Ao ler esta publicação, foi inevitável não refletir sobre as transformações no comportamento de consumo. Anteriormente um passatempo comum, o cinema tornou-se relativamente caro para algumas classes sociais.
Por exemplo, um casal com uma criança que optasse por assistir ao filme "Divertidamente 2" em um fim de semana gastaria aproximadamente R$116,00 apenas em ingressos, sem considerar os combos de pipoca e outros custos mencionados no artigo, como alimentação, recreação e lazer.
Antes, além dos preços mais atrativos, havia um detalhe: se não assistisse ao filme durante sua exibição nos cinemas, era necessário esperar que fosse lançado em mídia (e então começava a pirataria), o que poderia levar semanas, às vezes meses.
Este cenário permaneceu inalterado mesmo com a ascensão da Netflix, mas tudo começou a mudar quando cada empresa decidiu lançar sua própria plataforma, muitas das quais não são lucrativas. A Disney é um exemplo disso: no ano passado, registrou um prejuízo de US$ 628 milhões com seus quatro filmes, embora tenha superado as expectativas com o número de assinantes do Disney+.
O que é ainda mais interessante? Dois desses filmes eram parte de grandes franquias (Marvel e Indiana Jones e a Relíquia do Destino), e um era a aguardada animação da empresa que comemorava seu centenário (Wish), conforme dados do Deadline Hollywood.
A indústria está constantemente tentando criar blockbusters (o investimento em franquias de sucesso é uma prova disso), mas nem sempre consegue. As contas não fecham e surgem questionamentos: qual será o futuro da indústria do entretenimento? Será que essas grandes empresas não estão percebendo as mudanças no mercado consumidor que elas próprias impulsionaram? Como evitar que esses resultados se repitam até o final deste ano?
Não tenho as respostas para essas questões, mas estou ansioso para ver os rumos e as novas estratégias que serão adotadas.
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Essa é para quem, volta e meia, se pergunta: cinema ainda é bom para o mix do shopping?
Anota aí: apenas nos seus primeiros 11 dias de exibição, o filme Divertidamente 2 vendeu mais de 10 milhões de ingressos no país.
Sabe o que aconteceu com a venda dos shoppings neste período? Cresceu 10,7% na comparação com o mesmo período de 2023.
Tem um porém: esse crescimento foi mais concentrado nas operações de alimentação (venderam mais 22,2%), de recreação e lazer (vendas subiram 16,6%) e do varejo alimentício especializado, que engloba cafés, sorvetes, chocolates, doces etc (aumentou 16,9%).
Os dados são do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA).
Fica provado que filmes de impacto influenciam decisivamente no fluxo e vendas dos shoppings. O fenômeno Barbie foi uma prova disso. A questão é que hoje, com a disseminação das plataformas de streaming, as pessoas estão concentrando a ida aos cinemas nos grandes blockbusters. E a indústria de cinema não produz blockbusters todos os meses.
Vale lembrar que praticamente 90% das salas de cinema no Brasil ficam dentro de um shopping.
Conclusão: problema não é ter cinema no mix do shopping. É a baixa quantidade de filmes capazes de fazer a gente levantar do sofá e ir ao cinema.
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