Qual é o limite para o sensacionalismo no jornalismo? Recentemente, diversos sites de notícias publicaram matérias falando que novas pesquisas comprovam a autenticidade do Santo Sudário. Como pesquisador e historiador, achei de um oportunismo muito barato: não era bem isso que as pesquisas estavam dizendo. Não deveria ter um limite para esse sensacionalismo? Não deveria o limite ser quando a informação se torna literalmente falsa e historicamente incorreta? #jornalismo #fakenews #jesus #santosudario #historia #sensacionalismo #pesquisa #noticias #informacao
Publicação de Fabio Paiva Reis
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Explorando a Interseção entre o Jornalismo, a Cultura Pop e a Resiliência nas Narrativas, o Mestre Wesley Pereira de Castro convidada-nos a refletir sobre a evolução do jornalismo, a influência da media e o valor das adaptações da literatura pop. A partir dos ensinamentos atemporais de Clóvis Rossi sobre o rigor no jornalismo até a análise de produções como “Um Ano Inesquecível”, o autor desafia-nos a repensar como consumimos e criamos histórias num mundo de valores em transformação e aceleração digital. Esta análise não é apenas uma crítica; é uma oportunidade para compreender como as narrativas—seja de um jornalista sob pressão ou de uma adolescente num filme sobre amadurecimento—modelam resiliência, identidade e a própria sociedade. Uma leitura indispensável para quem é apaixonado por media cultura e o poder das palavras. Ler mais n`A Pátria (Jornal Comunidade Científica Língua Portuguesa) #Jornalismo #CulturaPop #Narrativas #Resiliência #InovaçãoNaMídia
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Pauta prorroga chamada para dossiê “O lugar do paradigma jornalístico no campo científico: debates epistemológicos” O dossiê propõe reunir contribuições de pesquisadores interessados em problematizar o campo do jornalismo a partir da teoria ou de debates epistemológicos que permitam um avanço sobre o pensamento atual, seja por uma perspectiva crítica ou propositiva que considere a centralidade da ciência do jornalismo neste processo. Estamos, de fato, vivenciando uma crise paradigmática; o turbulento cenário atual é característico do paradigma atual ou as crises são próprias do jornalismo, diante da tentativa de equilibrar diferentes interesses? Qual é o lugar do jornalismo neste contexto de transformações sociais? Quais fundamentos orientam o jornalismo na contemporaneidade? A partir deste debate, convidamos pesquisadores e pesquisadoras a enviarem suas contribuições. https://lnkd.in/dAYuKyrb
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Tive o prazer de participar da palestra: Mesa Inaugural de Jornalismo e Letras: "Literatura e Jornalismo: encontros intrínsecos e possíveis" Mesa comandada pela Profa. Ma. Ulli Marques. Foi discutido na palestra a análise do discurso, do sentido das palavras, como elas circulam na sociedade. A análise do discurso não se trata de buscar um sentido correto, mas entender como esses sentidos são produzidos, considerando o contexto social e histórico. A historicidade também merece destaque nessa análise, uma vez que é preciso entender a historicidade do sentido: como eles são historicamente construídos. Os sentidos são históricos, já que determinadas palavras e formas de linguagem faziam sentido na época em que eram utilizados. No que se refere a historicidade, por exemplo, é interessante considerar o parco hábito de leitura do brasileiro. Para entender essa realidade, é preciso considerar as condições literárias da sociedade brasileira. A publicação de livros no Brasil só teve início em 1808, com a vinda da Corte Portuguesa ao Brasil. Portanto, nós lemos pouco porque a cultura literária é recente. A análise do discurso no Jornalismo mostra os efeitos da escolha das palavras. Dois jornais podem noticiar o mesmo fato, mas