Newsletter 📥 | Os destaques da semana trazem temas que mexem com o presente e o futuro da sociedade brasileira. Uma pesquisa recente revela um dado alarmante: o número expressivo de partos em meninas menores de 14 anos, fruto de violência sexual. A realidade cruel do estupro de vulnerável escancara não apenas a violência sofrida, mas também as falhas na assistência às vítimas mais jovens. Esse cenário se entrelaça com outro desafio urgente: as dificuldades enfrentadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A série "O Complexo", da revista piauí, acompanha a realidade de famílias que dependem de um sistema que tem como princípios a universalidade, a equidade e a integralidade. Enquanto isso, em outra frente, um fenômeno silencioso e crescente chama a atenção: o avanço das apostas online. No podcast Rádio Novelo Apresenta, o episódio "O Buraco que Cavamos" investiga como a legalização desse mercado tem afetado a saúde pública, expondo as consequências do vício em jogos e seu impacto na saúde. O que você achou desta newsletter? Deixe aqui a sua opinião e conte para a gente se esse conteúdo é relevante para você. #SaudePublica #SUS #Umane #Newsletter
Publicação de Umane
Publicações mais relevantes
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📣 Hoje acontece o primeiro dia da semana da luta antimanicominal. 📣 Celebrado em 18 de maio, é uma data importante que marca a luta pelos direitos das pessoas com sofrimento mental. Esse movimento busca a liberdade, a vida e o cuidado sem a perda da liberdade. 📣 O Movimento da Luta Antimanicomial se caracteriza pela defesa dos direitos das pessoas com transtornos mentais. Ele combate a ideia de que essas pessoas devem ser isoladas em hospitais psiquiátricos, baseando-se apenas em preconceitos relacionados à doença mental. O movimento lembra que, como todo cidadão, essas pessoas têm direito fundamental à liberdade, ao convívio social e ao tratamento adequado, sem abrir mão de sua cidadania. 📣 A Lei 10.216/2001, também conhecida como “Lei Paulo Delgado”, foi aprovada como resultado desse movimento. Essa lei trata da proteção dos direitos das pessoas com transtornos mentais e redireciona o modelo de assistência, estabelecendo a responsabilidade do Estado no desenvolvimento da política de saúde mental no Brasil. Ela prevê o fechamento de hospitais psiquiátricos e a abertura de novos serviços comunitários, além da participação social no acompanhamento de sua implementação1.
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A gente precisa parar de colocar as pessoas em caixinhas isoladas. Estereotipar pessoas não é uma boa tática. É preciso ouvi-los, e aqui na Hibou a gente observa comportamentos e opiniões em geral, seja movimentos de consumo ou posições diante de temas delicadíssimos, como a recente polêmica em torno de um projeto de lei sobre o @b0rt0. A posição majoritária dos brasileiros é a de que o procedimento deve ser permitido em casos de e$tupr0 ou de risco de vida da mãe (45%), enquanto 21% defendem que seja possível em todos os casos. Apenas 5% dos entrevistados defenderam o limite de 22 semanas em casos de e$tupr0 – tema do PL. As pessoas precisam se posicionar mais e mostrar no que acreditam. O tema da família é muito caro aos brasileiros. Não por acaso, o da infância também. 87% dos entrevistados afirma que meninas entre 10 e 14 anos não conhecem seus corpos tão bem, a ponto de saberem se o @bu$0 gerou uma gravidez. E 87% das pessoas entendem que a última palavra deve ser da vítima. Todos esses elementos trazidos pela nossa pesquisa confirmam uma percepção que já vinha se cristalizando na imprensa: o de que o PL apresentado não foi discutido dentro de possíveis grupos de interesse, tendo pouquíssimo apoio orgânico, dada a percepção de que uma injustiça seria imposta a diversas vítimas que, normalmente, não têm acesso fácil à Justiça. É por isso que preferimos sempre ouvir os brasileiros. Estereotipar pode fazer a gente se sentir superior, mas a esperança mesmo só acende quando a gente se escuta.
