Publicação de TV Cultura - Fundação Padre Anchieta

Dando continuidade a nova epifania da vez, o podcast #cinematicos sobre o filme #ficcaoamericana trouxe novas reflexões, das quais destaco a seguinte: "No fim do dia, toda minoria tem que agradar e estar dentro do padrão social estipulado por ele, o homem hétero branco". Mesmo a mulher branca, por vezes também vítima da situação embora muitas vezes "se aproveite" legitimamente dela, quando chega a alguma posição de poder sistematicamente acaba emulando, até de forma piorada, as mesmas posturas de quem está no topo da "cadeia alimentar". Ou seja, mais do mesmo. Mas a preta, o preto, o gay, o periférico, e todo aquele que precisou desenvolver mecanismos de sobrevivência que vão muito além do privilégio naturalizado em redes de apoio da elite homogeneamente branca e heteronormativa, esse sempre precisa fazer muito mais que os demais, sempre precisa virar do avesso para "agradar", ser gostável, "conquistar a confiança" de quem tem "a chave do cofre". E é compreensível: A gente sabe como controlar e confia mais rapidamente em pessoas com as quais nos identificamos. Mas bora ser mais arrojados e se esforçar um pouquinho mais para aproveitar tudo o que pessoas diversas têm a acrescentar? #diversidade #cinema #esg #b9 #podcast

🎥 IA para escalar atores e atrizes? Sim! A IA já assume o seu protagonismo na escalação de elenco para novelas da TV Globo. 👀 Segundo coluna do Lo Bianco (Portal IG), a emissora carioca utiliza a ferramenta para definir os atores e atrizes mais adequados para cada personagem de suas produções. 🚻 No remake de Vale Tudo, por exemplo, foi escolhida a atriz Débora Bloch para o papel da icônica Odete Roitman. E afinal, quem matou Odete Roitman mesmo? (Lembra disso?) O processo de escolha ocorreu com ajuda de um #software, que reúne traços marcantes de um personagem antigo e cruza com banco de artistas da emissora. Pois é...! A realidade do processo seletivo com #inteligênciartificial chegou para todos. #inteligenciaartificial #tecnologia #inovacao #telenovela

A maneira como pensamos negócio segue uma sequência lógica de olhar para pessoas, processos e produtos. Aqui vocês poderão entender um pouquinho mais como fazemos o que fazemos e o que buscamos como resultado!

A era dos remakes: por que é tão difícil desapegar? Parece até De Volta para o Futuro. Se a gente olhar a lista de filmes que saíram recentemente, vamos encontrar diversos remakes, spin-offs e continuações, como Mean Girls, Divertida Mente 2, Minions 4 e O Auto da Compadecida 2 no cinema. Na TV, as coisas não foram muito diferentes, com as novelas Pantanal e Renascer. Se a gente fizer outro recorte, o domínio é ainda mais impressionante: 7 das 10 maiores bilheterias do cinema não são obras originais. No Brasil, as duas novelas que eu citei bateram recorde de audiência e de entregas comerciais. Vendo listas assim, é possível pensar que falta criatividade na indústria ou ainda que a audiência está cada vez mais nostálgica. Mas quem disse que uma coisa anula a outra? Eu entendo que fazer esse tipo de produção é mais seguro para os estúdios, já que é mais fácil (e muito mais barato) continuar uma história ao invés de se arriscar em uma história nova. Ainda assim, mais do que reciclar memórias, as novas produções tentam resolver "closes errados" do passado e incluir mais diversidade e representatividade, por exemplo. O que é ótimo. Aqui na DiaTV mesmo, estamos indo para a 5ª temporada da Corrida das Blogueiras, sem falar nos sucessos De Frente Com Blogueirinha, Dando Duro, SuperPoc, Escolinha do DragBox e Arquivo Oculto, que são releituras caricatas de programas consolidados na TV, trazendo o que a gente tem de melhor, sabe?

