“Essa solução foi longamente pensada pelo nosso time, pois queríamos entregar um produto que realmente atendesse às expectativas do cliente. Em apenas seis meses de funcionamento, a My Account já foi acessada em 128 países com 206 mil transações. Até mesmo na subida para o Monte Everest já tivemos registros de acesso”, conta Roberto Medeiros, diretor da área Internacional e Câmbio do Bradesco.

A aprovação da conta é feita em até dois dias, mas tem levado em média menos de cinco minutos, e o processo de abertura é simples. Entre os diferenciais da My Account está a cobrança justa pela transação, já que o cliente consegue comprar dólar baseado na cotação comercial, mais vantajosa que turismo. Ele também tem direito a um cartão físico com a bandeira Visa para fazer compras e saques no exterior e ao cartão virtual para compras on-line. Para começar a usar, é necessário fazer uma remessa mínima de US$ 100.

O sucesso do produto surpreendeu os líderes do Bradesco. “Em apenas três meses foram abertas cem mil contas My Account. Essa era a meta projetada para cinco anos. Para este ano, pretendemos chegar a um milhão de novas contas”, estima Henrique Penido, superintendente executivo no Bradesco.

Além de melhorar a experiência do cliente e agregar valor ao produto, os executivos pretendem fidelizar esse cliente, oferecendo um produto que já existe no mercado, mas com condições mais atrativas.

De acordo com boletim emitido pelo Banco Central no início deste ano, as despesas líquidas com viagens internacionais, em novembro de 2023, alcançaram US$ 527 milhões, com aumentos de 39,1% nas receitas (para US$ 616 milhões) e de 5,5% nas despesas (para US$ 1,1 bilhão) em relação ao período anterior.

Outro levantamento realizado pela Abecs, associação que representa as empresas de meios eletrônicos de pagamento, os brasileiros movimentaram US$ 5,95 bilhões (R$ 30,19 bilhões) com cartões no exterior no primeiro semestre de 2023. Em comparação com o valor registrado no mesmo período de 2022, o crescimento foi de 36%.