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A Luta Antimanicomial denuncia as formas obsoletas de abordagem a pessoas com transtornos mentais que, não raramente, significam maus tratos, violência física e psicológica, isolamento social, sedação permanente e internações de longa permanência (nos chamados manicômios), frequentemente em péssimas condições e qualidade de vida. A Luta Antimanicomial nasce marcada pela ideia de defesa dos direitos humanos e de resgate da cidadania para instituir uma outra lógica no cuidado, a partir da construção de uma rede de serviços e estratégias territoriais e comunitárias, de caráter inclusivo e libertário. Os desafios dessa construção seguem atualíssimos e a Atenção Primária, especificamente, a Estratégia Saúde da Família (ESF), com sua base territorial, é essencial na estruturação do cuidado aos pacientes com transtornos mentais, e seus familiares, em liberdade.
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O caso do Brasil pró-vida... Somos de longe um case de sucesso de mortes entre jovens, principalmente, do sexo masculino. Nossa pirâmide etária condicionada a baixa renda é muito parecida com a de um país em guerra civil. Portanto, devemos oferecer incentivos bem parecidos, como insegurança endêmica, nenhuma punição no caso de homicídio e ganhos de curto prazo com produtividade atrelada a violência. E a solução encontrada para isso é na contramão da evidência econômica e social, gerar ganhos biológicos para estupro. O individuo violento terá possibilidade de perpetuar seu DNA. Excelente medida, Gengis Khan e Átila seriam da bancada da bíblia.
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Por um sistema de saúde para todas as pessoas e que nos trate com dignidade 🏳️⚧️ Quando o assunto é cuidar da saúde e consultas médicas, seja na rede privada ou púbica, há sempre um transtorno para nós, pessoas trans e travestis. Primeiro porque, no geral, os médicos sabem pouco ou nada das demandas de pessoas trans e travestis. Perguntas como qual é o seu nome de verdade, se há o desejo de fazer cirurgias e o constante erro de pronomes são muito comuns em consultórios médicos. O que deveria ser uma simples consulta, para nós, vira uma sequência de transtornos pelo fato dos profissionais de medicina, infelizmente, ainda não saberem lidar conosco. Com essa decisão, passamos a contar com medidas que garantem que o atendimento em saúde de pessoas trans e travestis seja feito de acordo com o gênero com o qual a pessoa se identifica, não o sexo biológico. Todo cidadão e cidadã brasileiro deve ter o direito de acessar ao serviço público de saúde com dignidade e sem passar por constrangimentos por conta da sua identidade de gênero. E, mais uma vez, as conquistas e avanços da comunidade LGBTI+, nesse caso em específico da população trans, se dá via poder judiciário e graças às ações do movimento social, tendo em vista que o nosso legislativo, até hoje, não aprovou uma lei a nossa favor.
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Saúde para todos!
Palestrante e Consultora de Diversidade de Gênero e LGBTI+ | Designer de Pessoas e Cultura Alcoa | Jornalista | LinkedIn Top Voice
Por um sistema de saúde para todas as pessoas e que nos trate com dignidade 🏳️⚧️ Quando o assunto é cuidar da saúde e consultas médicas, seja na rede privada ou púbica, há sempre um transtorno para nós, pessoas trans e travestis. Primeiro porque, no geral, os médicos sabem pouco ou nada das demandas de pessoas trans e travestis. Perguntas como qual é o seu nome de verdade, se há o desejo de fazer cirurgias e o constante erro de pronomes são muito comuns em consultórios médicos. O que deveria ser uma simples consulta, para nós, vira uma sequência de transtornos pelo fato dos profissionais de medicina, infelizmente, ainda não saberem lidar conosco. Com essa decisão, passamos a contar com medidas que garantem que o atendimento em saúde de pessoas trans e travestis seja feito de acordo com o gênero com o qual a pessoa se identifica, não o sexo biológico. Todo cidadão e cidadã brasileiro deve ter o direito de acessar ao serviço público de saúde com dignidade e sem passar por constrangimentos por conta da sua identidade de gênero. E, mais uma vez, as conquistas e avanços da comunidade LGBTI+, nesse caso em específico da população trans, se dá via poder judiciário e graças às ações do movimento social, tendo em vista que o nosso legislativo, até hoje, não aprovou uma lei a nossa favor.
