Violência em São Paulo expõe a necessidade de modernização urgente do funcionamento das polícias. Robson Rodrigues, Coronel da reserva da Polícia Militar e pesquisador do Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro faz análise em artigo exclusivo.
Publicação de The Conversation Brasil
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Minha contribuição ao debate sobre o aumento de casos de violência policial em São Paulo.
VIOLÊNCIA POLICIAL | O aumento dos casos de violência policial praticada por policiais militares do estado de São Paulo contra a população rompeu a lógica de uma guerra contra bandidos. A opinião é da pesquisadora Camila Vedovello, pesquisadora do Laboratório de Estudos de Política e Criminologia (Polcrim) do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp. “Quando você tem a Operação Escudo ou a Operação Verão, os policiais estão adentrando o território, dizendo que estão em uma guerra. Agora, quando você tem a imagem de uma pessoa sendo jogada da ponte, de uma senhora de 63 anos sendo espancada ou de um rapaz levando 11 tiros pelas costas, isso extrapola essa lógica”, explica Vedovello. Para a pesquisadora, a guerra policial contra bandidos foi um mote importante na campanha para o governo do estado de São Paulo em 2022. “Trazer esse mote de ‘bandido bom é bandido morto’ mantém aquecida uma base política ligada à extrema direita.” Vedovello comentou ainda a chancela do estado para a violência policial. Ficha técnica Produção e edição de texto: Patrícia Lauretti Reportagem: Silvio Anunciação Edição: Diohny C. Andrade Edição de capa: Alex Calixto Coordenação: Patrícia Lauretti
Polícia de SP contra a população?
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Em um contexto em que o apoio dos brasileiros à democracia alcança níveis mínimos históricos, compreender as causas desse fenômeno é essencial para remediá-lo. Eu e Frederico Castelo Branco oferecemos uma contribuição nesse sentido em artigo recém-publicado na revista Opinião Pública, da Unicamp. No trabalho, demonstramos que a violência policial reduz diretamente a satisfação com a democracia. Utilizando um painel representativo da cidade de São Paulo, mostramos que pessoas abordadas pela polícia à mão armada apresentam piora significativa em suas percepções a respeito do regime democrático.
Do policing strategies affect political attitudes? The effects of police stops on satisfaction with democracy in São Paulo - Opinião Pública Vol. 30, Nº 1
cesop.unicamp.br
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A estatística divulgada pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, no dia 25 de março, revela uma realidade aterrorizante no Estado de São Paulo. Nos meses de janeiro e fevereiro de 2024, o número de pessoas mortas por policiais dobrou em comparação com o mesmo período de 2023. Foram 147 mortos por policiais militares e civis nos dois primeiros meses do ano. Precisamos considerar que a violência da ação policial no Brasil é letal, seletiva e racista. Em 2023, a Rede Liberdade lançou o livro “Letalidade policial e seletividade penal: Reflexões produzidas por corpos matáveis”, uma pesquisa ampla e consistente que exibe os contornos mais nítidos - e questionáveis - dessa violência. A obra, grito de alerta contra a violência e a ação policial no Brasil, está disponível gratuitamente no site da Rede Liberdade (https://lnkd.in/dGxer6_v). #JustiçaIgualitária #RacismoMata #DireitosHumanos
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O Fórum Brasileiro de Segurança Pública acabou de divulgar o Atlas da Violência 2024, estudo que analisa os homicídios ocorridos no Brasil em 2022. O estudo aponta que as 5 cidades mais violentas do país estão no território baiano (levando em consideração a taxa de mortes violentas por 100 mil hab). Segundo o estudo, até 2022, pelo menos dez facções disputavam territórios considerados estratégicos nas rotas do comércio ilegal de drogas e armas. Além do PCC e do CV, a Bahia contava com mais oito grupos criminosos fundados no próprio estado, que provocaram conflitos letais derivados de rupturas e alianças. Como estratégia de enfrentamento, o governo local reproduziu o modelo falido de guerra às drogas, concentrando e priorizando ações de confronto em detrimento das ações de inteligência. Como consequência, a Bahia também lidera os índices de letalidade policial. Link do Atlas da Violência 2024: https://lnkd.in/e-sJZ2hf
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Quase 80% dos brasileiros sentem piora na segurança pública nos últimos 12 meses, mostra pesquisa "Sobre confiança nas forças de segurança pública, as Forças Armadas (Aeronáutica, Exército e Marinha) possuem 44% de avaliação “confia totalmente” entre os entrevistados, seguido de Polícia Federal (36%), Polícia Civil (25%), Polícia Militar (23%) e Poder Judiciário (17%). A maior parcela de “não confia” é do Poder Judiciário (24%), seguido da Polícia Civil (21%) e da Polícia Militar (20%)." PS: Forças Armadas não são órgãos de segurança pública. #police #policia #lawenforcement #segurancapublica #publicsafety #brasil Polícia Militar do Distrito Federal - PMDF Secretaria de Segurança Pública Polícia Federal Ministério da Justiça Secretaria Nacional De Seguranca Publica - Senasp Governo do Distrito Federal Governo do Brasil https://lnkd.in/dcjnvaaE
