A pesquisa “Mulheres, ativismo e violência: a luta por direitos nas favelas e periferias do Rio de Janeiro” buscou compreender os perfis e as formas de atuação de iniciativas de defesa de direitos lideradas por mulheres em favelas e periferias da RMRJ. Além disso, analisou os impactos da violência armada sobre o trabalho desenvolvido por estas mulheres, suas estratégias de resistência e mecanismos de proteção.
Foram mapeadas 115 iniciativas: 70% localizadas no Rio de Janeiro; 19% na Baixada Fluminense; 10% na região da Grande Niterói; e 1% com abrangência metropolitana. Elas atuam na luta por direitos como educação, cultura, igualdade étnico-racial, segurança alimentar, gênero e sexualidade, saúde, segurança pública, acesso à justiça e são voltadas prioritariamente para mulheres, pessoas negras, crianças, jovens, pessoas LGBTQIA+ e familiares de vítimas de violência.
Apesar do trabalho fundamental, estas organizações estão expostas a uma série de violências decorrentes da misoginia, do racismo, da LGBTfobia e do poder armado das polícias e dos grupos que disputam o controle de seus territórios.
A violência armada se destaca como um dos principais desafios enfrentados pelas iniciativas de defesa de direitos lideradas por mulheres em favelas e periferias. Dentre as violências apontadas, a violência policial foi a mais recorrente. Há relatos de ameaças, agressões físicas, casas invadidas, sedes alvejadas durante operações, equipamentos apreendidos ou quebrados em retaliação às denúncias.
A violência armada também apareceu como uma grande ameaça quando associada aos interesses de grupos políticos, especialmente através das milícias.
Os dados colocam em evidência a necessidade de maior atenção à proteção de defensoras de direitos humanos que atuam em favelas e periferias. Os desafios identificados são diversos e envolvem a grande participação de agentes do Estado em casos de violência, a articulação entre grupos políticos e milícias, as dificuldades na implementação de medidas protetivas em contextos em que há presença de grupos armados e a falta de medidas que levem em conta as especificidades relacionadas a gênero, sexualidade, raça e território.
Auxiliar Administrativo | Auxiliar em Logística | Assistente Logística | Almoxarife | Auxiliar Almoxarifado | Administrativo Logístico | Assistente Administrativo | Assistente de Expedição.
1 mTrabalho de fundamental importância , recomendo a leitura a todos!