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Dia 4 celebramos o Dia da Política Nacional da Pessoa Idosa, um marco normativo de grande relevância, não apenas para o Brasil, mas também para a América do Sul e o mundo. Criada em 1994, essa política estabeleceu direitos fundamentais que garantem proteção, dignidade e inclusão às pessoas idosas, tornando-se uma referência internacional no cuidado com essa população. Entretanto, quase 30 anos depois, é necessário refletir sobre o quanto a sociedade mudou. O envelhecimento atual traz novos desafios, como a inclusão digital, o fortalecimento da saúde mental, o enfrentamento à violência patrimonial e a redução de desigualdades sociais. A atualização dessa política é indispensável para que ela continue cumprindo seu papel de forma eficaz, promovendo um envelhecimento ativo, participativo e digno. Valorizar as pessoas idosas é um compromisso essencial para construirmos uma sociedade mais justa para todas as gerações. #pessoasidosas #Dignidade #PolíticasPúblicas #Cidadania #Envelhecimento #Velhices
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Post impecável e sim, esse escárnio de PL deve ser combatido.
Em uma estimativa conservadora, o Brasil tem cerca de 822 mil casos de estupro a cada ano: dois por minuto. A maior quantidade desses casos acontece com crianças de 13 anos. TREZE. Mais de 74% das sobreviventes têm menos de 14 anos, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado em 2023. Portanto, quando falamos de estupro no Brasil, estamos falando também de PEDOFILIA. Apenas 8,5% dos crimes são registrados pela polícia e 4,2% pelo sistema de saúde de acordo com uma pesquisa recente do Ipea. Ser favorável ao PL 1904, que equipara o aborto acima de 22 semanas gestacionais (mesmo aqueles para casos garantidos em lei) ao crime de homicídio, na prática significa criminalizar crianças e adolescentes sobreviventes de estupro. Significa colocar uma pessoa estuprada atrás das grades por 20 anos enquanto seu estuprador ficaria preso por 2-11 anos. É por isso que o PL já recebeu o apelido carinhoso de "PL da Gravidez Infantil". PL que, por sinal, levou míseros 23 segundos para a Câmara dos Deputados aprovar em regime de urgência, depois de ter sido pautado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sem aviso e sem anunciar o número do projeto ou registro de votos. Bonito, não? O autor do PL, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) disse ao blog da jornalista Andréia Sadi que a bancada evangélica encara a proposta como um "teste" ao governo Lula: "O presidente mandou uma carta aos evangélicos na campanha dizendo ser contra o aborto. Queremos ver se ele vai vetar. Vamos testar Lula", disse ele. Eu me recuso a debater esse tema (não há debate, só combate), mas às pessoas que se sentem representadas pelos proponentes dessa barbaridade em nome de suas respectivas crenças religiosas, deixo aqui as palavras do sábio Pastor Henrique Vieira: "Até onde o fundamentalismo religioso pode chegar? Vai usar a vida de mulheres, de meninas vítimas de violência para uma disputa de oposição contra o governo? Isso é dignidade humana! Falo isso com algum grau de raiva e constrangimento. Sou discípulo de Jesus, sou pastor de uma igreja e não, não em nome da nossa fé! Não em nome da nossa comunidade!" Nós podemos contra-atacar e nós podemos SIM vencer. Em 2015, derrotamos a PL 5069/13 do Eduardo Cunha. E em 2017, derrotamos a PEC 29/2015 de Magno Malta. Não será diferente agora. Vamos pra rua, e vamos botar pressão. Esse é só o começo: https://lnkd.in/dNcYvMub
