcionários rompem a relação empregatícia por tal motivo².
De acordo com Lucas Oggiam, diretor da marca Michael Page e Page Personnel, decisões gerenciais equivocadas ou mal planejadas inevitavelmente levam a um desgaste no relacionamento entre funcionários e chefes.
Em tempos de Covid-19, há de se levar em consideração que estamos lidando com impacto tríplice na vida de cada um, na saúde, saúde financeira e saúde mental das pessoas.
Um bom líder deve procurar tranquilizar seus liderados, buscando não transferir mais preocupações ao demonstrar inseguranças com o futuro – inerente de uma crise jamais vivida antes -, visto que a motivação e apoio estão atrelados a um melhor desempenho e maior produtividade.
Buscar comunicação regular, passar informes habitualmente, perguntar como as pessoas se sentem e realmente estar disponível para ouvi-las tendem a oferecer um resultado positivo em um momento de incertezas, posto que criar uma rotina saudável dentro de uma quarentena é um desafio para líderes e liderados.
Outro ponto bastante importante é que o isolamento social traz a sensação de inexistência de equipe. Estimular dinâmicas e dividir tomadas de decisões com o grupo, perguntando o que cada um pensa sobre, é uma boa forma de lembrar-se, tanto a si, quanto aos pares e liderados, que ainda há trabalho em equipe e é possível aliviar a pressão compartilhando a responsabilidade. Essa postura, além de afrouxar a distância, faz com que seja possível a identificação na equipe de possíveis novas lideranças e demonstra suporte e apoio do dirigente ao dar voz e participação.
Mais do que nunca o autoconhecimento e auto liderança farão a diferença. Será preciso empatia, influência positiva e poder de identificação da necessidade de cada um, se antecipando e apoiando, já que, parafraseando Maria Olívia Machado, a sensação de guilhotina no pescoço é a pior coisa que você pode fazer com sua organização³.
Fontes: [1] O Monge e o Executivo, JAMES C. HUNTER (2004, p. 25), Consultor americano.
[2] https://g1.globo.com/…/8-em-cada-10-profissionais-pedem-dem…
[3] Vai ou não demitir em tempos de Covid-19? Como lideranças devem portar perante seus colaboradores. Maria Olívia Machado, 2020.
https://hbr.org/…/how-ceos-can-support-employee-mental-heal…
Por Júlia Malimpensa
Advogado Pleno na Tegma Gestão Logística S/A
4 aParabéns pelo artigo !!
Estrategista de Carreira e Negócios na Advocacia. LinkedIn Top Voice. Advogada e Mentora Jurídica. Professora da USP. Escritora e Palestrante. Conselheira.
4 aFiquei muito honrada de ser citada no seu artigo! Um abraço grande!