ao escolher determinada palavra para o título, ou a forma como a frase vai ser publicada, vai atribuir um determinado sentido à matéria. Assim, pode-se afastar a responsabilidade do sujeito de um ato com o uso de voz passiva, por exemplo. No exercício da profissão, o jornalista precisa considerar que a sociedade é conflituosa e nem todas as vozes são legitimadas. Nosso papel como jornalistas é dar voz às minorias silenciadas, garantir seu espaço de enunciação na mídia. O Jornalismo foi, durante muito tempo, o responsável pela formação cultural da população. Um palestrante convidado inclusive nos contou que durante sua infância e adolescência, o acesso à informação e conhecimento vinha da banca de jornal, por meio dos jornais dominicais e das revistas para crianças e adolescentes. Embora atualmente haja uma hiperinflação do 4º poder, ou seja, o poder midiático, que está disseminado nas grandes plataformas de internet, o Jornalismo ainda o possui. Os grandes veículos de comunicação ainda permanecem como fontes de informações legítimas. O jornalista profissional obviamente vai investigar, apurar as informações, mas também precisa ter consciência na escolha das palavras. O Jornalismo não só informa, ele é um formador de opinião. Seu conteúdo vai impactar, vai produzir efeitos no leitor, em sua forma de ver o mundo, em seus comportamentos. Nesse sentido, informação maltrabalhada pode ter consequências nefastas. Diante de tudo o que foi abordado, o palestrante encerrou brilhantemente ressaltando a função do jornalista profissional no Brasil, que é disseminar informações com responsabilidade. Ulli Marques Universidade Candido Mendes
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Logo depois de defender minha dissertação de mestrado, intitulada "Jornalismo, incerteza e complementaridade de opostos: Um diálogo compreensivo", concedi entrevista para o site da Faculdade Cásper Líbero, instituição pela qual obtive o título de Mestre em Comunicação na Contemporaneidade, sobre caminhos possíveis para o futuro do jornalismo. Seis anos depois (uau!), ainda compartilho da perspectiva que aposta num jornalismo com mais qualidade do que quantidade de informação; em narrativas que enxergam a complexidade dos fenômenos sociais; e em posturas mais autorais de jornalistas como forma de encantar o público. Detalhes sobre a conversa, a dissertação e o jornalismo podem ser lidos aqui: https://lnkd.in/dxSDXMMU
Existe uma saída possível para o Jornalismo?
https://casperlibero.edu.br
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Historiador por formação Jornalista autodidata e por paixão Amo ambos Hoje, 7 de abril, celebramos o Dia do Jornalista, uma data que vai além das palavras impressas ou das notícias veiculadas. É um momento de reflexão sobre o papel essencial desempenhado por esses profissionais na defesa da liberdade de imprensa, um direito cada vez mais ameaçado em nossa sociedade contemporânea. Em um contexto onde a veracidade das informações é constantemente questionada e os jornalistas se tornam alvos de ameaças e censura, é fundamental reconhecer a importância de uma imprensa livre e comprometida com a verdade. São eles que nos mantêm informados, que nos fazem questionar, pensar e agir. Os jornalistas enfrentam desafios diários, desde a pressão por notícias rápidas até a necessidade de se manterem éticos e imparciais em meio a um mar de interesses diversos. Mas é essa mesma luta que os torna tão valiosos para nossa sociedade. Eles são os guardiões da informação, os defensores da verdade, os construtores de um mundo mais justo e igualitário. Neste Dia do Jornalista, expressamos nossa gratidão a todos aqueles que exercem essa nobre profissão com integridade, coragem e compromisso. São vocês que nos mantêm informados, nos inspiram e nos motivam a lutar por um mundo melhor. Feliz Dia do Jornalista!
