Britânica muda estilo de vida após descobrir síndrome rara que a faz ter sono o dia todo
Allison criou pequena boutique de roupas e presentes; mesmo ganhando muito menos do que emprego anterior, novo estilo de vida trouxe equilíbrio entre trabalho e descanso
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GERADO EM: 19/12/2024 - 18:43
Britânica supera síndrome rara: boutique traz novo rumo
Britânica muda vida após síndrome rara pós-meningite. Diagnóstico inesperado levou Allison de carreira agitada em Londres a luta contra fadiga crônica. Fundou boutique, equilibrando saúde e trabalho, após tratamentos e desafios. Decisão traz novo sentido à vida.
Allison tinha uma vida independente. Porém, um diagnóstico inesperado mudou completamente sua rotina. Depois de contrair meningite viral, ela começou a enfrentar problemas físicos e emocionais que a sobrecarregavam. Em sua luta para entender o que estava acontecendo, foi diagnosticada uma síndrome rara. Mas o que inicialmente parecia apenas mais uma doença acabou sendo algo muito mais complexo.
Segundo o portal especializado Meningitis Now, antes da doença, Allison vivia a vida que muitas pessoas sonham em alcançar. Com uma carreira de sucesso em Londres, uma casa na vila de Great Totham, em Essex, e uma vida social ativa, tudo parecia perfeito. No entanto, após várias infecções virais e um cansaço inexplicável, ela adoeceu gravemente e foi diagnosticada com meningite viral, uma condição que mudaria a sua vida.
“Morava sozinha há seis anos e era uma mulher forte, independente e com grande entusiasmo pela vida. Meu trabalho exigia muitas horas, mas eu adorava a agitação de Londres. Quando não estava trabalhando, saía com meus amigos ou viajava para o exterior para tomar sol”, disse.
Síndrome pegou de surpresa
O que começou com sintomas aparentemente inofensivos, como dores de cabeça e exaustão, logo se transformou em pesadelo. Após desmaiar em casa, ela foi internada no hospital, onde foi diagnosticada com meningite viral. Apesar de receber tratamento, sua recuperação não foi tão rápida quanto os médicos esperavam. Em vez de melhorar rapidamente, ela começou a sentir um cansaço extremo que a deixou incapaz de realizar até mesmo as tarefas mais simples.
Sobre esse momento, ela relembrou: “Nas semanas anteriores à internação, tive vários resfriados e desconfortos, mas atribuí ao meu trabalho. Eu estava exausta, mas pensei que só precisava descansar. Mas a dor e o cansaço continuaram a piorar até que finalmente não aguentei mais". Depois de várias tentativas fracassadas de voltar ao trabalho, ela começou a sentir mais do que apenas cansaço. Adormecia em qualquer lugar, até no meio de reuniões ou durante viagens de trem.
A certa altura, seu cérebro começou a ficar nebuloso, sofrendo do que ela descreveu como “névoa cerebral”. Ela foi diagnosticada com síndrome de fadiga crônica pós-viral (ME/SFC), uma condição debilitante que afeta muitas pessoas que sofreram infecções virais graves, como meningite.
“Eu me sentia completamente exausta e não conseguia entender o que estava acontecendo comigo. Tudo que eu queria era dormir. Os médicos me disseram que eu precisava descansar, mas o cansaço não passava. Fui diagnosticada com síndrome de fadiga crônica pós-viral, o que significa que meu corpo ficou muito enfraquecido pela infecção”, disse ela.
Nos anos que se seguiram ao diagnóstico, a mulher lutou para encontrar um equilíbrio entre a sua saúde e o seu desejo de seguir em frente com a sua vida. Ela recebeu inúmeros tratamentos, incluindo sessões de aconselhamento para ansiedade e depressão, além de recorrer a métodos alternativos, como nutrição e terapias naturais. Apesar dos desafios, ela conseguiu reconstruir sua vida.
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Em 2018, ela deu uma reviravolta na carreira. Depois de deixar o emprego na cidade, ela fundou seu próprio negócio: uma pequena boutique de roupas e presentes. Embora ganhasse muito menos do que no seu emprego anterior, este novo estilo de vida proporcionou o equilíbrio entre trabalho e descanso de que tanto precisava para gerir a fadiga crônica.
“No começo eu não sabia o que fazer comigo mesma, mas com o tempo aprendi a ouvir meu corpo. Deixei minha carreira na cidade e comecei meu próprio negócio. Embora ganhe muito menos do que antes, o equilíbrio entre vida pessoal e profissional é muito mais satisfatório”, concluiu.
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