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Em uma estimativa conservadora, o Brasil tem cerca de 822 mil casos de estupro a cada ano: dois por minuto. A maior quantidade desses casos acontece com crianças de 13 anos. TREZE. Mais de 74% das sobreviventes têm menos de 14 anos, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado em 2023. Portanto, quando falamos de estupro no Brasil, estamos falando também de PEDOFILIA. Apenas 8,5% dos crimes são registrados pela polícia e 4,2% pelo sistema de saúde de acordo com uma pesquisa recente do Ipea. Ser favorável ao PL 1904, que equipara o aborto acima de 22 semanas gestacionais (mesmo aqueles para casos garantidos em lei) ao crime de homicídio, na prática significa criminalizar crianças e adolescentes sobreviventes de estupro. Significa colocar uma pessoa estuprada atrás das grades por 20 anos enquanto seu estuprador ficaria preso por 2-11 anos. É por isso que o PL já recebeu o apelido carinhoso de "PL da Gravidez Infantil". PL que, por sinal, levou míseros 23 segundos para a Câmara dos Deputados aprovar em regime de urgência, depois de ter sido pautado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sem aviso e sem anunciar o número do projeto ou registro de votos. Bonito, não? O autor do PL, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) disse ao blog da jornalista Andréia Sadi que a bancada evangélica encara a proposta como um "teste" ao governo Lula: "O presidente mandou uma carta aos evangélicos na campanha dizendo ser contra o aborto. Queremos ver se ele vai vetar. Vamos testar Lula", disse ele. Eu me recuso a debater esse tema (não há debate, só combate), mas às pessoas que se sentem representadas pelos proponentes dessa barbaridade em nome de suas respectivas crenças religiosas, deixo aqui as palavras do sábio Pastor Henrique Vieira: "Até onde o fundamentalismo religioso pode chegar? Vai usar a vida de mulheres, de meninas vítimas de violência para uma disputa de oposição contra o governo? Isso é dignidade humana! Falo isso com algum grau de raiva e constrangimento. Sou discípulo de Jesus, sou pastor de uma igreja e não, não em nome da nossa fé! Não em nome da nossa comunidade!" Nós podemos contra-atacar e nós podemos SIM vencer. Em 2015, derrotamos a PL 5069/13 do Eduardo Cunha. E em 2017, derrotamos a PEC 29/2015 de Magno Malta. Não será diferente agora. Vamos pra rua, e vamos botar pressão. Esse é só o começo: https://lnkd.in/dNcYvMub
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#DIARIAMENTE #HOSPITAIS #E #EMPRESAS #ESTÃO #SENDO #PROCESSADOS #POR #TRANSFOBIA Notícias não mentem e o número crescente de negligências e inequidades em saúde para pessoas trans têm ganhado grande visibilidade nos últimos meses. Todo esse cenário afeta a reputação destas instituições e também denuncia o quanto os profissionais de saúde não estão preparados para atender as especificidades de demandas dessa população: -Manejo de casos de violência, abuso sexual, drogadição e vulnerabilidade social; -Complicações no uso de silicone industrial, hormônios e acessórios genitais no mercado paralelo; -Complicações respiratórias em pessoas transmasculinas por uso de acessórios corporais -Trombose, Torçõe genitais e complicações com silicone e outras intervenções invasivas Eu poderia citar mais uma série de questões particulares da saúde de pessoas trans e é por esta razão que eu reintero a importância de #hospitais #empresas a melhorarem os fluxos e protocolos de atendimentos deste grupo vulnerabilizado. Conte comigo para apoiar sua empresa ou hospital nessa jornada! Me manda uma mensagem aqui e vamos combinar um bate-papo.
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Umane 1 m
Especialista em Saúde Coletiva pela Escola de Saúde Pública da Paraíba
1 mMuito informativo