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Qual a relação entre perseguição à educação no Brasil e religiões? E como professores podem atuar para promover uma educação antirracista? Neste artigo mobilizo como principais referências teóricas Rodney William (2019) para pensar o conceito de “Exunêutica” e de ancestralidade, além dos escritos de Wanderson Flor do Nascimento (2020) para debater educação antirracista. Busco refletir sobre a importância de conceber novos saberes na construção dos currículos escolares, numa perspectiva da ancestralidade dentre as comunidades de terreiro e tomando como exemplo o conhecimento compartilhado nos espaços de Candomblé no Brasil. Como Citar VITORASSI, S. Pensar a partir de uma experiência ancestral: Escola Sem Partido, religião e educação antirracista. Revista Aedos, [S. l.], v. 16, n. 35, p. 499–513, 2024. Disponível em: https://lnkd.in/ddUdf6NT. Acesso em: 20 jun. 2024. #educação #história #ensino #professores #antirracista
Pensar a partir de uma experiência ancestral
seer.ufrgs.br
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Compartilho o sempre útil compilado de tendências para o jornalismo, edição 2025, feito pela Abraji e pela Farol Jornalismo, uma excelente newsletter que vale a pena assinar. O destaque desse ano é a pauta climática, meu principal ponto de interesse, mas para 2025 trago uma reflexão sobre ética e verdade. Aproveito a postagem sobre o compilado não porque o tema esteja ali, mas porque ele atravessa tudo, e sempre é tempo de lembrar. O jornalismo é uma relação de confiança com o público. Em uma novela, o contrato social estabelecido é que aquilo é uma ficção, com fins de entreter, emocionar, fazer refletir. A verdade não é esperada, é esperada a história. Mesmo nessa relação, se espera lógica: ainda que seja um mundo distópico, há que existir coerência. Se isso é quebrado, o filme / novela, se torna ruim. No jornalismo se espera a verdade. Isso não pode ser quebrado. O contrato social do jornalismo é que o que está sendo contado ali aconteceu, de fato. Por isso não se pode dar uma notícia sem antes confirmar com a fonte. Por isso não pode ter disse-me-disse. Por isso a opinião do jornalista não interessa e não pode aparecer. Por isso não é julgamento, por isso não é um espaço meramente declaratório: fulano disse isso, fulano disse aquilo. Há que ser: fulano disse isso, e ciclano aquilo, os dados mostram x, y ou z. O jornalismo sofre, especialmente, na era da pós-verdade (em que reinam fake news) porque é uma era de desconfiança. O problema central das informações falsas não são elas em si, mas a quebra de confiança. Um mau jornalismo alimenta ainda mais esse ciclo. Tanto o de hoje, feito, entre muitos “motivos” pela precarização da profissão, quanto o de antes, feito desde décadas atrás, por mídias com profundos problemas (racismo, elitismo, entre outros). Uma faculdade de jornalismo é 50% sobre ética. Na outra metade a gente aprende estrutura de texto, vídeo, mas pelo menos metade do tempo é (tem que ser) uma reflexão de como buscar a verdade. Muitas coisas poderiam ser ditas neste fim de ano sobre nossa profissão, mas dizer o básico é necessário. Se por mais um ano você se manteve firme no que é inegociável você fez um bom trabalho. Se você vacilou, volte duas casas e recupere, a tempo, o fundamental. Desejo, para 2025, melhores condições para todos nós que estamos nessa profissão. E força para atuar com ética, a única forma válida e a mais promissora para um melhor caminho coletivo. https://lnkd.in/dhPeXYKT
O jornalismo no Brasil em 2025
faroljornalismo.substack.com
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Diagnóstico e reflexões pertinentes sobre alguns problemas do fazer jornalístico no contexto atual. Vale a leitura.
A agonia da reportagem jornalística
https://jornal.usp.br
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Temos o jornalismo dos media. E temos o jornalismo dos livros. É neste último que encontramos a resposta às perguntas “como?” e “porquê?”. O Alexandre R. Malhado pratica essa fórmula do jornalismo atual na obra que vou co-apresentar às 18:00 no Grémio Literário. Falarei de jornalismo mas sobretudo de política, explicando porque não teremos no curto prazo uma geringonça de direita.
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Extraí desta pesquisa, "O Jornalismo como mediador de consciência e operador de realidade", por Clarissa Mazon Miranda, Ricardo Schaefer, Vicente Reis Medeiros e proponho a reflexão a partir da citação de Parks, que escreveu sobre a notícia como forma de conhecimento: “A função da notícia é de orientar o homem e a sociedade num mundo real. À medida que ela consegue isso, a notícia tende a preservar a sanidade do indivíduo e a permanência na sociedade”. Um contraponto: Para Eugênio Bucci, nossa grande crise é uma crise de pensamento, como se a imprensa tivesse desaprendido a pensar, se vendo como linha de montagem de publicação de notícias, não como manancial de pensadores”, acredita ele. “Dessa forma, o jornalista no Brasil acaba sendo uma espécie de ‘profeta do senso comum’, sem reflexão, e isso pode acabar desaguando no autoritarismo” Corremos esse risco? Lembremos que a profissão está desregulamentada com a queda do diploma para o exercício da profissão que permite pessoas, muitas vezes despreparadas para expressar e prospectar o senso comum. Empresas jornalísticas majoritárias, com seus editores afinados ao seu controle, permitiram a disseminação de pensamentos que as colocam fora da rota da mediação da consciência e da realidade. Sob censura. Gilberto #imprensa #Imprensabrasileira #Pensamentolivre
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Professor na Ifes - Instituto Federal do Espírito Santo
3 mBoa, Fabio