Quase 80% dos brasileiros sentem piora na segurança pública nos últimos 12 meses, mostra pesquisa - Terra Brasil Notícias
https://terrabrasilnoticias.com
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Cenário da Segurança Pública no Brasil A história recente da segurança pública no Brasil tem sido marcada por demandas acumuladas e mudanças incompletas. A segurança pública ganhou relevância política nos últimos tempos e já desponta como um tema central para as próximas eleições. O avanço das facções criminosas, o entrelaçamento cada vez mais evidente da criminalidade com o poder público, a persistência das altas taxas de crimes em níveis alarmantes, com sistema penitenciário ainda utilizado como espaço social de desenvolvimento do crime organizado. Como agravante, a atuação das facções não tem se restringido somente às prisões. Essas organizações têm protagonismo nas periferias cooptando jovens e adolescentes como massa de manobra e de serviço. Questões como desigualdade social, falta de acesso à educação e oportunidades de emprego, tráfico de drogas, armas ilegais e corrupção alimentam a cultura da violência em muitas localidades brasileiras. Diante dos desafios apresentados, o Brasil tem buscado desenvolver e implementar um Plano Nacional de Segurança Pública abrangente e eficaz. Este plano envolve uma série de medidas incluindo o fortalecimento das instituições de segurança, o investimento em tecnologia e inteligência, a promoção da integração entre os diferentes níveis de governo e a melhoria das condições sociais em áreas vulneráveis. É possível reduzir a criminalidade, com integração das polícias, investimentos em efetivos, armas e veículos, e outras ações. É fundamental ainda traçar estratégias para minar o crime organizado, seguindo o caminho do dinheiro das facções, através de investigação por parte da Polícia Judiciária. Política de segurança implica articulação sistêmica das instituições. Tem como pressuposto articulação interinstitucional, planejamento sistêmico e sua continuidade. A eficácia do sistema de segurança pública resulta justamente da capacidade de articular intervenções multissetoriais e interorganizacionais voltadas a prevenir o crime ou a superar suas consequências depois de já ocorrido. Esta articulação está fundamentalmente pautada em uma gestão eficiente de recursos, informações e estratégias, que privilegie a formulação e implementação participativa e que se ampare em instrumentos de monitoramento e avaliação constantes e confiáveis, tanto no intuito de corrigir o rumo das intervenções, como para a tarefa de consolidar práticas bem sucedidas e socialmente legitimadas. Para se poder avançar efetivamente neste campo, há necessidade de fixar as políticas de segurança pública para além de disputas eleitorais e partidárias, bem como prosseguir na direção de uma política mais efetiva e menos descontínua de segurança cidadã, com ampla participação da sociedade civil. https://lnkd.in/dgK9GfUj
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[ARTIGO] Aproximar a comunidade da polícia é o caminho para uma Segurança Pública eficaz em Campo Grande A segurança pública é um dos pilares fundamentais para a qualidade de vida de qualquer sociedade. A Constituição Federal, no artigo 144, afirma: "A segurança pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos", sublinhando a necessidade de uma abordagem coletiva e colaborativa que envolva toda a comunidade. Como pré-candidato a vereador em Campo Grande e escrivão de polícia civil, defendo a importância de um diálogo contínuo entre a Guarda Municipal, Polícia Militar, Polícia Civil e a população. Essa interação deve ser baseada em ideias e propostas concretas que atendam às necessidades específicas de cada bairro. A participação ativa dos cidadãos nas atividades de segurança pública é essencial. Isso reforça a confiança entre a população e as forças policiais, garantindo que as políticas de segurança reflitam as reais demandas e preocupações dos moradores. Segurança pública é uma questão prática e vital que afeta a todos. Alguns benefícios da aproximação entre a comunidade e as forças policiais incluem a redução da criminalidade e a prevenção de crimes. A cooperação entre a polícia e a sociedade fortalece o senso de comunidade, promovendo um ambiente de solidariedade e apoio mútuo. O Brasil está em 14º lugar no Estudo Global Sobre Homicídios da ONU, com 21,26 homicídios a cada 100 mil habitantes. Entre 2019 e 2021, mais pessoas foram vítimas de homicídios no Brasil do que de conflitos armados ou atos terroristas combinados. Este dado sublinha a necessidade de uma abordagem integrada e participativa para enfrentar a criminalidade. Construir legislações eficazes e inclusivas envolve ouvir empresários, moradores da área rural, indústrias e comunidades locais. A colaboração e o compromisso de todas as partes são fundamentais para desenvolver políticas de segurança que atendam às necessidades de todos. As instituições policiais devem atuar dentro da legalidade, prevenindo e investigando crimes para levar paz à sociedade. É importante discutir e elaborar legislações que promovam a prevenção e a educação. Com a participação ativa de todos, conseguiremos construir uma Campo Grande mais segura e próspera. A luta continua! *Giancarlo Miranda, policial civil e pré-candidato a vereador em Campo Grande.