Tá dando o que falar nas redes sociais, a primeira foto da família da protagonista Quinota (Larissa Bocchino), de “No Rancho Fundo”, novela da Globo. O ano é 2024 é a Globo (e demais emissoras de tv) insistem em representar, um tipo de Nordeste da metade do século XX. Um estereótipo equivocado, que não condiz com a atual realidade, da maioria do Nordeste Brasileiro. Sempre uma imagem de seca, com pessoas pobres e sujas em filtros de tons pastéis morando em casa de barro (inclusive a última vez que vi uma, era criança). Mostrar apenas uma realidade, que existe ou existiu em um determinado espaço geográfico, reforça no imaginário das pessoas de outras regiões, uma realidade que pra muita gente é a única verdade absoluta. Enquanto existir lideranças em projetos audiovisuais, que sempre procuram reforçar essa imagética sempre irá existir isso. Nos últimos anos, temos alguns exemplos no audiovisual de produções que vão de contramão a isso, como é o caso do filme Bacurau e a série Cangaço Novo (a ressalvas sobre as duas produções). A própria série Justiça da Globo também, mostrou um centro urbano do Nordeste sem estereótipos. #nordeste #novela #estereotipo

Expandindo nosso portfólio no entretenimento, aceitamos o desafio da Boutique Filmes de dar vida à identidade visual de Sutura, a nova série médica original da primevideosmytv BR. Nossa missão foi além de criar uma estética atraente — queríamos contar uma história visual que mergulhasse nos segredos escondidos nos corredores do hospital e no submundo sombrio que o cerca. O jogo de luz e sombra se tornou o fio condutor, trazendo aquela sensação de que a cada cena, algo novo e intrigante está à espreita. No title treatment, exploramos a essência de Sutura: uma grande forma vazada corta o lettering na diagonal, simbolizando os dois mundos que se entrelaçam — o hospital e o submundo. Esse corte acentua o suspense e é reforçado por uma discreta mancha de sangue na ponta, insinuando que nem todos os segredos podem ser selados. Aqui, a identidade visual de Sutura vai além do que se vê — cada detalhe revela camadas de mistério e intriga, conectando o espectador com a narrativa. #gomiagui #primevideo #sutura #titletreatment

A televisão cumpre uma função social importantíssima, principalmente, no reparo, na mobilização, em atuar em grande escala por micro-mudanças! e que bom, juntar a arte, o audiovisual em prol de uma causa tão necessária. que importante unir meu trabalho na produção dessa chamada para promover essa ação de amor! #SobPressaoNaGlobo #CorrenteSobPressao

Incrível e muito pertinente essa análise do Rafael! Obviamente que uma coisa não anula a outra, mas é importante ressalatar que as produtoras e executivos perderam o principal trunfo: CORRER O RISCO/ARRISCAR! Na era da inovação, apostar em novos conteúdos, ineditismo, personalidade e identidade própria, sem respaldos, para caracterizar um produto, quebrar barreiras e paradigmas entre as gerações, é um prato cheio pra essa galera que "foge do sofá (se é que chegam até lá)", quando veem a palavra "remake" e que, ignorantemente, atrelam (apenas) ao passado sem entender o "todo" das obras/conteúdo que está sendo apresentado. Acredito que isto também seja uma falha dos produtores de conteúdo por, ainda, não saberem educar a audiência da nova geração. Talvez por isso a "TV" de hoje esteja perdendo para internet e a internet/streaming esteja ficando um pouco maçante e repetitiva com o "mais do mesmo - repaginado". Cansa muito muito mais rápido. Sem contar na ânsia por chegar em determinados pontos e tópicos que sabemos que devem ser abordados. Acho interessante dosarem bem essas propostas e apostarem no novo, para causar o impacto e a entrega que tanto buscam e se questionam nos bastidores. Queremos um Silvio Santos da nova geração, um Jô, um Boni (o original)... Não com remakes, e sim com a sagacidade e coragem pra arriscar e inovar.

Matéria feita em conjunto com minhas colegas e estudantes de jornalismo para a Revista ESQUINAS da Faculdade Cásper Líbero sobre as últimas videolocadoras sobreviventes em São Paulo. Cuidei especialmente do texto sobre a Video Connection, localizada no Edifício Copan. Dá uma lida!