'Wicked': Ariana Grande rouba a cena na (longa) história da bruxinha que era boa; leia a crítica
Saiba o que esperar da adaptação de musical de sucesso da Broadway que conta origem das bruxas de 'O mágico de Oz'; Bonequinho olha
Por Mario Abbade — Rio de Janeiro
RESUMO
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GERADO EM: 19/11/2024 - 12:16
"Adaptação de 'Wicked' para o cinema dirigida por Jon M. Chu: Sucesso ou Excesso?"
A adaptação de "Wicked" para o cinema, dirigida por Jon M. Chu, destaca Ariana Grande e a história das bruxas de Oz. O filme segue de perto a versão teatral, porém, com excessiva duração de 160 minutos, o que pode cansar os espectadores. O enredo revela a origem das bruxas, mostrando a perspectiva diferente de "O Mágico de Oz", suavizando temas como homofobia e racismo. Chu mantém o esplendor do musical, mas se estende em duas partes para atender às demandas de Hollywood, embora pudesse ser um único filme.
Com o enorme sucesso de “Wicked” na Broadway, desde a sua estreia em 2003, era questão de tempo para que o musical ganhasse versão para o cinema. A empreitada ficou a cargo do sino-americano Jon M. Chu, que vem de dois filmes muito bem-sucedidos: a comédia romântica “Podres de ricos” (2018) e o musical “Em um bairro de Nova York” (2021). Chu dividiu o longa, sem necessidade, em duas partes — da mesma forma que são os dois atos no teatro. Esta primeira parte que chega aos cinemas agora segue com poucas mudanças do material original, com a diferença de ser muito maior em minutagem. O resultado é satisfatório, mas não era necessário usar 160 minutos, o que pode resultar em certo cansaço para os espectadores.
A trama apresenta a história não contada das bruxas de Oz: Elphaba (Cynthia Erivo), uma jovem discriminada por causa de sua pele verde, e Glinda (Ariana Grande, roubando todas as cenas em que aparece), que desfruta de popularidade e privilégios. A dupla se conhece na Universidade Shiz, em Oz. Fatos que se sucedem e a relação entre elas acabarão por levar as duas a cumprir seus destinos como Glinda, a Boa, e a Bruxa Má do Oeste.
“Wicked” reconta a narrativa das bruxas por uma perspectiva diferente de “O mágico de Oz” (1939), demonstrando que a Bruxa do Oeste não era malvada, mas perseguida por tentar corrigir as perversidades que aconteciam em Oz. O livro que originou a peça tem temas importantes como homofobia e racismo, mas que foram suavizados no espetáculo. E o diretor Jon M. Chu mantém esse mesmo norte, entregando todo o esplendor do musical, mas se alongando desnecessariamente porque o projeto poderia ser um filme só, mas, aí, não atenderia às demandas de Hollywood.
Bonequinho olha.