Como desenvolver as competências essenciais de liderança para o mundo VUCA em constantes mudanças e destino incerto?

Como desenvolver as competências essenciais de liderança para o mundo VUCA em constantes mudanças e destino incerto?



A expressão rotulada para o mundo profissional dos negócios moderna está diretamente vinculada ao cenário rotulado pelos norte-americanos no pós-guerra como VUCA, que foi empregado pelo exército americano para descrever a volatilidade (volatility), a incerteza (uncertainty), a complexidade (complexity) e a ambiguidade (ambiguity) nas situações adversas de guerra, reflexo de um cenário extremamente agressivo e desafiador.

Esta conexão se dá porque o ambiente empresarial atual demanda novos desafios, agressividade, competição e velocidade, tornando principalmente a gestão voltada para avaliação aos riscos envolvidos. Desta forma, é imprescindível manter o olhar atento às alterações que estamos vivendo e buscar provisionar seus impactos.

Neste contexto, vale a reflexão sobre “Como um líder pode atuar de forma positiva e humana, onde as mudanças são tão ágeis?”.

Entendo que principalmente com duas competências, sendo a primeira como  adaptabilidade proativa, buscando antever oportunidades e desafios através da análise de tendências, dados e informações e ser capaz de adaptar-se para os nossos cenários.  E a segunda competência de destaque, atuar como líder-coach, estando próximo aos membros da equipe, desenvolvendo pessoas, facilitando processos, promovendo ambientes de reflexão, espaços mais colaborativos, proporcionando empoderamento, inovação e engajamento das pessoas. Esta gestão mais próxima, além destes valores, promoverá maior retenção e motivação de equipes.

O foco estratégico em pessoas conduz a equipes fortalecidas e times eficazes de alta performance!  Ao estabelecer uma cultura de coaching nas organizações, as pessoas se tornam facilitadoras do desenvolvimento umas das outras, o fluxo de raciocínio se torna mais produtivo, a trilha do conhecimento mais efetiva, as distrações com conflitos internos e externos são reduzidas e a eficácia aumenta.

Em contrapartida, temos que a falta de comunicação, da qual boa parte das empresas atualmente sofre, em grande parte, como resultado de pessoas que não sabem escutar. A ausência de escuta ativa em líderes, constata olhar egoísta em seus próprios recursos, autoritarismo e perde a essência da comunicação. Salientando que o processo de comunicação não deve ser neste caso ser automatizado. Escuta ativa requer disciplina (treino) e empatia.

Com escuta empática, existe a presença como se as barreiras entre as pessoas não existissem. Quanto maior a empatia nas conexões, proporcionalmente, existe a redução dos conflitos por comunicação.

Identificados por Otto Scharmer, temos quatro formas de falar e escutar, sendo (1) Downloading, onde as pessoas ouvem a partir de si próprias, da sua própria experiência. Só escuta o que confirmar própria história. / (2) Debater, onde ouvem de fora, factual e objetivamente, conforme um juiz durante uma argumentação. / (3) Dialogar, escutar o outro como se estivesse dentro dele, com empatia e subjetividade; entendendo a opinião do outro. A percepção deixa de ser restrita ou específica para ser sistêmica. / (4) Presenciar: Perceber o que está surgindo. Neste modo eu estou além de mim e do outro; existe algo maior que ambos. A percepção deixa de ser restrita ou específica para ser sistêmica.

Quando se está presente, as barreiras são desfeitas entre as pessoas. Muito bem definido por Nelson Rodrigues, referenciando que na comunicação normalmente as pessoas imaginam que “o mais importante é a fala, mas é na pausa (silêncio) que elas entram em comunhão e se entendem”.

Resumindo, o que esse raciocínio nos remete é que se estarmos apenas fazendo o downloading ou debatendo, iremos reproduzir realidades já existentes, mesmos erros e será difícil fazer algo realmente novo e diferente, inovar. Cocriar realidades depende da permissão que cada um tem para dialogar e estar presente.

Que tal encarar este desafio de ser mais humano e estar mais presente em seus diálogos? Chave do sucesso para aproximação dos relacionamento pessoais e profissionais! Sucesso!


Aletéia Melo

Gerente de Contas Estratégicas na Abbott | MBA Executivo | Assuntos Governamentais | Economista | Mediação- Conciliação

5 a

Olá, Dani! Texto ótimo. Leitura fluida. Gostei mesmo. Acha que cabe, nisso tudo, a instrutiva para aquele que fala? A escuta ativa seria mais aderente se recortes daquele que expõem também fosse mais objetiva ou a ideia é: independente do formato, o líder precisa dedicar atenção? Entende, nesse caso, ser possível o feedback do liderado para o líder? (tema distinto, mas na temática de melhoria de comunicação). Grande abraço (deu saudades daqueles tempos de jovem em que vc fez parte!!! )

Odair Araujo

Retired Expert in Emulsion Polymerization and Chemical Engineering

5 a

Oi Dani, o seu texto é excelente. Ao meu ver, como voce escreveu, a comunicacao é o mais importante. E o que mais falta é a escuta ativa.  Gostei bastante deste conceito. Se voce considerar a situacao tambem fora do Brasil, temos a questao cultural (body language, expressoes, gestos etc). Quando voce nao entende como eles "falam" da muita confusao. Parabens pelo texto e continue escrevendo, ok?

Lúcia Barizza

Diretora Sistema Clube de Comunicação

5 a

Adorei. Yuhuuuuu

Robson Santarem

Consultor em Gestão de Pessoas | Mentor e Coach de Lideranças | Palestrante | Escritor | Professor da Fundação Getúlio Vargas

5 a

Parabéns! Esse é o caminho! 

Marcel Rangel de Barros

Gerente de Contas | Account Manager | Gerente Comercial | Desenvolvimento de Negócios | Vendas B2B | Marketing de Produto | Máquinas e Equipamentos

5 a

Excelente artigo! Obrigado por compartilhar!

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