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Manifesto de Repúdio É com profunda indignação que me manifesto contra a recente demonstração de abuso de autoridade por parte de policiais militares. Tal comportamento não apenas desrespeita os princípios fundamentais da dignidade humana e do estado democrático de direito, como também mancha a honra da própria instituição policial, que deveria primar pela proteção e pelo respeito aos cidadãos. A conduta arbitrária, violenta e desproporcional não será tolerada. Exigimos uma investigação rigorosa e imparcial, que resulte na responsabilização exemplar dos envolvidos. A sociedade clama por justiça e por um compromisso inabalável com a ética e a integridade. Não nos calaremos diante da opressão e da tirania. Este é um chamado à consciência e à ação. É imperativo restaurar a confiança naqueles que, por dever, deveriam ser guardiões da ordem e da paz. Não há lugar para o abuso em uma sociedade que aspira à equidade e à justiça. Exigimos respeito, transparência e justiça. #JustiçaJá #ContraAbusos #DignidadeHumana #RespeitoÉticaJustiça #FimDaViolênciaPolicial #NãoAoAbusoDeAutoridade #DireitosHumanos #PelaPazESegurança #InvestigaçãoRigorosa #SociedadeJusta
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“Venezuelização” em curso…
Diretor de Loja | Gerente Geral | Inteligência de Mercado | Consultor Estratégico | Líder em Varejo e Marketing | Protagonista | Criador | +D 23 Milhões de Impressões no LinkedIn | Inconformado com status quo.
Quando um #governo começa a articular uma #polícia #ostensiva diretamente subordinada ao seu comando, em vez de mantê-la como uma instituição autônoma do #Estado, isso pode sinalizar um desvio perigoso em direção a regimes autoritários. A distinção entre polícia de Estado e polícia de governo é #crucial em #sociedades #democráticas, pois o papel da polícia deve ser a proteção imparcial dos cidadãos e a garantia da ordem pública, independente de quem esteja no poder. Historicamente, #experiências #trágicas em países com governos racistas, fascistas, nazistas ou ditatoriais mostraram que, quando as forças de segurança se tornam instrumentos diretos do governo, elas frequentemente passam a servir como mecanismos de controle social e #repressão política. Exemplos incluem a #SS na Alemanha nazista, a #KGB na União Soviética e as polícias secretas de diversas ditaduras militares na #América #Latina. Nesses casos, a #lealdade das forças de segurança ao governo de turno, em vez de ao Estado de direito, facilitou #perseguições, abusos de direitos humanos e a eliminação de #oponentes políticos. O #perigo desse #modelo é que ele mina as bases da #democracia, onde a separação de poderes e a autonomia das instituições são fundamentais para proteger a população contra o abuso de poder. O #risco é que uma #força policial diretamente controlada por um #governo possa ser usada para sufocar vozes dissidentes, intimidar a oposição e perpetuar o poder de uma elite política, levando a uma erosão das liberdades civis e do estado de direito. Essa #centralização pode ser uma previsão de um #futuro #obscuro, onde a transparência, os direitos humanos e o equilíbrio de poder são comprometidos, criando as condições para regimes autoritários que governam com mão de ferro e sufocam qualquer forma de resistência. É um #sinal de #alerta que não pode ser ignorado, pois a história nos ensina que uma polícia a serviço de interesses #governamentais, e não da população, é frequentemente o prenúncio de tempos de repressão e tirania. Quando a #polícia serve ao #governo e não ao Estado, a linha entre segurança e opressão se apaga, e o #futuro da #liberdade entra em risco. #marcielvieira #opentowork #gerentegeral
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Conselheira Certificada pelo IBGC, Membro de Conselho Consultivo, Economista, Professora e Pesquisadora em Economia da PUC-SP e Membro Colaborador da Comissão Especial de Estudos de Direito e Economia da OAB-SP
2 semNossa! Que importante! Obrigada por compartilhar!